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Princípio do dispositivo, do inquisitivo e do impulso oficial

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TGP | Maria Eduarda Q. Andrade 
 
pág. 1 
 
Princípio do Dispositivo 
 
As pessoas tem direito de exercer ou não 
seus direitos, de acordo com suas vontades. 
 
Existe liberdade de apresentar ou não ou seu 
problema/pretensão em juízo = é o princípio 
da disponibilidade processual. 
® Tal princípio sofre restrição na ceara 
processual penal, já que o ilícito penal 
importa a toda a comunidade, 
vigorando o princípio da 
indisponibilidade. Caso o Ministério 
Público peça o arquivamento do 
Inquérito Penal, deverá fundamentar 
sua posição e mesmo assim o juiz 
poderá não concordar. 
 
No processo civil, a instauração do processo 
depende da iniciativa da parte autora. 
¨ Art. 2º do CPC. 
 
Também as provas e alegações do processo 
dependem da iniciativa das partes, a fim de 
que se guarde ao juiz a imparcialidade. 
 
® Princípio da livre investigação das 
provas, isto é, o autor e o réu é quem 
pedem/ juntam a produção das 
provas. 
 
Porque? Porque o no processo civil não se 
“preocupa” com a verdade real, mas sim 
com a verdade processual (a verdade do 
processo), o juiz irá julgar com o que está no 
processo. 
 
® Ao autor cabe a provar OS FATOS 
CONSTITUTIVOS. 
® Ao réu cabe provar OS FATOS 
MODIFICATIVOS, EXTINTIVOS E 
IMPEDITIVOS do direito do autor. 
São as partes que decidem pela conveniência 
ou inconveniência de demonstrar a verdade. 
 
® Mas o juiz não é mero espectador. 
 
Atualmente o juiz, além de impulsionar o 
andamento do feito, poderá determinar a 
produção de provas ex officio, conhecendo 
de ofício algumas questões que dependiam 
de alegações da parte. 
 
® No processo penal o juiz sempre teve 
a livre investigação da prova. 
 
O processo civil atual permite que o juiz 
determine a realização de provas de ofício. 
 
Nas causas cíveis, onde há interesse público 
envolvido, o juiz busca a verdade real. 
¨ Art. 370, CPC – provas. 
¨ Art. 385 – interrogatório das partes e 
depoimento pessoal. 
 
DEPOIMENTO PESSOAL tem finalidade de 
buscar a verdade real = confissão real. 
 
É algo cruzado, o autor pode exigir que o réu 
testemunhe, assim como, o réu pode exigir 
que o autor testemunhe. 
 
Então, o autor, por exemplo, NÃO pode 
dizer “eu quero dizer, eu quero testemunhar” 
não tem direito de ser ouvido, tudo o que 
deveria ser dito já está na petição inicial ou 
na contestação. 
® Depoimento pessoal serve como 
prova. 
 
O juiz pode tomar a iniciativa do depoimento 
das partes? 
Sim, ele pode buscar a verdade do 
processo = princípio do inquisitivo. 
TGP | Maria Eduarda Q. Andrade 
 
pág. 2 
 
Princípio do Inquisitivo 
 
 A jurisdição é inerte, o juiz age após 
provocado pelo autor. 
 
É a parte que promove a iniciativa da ação, é 
o chamado princípio da demanda – nemo 
judex sine actore. 
¨ Art. 2º, CPC. 
 
Autor e réu formulam seus pedidos no 
processo = princípio do dispositivo. 
 
Após ser provocado, o juiz age com impulso 
oficial, podendo praticar atos de ofício, até 
sentença. 
® O princípio do inquisitivo é do juiz 
 
Nosso sistema é híbrido: mistura de princípio 
do inquisitivo e princípio do dispositivo. 
 
Exemplo: Determina produção de provas de 
ofício. 
 
Exemplo: retira bem penhorado que não 
está bem cuidado, como semoventes. 
 
Exemplo: atuação de ofício em jurisdição 
voluntária, aqui o juiz atua fiscalizando e 
administrando bens particulares. 
 
Princípio do Impulso Oficial 
 
Compete ao juiz, uma vez instaurada a 
relação processual, mover o processo até o 
final, mover o processo de fase em fase, até 
sentença. 
Mas o exequente (o autor) deve requerer o 
cumprimento da sentença. 
¨ Art. 513, §§1º, CPC. 
¨ Art. 3º, CPC. 
Autor e réu não precisam a todo momento 
requerer o andamento do processo, o juiz 
conduz a marcha processual de ofício. 
 
¨ Preclusão 
 
Garante o avanço progressivo e impede que 
o processo recue. O processo deve andar pra 
frente. O juiz impulsiona o processo. São três: 
 
1. Preclusão Lógica: é quando a parte 
perde o direito/ possibilidade de 
praticar determinado ato processual 
pois já praticou o ato anterior, 
tornando o ato posterior incompatível. 
Art. 487do CC. 
 
2. Preclusão Temporal: Deve haver um 
prazo. Não recorreu no tempo? 
Perdeu, não contestou? Perdeu. 
 
Observação: Não se confunde com a 
prescrição. 
 
® Preclusão é dentro do processo. 
® Prescrição é do direito material, o 
prazo para “começar o processo”. 
 
3. Preclusão Consumativa: é a perda da 
possibilidade do ato processual 
porque já foi consumado. Você já fez 
o ato, e quer fazer novamente, mas 
não pode. 
 
Pro Judicato: e o juiz sofre os efeitos da 
preclusão? 
 
Parte da doutrina assevera que o juiz sofre a 
preclusão consumativa, ele não pode decidir 
o que já foi decidido, mas há decisões 
reapreciáveis de ofício ou a qualquer tempo. 
 
TGP | Maria Eduarda Q. Andrade 
 
pág. 3 
 
Exemplo: juízo de admissibilidade do 
processo, tutela provisória... Há controvérsia. 
 
Essas decisões reapreciáveis estão 
relacionadas naquela inaudita altera parte, 
em que o juiz pode estabelecer uma liminar 
(ouvir o réu só depois) a favor do autor, 
quando o juiz altera sua decisão depois, pois 
o réu consegue provar que o autor estava 
errado. 
 
EM REGRA, se o juiz sentenciou ele não 
pode mudar a sentença, mas há exceções, 
como por exemplo os embargos de 
declaração. 
 
¨ Art. 54 – juiz não julga questões já 
decididas. O pedido de 
reconsideração então não existiria. 
 
4. Preclusão hierárquica: Juiz decidir 
novamente o que tribunal já decidiu – 
Ex. TJ julgou Agravo de Instrumento, 
o juiz de primeira instância não 
poderia mais decidir. 
 
Princípio da Oralidade 
 
No passado o processo já foi exclusivamente 
oral. Hoje temos um procedimento misto. 
Está ligado a princípios como: 
 
® Princípio da concentração: Concentrar 
o maior numero de atos orais (que 
serão documentados), porque se ficar 
dividindo a audiência será muito 
demorado e perderá a qualidade. 
 
® Princípio da imediação ou 
imediatidade; 
 
® Princípio da identidade física do juiz; 
 
® Princípio da irrecorribilidade imediata 
das decisões interlocutórias: na 
audiência, o advogado não recorre 
imediatamente, se manifesta por 
protesto e interpõe todas elas na 
apelação, no processo do trabalho. 
 
Importante: Tem mais presença no processo 
do trabalho e no procedimento dos juizados 
especiais cíveis da lei n. 9.099/95.

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