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1 Iana Barbosa Martins – MED 31 Alterações Maternas na Gestação Hormônios da Gestação Fases A partir do 3 mês: ❖ Placenta secreta níveis elevados de estrogênios e progesterona. 3 a 4 meses de gestação: ❖ Corpo lúteo no ovário continua secretando progesterona e estrogênios, que mantêm o revestimento do útero durante a gestação e prepara as glândulas mamarias para secretar leite. ❖ A quantidade secretada é apenas um pouco maior comparada ao ciclo menstrual. 4° mês de gestação: ❖ Placenta está totalmente estabelecida e o nível elevado de progesterona garante que o miométrio esteja relaxado e o colo do útero firmemente fechado. Após o parto os estrogênios e progesterona diminuem até os níveis normais. No 4° e 5° mês: ❖ Níveis de hCG diminuem e zeram até o parto. 8º dia ❖ Após a fertilização o hCG já pode ser detectado na urina e no sangue. 9° semana: ❖ Pico de secreção de hCG. Hormônios e funções Cório da placenta: Gonadotropina coriônica humana (hCG) Secretado no sangue. Estimula o corpo lúteo a continuar a produção de progesterona e estrogênios – necessária para evitar a menstruação e fixar o embrião no útero. Estrogênios Secretados após as 3 ou 4 semanas e progesterona por volta da 6. São secretados em quantidade crescente até o nascimento. Lactogênio placentário (LP): 3° hormônio produzido pelo cório do útero. A taxa aumenta em proporção a massa placentária, alcança os níveis máximo após 32 semanas e permanece constante depois disso. Ajuda a preparar as glândulas mamarias para a lactação, aumenta o desenvolvimento materno pela síntese de proteínas e regula determinados aspectos do metabolismo na mãe e no feto, como a diminuição da utilização da glicose pela mãe e a liberação de ácidos graxos de seu tecido adiposo, aumentando a disponibilidade de glicose para o feto. Placenta: Relaxina É produzida inicialmente pelo corpo lúteo do ovário e depois pela placenta. Aumenta a flexibilidade da sínfise púbica e dos ligamentos das articulações sacroilíaca e sacrococcígena e ajuda a dilatar o colo do útero durante o trabalho de parto. Hormônio liberador da corticotropina (HCL): Em não grávidas é secretado pelas células neurossecretoras do hipotálamo. Determina o momento do nascimento. A secreção começa em 12 semanas e aumenta muito no final da gestação. Mulheres com altos níveis de HCL no início da gestação tem mais chances de dar à luz prematuramente. Níveis mais baixos, após a data estimada. Aumenta a secreção de cortisol, necessário para a maturação dos pulmões do feto e para produção de surfactante. Alterações da Gestação ❖ No 3° mês, o útero ocupa a maior parte da cavidade pélvica e à medida que o feto cresce, se entende mais para dentro da cavidade abdominal. ❖ Perto do final da gestação, o útero preenche quase toda a cavidade abdominal, chegando até acima da margem costal, quase até o processo xifóide do esterno. ❖ Boca seca. ❖ Funcionamento das glândulas salivares alteradas por conta da mudança hormonal. O útero: ❖ Desloca o intestino, o fígado e o estômago da mãe superiormente. ❖ A compressão do estômago pode forçar o conteúdo para o esôfago superiormente, resultando em pirose. ❖ Eleva o diafragma e amplia a cavidade torácica. ❖ Na cavidade pélvica ocorre compressão dos ureteres e da bexiga. 2 Iana Barbosa Martins – MED 31 Alterações fisiológicas: ❖ Ganho de peso – decorrente do feto, líquido amniótico, placenta, útero aumentado e elevação da água corporal total. ❖ Aumento no armazenamento de proteínas, triglicerídeos e minerais. ❖ Aumento das mamas – preparação para lactação. ❖ Lombalgia – hiperlordose lombar. Alterações circulatórias: ❖ Volume sistólico aumenta aproximadamente 30%. ❖ Débito cardíaco se eleva em 20 a 30% ❖ Volemia aumenta de 30 a 50%, principalmente na segunda metade da gestação. ❖ Aumentos são necessários para atender a demanda adicional do feto por nutrientes e oxigênio. Decúbito dorsal: ❖ O útero aumentado pode comprimir a aorta diminuindo o fluxo sanguíneo para o útero. ❖ Compressão da veia cava inferior diminui o retorno venoso, resultando em edemas nos membros inferiores e veias varicosas. ❖ Compressão da artéria renal pode causar hipertensão renal. Alterações respiratórias: ❖ Necessária para atender a demanda adicional do feto por O2. ❖ Volume corrente pode aumentar 30 a 40%. ❖ Volume de reserva expiratória reduzido em até 40%. ❖ Capacidade residual funcional diminui em 25%. ❖ Ventilação minuto pode aumentar em até 40%. ❖ Resistencia das vias respiratórias na arvore bronquial pode diminuir de 20 a 40%. ❖ Consumo total de O2 do corpo aumenta de 10 a 20%. ❖ Há dispneia – dificuldade para respirar. Alterações gastrointestinais: ❖ Aumento de apetite. ❖ Diminuição da motilidade do intestino – pode haver constipação, náuseas, vômitos e pirose. Alterações nefrológicas: ❖ Compressão da bexiga – polaciúria, urgência para urinar e incontinência urinaria por esforço. ❖ Aumento no fluxo plasmático renal. ❖ Aumento na taxa de filtração glomerular – aumento na capacidade de filtração possibilita eliminação mais rápida dos resíduos adicionais produzidos pelo feto. Alterações dermatológicas: ❖ Variam de organismo para organismo, sendo mais evidente em umas que outras. ❖ Aumento na pigmentação ao redor dos olhos, na região malar (semelhante ao cloasma), nas aréolas das mamas e na linha alba do abdome inferior (linha nigra). ❖ Estrias no abdome, queda de cabelo. Alterações no sistema genital: ❖ Edema e aumento da vascularização do pudendo feminino. ❖ Aumento da vascularização da vagina. ❖ Massa do útero aumenta de 60 a 80g para 900 a 1200g, devido a hiperplasia das fibras musculares no início da gestação e hipertrofia das fibras durante o 2° e o 3° trimestres. 3 Iana Barbosa Martins – MED 31
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