Buscar

Teoria da Ação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

TGP | Maria Eduarda Q. Andrade 
 
pág. 1 
 
 
¨ Ação e a Defesa 
Ação Processo Acesso a justiça 
Importante: Ação ≠ Processo. 
 A definição do direito de ação evoluiu com a 
própria evolução do processo. 
A Jurisdição presta o serviço da Prestação da 
Tutela Jurisdicional, justamente pelo direito 
que a parte tem de procurar o judiciário para 
resolver seu conflito, devido à proibição de 
fazer justiça pelas próprias mãos. 
A jurisdição é inerte, é necessária à sua 
provocação para que ela preste a tutela 
jurisdicional. É por MEIO DA AÇÃO que o autor 
impulsiona o órgão estatal. 
Então, a Ação é um Direito oferecido ao 
jurisdicionado em “substituição da justiça pelas 
próprias mãos”. 
Portanto, a ação é um direito PÚBLICO, 
SUBJETIVO, AUTÔNOMO e ABSTRATO à 
prestação jurisdicional. 
Direito de Ação é um direito fundamental composto 
por um conjunto de situações jurídicas, que garantem 
ao seu titular o poder de acessar os tribunais e exigir 
uma tutela jurisdicional adequada, tempestiva e 
efetiva. 
Invocar esse direito de ação implica em 
provocar a jurisdição, a qual se exerce através 
de um complexo de atos denominados 
PROCESSO. 
¨ Ada Pellegrini Grinover 
 
 
 
 
Então, a partir do momento em que o Estado-
Juiz proíbe a autotutela e avoca para si o ofício 
jurisdicional, é ele quem vai solucionar a lide 
para o jurisdicionado. 
 
¨ O estudo do direito de ação não se 
confunde com o estudo da ação. 
 
Direito de ação = situação jurídica 
Ação= ato jurídico 
¨ Direito material e Direito processual 
É importante distinguir o direito material do 
direito de procurar a tutela jurisdicional. 
Ao firmar uma relação de direito material, os 
interessados esperam o cumprimento do 
avençado. Quando uma das partes descumpre 
o proposto, caso a parte queira, procura o 
judiciário a fim de ver seu direito satisfeito. 
® O judiciário somente agirá se 
provocado; 
À parte, uma vez que seu direito foi violado, 
tem duas opções: 
1. Se conformar; ou 
2. Procurar o judiciário a fim de satisfazer 
seu direito violado. 
A ação não se confunde com o direito material 
violado. Ela somente surge APÓS a violação ou 
a ameaça de violação do direito material. 
O autor poderá requerer a prestação da tutela 
jurisdicional e o judiciário deverá lhe dar uma 
resposta, positiva ou negativa: 
Teoria da Ação: Direito a prestação Jurisdicional 
 
TGP | Maria Eduarda Q. Andrade 
 
pág. 2 
 
® a sentença poderá ser de procedência 
ou de improcedência. 
São distintos e autônomos: 
® o DIREITO DE AÇÃO não pressupõe a 
titularidade do direito afirmado. 
® O DIREITO DE AÇÃO não se vincula a 
nenhum tipo de direito material 
® O DIREITO DE AÇÃO é abstrato. 
® A AÇÃO é direito facultativo. Possui 
caráter subjetivo. 
® Com a AÇÃO, se tira a jurisdição da 
inércia. 
® AÇÃO é direito subjetivo público, 
exercido contra o Estado-Juiz. 
® A AÇÃO não é somente o acesso à 
justiça. 
¨ Teorias da Ação 
Surgiram então as teorias para identificar o 
conceito de ação. 
É um direito incondicionado, independente de 
qualquer tipo de condição, de requisito. 
1. Teoria imanentista: 
Nega a existência do direito processual 
autônomo. Confunde o direito material e 
direito processual. 
2. Teoria Concretista (concreta): 
® Ação contra o Estado ou contra o réu. 
Nessa teoria reconhece relativa independência 
entre o direito de ação e o direito material. O 
direito de ação constitui direito de natureza 
publica dirigindo-se contra o Estado, o qual 
teria a obrigação de presta-la, exigindo do 
Estado um provimento favorável + contra o 
demandado, que teria que suportar seus 
efeitos. 
Quando improcedência, não teria havido o 
direito de ação. 
® Somente haveria direito de ação quando 
a ação fosse de procedência. 
Ocorre que o direito de ação NÃO SE 
VINCULA a sentença de procedência. 
3. Direito potestivo: 
Direito de ação contra o adversário, mas 
favorável ao autor. 
® relação ao réu, não mais em relação ao 
Estado. 
É um direito potestativo de buscar efeito 
jurídico favorável aos seus autores, sujeitando 
ônus à outra parte. 
Há a mesma falha da teria concretista, já que 
ainda depende de sentença de procedência. 
4. Teorias Abstratistas Puras: 
® É o oposto da teoria concretista – não 
está condicionada a procedência do 
direito material. 
Já separa direito material e direito processual. 
Não se vincula com o direito material e não se 
condiciona a nenhuma condição da ação. 
Não olha para o réu. Olha para o Estado que 
deve prestar a tutela jurisdicional. Começa a se 
adaptar ao que temos hoje. 
TGP | Maria Eduarda Q. Andrade 
 
pág. 3 
 
® É direito público, independente, não 
exclui a sentença de improcedência. 
® Procedente ou improcedente há ação. 
Há ação independente da resposta do 
judiciário, sendo a sentença de procedência, 
improcedência ou de extinção sem resolução 
de mérito. Mas, confunde com o direito 
constitucional de acesso à justiça. Direito de 
ação em sentido amplo. 
5. Teoria Abstratista Eclética: 
Enrico Túlio Liebman, italiano, teve forte 
influência na confecção do CPC anterior. Ele e 
seus discípulos formaram a Escola Paulista de 
Processo Civil, sendo grande defensor desta 
teoria, influenciando Alfredo Buzaid. Até a 
segunda edição do seu livro, falava em 3 
condições da ação. A partir da terceira edição, 
passou a falar de 2 condições. 
Liebman traz as condições da ação para exercer 
seu direito de ação. Após preencher as 
condições da ação, tem direito de ação. 
Inicialmente criou 3 condições da ação, 
excluindo depois uma delas (possibilidade 
jurídica do pedido – está inserida na noção de 
interesse de agir): 
1. legitimidade das partes 
2. interesse de agir + possibilidade 
jurídica do pedido 
® Para Liebman a ação é o direito ao 
processo e ao julgamento do mérito. 
® Direito de ação é autônomo, abstrato e 
condicionado. 
Nessa teoria concebe o direito de ação como 
direito público que se exerce contra o Estado. 
Não se confunde com o direito privado 
alegado pelo autor. 
Além de autônomo é independente, inerente a 
todo individuo e não exclui a possibilidade de 
uma sentença desfavorável. 
Aqui, o direito de ação é direito de obter uma 
resposta de mérito, que não se confunde com 
um julgamento de mérito. 
¨ Resposta de mérito quer dizer, de 
procedência ou de improcedência do 
pedido. 
O acesso à justiça também é direito à ação, mas 
não somente isso. 
® A falha é que sem as condições da ação 
não haveria ação. Entender o direito de 
ação apenas sob determinadas 
condições. 
Atualmente, diante de uma visão constitucional 
do processo, não se poderia falar em condições 
da ação, já que é incondicionado, enquanto 
direito fundamental. 
¨ art. 5º, XXXV, CF. 
 
Pode invocar o direito de ação, puro e simples, 
não sendo necessárias as condições da ação, 
 
Fala-se, então, em “condições para regular o 
exercício do direito de ação”. 
® É a teoria utilizada no Brasil. Art. 17 e 
485, VI, CPC.

Outros materiais