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Emilly de Almeida Mello 16A Fisiologia cardíaca Anatomia fisiológica do coração Coração direito bombeia sangue para os pulmões à tronco pulmonar sai do VD Recebe sangue com pouco O2 da VCI, VCS, seio coronário no AD à passa pela valva tricúspide à VD à passa pela valva pulmonar à tronco pulmonar Hematose no pulmão Coração esquerdo bombeia sangue para os demais órgãos e tecidos à aorta sai do VE Sangue com muito O2 vai pelas vv pulmonares e chega no AE à valva mitral à VE à passa pela valva aórtica à aorta As valvas do coração Valvas atrioventriculares: - Mitral e Tricúspide – abertura e fechamento controlados pelas cordas tendíneas e os mm papilares que estão nos ventrículos. Evita o refluxo de sangue durante a sístole Valvas semilunares Aórtica e pulmonar: Abertas pela pressão que vem dos ventrículos. Fechamento pelo refluxo de sangue que enche as câmeras durante a diástole. Coração como um sincício: Discos intercalarem possuem as junções comunicantes (gap junctions), as quais permitem a difusão do potencial de ação por todas as células do miocárdio. Emilly de Almeida Mello 16A Sincício atrial e sincício ventricular que são divididos pelas valvas atrioventriculares. A condução do potencial entre átrio e ventrículo ocorre pelas fibras do feixe A-V Potencial de ação do musculo cardíaco: No total, o potencial de ação do musculo cardíaco = +105 mv (passa de -85mv para +20mv durante cada batimento cardíaco). O potencial de ação do musculo cardíaco apresenta uma fase de platô logo após a despolarização. Essa fase ocorre pela ação dos canais de cálcio L (lentos), os quais permanecem abertos por mais tempo permitindo maior influxo de íons Ca que resulta em um maior período de despolarização. Além disso, o musculo cardíaco tem a característica de diminuir a permeabilidade de íons K+ logo após o início do potencial de ação. Isso diminui a saída de íons potássio da célula cardíaca, de forma que o potencial de ação não retorna ao nível basal rapidamente, o que contribui para o tempo de platô. Potencial de ação no musculo cárdico dura de 0,2 a 0,3s. As fases do potencial de ação: Fase 0 (despolarização): ocorre pela abertura de canais rápidos de sódio Influxo de íons Na nas células à despolarização = +20mv Fase 1 (despolarização inicial): canais de Na se fecham e a célula começa a repolarizar Início da repolarização ocorre com o efluxo (saída) de íons potássio da célula através dos canais de potássio abertos. Fase 2 (platô): abertura dos canais de cálcio e fechamento dos canais de potássio Cálcio entra na célula e prolonga o período de despolarização da célula. Ocorre um “equilíbrio” entre o influxo de Ca e o efluxo de K da célula, o que leva ao potencial de platô. Fase 3 (polarização rápida): fechamento dos canais de Ca e abertura dos canais lentos de potássio Íons potássio saem da célula e faz o potencial de membrana retornar ao repouso Fase 4 (repouso): potencial de membrana em repouso = -90mv Emilly de Almeida Mello 16A Velocidade de condução do potencial de ação excitatório = 0,3 a 0,5 m/s Velocidade de condução nas fibras de Purkinje = 4 m/s O período refratário refere-se ao intervalo de tempo no qual não pode ocorrer excitação da área do musculo cardíaco que já está excitado. à o impulso cardíaco normal não pode reexcitar uma parte já excitada do miocárdio Período refratário normal do ventrículo = 0,25 a 0,30s Período refratário normal do átrio = 0,15s Duração da contração do musculo cardíaco ventricular = 0,3s Duração da contração do musculo cardíaco atrial = 0,2s Ciclo cardíaco Eventos que ocorrem entre dois batimentos. Iniciado pelo potencial de ação gerado no nodo sinusal - Nodo sinusal fica na parede lateral e superior do AD, próximo a abertura da v. cava superior Caminho do potencial de ação gerado no nosso sinusal: Nodo sinusal à átrios à feixe AV à ventrículos Durante a passagem do impulso cardíaco para o ventrículo, pelo feixe AV, ocorre um retardo. Esse retardo dura 0,1s, de forma que os átrios entram em sístole antes dos ventrículos. Emilly de Almeida Mello 16A ciclo cardíaco com os eventos que ocorrem no lado E do coração 3 linhas superiores referem-se a variação de pressão na aorta, de pressão no AE e de pressão no VE. Linha azul: variações no volume de sangue no VE Linha do eletrocardiograma à relação ECG com ciclo cardíaco Fonocardiograma refere-se aos sons das valvas cardíacas – TUM TÁ B1 = TUM à fechamento das valvas AV – marca o início da sístole B2 = TÁ Sístole é a contração do musculo cardíaco que vai esvaziar o coração de sangue. A referência é sempre a sístole ventricular A sístole tem duas fases, a fase de contração isovolumétrica e a fase de ejeção de sangue. Na contração isovolumétrica, ocorre a contração do musculo cardíaco de forma que vai aumentar a pressão no VE. Com isso, há a abertura das valvas semilunares. Relação com o ECG: sístole ventricular é o pico da onda R. Bulhas B1 (fechamento das valvas AV – TUM) e B2 (fechamento das valvas semilunares – TÁ). Emilly de Almeida Mello 16A Na ejeção, não sai todo sangue do ventrículo. Ejeção rápida -> diminui volume ventricular e aumenta fluxo sanguíneo aórtico Ejeção lenta -> diminui pressão aórtica Volume diastólico final: é o volume de sangue que tinha antes da sístole Débito sistólico: volume de sangue que sai durante a sístole Volume sistólico final: volume de sangue que fica após a sístole - Aumento da FC diminui o volume sistólico final - Diminuição da resistência vascular diminui o volume sistólico Diástole é o relaxamento do musculo cardíaco que faz o coração encher de sangue. 1. relaxamento isovolumétrico Ocorre o fechamento das valvas semilunares à abertura das valvas AV à redução da pressão ventricular 2. enchimento rápido Sangue sai dos átrios e vão para o ventrículo que está em diástole Presença de B3 (desaceleração súbita do sangue) é patológico. Hipertrofia de VE, IC 3. diástese Sangue vem da veia cava, seio coronário e a. pulmonar e chega nos ventrículos 4. contração atrial Átrio contrai mais para ver se não ficou nenhum sangue retido. Pode ter B4, patológica ou fisiológica. É o impacto do sangue que veio do átrio com o sangue que já está no ventrículo. Relação ECG com ciclo cardíaco A onda P representa a despolarização atrial, logo, a contração dos átrios ocorre logo após a onda P e continua pelo segmento P-R ou P-Q. Durante o segmento P-R, ocorre a passagem do impulso cardíaco pelo nodo AV e o fascículo AV. Emilly de Almeida Mello 16A O complexo QRS representa a despolarização do ventrículo e a contração ventricular inicia logo após a onda Q e continua até a onda T (passa por R e S). Na onda Q, o impulso elétrico está no fascículo AV passando para o feixe de His e seus ramos direito e esquerdo. A onda R representa a repolarização dos átrios enquanto o ventrículo está se despolarizando. O impulso atinge as fibras de Purkinje do ápice. A onda S é completa despolarização do ventrículo, após isso, no segmento S-T, ocorre a contração dos ventrículos. Na onda T, ocorre a repolarização do ventrículo. No final, o coração volta para o estado de repouso. Excitação elétrica rítmica do coração O impulso rítmico cardíaco origina-se no nodo sinoatrial (sinusal ou SA), por meio das vias internodais segue para o nodo atrioventricular (AV). No nodo AV, o impulso sofre um retardo para que os átrios contraiam antes dos ventrículos. O impulso segue pelo nodo AV até o feixe de His e seus ramos direito e esquerdo, atingem as fibras de Purkinje, as quais transmitem o impulso para todo o ventrículo (em ambos os ventrículos). A velocidade do impulso cardíaco varia com a região que passa. Nos átrios, possui velocidade moderada, de modo que leva 0,3s para o impulso sair do nodo sinusal e chegar no nodo AV. Antes de atingiro feixe AV no septo interventricular, o impulso sofre um retardo de 0,1s no nodo AV. Quando o impulso passa por todo o feixe AV e seus ramos D/E, já foi 0,17s desde que saiu do nodo sinusal. O impulso espalha-se rapidamente para as fibras de Purkinje e a superfície endocárdica e o tempo = 0,18s. Por fim, o impulso passa pelo musculo ventricular e atinge a superfície epicárdica, totalizando 0,21s de percurso desde o nodo sinusal. Emilly de Almeida Mello 16A Efeitos do sistema nervoso simpático Aumenta da frequência de descargas no nodo sinusal = efeito cronotrópico + Aumenta a contratilidade dos músculos cardíacos = efeito ionotrópico + Aumenta a velocidade de condução do impulso = efeito dromotrópico + Liberação de norepinefrina (noradrenalina) que age sobre os receptores beta 1 à aumenta permeabilidade de sódio e cálcio no nodo AV e feixe AV (dromotropismo) à aumenta permeabilidade dos íons cálcio (ionotropismo) Efeitos do sistema nervoso parassimpático Diminui o ritmo do nodo sinusal Diminui a excitabilidade das fibras AV o que diminui a velocidade de transmissão do impulso cardíaco para os ventrículos Reduz FC = efeito cronotrópico – Inervação feita pelo nervo vago. Liberação de acetilcolina que aumenta a permeabilidade de membrana por íons K+, isso leva a hiperpolarização da célula.
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