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Atendimento ao Politraumatizado

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1 
 
Atendimento de Pacientes Politraumatizados 
Professor: Paulo Roberto – Aula: X Teórica 
Letícia Moreira Batista 
Atendimento deve ser organizado/sistematizado 
 Pré-hospitalar – Golden hour: Cidadão leigo, polícia rodoviária, corpo de bombeiros, resgate, SAMU 
 Hospitalar: Pronto atendimento, hospital geral. Centro de trauma – idealmente 
Considerações: 
 3ª causa geral de mortalidade 
 1ª causa até 40 anos 
 Mortalidade trimodal 
o Imediata: Até 30min 
o Precoce: Até 2h 
o Tardia: Após primeira semana 
 Repercussões físicas, emocionais, sociais e econômicas 
 Exige atendimento sistematizado 
 No pré-hospitalar, considerar “start” quando houver múltiplas vítimas 
 
Vermelha: Socorro imediato, prioridade imediata: Trauma grave, dificuldade respiratória, trauma de crânio, hemorragia com 
choque, queimaduras severas etc 
Amarela: Fraturas, lesões torácicas ou abdominais sem choque, lesão de coluna ou queimaduras menores 
Verde: Prioridade tardia, vítimas deambulando, com lesões menores: MAS não devem ser consideradas isentas de lesão – 
Pode apresentar algum componente neurológico ou hemodinâmico, não identificado anteriormente 
Preta: Prioridade 0, óbito ou grande dificuldade para reanimação 
Importante: Isso deve ter uma reavaliação contínua – Há mudança de prioridade: Equipe deve estar atenta. Ex: Vermelho 
pode evoluir pra preto, assim como para amarelo. 
Avaliação primária e tratamento inicial: Risco imediato de vida 
Avaliação secundária: Exame completo 
Avaliação primária: ABCDE 
 Monitorização + reavaliação 
o A: Via aérea + Proteção cervical – reavaliar 
o B: Ventilação – reavaliar 
o C: Circulação e condição hemodinâmica – reavaliar: Estratificar Glasgow, olhar as pupilas antes da intubação 
2 
 
o D: Neurológico – reavaliar 
o E: Exposição – reavaliar 
 
A – VIAS AÉREAS E COLAR CERVICAL: 
 Existe lesão de coluna cervical? 
 Existe obstrução de vias aéreas? 
 Colar cervical em todos os pacientes (obs minha – Prof. Nilo falou diferente, aplica protocolo nexus antes de colocar e 
para retirar) 
 Quando retirar? Regra canadense ATLS 10: consciente, mov os 4 membros e sem relato de dor na coluna cervical. 
Ideal: Exame de imagem da cervical 
 Elevação do mento/tração da mandíbula 
 Aspiração e retirada de corpos estranhos (com sondas rígidas) 
 Ventilação com AMBU 
 Estabelecer via aérea definitiva 
 Quando? 
 Se for sedar o paciente, calcule Glasgow! 
 Proteção de vias aéreas: 
o Inconsciência 
o Fraturas faciais 
o Risco de aspiração e obstrução 
 Necessidade de ventilação: 
o Apneia 
o Mecânica inadequada (tórax instável com 
respiração paradoxal é o protótipo) 
o Troca gasosa ineficiente 
 Como? 
o Intubação oro/nasotraquel = IOT 
ASSISTIDA POR DROGAS + 
LIBERAÇÃO DE 
VIDEOLARINGOSCOPIA PARA IOT – 
ATLS 10 
o Critotireoidostomia punção 
o Critotireoidostomia cirúrgica 
o Traqueostomia 
Material de aspiração: Devem estar disponíveis e funcionando (previamente testados) 
B – RESPIRAÇÃO (TROCA GASOSA) 
 Como é a clínica do paciente? 
 Como está sua oximetria de pulso? 
 “Procuram-se os Vilões’: Pneumotórax hipertensivo, pneumotórax aberto, hemotórax maciço, tamponamento cardíaco, 
lesões de arvores tráqueo-brônquica, tórax instável com contusão pulmonar não entra mais 
 Oxigênio suplementar 
 Toracocentese – 5º espaço intercostal anterior linha axilar média – ATLS 10 (Antes era 2º) 
 Drenagem pleural – Drenos de menor calibre 28 e 32 
 Ventilação mecânica 
 Laparotomia 
Pneumotórax Hipertensivo: 
DIAGNÓSTICO É CLÍNICO – Rx é dispensável 
 Desvio de traqueia e mediastino para lado op 
 Turgência jugular 
 Cianose, dispneia intensa 
 Choque ou PA muito baixa 
 Fala entrecortada 
Conduta inicial: 
3 
 
 Punção no 5º espaço intercostal, linha axilar média com jelco no 14 ou 16 = Descompressão imediata. 
 Drenagem em selo d’agua 
Pneumotórax Aberto: 
 A inspeção: Ferida torácica, orifício tem que superar 2/3 do orifício traqueal 
 Ruído: Traumatopneia 
 Conduta: Curativo de 3 pontos 
 Drenagem em selo d’agua – Nunca no local da lesão 
 Em casos mais graves, intubação + VM e correção cirúrgica da ferida 
Tórax instável / Contusão pulmonar: 
 Movimento paradoxa do tórax, devido as múltiplas fraturas dos arcos costais 
 É comum a associação com contusão pulmonar: hipóxia e dor importantes 
 Existe assimetria e incoordenação no movimento torácico 
 Essa assimetria pode estar ausente inicialmente, devido a espasmos da musculatura torácica (por causa da dor) 
 
Hemotórax Maciço: 
 Perda >1,5 L na cavidade torácica 
 Choque hipovolêmico 
 Ventilação + Reposição de volume + Drenagem selo d’agua (esperado até 1000ml), se acima, considerar toracotomia 
C- CIRCULAÇÃO: 
 Cor e temperatura da pele? 
 Enchimento capilar? 
 Pulso e pressão arterial? 
 FAST 
 Fluxo urinário 
 Hemorragia extensa? 
 Compressão e tamponamento 
 Acesso venoso calibroso – ATLS 10 / intra-óssea (antes 
eram 2 acessos, hoje 1 calibroso basta) 
 Coleta de sangue para exames – Coagulograma, tipo 
sanguíneo, BHCG (mulheres em idade térmica) 
 Infusão rápida de ringer-lactato aquecido 39º? TCE não 
precisa mais – 1L + ácido tranexâmico 1g até 3h 
 Transfusão de sangue – 1 + 1 + 1 ch/plasma/c plaquetas 
 Hemostasia definitiva 
 Hipovolemia? Choque cardiogênico 
D- EXAME NEUROLÓGICO: 
 Exame de pupila 
 Explorar a cabeça a procura de TCE e hemorragias (otorragias / olho de guaxinim, etc) 
 Glasgow ou AVDN 
 A = Alerta 
 V = Verbal 
 D = Dor 
 S = Sem resposta 
 
E- EXPOSIÇÃO: 
 Despir e realizar exame completo, inclusive dorso 
 Evitar hipotermia: Aquecer soluções, proteger o paciente, controlar o ambiente 
 Movimentos sincronizados 
Medidas auxiliares iniciais: 
 Sondagem vesical/gástrica – fratura de base de crânio: CUIDADO 
4 
 
 Radiografias tórax, pelve – mandatórias no trauma fechado, não se faz mais rx cervical!! 
 Lavado peritoneal – Se não houver possibilidade do FAST 
 USG abdominal 
Avaliação secundária: 
 História 
o A - Alergia 
o M - Medicamentos 
o P – Prenhez 
o L – Líquidos e alimentos ingeridos 
o A – Ambiente: É a cinemática do trauma. Informações dos bombeiros, resgate ou leigos. 
 Exame físico: FUNDAMENTAL QUE SEJA COMPLETO – Parte anterior, lateral, posterior 
o Exame físico minucioso, crânio-caudal 
o “Dedos e tubos em todos os orifícios.” 
Medidas auxiliares secundárias: 
Paciente instável? Não se leva o paciente para fazer uma TC, existe o momento adequado para isso! 
 TC 
 Estudos radiológicos complementares – cervical, extremidades, processo odontoide e coluna tóraxo-lombar 
 Endoscopia 
 USG (não é o FAST, aqui vai ser feita pelo médico radiologista) 
Tratamento definitivo: 
 Estabilização inicial 
 Diagnóstico especifico 
Conclusões e alertas: 
 Ação continuada de reconhecimento de lesões primárias e possibilidades de complicações que o paciente pode 
apresentar secundariamente – Insuficiência renal, acidose, arritmia, etc... 
 Praticar o ATLS

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