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lipideos - estrutura e função

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São moléculas quimicamente diversas e insolúveis em 
água. 
 
Funções 
 
Coenzimas, hormônios, transporte de elétrons, 
armazenamento de energia, elementos estruturais de 
membranas biológicas, agentes emulsificantes, 
pigmentos, sinais intracelulares. 
 
Classificação 
 
Simples: triglicerídeos, ceras biológicas. 
Complexos: fosfoglicerídeos, esfingolipídios, glicolipídios. 
Precursores ou derivados: esteróides, lipoproteínas, 
vitaminas lipossolúveis, elcosanóides. 
 
Ácidos graxos x lipídeos 
 
Ácidos graxos apresentam 4 principais funções 
fisiológicas: 
• Elementos que compõem fosfolipídios e glicolipídios. 
• Proteínas são modificadas por ligação covalente de 
ácidos graxos, direcionando-as para membranas. 
• Fontes de energia, sendo armazenados em células 
adiposas (TAGs). 
• Seus derivados: hormônios e mensageiros 
intracelulares. 
 
São ácidos carboxílicos com cadeias hidrocarbonadas de 
comprimento entre 4 a 36 carbonos (C4 a C36). 
Os mais frequentes possuem número par de carbonos. 
Quanto maior a cadeia, mais insolúvel em água. 
Cadeia totalmente saturada (de hidrogênio, com seu 
número máximo possível de hidrogênios em sua 
estrutura) ou contendo uma ou mais duplas ligações 
(insaturada). 
Quanto maior o número de insaturação, maior a 
solubilidade em água. 
 
Nomenclatura 
 
Os AG tem seus carbonos numerados de 2 formas: 
 
 
• Numeração delta: A partir do grupamento carboxila. 
• Numeração ômega: a partir do grupamento metil 
terminal. 
 
As duplas ligações podem ser descritas em número e 
posição em ambos os sistemas: por exemplo: o ácido 
linoleico possui 18 átomos de carbono e 2 duplas ligações, 
entre os carbonos 9 e 10, e entre os carbonos 12 e 13, 
assim, sua nomenclatura pode ser descrita como: 
• 18: 2 Δ9,12 ou 18:2 (9,12) ou ômega6 (família). 
 
 
Ácidos graxos insaturados 
 
Localização das duplas ligações é regular (normalmente 
entre C-9 e C-10 (Δ9) nos monoinsaturados). 
As outras duplas ligações nos ácidos graxos poli-
insaturados são geralmente Δ12 e Δ15. 
As duplas ligações quase nunca são conjugadas, mas 
separadas por um grupo metileno. 
Quase todos os ácidos graxos insaturados que ocorrem 
na natureza, as duplas ligações estão na configuração cis. 
 
Cis x Trans 
 
Na natureza, a maioria dos ácidos graxos insaturados 
estão presentes na forma cis, onde os átomos de 
hidrogênio estão do mesmo lado da dupla ligação de 
carbono. 
Nos ácidos graxos trans, os dois átomos de hidrogênio 
estão em lados opostos da dupla ligação (porque elas 
grudam umas nas outras e diminui a sua insolubilidade em 
água). 
 
Os óleos de origem vegetal são ricos em AG insaturados. 
 
 
Entre os polinsaturados, destacam-se os ácidos graxos 
essenciais: ômega 3 e 6, obtidos apenas através da dieta 
(super importantes no desenvolvimento do feto, por isso 
grávidas precisam da suplementação específica deles). 
Presentes em: óleos de canola, de girassol e soja, óleo 
de peixes e mariscos, vegetais de folhas verdes. 
Alguns ácidos graxos da família ÔMEGA-3 são 
importantes para o funcionamento da retina e 
desenvolvimento cerebral em bebês. 
 
Triacilgliceróis/ triglicerídeos/ gorduras neutras 
 
Os lipídeos mais simples, construídos a partir dos ácidos 
graxos (3 cadeias de AC 
esterificadas, por conta da 
ligação éster, juntos do glicerol). 
A maioria dos TAGs são mistos. 
 
Nos animais vertebrados, os adipócitos armazenam 
grandes quantidades de TAGs (80%) como gotículas de 
gordura (combustível energético). 
 
Vantagens em usar TAGs como combustível 
armazenado 
Sua oxidação fornece mais energia que a oxidação dos 
açúcares, por possuírem um potencial de oxidação maior 
também. 
Por serem hidrofóbicos, são armazenados na ausência de 
água. Já os polissacarídeos, para cada grama armazenado 
estão associados 2 gramas de água. 
 
Em alguns animais, TAGs armazenados sob a pele 
servem também como isolantes contra baixas 
temperaturas. Em animais em hibernação, as enormes 
reservas de gordura fornecem isolamento e armazenam 
energia. 
 
Solubilidade e transporte 
 
 Os lipídeos são substâncias pouco solúveis em água e, 
por isso, eles se associam a proteínas para serem 
transportadas, as lipoproteínas. Elas são compostas por 
lipídeos apolares, lipídeos polares e proteínas. A porção 
proteica desta partícula é chamada apolipoproteína, que 
pode constituir de 1 a 60% do complexo, dependendo da 
lipoproteína. 
Ácidos graxos livres circulam no sangue ligados a uma 
proteína sérica, soroalbumina. 
Quilomícron (lipoproteínas) - TAG (16%), fosfolipídios 
(30%), colesterol (14%), colesteril ésteres (36%), AG de 
cadeia longa (4%). Responsáveis pelo transporte de 
lipídeos da dieta (lipídeos exógenos) para o resto do 
corpo. 
 
Quilomícrons remanescentes, que ainda contêm 
colesterol, serão direcionados ao fígado. 
 
VLDL, IDL, LDL, HDL. 
 
As diferentes lipoproteínas divergem quanto à sua 
composição, dando origem a partículas de diferentes 
densidades. 
Como a gordura é menos densa que a água, a densidade 
de uma lipoproteína diminui à medida que aumenta a 
proporção entre lipídeos e proteínas. 
 
VLDL 
 
A ingestão de gordura em excesso leva a sua conversão 
em triacilgliceróis (forma que a gordura é armazenada) 
no fígado. Os triacilgliceróis gerados no fígado associam-
se com as VLDLs. 
AS VLDLs liberadas na circulação levam esses 
triacilgliceróis para outros tecidos do corpo 
(principalmente músculo e tecido adiposo), onde serão 
utilizados para estoque ou obtenção de energia. 
 
As VLDLs que não forem captadas pelos tecidos podem 
se transformar. 
 
LDL 
 
São as lipoproteínas responsáveis pelo transporte 
(carregadoras primárias) de colesterol para suprir a 
demanda dos diferentes tecidos extra-hepáticos. É o 
maior transportador de colesterol, pega o colesterol que 
sobra das VLDLs e transporta ele para os demais tecidos. 
 
HDL 
 
O fígado e o intestino delgado sintetizam e secretam as 
menores e mais hidrossolúveis lipoproteínas, as HDLs. 
Elas são, inicialmente, pobres em colesterol e não 
contêm ésteres de colesterol. Seu papel é realizar o 
transporte reverso do colesterol, que consiste em 
capturar colesterol e ésteres de colesterol dos tecidos 
periféricos ou extra-hepáticos e levá-los para o fígado. 
 
Colesterol - dependendo de qual lipoproteína se liga ele 
será o bom ou o ruim. 
 
 
Problemas do colesterol 
 
O excesso de colesterol e LDL no organismo pode 
causar também a aterosclerose. 
Ateroma - 
Os depósitos de gordura que podem se formar nas 
paredes dos vasos sanguíneos, caracterizando o 
desenvolvimento da placa de gordura que caracteriza o 
ateroma. As artérias ficam ásperas e estreitas, há perda 
da elasticidade e o fluxo de sangue diminui, 
comprometendo a circulação do coração (enfarte do 
miocárdio), rins (trombose de artéria renal) e cérebro 
(AVC). 
 
Exame de sangue 
Colesterol total = LDL colesterol + HDL colesterol + 
TAG. 
 
Altos níveis de LDL são 
ruins e altos valores de 
HDL são bons. Uma 
outra maneira de 
analisar o risco de 
ataque cardíaco é a 
relação LDL/HDL. 
Valores de 3,2 para 
mulheres e 3,5 para 
homens significam um risco médio de sofrer um ataque 
cardíaco. Razões de 1 e 1,5 para mulheres e homens, 
respectivamente, significam uma redução do risco pela 
metade. Por isso, há quem chame o LDL de "colesterol 
ruim" e HDL de "colesterol bom". 
 
LDL x HDL

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