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Caderno de Estudo de Patologia Bucal

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CAMPUS PARQUE ECOLÓGICO e BENFICA 
Curso de Odontologia 
Disciplina: Patologia Bucal 
Práticas em Microscopia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO DE PATOLOGIA BUCAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALUNO (A): Lara de Aquino Santos 
 
MATRÍCULA: 19.2.000510 ANO: 2 0 2 1 SEMESTRE: 4 
 
CAMPUS: Parque Ecológico MANHÃ ( ) NOITE ( X ) 
DESENVOLVIDO POR: 
 
KECYNARA COSTA BARBOSA 
 
SOB ORIENTAÇÃO DA PROFESSORA: 
 
KARINE CESTARO MESQUITA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO DE PATOLOGIA BUCAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2020 
3 
 
 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 4 
GUIA DE ESTUDO EM PATOLOGIA BUCAL ...................................................... 5 
ALTERAÇÕES DE EPITÉLIO ................................................................................. 6 
CAPÍTULO 01 – LESÕES PERIAPICAIS ............................................................... 7 
GRANULOMA PERIAPICAL .................................................................................. 7 
CISTO PERIAPICAL ................................................................................................ 9 
CAPÍTULO 02 – LESÕES REACIONAIS .............................................................. 11 
GRANULOMA PIOGÊNICO ................................................................................. 11 
LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES ................................................ 13 
CAPÍTULO 03 – LESÕES TRAUMÁTICAS ......................................................... 15 
HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA ........................................................ 15 
FIBROMA TRAUMÁTICO .................................................................................... 17 
MUCOCELE ........................................................................................................... 19 
CAPÍTULO 04 – LESÕES POTENCIALMENTE MALIGNAS E CEC ............... 21 
LEUCOPLASIA...................................................................................................... 21 
ERITROPLASIA .................................................................................................... 23 
DISPLASIA ............................................................................................................ 25 
QUEILITE ACTÍNICA ........................................................................................... 27 
CARCINOMA EPIDERMÓIDE ............................................................................. 29 
CAPÍTULO 05 – CARCINOMA DE GLÂNDULAS SALIVARES ....................... 33 
CARCINOMA ADENOIDE CÍSTICO .................................................................... 33 
CARCINOMA MUCOEPIDERMÓIDE .................................................................. 35 
CAPÍTULO 06 – TUMOR BENIGNO..................................................................... 37 
AMELOBLASTOMA ............................................................................................. 37 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 42 
4 
 
 
APRESENTAÇÃO 
Caro aluno (a), seja bem-vindo (a)! 
Este Caderno de Patologia Bucal foi confeccionado com a finalidade de orientá- 
lo e de facilitar sua caminhada neste semestre em todas as atividades práticas da 
disciplina. 
O Caderno de Patologia Bucal agrega mecanismos que são considerados 
extremamente importantes para diagnóstico e tratamento das doenças bucais, 
proporcionando confiança e qualidade na prática laboratorial e futuramente na 
Clínica Escola de Odontologia. 
Pretende-se, com esse material, fornecer ferramentas para a compressão de 
características fisiopatológicas das lesões vistas no laboratório de microscopia e 
torná-lo apto a interpretar e visualizar aspectos relevantes de cada lesão na 
lâmina histopatológica. 
Iremos compreender o conceito de cada lesão, identificar as características clínicas, 
radiográficas, histopatológicas, localização, epidemiologia e o 
tratamento/prognóstico nos capítulos discutidos no decorrer deste caderno. 
 
 
Bons Estudos! 
Esquipe de Patologia Bucal 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Livro: Patologia Oral e Maxilofacial (Brad W. Neville). 4ª Edição, 2016 
6 
 
 
ALTERAÇÕES DO EPITÉLIO 
 
 
 
ALTERAÇÃO CONCEITO 
Acantose Aumento, espessamento da camada espinhosa. 
Granulose Aumento, espessamento da camada granulosa. 
Papilomatose Projeções de “forma de dedo” sobre o tecido conjuntivo. 
Hiperparaceratose Aumento da produção da camada de ceratina com núcleos 
aprisionados. 
Hiperortoceratose Aumento da produção da camada de ceratina sem núcleos 
aprisionados. 
Disceratose Acúmulo intracelular de ceratina. 
Degeneração Vacuolar Acúmulo de líquido intracelular. 
Espongiose Acúmulo de líquido intercelular. 
Exocitóse Célula inflamatória no tecido epitelial. 
Acantólise Não há ligação entre as células, causa uma fenda intraepitelial. 
 
ACANTÓLISE – PAPILOMATOSE – ACANTOSE – DEGENERAÇÃO VACUOLAR – 
HIPERPARACERATOSE – DISCERATOSE – GRANULOSE – EXOCITOSE – 
HIPERORTOCERATOSE – ESPONGIOSE 
7 
 
 
CAPÍTULO 1 
LESÕES PERIAPICAIS 
GRANULOMA PERIAPICAL 
 
Granuloma Periapical 
Massa de tecido de granulação com 
inflamação crônica ou subaguda no ápice 
de um dente não vital. 
 
 
 
 
 
 
 
 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Região de periápice; 
 Fase aguda gera dor latejante constante; 
 Fase crônica sintomas associados diminuem; 
 Massa de tecido de granulação; 
 Dente associados não possuem vitalidade. 
 
 
 
 CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS 
 Apresenta área radiolúcida bem definida associada ao ápice do 
dente não vital; 
 Reabsorção óssea/radicular; 
 Lesão pode ser circunscrita ou mal definida; 
 Sem borda radiopaca. 
 
 
 
 
 
Não é possível realizar diagnóstico radiográfico entre cisto e granuloma, 
somente o exame histopatológico é capaz de dar um diagnóstico com 
segurança. 
8 
 
 
 
 
 Tecido de granulação circundado por tecido conjuntivo fibroso; 
 Cápsula de tecido fibroso; 
 Infiltrado de linfócitos, neutrófilos, plasmócitos, mastócitos e eos.; 
 Cristas de colesterol; 
 Células gigantes multinucleadas. 
 
 
 
 
1 - Cristas de Colesterol. Seta Amarela - Células Gigantes. 
 
 
 Tratamento endodôntico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
TRATAMENTO 
A N O T A Ç Õ E S 
9 
 
 
CAPÍTULO 1 
LESÕES PERIAPICAIS 
 
CISTO PERIAPICAL 
 
 
 
 
 
 
 
Cisto Periapical 
Parede de tecido conjuntivo fibroso revestido 
por epitélio com um lúmen contendo fluído e 
resíduos celulares. 
 
 
 
 
 
 
 
 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Não causa aumento de volume; 
 É necessaria à inflamação periapical do granuloma; 
 Cisto inflamatório mais comum (7-54%); 
 Crescimento lento e não atinge um tamanho grande; 
 Assintomático; 
 Dentes associados não possuem vitalidade. 
 
 
 CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS 
 Área circunscrita radiolúcida na região periapical; 
 Lesão delimitada com linha radiopaca circundando a lesão; 
 Pode ser associado com deslocamentos dentários; 
 Perda da continuidade da lâmina dura. 
 
 
 
 
 
 
 
Não é possível realizar diagnóstico radiográfico entre cisto e granuloma, 
somente o exame histopatológico é capaz de dar um diagnóstico com 
segurança. 
10 
 
 
 
 
 Tecido epitelial revestindo a cavidade; 
 Epitélio escamoso estratificado não-queratinizado; 
 Exocitóse (crônico ou misto), espongiose e hiperplasia; 
 Tecido conjuntivo denso; 
 Corpúsculo de Rushton e Corpúsculo de Russel; 
 Fendas de cristais de colesterol. 
 
 
 
 
1 - Lúmen. 
 
2 - Epitélio - Revestimento3 - Cápsula Fibrosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tratamento endodôntico. 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
TRATAMENTO 
A N O T A Ç Õ E S 
11 
 
 
CAPÍTULO 02 
LESÕES REACIONAIS 
GRANULOMA PIOGÊNICO 
 
 
Granuloma Piogênico 
Crescimento nodular na cavidade oral de 
natureza não neoplásica em resposta a 
uma irritação local ou trauma. 
 
 
 
 
 
 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Pode exibir crescimento rápido; 
 Coloração eritematosa e sangramento a palpação; 
 Superfície ulcerada, podendo apresentar áreas esbranquiçadas ou 
amarelas. 
 Consistência amolecida (nova) ou firme (velha); 
 Base séssil ou pediculada. 
 
 LOCALIZAÇÃO 
 Gengiva, língua ou mucosa jugal. 
 
 
 EPIDEMIOLOGIA 
 Má higiene oral – Acúmulo de biofilme e cálculo dentário; 
 Trauma local de baixa intensidade; 
 Medicamentos que causam hiperplasia gengival. 
 
 
 
 
 
Os Granulomas Piogênicos acometem frequentemente mulheres grávidas e 
recebem os termos de tumor gravídico ou granuloma gravídico. 
12 
 
 
 
 
 Presença de vasos sanguíneos de pequeno calibre; 
 Inflamação crônica com áreas agudizadas; 
 Tecido conjuntivo envolvendo os capilares sanguíneos. 
 Proliferação vascular, semelhante a tecido de granulação com va- 
sos ectásicos; 
 Superfície ulcerada e substituída por uma espessa membrana fibri- 
nopurulenta. 
 
 
Seta preta – Tecido epitelial atrófico Seta vermelha - Inflamação Difusa. 
 
* amarelo - Vasos Ectásicos. 
 
 
 Remoção cirúrgica: Excisional + Remoção do fator causal: Raspagem 
 supra e/ou subgengival, exodontia. 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
TRATAMENTO 
A N O T A Ç Õ E S 
13 
 
 
CAPÍTULO 02 
LESÕES REACIONAIS 
 
LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES 
 
 
Lesão Periférica de Células 
Gigantes 
Crescimento nodular na cavidade oral 
de natureza não neoplásica, 
considerada como lesão reacional 
causada por irritação local ou trauma. 
 
 
 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Crescimento lento ou rápido; 
 Coloração azulada e um pouco eritematosa (esbranquiçada 
com o passar do tempo); 
 Não é sangrante; 
 Superfície ulcerada sem sintomatologia; 
 Base séssil ou pediculada. 
 
 LOCALIZAÇÃO 
 Gengiva. 
 
 
 EPIDEMIOLOGIA 
 Má higiene oral – Acúmulo de biofilme e cálculo dentário. 
 Trauma local de baixa intensidade. 
 
 
 
 
 
 
A Lesão Periférica de Células gigantes possui uma reabsorção em forma de 
“taça” do osso alveolar subjacente. 
14 
 
 
 
 
 Proliferação de células gigantes multinucleadas em meio às 
células mesenquimais; 
 Células gigantes multinucleadas dentro de uma formação he- 
morrágica de células ovóides e fusiformes. 
 Presença de células inflamatórias. 
 
 
 
* preto - Células gigantes multinucleadas Seta preta - Formação hemor- 
 
rágica de células ovóides e fusiformes. Região do círculo pontilhado - Células 
inflamatórias. 
 
 
 Remoção cirúrgica: Excisional; 
 Raspagem periodontal; 
 Exodontia, se necessário. 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
TRATAMENTO 
A N O T A Ç Õ E S 
15 
 
 
CAPÍTULO 03 
LESÕES TRAUMÁTICAS 
 
HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA 
 
 
Hiperplasia Fibrosa 
Inflamatória 
Hiperplasia de tecido conjuntivo fibroso 
que se desenvolve em associação às 
bordas de uma prótese total ou parcial 
mal adaptada. 
 
 
 
 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Crescimento lento; 
 Coloração semelhante à mucosa; 
 Consistência firme a palpação; 
 Apresenta formato foliáceo; 
 Base pediculada (geralmente), mas pode ser séssil. 
 
 
 LOCALIZAÇÃO 
 Geralmente acomete a região de vestíbulo; 
 Palato. 
 
 EPIDEMIOLOGIA 
 Trauma leve e constante associado a próteses removível mal adap- 
tada. 
 
 
 
 
 
 
 
Uma lesão hiperplásica fibrosa similiar é Pólipo fibroepitelial ou fibroma 
por dentadura caracterizado por seu formato semelhante à folha. 
16 
 
 
 
 
 Hiperplasia de tecido conjuntivo; 
 Hipeplasia irregular das cristas epiteliais; 
 Infiltrado inflamatório crônico; 
 Frequente ceratinização; 
 Infiltrado histiolinfoplasmocitário; 
 Acantose, papilomatose e exocitose. 
 
 
Seta azul - Papilomatose. Seta preta - Fibras Colágenas com In- 
filtrado Inflamatório Crônico. 
 
 
 Remoção cirúrgica: Excisional + ajuste da prótese. 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
TRATAMENTO 
A N O T A Ç Õ E S 
17 
 
 
CAPÍTULO 03 
LESÕES TRAUMÁTICAS 
 
FIBROMA TRAUMÁTICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fibroma Traumático 
Hiperplasia reacional do tecido conjuntivo 
fibrosa em resposta a irritação ou trauma 
local, considerado “neoplasia” mais comum 
da cavidade oral. 
 
 
 
 
 
 
 Lesão nodular; 
 Superfície lisa e consistência firme; 
 Coloração rosa, porém pode apresentar-se acinzentada em paci- 
entes negros ou esbranquiçadas em caso de traumas; 
 Base séssil ou pediculada; 
 Pode apresentar ulceração e hiperqueratinização. 
 
 Mucosa jugal (principalmente), mucosa labial, língua e gengiva. 
 
 
 Trauma leve e constante. 
 
 Associado à mordida 
 
 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
LOCALIZAÇÃO 
ETIOLOGIA 
EPIDEMIOLOGIA 
 
Fibroma Traumático é definido como uma patologia reativa e não um 
tumor verdadeiro. 
18 
 
 
 
 
 Hiperplasia de tecido conjuntivo; 
 Intensa produção de fibras colágenas; 
 Epitélio de revestimento normal ou atrófico; 
 Pode apresentar ceratinização; 
 Ausência de infiltrado inflamatório. 
 
 
 
 
 
 
1 – Intensa produção de fibras colá- 
genas. 
 
2 - Epitélio de revestimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Remoção cirúrgica: Excisional + remoção do fator causal (Ex: excesso 
 de restauração). 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
TRATAMENTO 
A N O T A Ç Õ E S 
19 
 
 
CAPÍTULO 03 
LESÕES TRAUMÁTICAS 
MUCOCELE 
 
Mucocele 
Extravasamento de mucina para dentro 
dos tecidos moles por conta da ruptura 
de um ducto de glândula salivar 
 
 
 
 
 
 
 
 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Lesão em forma de bolha ou vesícula; 
 Tamanho limitado; 
 Coloração azulada (quando superficial) ou semelhante a mucosa 
(quando mais profunda); 
 Consistência flutuante; 
 Recidiva comum após estourar. 
 
 
 LOCALIZAÇÃO 
 Lábio inferior (60%), assoalho de boca, palato e língua. 
 
 
 
 EPIDEMIOLOGIA 
 Trauma que causa ruptura do ducto de uma glândula salivar menor, 
havendo extravasamento de mucina para dentro dos tecidos mole. 
 
 
 
 
 
As mucoceles que ocorrem no assoalho de boca são chamadas de Rânulas. 
20 
 
 
 
 
 Presença de mucina na região central; 
 Macrófagos espumosos fagocitando mucina; 
 Presença de células gigantes; 
 Tecido de granulação ao redor da mucina; 
 Fibras colágenas, infiltrado inflamatório crônico e angiogênese. 
 
 
 
1 - Fibras Colágenas com 
Infiltrado Inflamatório Crônico 
e Angiogênese. 
 
* - Tecido de Granulação. 
2 - Mucina. 
 
Setas pretas - Macrófagos. 
 
 
 
 Remoção cirúrgica das glândulas salivares menores envolvidas. 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
A N O T A Ç Õ E S 
21 
 
 
CAPÍTULO 04 
LESÕES POTENCIALMENTE MALIGNAS E CEC 
LEUCOPLASIA 
 
Leucoplasia 
Uma mancha branca ou placa que não pode 
ser caracterizada clínica ou patologicamente 
como qualquer outra doença. 
 
 
 
 
 
 
 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Predileção pelo sexo masculino; 
 Relação com tabagismo, etilismo, HPV e exposição solar; 
 Acomete mais pacientes acima de 40 anos; 
 Potencial de malignização de 5%; 
 Mais prevalente das LPM que acomete a cavidade oral. 
 
 
 
 
 
 LOCALIZAÇÃO 
 Vermelhidãodo lábio; 
 Língua; 
 Assoalho de boca. 
 
 EPIDEMIOLOGIA 
 Tabagismo, etilismo, microorganismos (HPV) e exposição solar. 
 
 
22 
 
 
 
 
 
 Hiperceratose; 
 Acantose; 
 Displasia; 
 Presença de infiltrado inflamatório; 
 Projeções pontiagudas e papilares; 
 Alterações citoarquiteturais; 
 Cristas epiteliais bulbosas. 
 
 Tratamento: Remoção cirúrgica + acompanhamento ao longo prazo, com 
 eliminação dos fatores de risco. 
 Prognóstico: 
 Leucoplasia com displasia leve tem risco de malignização de 7%; 
 Leucoplasia com displasia severa tem risco de malignização de 4-15%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O diagnóstico clínico é LEUCOPLASIA e o diagnóstico/conclusão 
histopatológica é caracterizado por DISPLASIA EPITELIAL de acordo com a 
sua extensão. 
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
A N O T A Ç Õ E S 
23 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 04 
LESÕES POTENCIALMENTE MALIGNAS E CEC 
ERITROPLASIA 
 
Eritroplasia 
Uma mancha ou placa vermelha que não 
pode ser clínica ou patologicamente 
diagnosticada como qualquer outra 
condição. 
 
 
 
 
 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Predileção pelo sexo masculino; 
 Incidência crescente com a idade (> 60 anos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LOCALIZAÇÃO 
 Assoalho de boca; 
 Palato; 
 Língua. 
 
 EPIDEMIOLOGIA 
 Tabagismo, etilismo, microorganismos (HPV) e exposição solar. 
 
 
24 
 
 
 
 
 
 Displasia epitelial intensa; 
 Carcinoma in situ (alterações em todas as camadas do epitélio); 
 Epitélio deixa de produzir queratina e muitas vezes é atrófico; 
 Tecido conjuntivo apresenta inflamação crônica. 
 
 
 
 Remoção cirúrgica excisional + acompanhamento periódico, com 
 eliminação dos fatores de risco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O diagnóstico clínico é ERITROPLASIA e o diagnóstico/conclusão 
histopatológica é caracterizado por DISPLASIA EPITELIAL de acordo com a 
sua extensão. 
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
A N O T A Ç Õ E S 
25 
 
 
CAPÍTULO 04 
LESÕES POTENCIALMENTE MALIGNAS E CEC 
 
DISPLASIA 
 GRAUS DE DISPLASIA 
 
1. Displasia Epitelial Leve 2. Displasia Epitelial Moderada 
 Alterações limitadas à camada Alterações na camada basal até 
 basal. a porção média da camada espi- 
 nhosa. 
 
 
 
 
 
3. Displasia Epitelial Intensa 4. Carcinoma in situ 
 Alterações em quase todas as Alterações em todas as camadas 
 camadas do epitélio, até o nível do epitélio. 
 acima do ponto médio do epitélio. 
 
 
 
 
 
 ALTERAÇÕES HISTOPATOLÓGICAS 
 Hipercromatismo; 
 Nucléolos evidentes; 
 Aumento da relação núcleo citoplasma; 
 Aumento do volume celular; 
 Disceratose; 
 Aumento da atividade mitótica. 
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
1- Cristas epiteliais em forma de gota 2- Mitoses frequentes 
 
3 - Núcleolos aumetados 4- ________________________ 
 
5 - Disceratose 6- Pleomorfismo nuclear 
27 
 
 
CAPÍTULO 04 
LESÕES POTENCIALMENTE MALIGNAS E CEC 
QUEILITE ACTÍNICA 
 
Queilite Actínica 
Condição potencialmente maligna do 
vermelhão do lábio inferior, resultante da 
exposição crônica à luz UV. 
 
 
 
 
 
 
 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Comportamento mais brando em relação as LPM intraoral; 
 Assintomática; 
 Crescimento lento; 
 Predileção pelo sexo masculino; 
 Comum em pessoas pescadores e trabalhadores rurais; 
 Risco de malignização de 10%. 
 
 LOCALIZAÇÃO 
 Lábio inferior. 
 
 
 
 EPIDEMIOLOGIA 
 Exposição solar crônica. 
 
 
 
 
 
Ulcerações crônicas podem se desenvolver e ocasionar um carcinoma 
epidermoide. 
28 
 
 
 
 
 Alterações citoarquiteturais; 
 Epitélio atrófico; 
 Hiperceratose; 
 Infiltrado inflamatório crônico; 
 Elastose solar. 
 
 
 
 
1 - Atrofia epitelial 
 
3 - Fibras Colágenas 
2 - Elastose solar 
 
4 - Hiperortoceratose 
 
 
 Tratamento: Evitar exposição solar ou utilizar fatores protetores, como 
 chapéus e protetor labial. 
 Aplicação de 5-fluouracil, peeling com ácido tricloroacético a 50%, eletro- 
cirurgia, terapia fotodinâmica, laser de CO², vermelhectomia, criocirugia _ 
 ou dermoabrasão. 
 Prognóstico: Risco de malignização de 10%. 
 
 
 
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
A N O T A Ç Õ E S 
29 
 
 
CAPÍTULO 04 
LESÕES POTENCIALMENTE MALIGNAS E CEC 
CARCINOMA EPIDERMÓIDE 
 
 
Carcinoma Epidermóide 
Neoplasia maligna que se origina no epitélio 
de revestimento, considerada a neoplasia 
maligna mais comum na região de boca. 
 
 
 
 
 
 Tempo de evolução rápido; 
 Ausência de sintomatologia dolorosa (lesão pequena); 
 Limites imprecisos; 
 Bordas irregulares; 
 Úlcera com centro necrótico; 
 Área de necrose: Odor fétido, bordas elevadas e consistência dura. 
 
 Roído de taça: Destruição do osso subjacente. 
 
 
 Principal: Assoalho de boca e língua. 
 Palato, lábio, gengiva e mucosa jugal. 
 
 
 
 Tabagismo, etilismo, exposição solar, defiência de ferro e vitamina 
A, infecções (HPV e sífilis), imunossupressão e fatores genéticos. 
 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA 
CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS 
LOCALIZAÇÃO 
EPIDEMIOLOGIA 
30 
 
 
 
 METÁSTASE 
 É a formação de uma nova lesão tumoral a partir de outra, mas sem 
continuidade entre as duas. 
 Migração das células para outras regiões, longe do local de origem. 
 
 
 ESTADIAMENTO 
 É o processo que determina a extensão do tumor, se tem o acometimento 
 dos linfonodos regionais e se há presença de mestástase ou não. 
 
 
 Tamanho do Tumor Primário
TX Nenhuma informação disponível sobre o tumor primário. 
T0 Nenhuma evidência de tumor primário. 
Tis Apenas carcinoma in situ em estágio primário. 
T1 Tumor com menos de 2 cm em seu diâmetro máximo. 
T2 Tumor com 2 a 4 cm em seu diâmetro máximo. 
T3 Tumor com mais de 4 cm em seu diâmetro máximo. 
T4a Massa tumoral com mais de 4 cm de diâmetro com 
envolvimento do antro, músculos pterigóides, base da língua 
ou pele. 
T4a 
T4b 
 Envolvimento do Linfonodo Regional
NX Não conseguiu avaliar a presença de linfonodos acometidos. 
N0 Nenhum nodo clinicamente positivo. 
N1 Um único nodo homolateral clinicamente positivo com menos 
de 3 cm de diâmetro. 
N2a Um único nodo homolateral clinicamente positivo com 3 a 6 
cm de diâmetro. 
N2b Múltiplos nodos homolaterais clinicamente posistivos, 
nenhum com mais de 6 cm de diâmetro. 
N3a Nodo homolateral clinicamente positivo, um deles maior que 6 
cm em diâmetro. 
N3b Nodos bilaterais clinicamente positivos. 
N3c Nodo contralateral clinicamente positivo. 
 Envolvimento por metástase a distância
M0 Nenhuma evidencia de mestástase distante. 
M1 Mestástase distante está presente. 
31 
 
 
 
 CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
 Pérolas de ceratina; 
 Pleomorfismos celular e nuclear. 
 
 
 
 
 
 
1- Cordões de células tumorais 2- Invasão de células epiteliais malignas 
 no tecido conjuntivo 
 
 
Seta Azul- Relação núcleo/citoplasma alterado Seta preta- Figuras de mitose 
32 
 
 
 
 
 
 
Seta Vermelha- Peróla de ceratina 
Seta Amarela- Hipercromatismo 
 GRADAÇÃO HISTOPATOLÓGICA 
1. Grau I/Bem diferenciado 
 Número de características displásicas menores. 
 
 
 
2. Grau II/Moderadamente diferenciado 
 Características displásicas moderada. 
 
 
 
3. Grau III ou IV/Mal diferenciadas/AnaplásicasCaracterísticas displásicas severas. 
 
 
 
 TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
 
 Prioritariamente cirúrgico; 
 Radioterapia (coadjuvnte); 
 Quimioterapia (paliativo). 
 
 
 
33 
 
 
CAPÍTULO 05 
CARCINOMA DE GLÂNDULAS SALIVARES 
CARCINOMA ADENOIDE CÍSTICO 
 
 
Carcinoma Adenoide Cístico 
Neoplasia maligna de Glândula Salivar 
mais comum e mais reconhecido. 
 
 
 
 
 
 Aumento de volume de crescimento lento; 
 Dor inespecífica, constante e de baixo grau, que aumenta de inten- 
 sidade gradativamente; 
 Superfície lisa ou ulcerada; 
 Coloração avermalhada / azulada (apresenta muitos vasos sanguí-_
neos). 
 
 Quando se origina no palato ou no seio maxilar geralmente exibe 
 características radiográficas evidentes de destruição óssea. 
 
 Palato (maior predileção por glândulas salivares menores). 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS 
LOCALIZAÇÃO 
EPIDEMIOLOGIA 
34 
 
 
 
 CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
 Composto por uma mistura de células mioepiteliais e células ductais
apresentando arranjo variado; 
 Tendencia à invasisão perineural. 
Padrões Histológicos 
Padrão Cribriforme Padrão Tubular Variante Sólida 
 Ilhas e ninhos celulares Múltiplos pequenos Lençóis celulares sem 
 contendo múltiplos espa- túbulos. Formação de túbulos e 
 
 ços cilíndricos no interior. Maior atividade mitó- 
 tica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Padrão - Cribiforme 
 
Área circundada – Ilhas e ninhos celulares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
 
 Tratamento: Excisão cirúrgica e radioterapia coadjuvante. 
 Prognóstico: Tumores com padrão sólido possui prognóstico pior em re- 
 lação aos padrões cribiforme e tubular. Tumor com prognóstico ruim tem 
 tendência a recidiva e metástase. 
 
 
35 
 
 
CAPÍTULO 05 
CARCINOMA DE GLÂNDULAS SALIVARES 
CARCINOMA MUCOEPIDERMÓIDE 
 
Carcinoma Mucoepidermóide 
Neoplasia maligna de glândula salivar mais 
comum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dor ou paralisia do nervo facial – associada a lesões de alto grau; 
 Tempo de evolução geralmente rápido; 
 Aumento de volume causando tumefação exofítica; 
 Coloração azulada ou avermelhada. 
 
 
 
 Glândulas salivares maiores: Parótida (45%), submandibular (7%), 
sublingual (1%). 
 Glândulas salivares menores: Palato e mucosa bucal. 
 
 
 
 
 
 Composto por uma mistura de células produtoras de muco e célu- 
las epidermóide, além de células intermediárias. 
 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
LOCALIZAÇÃO 
EPIDEMIOLOGIA 
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
36 
 
 
Graus Histopatológicos 
Baixo Grau Grau Intermediário Alto Grau 
 Formação cística proemi- 3 tipos de células pre- Ilhas sólidas de células 
 nente; sente; escamosas e intermediárias; 
 Atipía celular mínima; Formaçõ cística; Elevado pleomorfismo; 
 
 
 Proporção de células mu- Atipía pode estar evi- Atividade mitótica. 
 cosa elevada. dente; 
 
 Células intermediárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Setas – Células intermediárias 
 
Asteriscos – Células mucosas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
 
 Tratamento cirúrgico, associado à radioterapia. 
 Prognóstico: Baixo grau possui bom prognóstico, com 90-95% de cura, 
 enquanto que o grau intermediário apresente prognóstico levemente pior, 
 e o alto grau possui apena 30-45% de cura. 
 
 
 
 
37 
 
 
CAPÍTULO 06 
TUMOR BENIGNO 
 
AMELOBLASTOMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ameloblastoma 
Tumor com origem no epitélio odontogênico 
(ectoderma), sendo considerado o tumor 
odontogênico mais comum. Dividido nas 
variantes Sólido, Unicístico, Periférico. 
 
 
 
 
 
1. Ameloblastoma Sólido, Convencional, Multicístico 
 
 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Mais comum (86%) e mais agressivo; 
 Possui crescimento lento e assintomático; 
 Predileção de acometimento: Região posterior de mandíbula; 
 Quando atinge grandes proporções causa assimetria facial; 
 Dor e parestesia são incomuns, porém quandoa lesão cresce muito
ela tende a comprimir os nervos. 
 
 CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS 
 Apresenta-se como uma lesão multilocular radiolúcida (bolhas de 
sabão ou favos de mel); 
 Margens por vezes festonadas; 
 Reabsorção em lâmina de faca; 
 Causa expansão de cortical. 
 
 
 LOCALIZAÇÃO 
 Região de acometimento mais comum: Área posterior da mandíbula; 
 Pode acometer maxila também. 
 
38 
 
 
 
 AMELOBLASTOMA DESMOPLÁSICO 
 Tem predileção pela região anterior de maxila; 
 Associado a grande expressão de fatores de crescimento. 
 
 
 
 CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
 
Padrões Histopatológicos 
 Folicular 
 Plexiforme 
 Acantomatoso 
 Células Granulares 
 Desmoplásico 
 Células Basais 
 
 
Folicular Acantomatoso Desmoplásico 
Ninhos e ilhas tumorais; Sofre metaplasia 
escamosa; 
Estroma densamente 
colagenizado; 
Células colunares com 
polaridade invertida; 
Frequente formação de 
ceratina na região central 
do padrão folicular; 
Pequenas ilhas e cordões 
de epitélio odontogênico. 
Células frouxamente dispostas 
semelhantes ao retículo 
estrelado; 
Presença de perólas de 
ceratina. 
 
Pode estar presente 
degeneração cística dentro das 
ilhas e ninhos. 
 
 
 
Plexiforme Células Granulares Células Basais 
Longos cordões 
anastomosados; 
Células apresentam 
citoplasma abundante 
preenchido por grânulos 
eosinofílicos; 
Compostas por ninhos de 
células basaloides 
uniformes; 
Células colunares com 
polaridade invertida; 
Transformação de grupos 
de células epiteliais 
lesionais em células 
granulares. 
Não há retículo estrelado 
na porção central dos 
ninhos; 
Raras formações císticas e 
quando presentes estão no 
estroma; 
 As células periféricas ao 
redor dos ninhos tendem a 
ser cúbicas em vez de 
colunares. 
Estroma arranjado frouxamente. 
 
 
39 
 
 
 
 
 
 
 
 
Padrão Folicular 
Seta- Células colunares com 
polaridade invertida. 
Estrela- Células internas frouxamente 
arranjadas lembrando o retículo 
estrelado. 
Asterisco- Tecido conjuntivo denso 
com aspecto normal. 
Círculo pontilhado- Ilha tumoral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Padrão Plexiforme 
Seta: Células colunares com 
polaridade invertida. 
Círculo pontilhado: Cordões 
anastomosados de epitélio 
odontogênico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
 
 O tratamento é localmente agressivo, devido à necessidade da margem de 
 segurança por conta de recidiva (de até 15%); 
 
 Lesão pequena: Enucleação + osteotomia; 
 
 Lesão grande: Ressecção em bloco. 
 
 
40 
 
 
 
2. Ameloblastoma Unicístico 
 
 Melhor prognóstico; 
 Possui crescimento lento e assintomático; 
 Região mais comum: Posterior de mandíbula; 
 Representa cerca de 10 a 46% de todos os ameloblastomas. 
 
 
 
 
 Apresenta-se como uma lesão radiolúcida unilocular, bem definida;
 Causa expansão ou perfuração de cortical; 
 Pode causar deslocamento ou reabsorções de dentes. 
 
 
 
 
 
 Mais comum na região posterior de mandíbula. 
 
 
 
 
 Proliferação autônoma luminal, intraluminal ou mural; 
 Pode apresentar padrões folicular ou fusiforme (mais comum). 
 
Variantes Histopatológicas 
Luminal 
 Parede cística fibrosa;Revestida com epitélio ameloblástico; 
 Camada basal com células colunares/cúbidas com núcleo hipercromático, 
 com polaridade reversa e vacuolização citoplasmática basilar; 
 Células epiteliais sobrejacentes semelhantes ao retículo estrelado. 
 
 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS 
LOCALIZAÇÃO 
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
41 
 
 
Intraluminal 
 
 Projeções de nódulos de ameloblastoma em direção ao lúmen cístico; 
 Inflamação associada. 
 
 
Mural 
 
 A extensão e a profundidade da infiltração por ameloblastoma pode variar. 
 
 
 
 
 
Padrão Luminal Padrão Mural 
 
Seta preta - Camada basal hiper- 
cromática e polarizada. Seta azul - Projeções de epitélio na cápsula. 
 
* Preto - Células epiteliais sobre- 
jacentes estão frouxamente 
conectadas e lembram o retículo 
estrelado. * Azul - Ilhas de ameloblastoma folicular 
 infiltram a parede de tecido conjuntivo fibroso. 
 
 TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
 
 O tratamento não costuma ser tão agressivo quanto o sólido; 
 Excisão cirúrgica simples; 
 Lesão menor: Enucleação e osteotomia; 
 Lesão grande: Marsupialização, enucleação e osteotomia. 
 
 
 
42 
 
 
REFERÊNCIAS 
EFFIOM, O.A et al. Ameloblastoma: current etiopathological concepts and 
management. Oral Diseases, 24, pp. 307–316, 2018; 
NEVILLE, B.W. et al. Patologia Oral & Maxilofacial. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2016; 
Patologia e Estomatologia UFRGS, disponível em:< http://patoestomatoufrgs.com.br> 
Acesso em 20 julho 2020. 
http://patoestomatoufrgs.com.br/
	DESENVOLVIDO POR:
	SOB ORIENTAÇÃO DA PROFESSORA:
	SUMÁRIO
	APRESENTAÇÃO
	ALTERAÇÕES DO EPITÉLIO
	Granuloma Periapical
	CAPÍTULO 1
	CAPÍTULO 02
	Granuloma Piogênico
	CAPÍTULO 02 (1)
	CAPÍTULO 03
	CAPÍTULO 03 (1)
	CAPÍTULO 03 (2)
	Mucocele
	CAPÍTULO 04
	Leucoplasia
	CAPÍTULO 04 (1)
	Eritroplasia
	CAPÍTULO 04 (2)
	CAPÍTULO 04 (3)
	Queilite Actínica
	CAPÍTULO 04 (4)
	Carcinoma Epidermóide
	CAPÍTULO 05
	Carcinoma Adenoide Cístico
	CAPÍTULO 05 (1)
	Carcinoma Mucoepidermóide
	CAPÍTULO 06
	1. Ameloblastoma Sólido, Convencional, Multicístico
	Padrões Histopatológicos
	Padrão Folicular
	Padrão Plexiforme
	REFERÊNCIAS

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