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TGP | Maria Eduarda Q. Andrade pág. 1 Sujeitos do Direito de Ação Os sujeitos são: Juiz, autor e réu. ® Juiz sendo sujeito imparcial; ® Autor / Réu são sujeitos parciais. ¨ Situação jurídica do réu: O direito de defesa (todas as defesas, sendo a contestação, por exemplo) é chamado de DIREITO DE EXCEÇÃO. ® Enquanto o autor tem direito de ação. ® O réu tem direito de se defender em juízo. Natureza jurídica da ação: Teoria Eclética de Liberman Ao autor compete as provas constitutivas do seu direito. E ao réu compete as provas dos fatos: modificativos, extintivos, impeditivos do direito do autor. Além do réu possuir o direito de contestação, para dizer que “O que o autor disse está errado”, pode também complementar/ acrescentar novos fatos. Portanto, ele não se limita a fala da petição inicial, podendo haver uma ampliação na contestação. ® Há também as objeções: São defesas de ordem pública. Caso o réu não alegue, podem ser reconhecidas de ofício pelo juiz. Elementos da Ação. Partes + Causa de Pedir + Pedido Autor e Réu Motivo pelo objeto do qual eu peço processo Importante: Pode haver a cumulação de pedidos, como por exemplo: ® Danos morais, danos estéticos e danos materiais. ® Investigação de paternidade e alimentos. Condições da Ação “Condição da Ação” é uma categoria criada com o propósito de identificar uma determinada espécie de questão submetida à cognição judicial. ¨ Art. 17 do CPC. O direito de ação é condicionado ao preenchimento das condições da ação. Caso não haja o preenchimento de tais condições, o jurisdicionado tem apenas uma resposta do judiciário, que se trata do direito de ação em sentido amplo (acesso à justiça). Mas não tem direito a uma resposta de mérito, ao direito de ação em sentido estrito, sendo então uma sentença terminativa. Isto é, há o sentimento de carência. O juiz extinguirá o processo por carência do direito de ação. ¨ Art. 485 do CPC. TGP | Maria Eduarda Q. Andrade pág. 2 Tratam-se de matéria de ordem pública, que podem ser analisadas de ofício pelo juiz. Podendo ser o processo extinto sem análise do mérito em primeiro ou segundo grau. Então, são as condições da ação: Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. 1. Legitimidade ad causam: Em regra, somente podem postular e defender direito que alega ser próprio, e não alheio. Somente excepcionalmente se admite postular em nome próprio direito alheio. ® Cada um vai a juízo defender direito próprio. ® Em nome próprio defende direito próprio. Portanto, ninguém defende direito alheio em nome próprio. Mas comporta exceção prevista pela própria lei. ¨ Art. 18, CPC. Há dois tipos de legitimidade: ® LEGITIMIDADE ORDINÁRIA: é a regra. Cada um vai buscar o seu direito. ¨ Art. 18, caput do CPC. ® LEGITIMIDADE EXTRAORDINÁRIA ou substituição processual. É a exceção. Aqui, diz respeito quando o dono do direito, pode ser substituído por outra pessoa. Porém, somente quando autorizado por lei. ® O substituído é o atingido pela coisa julgada. Havendo a substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial. ¨ Art. 18, parágrafo único, CPC. Isto é, ele pode ingressar em juízo para AUXILIAR o substituto como assistente litisconsorcial. Assistente litisconsorcial: outra “pessoa” (o substituído) que também tem interesse no objeto do processo, com o intuito de “ajudar”, deseja entrar também nesse processo como assistente litisconsorcial, tornando-se assim, também PARTE. Legitimidade extraordinária poderá ser: Exclusiva ou Concorrente. 1. Exclusiva: alienação de coisa litigiosa. Art. 109 do CPC Sucessão processual (inter vivos): Deve haver a autorização/ consentimento do réu (parte contrária), caso ele não aceite, o interessado entra como assistente litisconsorcial. Exemplo da compra da casa que estava a venda. Sucessão causa mortis. Não é necessário a autorização da outra parte, pois uma das partes morreu. Aqui há a troca de parte. ® Se estivermos diante direito intransmissível, e a pessoa no processo morre, haverá a extinção do processo, com fulcro no 485, IX do CPC. ® Mas, por exemplo, se a pessoa estiver em coma, haverá a suspensão do processo. Em regra, não há a troca de partes, pois o processo requer estabilidade. Diz-se então: estabilidade subjetiva da lide. TGP | Maria Eduarda Q. Andrade pág. 3 Importante: sucessão ≠ substituição ® SUCEDE É: ENTRAR NO LUGAR DE. Substituição processual Sucessão processual Litigar em nome próprio, na defesa de direito alheio. É a troca de litigantes. Pode ser inter vivos e causa mortis. 2. Concorrente: bem indivisível, em regime de condomínio. Aqui todos podem litigar em defesa daquele bem. Isto é, existem varias pessoas que são IGUALMENTE LEGITIMADAS, mas não há necessidade de que todas atuem no processo. Apenas uma pode falar por todas. Legitimidade extraordinária NÃO se confunde com representação processual. A exemplo disso temos a genitora que representa o incapaz em juízo: “B” que é incapaz, possui o direito de ingressar com a ação de alimentos, porém como ela é incapaz, precisa de alguém que a represente, no caso, sua genitora. A portadora do direito continua sendo B, entretanto, a genitora apenas a representa, está suprindo uma necessidade. Bem diferente da legitimidade extraordinária. Ex. Condômino de parte ideal, defende os interesses de todos os condôminos em juízo – art. 1014, do CC. Exemplo: Alienação de coisa litigiosa – art. 109 – poderá haver a sucessão do alienante ou cedente, pelo adquirente ou cessionário, desde que haja o consentimento da parte contrária. Exemplo: Ministério Público nas ações coletivas, como nas ações pelo meio ambiente. Neste caso, o MP ingressa com a ação, substituindo todos nós, agindo em nossa defesa (cidadãos). 2. Interesse de agir Liebman reconheceu, após algum tempo, que sempre que alguém formulasse um pedido impossível, faltaria interesse de agir. O NCPC acolheu sua posição mais atualizada. Assim, não há mais a previsão da condição de possibilidade jurídica do pedido. ® Necessidade e adequação (adequar o que eu quero, com a ação certa). ® É o binômio necessário. Carência de ação O autor carece de ação quando não puder obter, por meio da ação proposta, o resultado por ele almejado. Há carência quando não houver uma ou ambas condições da ação, que é interesse e legitimidade. Possibilidade jurídica do pedido NÃO é mais considerado uma condição da ação.
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