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Aula 5 - Teoria geral da prova e meios de prova

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Teoria Geral da Investigação
e Perícia
Aula 5 - Teoria geral da prova e meios de prova
INTRODUÇÃO
O termo prova vem do latim probatio que signi�ca ensaio, veri�cação, inspeção, exame, argumento, razão, aprovação
ou con�rmação.
Daí vem o verbo provar - probare - signi�cando ensaiar, veri�car, examinar, reconhecer por experiência, aprovar, estar
satisfeito com algo, persuadir alguém a alguma coisa ou demonstrar.
Para Adalberto José Q. T. Camargo Aranha, prova, no sentido jurídico, representa os atos e meios usados pelas partes
e reconhecidos pelo juiz como sendo a verdade dos fatos alegados.
Paulo Rangel de�ne a prova como o meio instrumental de que se valem os sujeitos processuais (autor, juiz e réu) de
comprovar os fatos da causa, ou seja, os fatos deduzidos pelas partes como fundamento do exercício dos direitos de
ação e de defesa.
Falaremos mais sobre esse assunto, nesta aula.
Bons estudos!
OBJETIVOS
Compreender o regramento da prova no sistema acusatório;
Analisar a interpretação sobre elementos informativos ou evidências e a prova processual;
Identi�car as diversas formas de meios de se demonstrar formalmente a verdade na investigação no processo.
Ao iniciar esta aula você conheceu o signi�cado do termo prova. No entanto, esse tema traz alguns questionamentos
que necessitam ser respondidos.
Camargo Aranha vai mais longe e diz que:
Fonte: sumkinn / Shutterstock
Fonte: Andrey_Popov / Shutterstock
Fonte: Prath / Shutterstock
Atenção
, Desse modo, desde que os meios de prova não sejam indignos, imorais, ilícitos ou ilegais, respeitando a ética e o valor da pessoa
humana, poderão ser admitidos no processo, mesmo que não sejam legalmente relacionados no Código de Processo Penal.
Fonte: vicvic13 / Shutterstock
Fonte: NEstudio / Shutterstock
Fonte:
A pessoa física é o sujeito ativo da prova e o juiz, o seu receptor.
Saiba Mais
, No entanto, quanto à titularidade, não se pode dizer que a prova é de uma ou de outra parte, ou seja, não existem provas da
acusação e da defesa, mas sim, provas do processo, do juízo, conforme se verá no estudo do princípio da comunhão da prova.
PRINCÍPIOS APLICÁVEIS ÀS PROVAS
Veja, a seguir, os princípios que são aplicáveis às provas.
Autorresponsabilidade das partes
Cada parte deverá suportar ou assumir as consequências de sua inatividade, erros e
negligência, pois a demonstração do fato caberá a quem interessar.
Aquisição ou comunhão da prova
Fonte: Evlakhov Valeriy / Shutterstock
Fonte: Lisa S. / Shutterstock
Toda prova produzida servirá a ambas as partes e ao juiz, já que é colhida no interesse da
justiça e da busca da verdade.
O ônus de produzir a prova pertence a cada parte que tenha interesse, mas, uma vez
produzida a prova, existirá sua comunhão.
Veja um exemplo de julgado sobre o tema:
“Exame grafotécnico e recusa do investigado 
Informativo STF 639 de setembro de 2011
A 2ª Turma denegou habeas corpus em que se sustentava a nulidade de sentença
condenatória por crime de falso, sob a alegação de estar fundamentada em prova ilícita,
consubstanciada em exame grafotécnico a que o paciente se negara realizar. Explicitou-se
que o material a partir do qual fora efetuada a análise grafotécnica consistira em petição
para a extração de cópias, manuscrita e formulada espontaneamente pelo próprio paciente
nos autos da respectiva ação penal. Consignou-se inexistir ofensa ao princípio da proibição
da auto-incriminação, bem assim qualquer ilicitude no exame grafotécnico. Salientou-se que,
conforme disposto no art. 174, II e III, do CPP, para a comparação de escritos, poderiam
servir quaisquer documentos judicialmente reconhecidos como emanados do punho do
investigado ou sobre cuja autenticidade não houvesse dúvida. Em seguida, aduziu-se que a
autoridade poderia requisitar arquivos ou estabelecimentos públicos do investigado, a quem
se atribuíra a letra. Assentou-se que o fato de ele se recusar a fornecer o material não
afastaria a possibilidade de se obter documentos. Ademais, mesmo que se entendesse pela
ilicitude do exame grafotécnico, essa prova, por si só, não teria o condão de macular o
processo. Por �m, em relação à dosimetria, assinalou que o STF já tivera a oportunidade de
a�rmar entendimento no sentido de que, uma vez reconhecida a continuidade delitiva, a
exasperação da pena, a teor do que determina o art. 71 do CP, ocorreria com base no
número de infrações cometidas. HC 99245/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, 6.9.2011. (HC-
99245)”
Audiência Contraditória
Toda prova admitirá uma contraprova. A audiência, portanto, é bilateral sob pena de
nulidade, por força do princípio da bilateralidade da audiência.
Oralidade
Com as reformas do Processo Penal, tanto no procedimento comum, quanto no Tribunal do
Júri, predomina a oralidade, pois o juiz deve formar sua convicção pela observação viva e
dinâmica dos fatos, situação que somente o processo oral permite.
Concentração
De�ui do princípio da oralidade que obriga a uma maior concentração das provas em
audiência, com celeridade na sua coleta. Não obstante, é possível abrir exceções quando for
imprescindível fracionar a audiência.
Publicidade
A regra é que a produção da prova, assim como qualquer ato judicial, seja pública, somente
podendo ser restringida a publicidade em casos expressamente previstos em lei.
Livre Convencimento Motivado
As provas não são previamente valoradas. Não vigora em nosso processo penal o critério da
prova tarifária em que cada prova tem um valor previamente �xado em lei, pois o julgador
tem liberdade de valorar as provas de acordo com sua consciência e convencimento, desde
que motivadamente e não extrapolando o que consta do processo.
Além do princípio do livre convencimento motivado ou persuasão racional - adotado no
Brasil - e, ainda, resquícios da prova tarifada, existe, ainda, o sistema da íntima convicção no
qual o juiz tem total e irrestrita liberdade para coligir e apreciar as provas, sem qualquer
necessidade de fundamentar suas decisões. Esse sistema é adotado no Brasil somente no
Tribunal do Júri.
ÔNUS DA PROVA E PRODUÇÃO PROBATÓRIA PELO JUIZ
Primeiramente se faz necessário distinguir entre ônus (encargos) e dever jurídico. Veja:
Também chamado de encargo, é uma faculdade que o sujeito processual pode suportar consigo mesmo, ou seja, por
conta e risco, pois se não praticar o ato na qual a lei processual imputa um ônus, em especial, a prova, correrá o risco
de não obter a vantagem pretendida no processo. Portanto, não se trata de mera faculdade, pois, nesta nada é exigido.
O ônus é uma faculdade na qual o sujeito do processo suporta uma desvantagem que pode-lhe acarretar prejuízo, no
entanto, não poderia alegar nulidade pois o disposto no art. 565 do Código de Processo Penal, incide o princípio do
nemo turpitudinem suam allegare potest, na qual ninguém pode se bene�ciar de sua própria torpeza.
No dever jurídico há sempre uma sanção prevista para o seu descumprimento, situação que não ocorre quando se está
diante de um simples ônus processual.
No Processo Penal Brasileiro, a regra é a de que quem alega um fato tem o ônus (ou encargo) de prová-lo, sob pena de
não obter a pretendida vantagem. É o que se extrai da leitura do artigo 156 do CPP.
De acordo com o dispositivo supramencionado, o ônus da prova é, em regra, da acusação, que apresenta a imputação
em juízo através da denúncia ou queixa-crime. Entretanto, o réu pode chamar a si o interesse de produzir prova quando
alega em seu benefício algum fato que propicie a exclusão da ilicitude ou da culpabilidade.
O Autor deve fazer prova da ocorrência do fato e de sua autoria, o que inclui o elemento subjetivo (dolo ou culpa),
embora parte da doutrina entenda que o dolo é presumido (entendimento minoritário). Por outro lado, o réu deve fazer
prova da inexistência do fato ou da existência de excludentes de ilicitude, culpabilidade ou punibilidade, bem como, de
qualquer circunstância que lhe traga algum benefício.
Fonte:
Cabe à defesa, na verdade, fazer prova dos fatos impeditivos (exclusão dodolo ou da culpabilidade), modi�cativos
(excludentes de ilicitude) e extintivos (extinção da punibilidade).
No entanto, não se pode esquecer que, no processo penal, em virtude do princípio da presunção de inocência, o ônus
da defesa não deve ser analisado de forma tão rigorosa, pois, o descumprimento do ônus de provar fato impeditivo,
modi�cativo ou extintivo por parte do réu não acarretará, necessariamente, a procedência do pedido acusatório em
razão do princípio do in dubio pro reo.
O Código de Processo Penal permite que, havendo dúvida que não tenha sido dirimida pela produção probatória das
partes, possa o juiz determinar diligências ou a produção de provas de ofício.
É preciso frisar, entretanto, que o juiz somente deve determinar a produção de provas de ofício quando se tratar de
ação penal pública, pois, na ação penal de iniciativa privada vigora o princípio da disponibilidade.
Atenção
, Entretanto, como no Brasil o sistema processual é acusatório, o juiz só deve agir na busca de provas de forma supletiva e,
quando isso for necessário, a ação do juiz pode ocorrer mesmo antes de iniciada a ação penal (art. 156, incisos I e II, do CPP).
Por �m, existem alguns autores que entendem que a inovação do art. 156, inciso I, do CPP, trazida pela Lei 11.690/08
(glossário), ofende o princípio acusatório e, portanto, o dispositivo deve ter interpretação conforme a Constituição no
sentido de somente ser admissível ao juiz determinar a produção de provas na fase investigatória quando houver
pedido de uma das partes.
ATIVIDADE
Chegou a hora de testar os seus conhecimentos! Responda à questão, abaixo:
As provas produzidas na investigação criminal servem para a condenação do autor do fato?
Resposta Correta
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11690.htm
Glossário

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