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APG 14 Brenna Esteves IInnssuulliinnaa ee gglluuccaaggoonn Objetivos: 1) Conhecer os estímulos para a síntese e secreção de insulina e glucagon 2) Compreender a fisiologia da insulina e do glucagon no metabolismo de glicose 3) Entender a integração do metabolismo pâncreas- fígado- insulina-glucagon SÍNTESE (FISIOLOGIA-MARGARIDA AIRES DE MELO) Insulina É um hormônio peptídico constituído por duas cadeias de resíduos de aminoácidos. Em humanos é expressa por um gene localizado no braço curto do cromossomo 11 das células B das ilhotas pancreáticas. A síntese da insulina inicia-se no retículo endoplasmático rugoso (RER) Constitui-se inicialmente a pré pró insulina, contendo cadeia única de aminoácidos que após perder o peptídeo sinal que dispõe de 23 resíduos de aminoácidos, origina a pró insulina, composta por 86 resíduos de aminoácidos dispostos inicialmente em em cadeia única. PRÉ PRÓ INSULINA -> perda do peptídeo sinal - > pró insulina. Durante o transporte dessa molécula através do complexo de Golgi para ser empacotada na forma de grânulo, a pró insulina dá origem à insulina e ao peptídeo conector (peptídeo C) que conecta as cadeias A e B. Nos grânulos, prontos para a secreção as moléculas de insulina se agregam formando um exâmero estabilizado por 2 ions de zion. A insulina permanece armazenada até que um estímulo deflagre sua exocitose do grânulo. Glucagon É um hormônio peptídeo produzido pelas células A das ilhotas pancreáticas. O gene do pró glucagon está localizado no cromossomo 2 humano e se expressa, além das células A pancreáticas, em células do intestino delgado. Após a transcrição do gene, o seu mRNA é traduzido no RER. Forma-se inicialmente o pré pró glucagon. O pré pró glucagon origina o pró glucagon. Durante o transporte do glucagon através do complexo de Golgi para ser empacotado no grânulo, ele é clivado e dá origem a várias sequências peptídicas, entre elas o GLUCAGON. O glucagon permanece armazenado até que a exocitose seja deflagrada. O sistema enzimático de clivagem do pré glucagon difere entre as células A e as do intestino. Os destinos são gerados de acordo com o local em que o gene se expressa. Na célula A, o glucagon é o principal produto. Nas células do intestino, os produtos são glicentina e os GLP1 e 2. 1. CONTROLE DA SECREÇÃO DE GLUCAGON E INSULINA (PRÍNCIPIOS DE ANATOMIA E FISIOLOGIA-TORTORA) Principal ação do glucagon é de elevar o nível sanguíneo de glicose que se encontra muito elevado. GLUCAGON O nível de glicose sanguínea controla a secreção de glucagon e insulina via feedback negativo. A HIPOGLICEMIA (nível BAIXO de glicose) estimula a secreção de glucagon pelas células A das ilhotas pancreáticas. O glucagon atua nos hepatócitos acelerando a conversão de glicogênio em glicose – GLICOGENÓLISE- e promovendo a formação de glicose- A GLICONEOGÊNESE- a partir de ácido lático e alguns aminoácidos. Consequentemente, os hepatócitos liberam glicose no sangue de maneira mais rápida e a glicemia se eleva. Se a glicemia continua subindo, o nível sanguíneo elevado de glicose – HIPERGLICEMIA- inibe a secreção de glicose (feedback negativo). INSULINA APG 14 Brenna Esteves A glicose sanguínea alta (HIPERGLICEMIA) estimula a secreção de insulina pelas células beta das ilhotas pancreáticas. A insulina age em diversas células para: apressar a glicogênese (glicose em glicogênio) Intensificar a captação de aminoácidos e aumentar a síntese de proteína Acelerar a síntese de ácidos graxos- lipogênese Para tornar mais lenta a formação de glicose a partir do ácido lático e aminoácidos- GLICONEOGÊNESE, O RESULTADO DESSES PROCESSOS É A QUEDA DO NÍVEL DE GLICOSE DO SANGUE. Quando o nível sanguíneo de glicose para abaixo do normal, ocorre a INIBIÇÃO da liberação de insulina (feedback negativo) e ESTÍMULO a liberação do glucagon. O NÍVEL SANGUINEO DE GLICOSE É O REGULADOR MAIS IMPORTANTE DA INSULINA E GLUCAGON. Há outros hormônios e neurotransmissores que regulam a liberação dos dois hormônios. Além da resposta ao nível sanguíneo, o glucagon estimula a liberação de insulina de maneira direta A insulina faz o oposto suprindo a secreção de glucagon. Conforme o nível de glicose no sangue vai caindo e menos insulina é secretada, as células alfa do pâncreas são liberadas do efeito inibitório do insulina, passando a secretar mais glucagon. BAIXA DE GLICOSE-----MENOS INSULINA------- MAIS GLUCAGON Inicialmente, o hormônio do crescimento (GH) e ACTH estimulam a secreção de insulina, porque atuam para elevar a glicose sanguínea. Essa secreção de insulina também é estimulada por: acetilcolina, arginina e leucina e GIP (sistema digestório) Assim a digestão e abosrção de alimentos ( carboidratos e proteínas) são forte estímulo à liberação de insulina. A secreção do glucagon é estimulada por: atividade mais intensa da parte simpática do SNA (exercício); elevação dos aminoácidos sanguíneos quando o nível sanguíneo de glicose está baixo, o que pode ocorrer depois de refeição (contendo principalmente PROTEÍNA) 2. FISIOLOGIA DA INSULINA E GLUCAGON – GUYTON 3. Metabolismo da glicose – insulina e glucagon Efeito da insulina sobre o metabolismo dos carboidratos Logo após a refeição rica em carboidratos, a glicose absorvida para o sangue causa a secreção rápida da insulina. A insulina causa captação, armazenamento e utilização da glicose por quase os tecidos do organismo mas em especial aos músculos tecido adiposo e fígado. Captação e metabolismo de glicose nos músculos O tecido muscular depende da glicose e dos ácidos graxos como fonte de energia. O principal motivo para isso é que a membrana muscular em repouso é ligeiramente permeável à glicose, exceto quando a fibra muscular é estimulada pela INSULINA. Durante a refeição, a concentração de glicose no sangue fica bastante elevado e o pâncreas está secretando grande quantidade de insulina. A insulina adicional provoca transporte rápido da glicose para as células musculares. Nesse período, a célula muscular, então, prefere usar a glicose do que os AC. Graxos. Armazenamento de glicogênio nos músculos Se os músculos não estão se exercitando depois da refeição e ainda assim a glicose continuar sendo transportada em grande quantidade para as células musculares, ela será armazenada sob forma de GLICOGÊNIO muscular. O glicogênio pode ser utilizado depois como energia pelos músculos. É útil durante períodos curtos de uso energético extremo e também para fornecer o pico de energia anaeróbica durante alguns minutos através da conversão do glicogênio em ácido lático. APG 14 Brenna Esteves MECANISMO PELO QUAL A INSULINA PROVOCA CAPTAÇÃO E ARMAZENAMENTO DA GLICOSE NO FÍGADO 1. A insulina inativa a fosforilase hepática (enzima que leva à quebra do glicogênio hepático em glicose) 2. A insulina causa aumento da captação de glicose do sangue pelas células hepáticas. Isso ocorre com aumento da atividade da enzima glicocinase- uma das enzimas que provocam a fosforilação inicial da glicose. Depois de fosforilado, a glicose é temporariamente retido nas células hepáticas. 3. A insulina aumenta as atividades das enzimas que promovem a síntese de glicogênio. EFEITO GLOBAL DAS AÇÕES: aumentar a quantidade de glicogênio no fígado. A glicose é liberada do fígado entre as refeições; Quando o nível de glicose começa a abaixar entre as refeições ocorrem alguns eventos que fazem com que o fígado libere glicose de volta para o sangue: 1. A redução de glicose faz com que o pâncreasreduza a secreção de insulina. 2. A ausência de insulina vai resultar no impedimento de captação adicional da glicose no sangue pelo fígado. 3. A ausência de glicose (mais aumento do glucagon) ativa a enzima fosforilase que causa a clivagem do glicogênio em glicose fosfato 4. Enzima fosfotase inibida pela ausência de insulina e faz com que o radical fosfato seja retirado da glicose o que possibilita difusão da glicose livre de volta para o sangue. CONCLUSÃO: o fígado remove a glicose do sangue quando ela está presente em quantidade excessiva após a refeição e a devolve para o sangue quando a quantidade de glicose sanguínea diminui entre as refeições. A INSULINA PROMOVE A CONVERSÃO DO EXCESSO DE GLICOSE EM ÁCIDOS GRAXOS E INIBE A GLICONEOGÊNESE NO FÍGADO~ Quando a quantidade de glicose que penetra as células hepáticas é maior do que a que pode ser armazenada em forma de glicogênio no fígado, a insulina promove a conversão do excesso de glicose em ácido graxo. O ÁCIDO GRAXO é empacotado em forma de triglicerídeos em lipoproteínas. Estas serão depositadas em forma de gordura no tecido adiposo. A insulina também inibe a gliconeogênese por meio da redução das atividades que as enzimas hepáticas realizam. EFEITOS NO CÉREBRO: a glicose para o cérebro precisa estar sempre em nível alto. Quando seu nível cai muito, pode ocorrer sintomas de coque hipoglicemico EFEITO DA INSULINA SOBRE O METABOLISMO DE CARBOIDRÁTOS EM OUTRAS CÉLULAS: O transporte de glicose para as células adiposas fornece principalmente substrato para a porção glicerol da molécula de gordura. GLUCAGON- EFEITOS SOBRE O METABOLISMO DE GLICOSE Quebra de glicogênio hepático – GLICOGENÓLISE Aumento da glicogenólise no fígado Esses dois efeitos resultam em aumento da disponibilidade da glicose para os outros órgãos do organismo. Provocam quebra de glicogênio hepático aumento da concentração da glicose sanguínea. Como isso ocorre? Isso ocorre pela seguinte complexa cascata de eventos: 1. Glucagon ativa a adenilil ciclasena membrana da célula hepática, 2.Essa ativação leva à formação de monofosfato cíclico de adenosina, 3.Que ativa a proteína reguladora da proteinocinase, 4.Que ativa a proteinocinase, 5.Que ativa a fosforilase cinase b, 6.Que converte a fosforilase bem fosforilase a, APG 14 Brenna Esteves 7.Que promove a degradação do glicogênio em glicose-1-fosfato, 8.Que é então desfosforilada, e a glicose é liberada das células hepáticas. O Glucagon Aumenta a Gliconeogênese Isso resulta do efeito do glucagon para aumentar a captação de aminoácidos, pelas células hepáticas e, então, para converter muitos dos aminoácidos em glicose por gliconeogênese. Isso é produzido por meio da ativação de múltiplas enzimas, necessárias para o transporte de aminoácidos e para a gliconeogênese, em especial para a ativação do sistema enzimático para conversão de piruvato em fosfoenolpiruvato, etapa que limita a gliconeogênese. INTEGRAÇÃO DE METABOLISMOS A insulina promove a utilização de carboidratos para a energia e deprime a utilização de lipídios a ausência da insulina provoca a utilização das gorduras principalmente pela exclusão da utilização da glicose, sendo exceção o tecido neural. o sinal que controla esse mecanismo de alternância é, em sua maior parte, a concentração da glicose sanguínea. Quando a concentração de glicose está baixa, ocorre a supressão da secreção da insulina e os lipídios são utilizados, quase exclusivamente, como fonte generalizada de energia, exceto no encéfalo Quando a concentração de glicose está elevada, a secreção de insulina é estimulada e os carboidratos são usados no lugar dos lipídios. O excesso de glicose no sangue é armazenado sob a forma de glicogênio hepático, de lipídios hepáticos e de glicogênio muscular um dos papéis funcionais mais importantes da insulina no organismo é o de controlar qual desses dois alimentos, a cada instante, vai ser utilizado pelas células como fonte de energia Pelo menos quatro outros hormônios conhecidos também desempenham papéis importantes nesse mecanismode alternância metabólica: o hormônio do crescimentoproduzido pela hipófise anterior, o cortisol,pelo córtex adrenal, a epinefrina,pela medula adrenal e o glucagon,pelas células alfa das ilhotas de Langherans no pâncreas Tanto o hormônio do crescimento como o cortisol são secretados em resposta à hipoglicemia, e ambos inibem a utilização celular da glicose enquanto promo vem a utilização dos lipídios A epinefrina é especialmente importante no aumento da concentração da glicose plasmática durante períodos de estresse, quando o sistema nervoso simpáticoestá estimulado. No entanto, a epinefrina age de modo diferente dos outros hormônios, pois aumenta simultaneamente a concentração de ácidos graxos. As razões para esses efeitos são as seguintes: (1) a epinefrina apresenta o efeito potente de provocar glicogenólise no fígado, liberando, assim, no intervalo de minutos, grande quantidade de glicose no sangue; (2) ela apresenta também efeito lipolí-tico direto sobre as células adiposas, por ativar a lipase sensível a hormônio do tecido adiposo, aumentando também enormemente a concentração plasmática de ácidos graxos. APG 14 Brenna Esteves RESUMO DO MECANISMO DE CONTROLE DA GLICOSE: 1.O fígado funciona como importante sistema tampão da glicose sanguínea.Ou seja, quando a glicose sanguínea sobe para concentração elevada depois de refeição e a secreção da insulina também aumenta até uns dois terços da glicose absorvida pelo intestino, são quase imediatamente armazenados no fígado, sob a forma de glicogênio. Então, durante as horas seguintes, quando tanto a concentração de glicose sanguínea quanto a secreção de insulina caem, o fígado libera a glicose de volta ao sangue. Dessa maneira, o fígado reduz as flutuações da concentração da glicose sanguínea para cerca de um terço do que seria na ausência desse mecanismo. De fato, nos pacientes portadores de doença hepática grave é quase impossível manter a faixa estreita da concentração da glicose sanguínea. 2.Tanto a insulina como o glucagon funcionam como importantes sistemas de controle porfeedback para manter a concentração de glicose sanguínea normal. Quando a concentração da glicose está muito elevada, a secreção aumentada de insulina faz com que a concentração de glicose sanguínea diminua em direção aos valoresnormais. Inversamente, a redução da glicose sanguínea estimula a secreção do glucagon; o glucagon então funciona na direção oposta, para aumentar a glicose no sentido da normal. Na maioria das condições normais, o mecanismo de feedbackda insulina é muitomais importante do que o mecanismo do glucagon, mas nos casos de falta de ingestão ou de utilização excessiva da glicose durante o exercício e outras situações de estresse, o mecanismo do glucagon também fica valioso. 3.Também, na hipoglicemia grave, o efeito direto dos baixos níveis de glicose sanguínea no hipotálamo estimula o sistema nervoso simpático. A epinefrina secre-tada pelas glândulas adrenais aumenta ainda mais a liberação de glicose pelo fígado. Isso também ajuda a proteger contra a hipoglicemiagrave. 4.E finalmente, durante período de horas e dias, tanto o hormônio do crescimento como o cortisol são secre- tados em resposta à hipoglicemia e ambos diminuem a utilização da glicose pela maioria das células do organismo, convertendo, por sua vez, quantidade maior de utilização das gorduras. Isso também ajuda a concentração da glicose sanguínea a retornarao normal.
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