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Manifestações clínicas das vasculites

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FAHESP| IESVAP PRECEPTOR(a): Ana Rachel 
 ALUNO(a): Ilana Maria Maia Santos, 3 Período 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TIC´S SEMANA 6 
 
 
 
 
 
1- Quais as manifestações clínicas das vasculites de acordo com o tamanho 
do calibre do vaso acometido? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 05 de Abril de 2021 
 Antes de falarmos sobre as classificações das vasculites é importante 
sabermos de fato o que são as vasculites. Nesse sentido, vasculites são um 
grupo de doenças relativamente raras caracterizadas por inflamação na parede 
vascular. Uma característica comum das vasculites é o acometimento de 
múltiplos órgãos (doença sistêmica); vasculite isolada é incomum. Em geral, as 
vasculites sistêmicas são diagnosticadas por seus aspectos clínicos, sem 
confirmação histopatológica, embora o padrão-ouro do diagnóstico da doença 
seja inflamação da parede vascular ao exame histopatológico. Quando um 
vaso é agredido, pode tornar-se frágil, espesso, estreito ou fibrosado. Por 
causa das lesões, vasos inflamados resultam em redução do fluxo sanguíneo, 
com isquemia no território atingido, ou hemorragia, por ruptura da parede. 
→ Classificação das vasculites segundo acometimento de acordo com os 
vasos acometidos: 
 
 
ANCA = anticorpos anticitoplasma de neutrófilos. *Segundo Jennette JC et al., 
2012. 
→ Sintomas: 
Febre de origem desconhecida, Perda de apetite, Fadiga, Mal-estar geral, 
Suor noturno, Hipotensão (pressão baixa), Dores nas articulações ou nos 
músculos.Pode aparecer lesões na pele (nódulos, enfartamento, púrpura) 
ou até úlceras cutâneas, geralmente nas pernas ou braços. ÁS vezes, o 
primeiro sintoma é a necrose, que pode acontecer em qualquer parte do 
corpo, mas é mais frequente nos dedos. 
→ Diagnóstico: 
. O diagnóstico definitivo das vasculites envolve todo um processo de 
valorização da história clínica, dos antecedentes de infecções e uso de drogas, 
e do exame físico acurado, onde certos achados, como a púrpura palpável e a 
moneurite multiplex são altamente sugestivos de processo vasculítico. 
 A maioria dos testes laboratoriais não são específicos e apenas auxiliam na 
documentação das disfunções orgânicas (exs: hemograma, 
hemossedimentação, creatinina sérica, urinálise, testes de função hepática e 
pulmonar, enzimas musculares, etc). Testes laboratoriais mais específicos 
incluem: complemento sérico (reduzido na crioglobulinemia e no lúpus 
eritematoso sistêmico), determinação do ANCA (positivo em vasculites de 
pequenos vasos), do anti-DNA (positivo no LES), sorologia para vírus B e C, 
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/febre
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/fadiga
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/hipotensao
https://www.minhavida.com.br/temas/dores-nas-articula%C3%A7%C3%B5es
pesquisa de crioglobulinas e arteriografia, que pode demonstrar a presença de 
microaneurismas na poliarterite nodosa e de alterações estenóticas da aorta e 
grandes vasos na arterite de Takayasu. 
A biópsia do tecido clinicamente envolvido é essencial para o diagnóstico de 
vasculite. Uma biópsia realizada "às cegas" tem baixíssima probabilidade de 
levar a qualquer informação útil para o paciente, devendo ser evitada. O 
fragmento obtido na biópsia deverá ser processado para microscopia ótica, 
para imunofluorescência e, em situações especiais, para imunohistoquímica, 
com a finalidade de detectar material antigênico e documentar a expressão de 
mediadores da inflamação no tecido comprometido. 
→ Tratamento: 
tratamento depende do tipo de vaso sanguíneo, dos órgãos e dos tecidos 
afetados. Os medicamentos agem para reduzir a intensidade do ataque do 
sistema imune ao corpo. 
 
Os principais tratamentos são: 
• Corticoides: podem ser administrados pela via oral (comprimidos) ou 
pela via endovenosa dependendo do caso. 
• Imunossupressores: são medicamentos que suprimem o sistema 
imune. A ciclofosfamida é um imunossupressor forte, utilizado em 
vasculites mais graves. O metotrexato, a azatioprina e o micofenolato 
mofetil são imunossupressores mais fracos, que são utilizados em 
vasculites leves, ou na manutenção do tratamento, depois do uso da 
ciclofosfamida. 
• Biológicos: alguns biológicos, como o rituximabe e o tocilizumabe, já 
utilizados no tratamento da artrite reumatoide, estão sendo utilizados 
no tratamento de algumas vasculites. 
• Imunoglobulinas: são proteínas derivadas do plasma de doadores, que 
possuem propriedades anti-inflamatórias e imunossupressoras. São 
utilizadas no tratamento da doença de Kawasaki. 
• Plasmaférese: neste tratamento o paciente é conectado a um aparelho 
capaz de limpar os agentes que estão causando a vasculite. É 
recomendado para as formas mais graves de vasculite, como aquelas 
que fazem lesão importante nos rins ou pulmões. A plasmaférese é 
feita somente em centros especializados. 
 
Algumas vasculites são tratadas de acordo com os seguintes estágios: 
1. Tratamento de indução: o objetivo é controlar a doença e colocar o 
paciente em remissão. São utilizados imunossupressores fortes, como 
a ciclofosfamida, e doses altas de corticoides. 
2. Tratamento de manutenção: o objetivo é manter a doença em remissão. 
São utilizados medicamentos por via oral como azatioprina, 
metotrexato ou micofenolato, e os corticoides também podem ser 
usados nessa fase. 
Referências: 
1-BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo. Patologia Geral. 9a edição. Editora 
Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro, RJ, 2016. 
2-GONÇALVES, Mellina Silva. Vasculites: desafio diagnóstico e 
terapêutico. Arquivos Catarinenses de Medicina, v. 48, n. 4, p. 174-190, 
2019. 
3-SHINJO, Samuel Katsuyuki et al. Vasculites. In: Reumatologia. Atheneu, 
2018. 
4-SOUZA, A. W. S.; REGO, J. Manual de Vasculites. SP, Segmento Farma, p. 
45-56, 2018. 
5-MORITA, Thâmara Cristiane Alves Batista et al. Atualização em vasculites: 
visão geral e pontos relevantes dermatológicos para o diagnóstico clínico e 
histopatológico–Parte I. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 95, n. 3, p. 
355-371, 2020.

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