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Alfred Marshall - Resumão

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aula 1 
Olha para pobreza e desigualdade, e decide estudar 
economia política; Marshall diz que pobreza foi o que 
norteou todo o seu projeto de vida. 
Quebra com a economia política clássica e começo de 
uma nova ortodoxia. 
Marshall tinha uma preocupação em tornar os homens 
dignos dos céus; para ele, a pobreza tinha um efeito 
degradante sobre a natureza/ faculdades humanas. A 
pobreza degrada moralmente, intelectualmente e 
fisicamente. Então, ele estuda a economia para 
resolver a questão da pobreza. Ele pergunta: Por que 
tantas vidas são gastas na miséria? E por que há tantas 
caras fatigadas e mentes pouco desenvolvidas? Ele 
responde: Por que não há riqueza o suficiente e quando 
não há, é mal distribuída e utilizada. Com melhores 
casas, com melhor comida, menos trabalho duro e mais 
lazer, a grande massa da nossa população poderia 
levar uma vida bem melhor do que leva agora, uma 
vida mais elevada e bem mais nobre. Para ele, a 
ausência de bens materiais, moradia saudável, 
educação, lazer, trabalho excessivo, eram elementos 
que contribuíam para a pobreza. 
Apresenta então, uma agenda de reformas sociais que 
visava melhorar o capitalismo -Concordava com o 
capitalismo, apesar dos problemas. Para ele o 
Socialismo era muito idealista – Acreditava que se 
poderia combater a pobreza com uma versão diferente 
da lei dos pobres: concordava que estes precisavam de 
algum tipo de auxílio; defendia o investimento maciço 
em educação, pois melhorava a quantidade de 
oportunidades; vê a educação como um aumento de 
produtividade e a produtividade leva á um aumento de 
salários (as pessoas deixam de trabalhar em funções 
repetitivas e degradantes); distribuição de renda via 
impostos; fiscalização de moradias como cortiços, etc. 
Essa agenda foi apresentada quando tomou posse em 
uma dar mais importantes cadeiras de economia na 
Inglaterra. Eram as propostas dele. 
Marshall faz uma crítica a Jevons, sobre dizer que o 
valor depende inteiramente da utilidade. Ele diz que 
Jevons está sendo muito radical, que na verdade, os 
custos de produção também têm que ser levados em 
conta na determinação do valor. 
Ele vai partir da utilidade para construir a curva de 
demanda, o lado do consumidor. Mas a curva de 
demanda sozinha não determina preço. A curva de 
oferta para Marshall está relacionada ao custo de 
produção, o lado do produtor. E conjuntamente, essas 
duas coisas determinam o preço. 
Marshall relaciona a oferta á sacrifícios e a demanda a 
utilidade/ força do desejo gera disposição a pagar – Vai 
fazer uma conversão do que está na cabeça do 
consumidor em dinheiro; A expressão monetária de 
quanto você quer o bem é sua disposição a pagar por 
ele. A expressão monetária do sacrifício envolvido na 
produção do bem, vai ser aquilo que você exige pra se 
submeter aquele sacrifício. 
Curva da demanda é feita com base na utilidade, 
medida através na disposição de pagar; Curva de oferta 
é feita com base no sacrifício, medido através do 
quanto você exige para se submeter a esse sacrifício. 
Apesar de saber que tudo depende de tudo, que tudo 
na economia está interligado, ele adota a ideia de 
equilíbrio parcial: analisar mercados individualmente. 
Exemplo: Quando o mercado de chá for afetado, o de 
café também será, mas você não precisa olhar o 
equilíbrio de mercado de cortadores de unhas; você vai 
pegar mercado próximos e ver como eles interagem. 
aula 2 
A medida se encontra no preço que uma pessoa se 
dispõe a pagar pelo cumprimento da satisfação do 
desejo. Tal como Jevons, Marshall fazia uma distinção 
entre utilidade total e utilidade marginal (Grau final de 
utilidade). A utilidade relevante, em sua opinião, seria 
a utilidade marginal do bem, ou seja, os acréscimos de 
utilidade que você obtém, quando você acrescenta a 
última unidade ao seu consumo. Estabelece uma lei da 
utilidade marginal decrescente: os indivíduos vão 
ficando crescentemente saciados do bem e, portanto, 
acréscimos do bem ao consumo, vão acarretar 
acréscimos cada vez menores de utilidade. Então, a 
utilidade marginal de alguma coisa pra um indivíduo 
diminui a cada aumento da quantidade que ele já 
possui dessa coisa. 
Se a utilidade marginal de todos os bens decrescem na 
medida em que aumenta a quantidade consumida do 
bem, como se explica a heroína, um bem em que 
quanto mais você consome, mais você deseja unidades 
adicionais desse bem? Isso é uma exceção a lei da 
utilidade marginal decrescente? É a questão do tempo, 
que o tempo não muda o caráter do homem. Se você 
conseguisse fixar um nível de vício, a droga teria 
utilidade marginal decrescente como qualquer outro 
bem. O problema é que, a cada consumo, você muda o 
gosto, a relação com o bem. Então, a lei da utilidade 
marginal decrescente só vale com o ceteris paribus; 
você tem que manter o gosto da pessoa em relação a 
esse bem congelado/ constante. Em relação a droga, o 
nível de vício vai aumentando, portanto, a relação do 
bem com a pessoa está se modificando – é como se 
tivesse várias curvas de utilidade marginal, todas elas 
decrescentes, e não uma com utilidade marginal 
crescente. Marshall também fala de música e limpeza; 
O autor diz que a lei da utilidade marginal decrescente 
está supondo ceteris paribus, está se supondo que o 
gosto não está se alterando. 
Lei da utilidade marginal decrescente: está 
relacionando utilidade marginal com quantidade. 
O Marshall vai chegar à curva de demanda 
negativamente inclinada. Para ele, existe uma relação 
inversa entre preços e quantidades. Ele fixa a utilidade 
marginal da moeda, fixando renda e então fala que a 
utilidade marginal da moeda (trocando a moeda por 
bem) / a utilidade marginal do dinheiro está fixo para 
ele / A unidade monetária tem a mesma utilidade ao 
longo de todo o período – enquanto que, a utilidade 
marginal do bem está caindo na medida em que se 
aumenta a quantidade. Então você está disposto a 
trocar cada vez menos, daquele bem que tem utilidade 
constante, por aquele bem que tem utilidade 
decrescente. Você está igualando a utilidade da moeda 
com a utilidade da última compra que você faz. É dessa 
forma que ele chega a uma curva de demanda 
decrescente, ou seja, quanto maior a quantidade do 
bem, menor é sua utilidade marginal, e portanto, 
menor á disposição de dar moeda em troca desse bem 
adicional (que tem uma utilidade menor do que antes); 
então, menor é a disposição a pagar por esse bem e aí 
você chega numa relação inversa entre preços e 
quantidades. 
Tabela de procura: É a base para a construção da curva 
de demanda. Representa as relações entre as 
quantidades, e os preços que os indivíduos estariam 
dispostos a pagar por essas quantidades / a quantidade 
que a pessoa estaria disposta a consumir a cada nível 
de preço. 
A primeira unidade que consumo, tem muita utilidade 
para mim, então estou disposto a pagar bastante por 
ela ou, se o preço for alto, eu tenho que consumir 
pouco, pra igualar a utilidade marginal do bem pelo 
preço que eu estou pagando por ele. Agora, se eu 
aumento a quantidade, a segunda unidade tem um 
valor menor para mim, tem uma utilidade menor, 
portanto eu vou estar disposto a pagar menos para ter 
acesso a essa segunda unidade. Então é estabelecida 
uma relação entre quantidades e disposições a pagar 
por cada uma dessas quantidades. 
Quanto o indivíduo está disposto a pagar? Não dá pra 
saber – o que vai estabelecer o preço de equilíbrio no 
mercado vai ser o cruzamento de oferta e demanda. 
Em cima de uma mesma curva de demanda varia o 
que? Preços e quantidades – tomando todas as demais 
coisas que poderiam afetar ou preço ou quantidade, 
como sendo constantes. 
Para Marshall o que está por trás da demanda, é a 
utilidade marginal decrescente. Você está igualando a 
utilidade do dinheiro, com a utilidade da última 
unidade consumida desse bem. 
Se eu estou consumindopouco, a utilidade dessa 
última unidade que eu adicionei ao meu consumo é 
muito grande para mim, então, estou disposto a pagar 
muito. Agora, se já consumi muito desse bem, a 
utilidade da última unidade é menor, portanto, eu 
estou disposto a pagar cada vez menos para ter 
unidades adicionais do bem. Você estabelece dessa 
forma, uma relação inversa entre preços e quantidades 
em cima da curva de demanda. Se o preço é alto, eu 
tenho que consumir pouco para igualar a utilidade 
dessa quantidade – a utilidade tem que ser muito alta 
para eu pagar um preço muito alto. Se o preço cai, eu 
posso estender meu consumo até a utilidade marginal 
ser um pouco menor. 
Essa relação só pode ser estabelecida, se for congelada 
muitas outras coisas, como gostos, renda, preços de 
bens substitutos e complementares; se você deixa 
variar tudo ao mesmo tempo, você pode aumentar a 
quantidade consumida do bem e a disposição a pagar 
por ele, mas não por que existe um relação positiva 
entre preços e quantidades, e sim por que o gosto pelo 
bem aumentou ou por que a renda aumentou e a 
utilidade marginal do dinheiro caiu, enfim, tem uma 
série de coisas. Se você não congela tudo, você não 
consegue evidenciar a relação entre preço e 
quantidade da forma que Marshall fala. 
Slide 6 
Se a quantidade é pequena, a utilidade marginal do 
bem é alta -> consumidor estará disposto a pagar muito 
por ela. Alternativamente, se a quantidade é grande -> 
o consumidor mais saciado -> disposição a pagar pelo 
bem é maior. 
 
Importante: Para construir a curva de demanda é 
necessário impor cláusulas ceteris paribus -> isola a 
relação quantidade e disposição a pagar -> congela (ou 
põe em sono hipotético) todos os demais fatores que 
podem afetar essa relação -> gosto, renda, preço de 
bens correlatos, etc. 
 
Quando esses fatores variam -> a curva de demanda se 
desloca. 
 
Quando a gente tira as outras variáveis do tal sono 
hipotético que foi impostas á elas, as suas curvas vão 
se deslocar. Quando você varia só preços e 
quantidades, você está em cima de uma mesma curva; 
quando você varia qualquer outra coisa, você tem que 
definir qualquer outra relação entre preços e 
quantidades, para esse novo gosto, renda, apreço por 
bens correlatos. 
Slide 7: Exemplo, mercado de chá -> cai preço de café. 
A curva de demanda por chá, D0 é definida para um 
preço de café P0 -> quando o preço de café cai para P1 
(café e chá são substitutos no consumo) -> chega-se à 
curva de demanda D1 -> curva de demanda por chá se 
desloca para a esquerda. 
Uma curva de demanda D0 (D zero) de chá, está 
definida para um determinado preço de café, supondo 
que café é um substituto de chá. 
Para 2 quantidades, eu estou disposto á pagar R$10 ou 
se o preço for R$10, estou disposto a consumir 2 
unidades. Se a quantidade for 3, estou disposta a pagar 
R$8 (um pouco menos), pois minha utilidade marginal 
caiu, ou se o preço R$8, a quantidade de consumo pode 
ser maior do que antes, por que aí eu posso estender 
meu consumo, de forma a igualar a utilidade marginal 
do bem ao preço menor. 
Por que o número cai? Por que você está ficando 
saciado do bem, a utilidade marginal dele está caindo 
e sua disposição a pagar também cai. 
Vamos supor que o preço do café diminua. A queda do 
preço do café tem a implicação de que os 
consumidores estão consumindo mais café do que 
antes e isso vai ter um impacto no mercado de chá, ou 
seja, se você está consumindo mais café do que antes, 
essas duas unidades não tem dão o mesmo prazer de 
antes. Você vai ter que diminuir sua quantidade, para 
estar disposto a pagar R$10 por ela, ou para 1 unidade 
eu estaria disposto á pagar, por exemplo, 8. Para 3 
unidades, agora que eu já estou tomando café, ela tem 
uma utilidade menor para mim, portanto, eu estaria 
disposto a pagar R$6 e não R$8, ou, alternativamente, 
pra eu poder para R$8, eu tenho que reduzir meu 
consumo de forma a aumentar minha utilidade 
marginal. 
Por fim, a curva de demanda se deslocou para a 
esquerda e, a nova curva de demanda, representa toda 
uma nova relação entre preços e quantidades. 
Slide 8 
Aumenta o gosto pelo bem -> 
o consumidor terá uma 
disposição a pagar mais pelas 
quantidades (uma vez que 
obtém maior satisfação do 
que antes) -> desloca a 
demanda para a direita. 
 
O mesmo acontece quando se altera o gosto pelo bem. 
Lana del rey usa uma jaqueta e de repente essa jaqueta 
passa a ser muito desejada. O consumidor passa a estar 
disposto a pagar mais por cada unidade consumida. 
Para todas as unidades adicionadas ao meu consumo, 
eu vou ter uma utilidade marginal maior do que antes. 
Lembrando que aqui, estamos alterando um padrão 
que antes era constante. Cada unidade traz mais prazer 
adicional ao consumidor, do que antes. 
Slide 9 
Para chegar à curva de 
demanda de mercado -> 
soma as quantidades 
demandadas por cada um 
dos consumidores do 
mercado a cada nível de 
preço. 
 
Nesse caso, mercado não existe mais a relação com 
utilidade marginal, pois utilidade marginal é um 
conceito individual (não vale para o mercado) -> a 
curva de demanda de mercado é negativamente 
inclinada por conta das inclinações das demandas 
individuais. 
 
Marshall enuncia a lei da demanda (ou procura): 
Quanto maior a quantidade a ser vendida, a fim de que 
possa achar compradores, ou em outras palavras, a 
quantidade procurada aumenta com a baixa, e diminui 
com a alta do preço. 
Como saímos da curva de demanda do indivíduo e 
chegamos no mercado? Como, a partir das várias 
curvas de demanda individuais, das várias disposições 
a pagar, vários consumos a diferentes níveis de preço, 
enfim, como se chega na curva de demanda de 
mercado desse bem? 
Se o preço for R$10, quanto vai consumir o primeiro 
consumidor? 5. O segundo vai consumir 3. O terceiro 
vai consumir 5. Qual a demanda total? É a soma, 13 – a 
nível de preço R$10. A cada nível de preço, você vai 
descobrir os consumos individuais e soma-los. Assim, 
você vai sair da curva de demanda individual e vai para 
a de mercado. 
Então, para se chegar na curva de demanda de 
mercado, você soma as quantidades demandas por 
cada um dos consumidores que compõem o mercado, 
a cada nível de preço. 
Se no caso da demanda individual, existe uma relação 
entre utilidade marginal e preços, no caso do mercado, 
isso já não se mantém. Não existe uma utilidade 
marginal para o mercado. A utilidade é um conceito 
individual. O que se tem no mercado, é uma relação 
entre preços e quantidades, que vão ser 
negativamente relacionadas/ inclinadas. No mercado 
se fala lei da demanda. 
Marshall cria o conceito de excedente do consumidor 
e diz que há excedente do consumidor, no sentido que, 
o mercado ao fixar o preço, permite que todas as 
unidades sejam consumidas ao equivalente a utilidade 
marginal da última. 
Oferta: agentes de produção 
No livro IV, Marshall começa a abordar a outra lâmina 
da tesoura – o lado da oferta. Ele considera quatro 
agentes de produção: 
1) Terra que inclui: “a matéria que a natureza oferece 
livremente para ajudar o homem, em terra e água, 
em ar, luz e calor” 
2) Trabalho: o “esforço econômico do homem seja 
com a mão ou com o cérebro” 
3) Capital: a “quantidade de riqueza acumulada 
considerada antes como um meio de produção que 
como fonte de satisfação (consumo)” 
4) Organização, que ele discute no final do livro 
quando fala em economias internas e externas. 
 
Marshall vai falar que Jevons estava errado ao falar que 
utilidade é o único determinante do valor e que Ricardo 
também estava errado ao falar que custo de produção 
era o único determinante do valor. Você precisa das 
duas coisas para determinar preços e quantidades de 
equilíbrio. 
Para falar da oferta, temos que falar de quem está 
envolvido na produção: terra, trabalho, capital e 
organização. 
Slide 11 
Marshall apresentauma analogia entre a demanda (ou 
procura) e a oferta: 
 
“Enquanto a procura é baseada no desejo de obter 
mercadorias, a oferta se baseia sobretudo na 
superação da relutância em suportar ‘incômodos”. 
Estes são em geral de duas ordens: o trabalho e o 
sacrifício que existe em adiar o consumo” 
 
O sacrifício envolvido no trabalho é em geral 
reconhecido por todas as escolas de economia, mas o 
sacrifício relacionado a adiar o consumo já é mais 
questionado. 
 
Marshall segue autores como sênior e aceita que adiar 
o consumo é um incômodo, mas rejeita o termo 
abstinência -> prefere ‘espera’. 
 
Slide 12 
Para Marshall as pessoas preferem consumir sua 
riqueza no presente a consumi-la no futuro: 
 
“A natureza humana é constituída de tal maneira que 
estimando o ‘valor atual’ de uma vantagem futura, a 
maioria geralmente faz uma [...] dedução de seu valor 
futuro, na forma que podemos chamar de ‘desconto’, 
que aumenta com o período pelo qual a vantagem é 
protelada”. 
 
Sendo assim, o fato de não consumir indiretamente a 
riqueza -> a ‘espera’ (que está na base da poupança e 
da formação do fator capital) representa um 
‘sacrifício’, e como tal, ter que ser remunerado para 
que indivíduos incorram nele. 
Slide 13 
Trabalho: 
O ‘sacrifício’ relacionado ao trabalho aumenta com a 
sua dureza e duração. 
A motivação mais frequente que leva as pessoas a 
trabalharem é o desejo de obter vantagem material, ou 
seja, dinheiro. 
O incômodo (ou sacrifício) relacionado ao trabalho é 
denominado desutilidade marginal do trabalho e 
aumenta em geral com cada aumento da quantidade 
de trabalho: 
 
“O desprazer do trabalho adicional aumenta, em parte 
por que, á medida que o tempo deixado para o repouso 
e outras atividades diminui, o prazer do tempo livre 
adicional aumenta”. 
Slide 14 
No caso do trabalhador, que está decidindo trabalhar 
uma hora a mais, qual é o cálculo que ele faz? 
 
Enquanto a utilidade que se obtém com o salário 
adicional for maior que o ‘sacrifício’ relacionado a essa 
hora adicional -> vale a pena trabalhar mais -> o 
benefício adicional cobre o custo adicional. 
 
A curva de oferta de trabalho iguala a desutilidade 
marginal do trabalho a utilidade do salário-> como a 
desutilidade marginal do trabalho é crescente com as 
horas trabalhadas, os trabalhadores exigirão mais para 
se submeterem a essas horas adicionais -> 
 
Slide 15 
Marshall apresenta uma primeira definição de preço de 
oferta do bem: 
 
“Tal como o preço preciso para atrair compradores 
para qualquer quantidade dada de uma mercadoria foi 
chamado preço de procura para essa quantidade [...] 
assim o preço necessário para mobilizar o sacrifício 
necessário para produzir qualquer quantidade dada de 
uma mercadoria pode ser chamado de preço de oferta” 
 
O preço de oferta mostra quanto será necessário que 
cada quantidade de uma mercadoria custe (em termos 
monetários) para induzir os produtores a encararem 
 
Slide 16 
 
Porém o trabalho não é, usualmente, o único fator de 
produção -> há também a terra, o capital e a 
organização -> estes também afetam o preço de oferta 
do bem -> veremos que a curva de oferta nem sempre 
será positivamente inclinada. 
 
[...] viajei e parei de prestar atenção na aula - muitos 
minutos depois... 
Para se submeter a esses sacrifícios, você precisa de um 
incentivo e o preço do bem, tem que ser capaz de 
cobrir esse sacrifício, de forma a te incentivar a incorre 
nele. Por trás da curva de oferta, tem sacrifícios reais e 
o preço do bem tem que ser tal, que cubra esses 
sacrifícios reais relacionados ao trabalho e a espera. 
Sacrifício relacionado ao trabalho: Por que as pessoas 
trabalham? Pelo dinheiro. O incômodo do trabalho ou, 
o sacrifício relacionado a este vai ser chamado de 
desutilidade marginal do trabalho por Marshall, e, vai 
aumentar com a natureza e duração do trabalho. 
Utilidade marginal: utilidade da última parcela 
adicionada ao meu consumo. 
Desutilidade marginal do trabalho: É o sacrifício, o 
incômodo relacionado a última hora de trabalho -> o 
quanto você tem acréscimo de incômodo, sacrifício ou 
desutilidade (utilidade com sinal negativo), quando 
você adiciona mais uma hora de trabalho. Ela cresce na 
medida em que você vai trabalhando mais. A medida 
em que você trabalha mais horas, o sacrifício 
relacionado a cada hora adicional vai crescendo, a 
desutilidade também. 
A desutilidade marginal do trabalho cresce com a 
quantidade de horas trabalhadas. 
Como um trabalhador decide, se trabalha ou não? Qual 
é a escolha que o trabalhador faz, ele mede isso contra 
o que? Salário. Quanto eu vou ganhar para trabalhar 
essa hora a mais e o quanto isso me traz de utilidade, 
por ter esse dinheiro adicional. Se trabalhar uma hora 
a mais, me traz 15 de desutilidade e 20 de utilidade, eu 
vou trabalhar pois, a utilidade do salário é maior que a 
desutilidade do trabalho. Eu vou trabalhar enquanto o 
benefício for maior que o sacrifício. 
A curva de oferta do trabalho é a relação de salário e a 
quantidade de trabalho e, ela vai ser crescente pois, 
você vai exigir mais á medida de horas que você 
trabalha. Em cima da curva de oferta de trabalho, você 
está igualando a utilidade marginal do salário e a 
desutilidade marginal do trabalho. 
 Sabendo que a desutilidade marginal do trabalho 
cresce, como fica a curva de oferta, no caso de o 
trabalho ser o único agente de produção? Ex: dar aula. 
O preço de oferta é o preço necessário para mobilizar 
o sacrifício necessário para produzir qualquer 
quantidade dada de uma mercadoria. Preço de oferta: 
o que o bem tem que custar para que uma unidade seja 
levada ao mercado; para cada quantidade, é definida 
um preço de oferta que é o quanto aquele bem tem 
que custar para que essa quantidade seja levada ao 
mercado, e isso está relacionado ao sacrifício que tem 
que ser coberto para produção dessa unidade. Como o 
sacrifício é maior para produzir duas unidades do que 
uma unidade, o preço de oferta pra induzir que duas 
unidades de aula sejam levadas ao mercado, vai ter que 
ser maior do que antes. 
Então, o preço de oferta de uma aula vai ser o quanto 
essa aula tem que custar para me induzir a dar essa 
aula - isso tem que cobrir meu sacrifício de dar essa 
aula. Como ficaria essa curva de oferta? Positiva, pois á 
cada hora trabalhada, mais sacrifício e, portanto, você 
é mais remunerado. 
Toda essa análise acima foi feita baseada no 
pressuposto de o trabalho ser o único agente de 
produção, e este ser dar aulas. Foi apenas um 
exemplo. Não levar isto em consideração para o resto. 
O trabalho não é, em geral, o único agente de 
produção: Há terra, capital e organização. 
Considerando os outros agentes de produção, a curva 
de oferta pode ter qualquer inclinação. 
Horizontal: Quando se aumenta a produção, o preço de 
oferta (o que induz os produtores a levarem a 
mercadoria para o mercado nessa quantidade, não se 
alterem, independentemente da quantidade), a curva 
pode ser negativamente inclinada; pode ser que para 
levar quantidades maiores para o mercado, você pode 
cobrar menos por quantidades adicionais. Casos assim 
geralmente estão ligados ao fator organização; 
exemplo: ganhos de escala, como produção de carros. 
Lei da demanda: relação inversa entre preços e 
quantidades. 
Lei da oferta: a curva pode ter qualquer inclinação. 
Pode existir uma positivamente inclinada, onde 
prevalece o sacrifício crescente do trabalho, mas pode 
existir uma negativamente inclinada, onde prevalece 
os ganhos de escala (os custos caem, quando aumenta 
a escala de produção). 
 
 
 
aula 4 
1) O que é o preço de oferta de uma mercadoria? 
É o preço suficiente para pagar/ mobilizar os esforços 
necessários para a produção de determinada 
quantidade de mercadoria. 
O preço de oferta, da mesma forma que o preço de 
demanda, estão ligadosa uma quantidade – quando 
falamos de preço de oferta sempre se trata de uma 
determinada quantidade, então, o preço de oferta de 
uma determinada quantidade é o preço que induz os 
produtores e seu conjunto a levarem essa quantidade 
ao mercado. O preço de oferta de 10 unidades, é o 
preço que faz com que no conjunto, os produtores se 
submetam aos incômodos relacionados a produção de 
10 unidades e as levem para o mercado. Marshall fala 
dos custos reais dos incômodos relacionados ao 
trabalho e as espera, e depois ele transforma isso em 
despesas monetárias; ele vai falar de uma série de 
despesas que vão estar compondo o preço de oferta 
dessa mercadoria. 
O preço de oferta de determinada quantidade de 
mercadoria, vai ser composto pelo preço de oferta das 
quantidades correspondentes de fatores de produção 
necessários à produção dessa mercadoria. 
Para produzir 20kg de lã: quantidade de lã para 
produzir esses 20kg, capacidade gerencial, aluguel, 
lucros, etc. Tudo isso vai entrar como preço de fator de 
produção, e, portanto, como preço de oferta. O preço 
de oferta, representa praticamente as despesas e 
custos de produção, de determinada quantidade de lã. 
O autor diz que a composição desses fatores de 
produção, vão variar de acordo com a quantidade. Para 
você cultivar um terreno e produzir 2t de milho, você 
irá usar uma enxada, mas se você vai plantar 300 
hectares, você vai usar animais, etc. Os produtores 
escolhem os fatores de produção mais apropriados ao 
seu objetivo, a soma dos preços de oferta desses 
fatores é em geral menor do que a soma de qualquer 
outro grupo de fatores que possam substituí-lo. Para 
cada quantidade, você vai escolher aquela combinação 
de fatores de produção que resulte em um preço de 
oferta total menor do que qualquer outro -> princípio 
da substituição. 
Que preço de oferta? Marshall pensa a indústria como 
uma floresta; Tamanhos diferentes de firmas, que a 
gente viu que devido às questões das economias 
internas, tem custos diferentes. Se preço de oferta tem 
a ver com custos, de que custos estão se falando? Da 
pequena, média, grande? Por isso o autor introduz a 
ideia de firma representativa; a firma média, que goza 
das economias internas, externas médias, das 
habilidades gerenciais médias. Essa é uma firma típica, 
uma firma representativa do setor. Marshall não vê 
todas as firmas como sendo iguais e tendo um único 
custo de produção; é uma floresta, com várias firmas. 
Mas ao montar a curva de oferta do mercado, ele vai 
estar relacionando o preço de oferta daquela firma 
representativa. 
2) Quais são as principais hipóteses que Marshall faz 
sobre o mercado para chegar ao equilíbrio entre 
oferta e demanda? 
Livre concorrência; acesso às informações de forma 
completa; o tempo não pode mudar os gostos e 
preferência de outras pessoas; (tem mais dois). 
-Não pode haver conluios de qualquer espécie; os 
vendedores não podem se reunir para definir um 
preço. Os compradores também não podem realizar 
esta ação. Cada um está agindo de forma atomizada no 
mercado, são todos pequenos e ninguém tem a 
capacidade de influenciar isoladamente o preço. 
-Conhecimento perfeito: O consumidor e o produtor 
conhecem o mercado, o que está acontecendo, de 
forma suficiente para não estarem dispostos a pagar 
mais do que os outros estão pagando, nem vender por 
menos do que os outros vendedores estão vendendo. 
-As circunstâncias gerais de oferta e demanda não 
estão sendo alteradas; ceteris paribus – é congelado 
todo o resto. Para fixar a oferta no lugar, o custo não 
pode variar, não pode haver novos concorrentes. Para 
fixar a demanda, não pode variar gostos, preços de 
bens alternativos. Essas condições tem que estar 
estáveis para as curvas não ficarem pulando pra lá e pra 
cá o tempo todo. Para definir equilíbrio, as duas curvas 
tem que estar estáveis e para ter as curvas no lugar, 
não se pode deixar variar as condições de mercado. 
3) Como é construída a tabela de oferta? A curva de 
oferta tem necessariamente uma inclinação 
positiva? 
A tabela de oferta representa os preços de oferta de 
cada quantidade, relacionada às respectivas 
quantidades. 
A curva não é sempre positivamente inclinada; 
conforme a quantidade de produtos produzidos vai 
aumentando, os produtores mobilizam esforços para 
diminuir os custos dos fatores de produção: 
desenvolvam tecnologias, usem animais, etc. 
O preço de oferta de 20 unidades, vai ser R$10 – isso 
quer dizer que para induzir que os produtores levem 20 
unidades ao mercado, cada uma delas tem que custar 
R$10. 
32 unidades, custa R$15 – o que cada uma das 32 
unidades tem que custar para que, 32 unidades sejam 
levadas ao mercado; vai ter que custar 15, por unidade. 
45 unidades custam R$20 – para que 45 unidades 
sejam levadas ao mercado, cada uma delas tem que 
custar R$20. 
Sempre relacionar preço de oferta de uma 
determinada quantidade á quantidade. Nos casos 
mencionados acima, o gráfico vai ter uma curva 
crescente ou, uma curva de oferta positivamente 
inclinada ou, rendimentos decrescentes. Na medida 
em que se produz mais, o preço de oferta de cada 
unidade vai ficando mais caro. Por que os custos estão 
crescendo? Tem vários fatores, como por exemplo a 
desutilidade marginal do trabalho: para trabalhar mais, 
você exige mais. Também tem os rendimentos 
decrescentes da terra, na qual o autor acredita; tem a 
questão da espera – poupança – que está vinculada ao 
capital, você tem que ter juros crescentes, para induzir 
as pessoas a abrir mão do consumo presente, para ter 
mais consumo no futuro. Ou seja, para Marshall, vários 
agentes de produção influenciam para a curva de 
oferta ter essa inclinação. 
 Mas, ele também diz que não necessariamente isso 
acontece, e é possível ter uma curva de oferta 
horizontal: o preço de oferta não modifica com o 
aumento da quantidade; o quanto os produtores vão 
exigir para levar 10 unidades ao mercado é R$10 e para 
levar 50 unidades ao mercado é necessário que cada 
uma custe R$10 também. Nesse caso, quer dizer que 
os custos crescentes são exatamente compensados 
pelos custos decrescentes e em geral, relacionados as 
economias de escala. 
Quando você aumenta a produção, você tem ganhos 
de custos, você reduz custos da firma, seja por questão 
de a indústria estar em uma mesma localidade, seja por 
questão de conhecimento, tamanho da firma, etc. 
Aqui, os custos crescentes são exatamente 
compensados pelos custos decrescentes á escala. Tem 
coisas que levam ao aumento de custos, tem coisas que 
levam ao decréscimo de custos, na medida em que se 
aumenta a quantidade. Na curva horizontal, os custos 
se compensam; para qualquer quantidade o preço de 
oferta será igual. 
Você pode ter também, queda de custos com o 
aumento de quantidade. Ex: indústria automobilística. 
Levar 50 unidades, custa R$100 por unidade. Levar 200 
unidades, custa R$30 por unidade. Nesse caso: Custos 
decrescentes ou rendimentos crescentes da escala. 
Não existe uma lei da oferta, da mesma forma que 
existe uma lei da procura/ demanda. Pra conseguir 
mais compradores, deve se baixar o preço. Na oferta, 
você não tem esse tipo de lei, ela pode ter qualquer 
configuração. 
Custos de produção: tudo que é necessário pro 
produtor levar aquela determinada quantidade ao 
mercado. 
4) O que caracteriza a situação de equilíbrio que o 
mecanismo e que mecanismo entra em ação 
quando o mercado se encontra fora de equilíbrio? 
Ponto de equilíbrio: intersecção entre a curva de oferta 
e de demanda. Á determinado preço, quantidade 
demandada = quantidade ofertada. Quando se está 
fora do equilíbrio, por exemplo, a quantidade 
demandada está igual a quantidade ofertada -> preço 
sobe. Ao contrário, quando a oferta está maior que a 
demanda, o ajuste se dá através da diminuição do 
preço, até chegar ao equilíbrio (essa é a formaque 
vemos em introdução a economia, mas não é a forma 
que Marshall pensa). 
Para uma determinada quantidade, você está em 
equilíbrio quando o preço de demanda é igual ao preço 
de oferta. E quando há desequilíbrio, o preço de 
demanda está diferente do preço de oferta. E como se 
dá o ajuste? Marshall fala sobre a margem de dúvida: 
por exemplo, se o preço de oferta é maior que o preço 
de demanda, aqueles que estão na margem de dúvida 
entre produzir ou não, acabam não produzindo -> 
quantidade ofertada diminui. Logo, o ajuste é via 
quantidade. 
A relação entre preço de procura e preço de oferta. 
Preço de oferta de uma dada quantidade, é o preço ao 
qual os ofertantes estão dispostos a levar essa 
quantidade ao mercado, incluindo todos os seus 
custos, lucro, etc. 
O preço de demanda de dada quantidade, é o preço ao 
qual essa quantidade encontra compradores. 
Equilíbrio: para uma dada quantidade, o preço de 
oferta é igual ao preço de demanda. Nessa situação, há 
o repouso, os demandantes estão comprando o que 
querem, ao preço que querem e os ofertantes estão 
vendendo ao preço que desejam. 
Desequilíbrio: preço de demanda é diferente do preço 
de oferta. 
Enquanto o preço de demanda está maior do que o 
preço de oferta, você consegue vender aquela unidade 
por muito mais do que ela te custa. O lucro está sendo 
extraordinário -> você tem estímulos a aumentar a 
produção. 
Quando o preço de oferta é maior que o preço de 
demanda, alguns vão quebrar, outros decair, a 
quantidade cai. 
Se preço de demanda > que preço de oferta: você 
consegue vender por mais do que você precisa e a 
quantidade sobe. 
Se preço de oferta > preço de demanda: Te custa mais 
pra produzir do que pra vender e então, a quantidade 
cai. 
O equilíbrio é estável, quando você tende a voltar para 
ele. As tabelas de procura e de oferta na prática, não 
permanecem alteradas ao longo do tempo, mas, são 
constantemente alteradas e cada variação delas altera 
quantidade e preço de equilíbrio. Assim, desloca-se o 
centro em torno dos quais a quantidade e preço 
tendem a oscilar | As condições de oferta e demanda 
se alteram, e então se altera o centro de equilíbrio em 
torno dos quais preço e quantidade tendem a oscilar; 
agora você tem outro equilíbrio. 
Exemplo: Descobre-se que ao longo do tempo arroz 
causa câncer; agora se tem uma demanda menor de 
arroz. Pra cada quantidade, o preço que se consegue 
cobrar pelo arroz vai ser menor do que antes, por que 
houve uma mudança negativa de gosto em relação a 
esse bem. 
 
Como os agentes vão te levar de uma quantidade q0 e 
P0, para uma relação q1 e p1? 
Q0= equilíbrio | Para a quantidade q0, o preço ao qual 
você consegue compradores (Pd), é igual ao preço que 
os produtores exigem para levar q0 ao mercado, que é 
PO. Essa é a situação de equilíbrio inicial. 
Mas, há uma mudança de gosto em relação a esse 
produto, ou seja, a curva de demanda se desloca para 
a esquerda. Com a nova demanda, não existe mais 
equilíbrio: enquanto a curva de oferta se manteve 
constante, os consumidores estão dispostos a pagar 
menos pelo produto | Os custos para produção do 
produto se mantiveram, mas agora este terá que ser 
vendido por um preço menor. Só vai ser possível 
vender q0 por um preço menor daquele que te cobre o 
custo de produção. No novo preço q1, o equilíbrio está 
estabelecido novamente. 
 
O que faz alterar a curva de oferta? Qualquer coisa que 
faz alterar os custos de produção. 
Aqui, vamos supor algo que reduza os custos de 
produção, como a queda no preço do diesel que 
beneficia uma empresa de frete, fazendo esta cobrar 
menos pelos seus produtos. 
Você estava produzindo q0, agora os seus custos 
diminuíram. A curva de demanda não se alterou, só 
que agora, com custos menores, o preço que eu exijo 
para levar q0 ao mercado é menor do que antes. Agora 
o preço de demanda, é maior que o preço de oferta: as 
pessoas estão ganhando bem mais e então vão 
aumentar a quantidade e conforme você aumenta a 
quantidade, você chega a q1, aonde o preço de 
demanda se igual novamente ao preço de oferta. 
Quando você está em equilíbrio, não precisa alterar 
suas decisões. Está todo mundo satisfeito, não há 
incentivo para produzir mais, nem para produzir 
menos, todos ficam estáticos. 
 
Quando se fala de oferta para Marshall, deve se atentar 
a questão do tempo. 
O tempo de ajuste da oferta: a oferta demora tempos 
diferentes para ajustar. 
Período de mercado: Quando a oferta é fixa, não tem 
como alterá-la. 
Curto prazo: Você tem capacidade de alterar a oferta. 
No curto prazo a capacidade instalada é dada, então 
você tem como ajustar a quantidade, porém dentro de 
um certo limite. 
No longo prazo você pode construir ou fechar fábricas. 
Ex: pergaminhos do século XII – está dada a quantidade 
deles. O que então, determina seu preço? Se tem muita 
ou poca gente querendo comprar os pergaminhos. 
Para ele oferta e demanda determinam valor, mas 
quanto menos você deixa a oferta se ajustar, maior é o 
papel da demanda. E quanto mais tempo a oferta ficar 
se ajustando, maior vai ser o seu papel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fichamento 1 
Alfred Marshall certamente pode ser colocado entre os 
principais pensadores da Economia Política. 
Determinou conceitos fundamentais até hoje 
utilizados na análise microeconômica e consolidou a 
teoria neoclássica como dominante no pensamento 
econômico. Assim, aprofundando conceitos do 
Marginalismo de Jevons, Marshall deu novos ares à 
análise econômica em comparação com a economia 
política clássica. 
 Talvez a contribuição mais importante, dentre 
tantas outras, desse autor tenha sido a dedução das 
clássicas curvas de oferta e demanda. Alfred Marshall 
dedica boa parte de sua principal obra (Princípios de 
Economia) aos estudos que elucidam como essas duas 
componentes da economia são constituídas e como se 
comportam até alcançar o equilíbrio de mercado. 
Cabe, então, analisar a visão marshalliana acerca delas. 
 A demanda segundo Marshall 
Para Marshall, a definição de demanda é a busca dos 
seres humanos por satisfazer suas necessidades 
através da compra de mercadorias. Quando adquiro 
um bem é com vistas a cumprir um desejo meu. A 
satisfação que surge com essa aquisição é chamada de 
utilidade, também relacionada ao termo necessidade. 
Qual a utilidade, ou seja, qual a necessidade do bem 
que compro e quanto de satisfação ele pode me dar? A 
medição desse fator nunca é direta, mas é, na 
Economia, feita pela determinação dos preços. O preço 
de um bem no mercado é o sinal mais eficiente, 
segundo Marshall, da sua capacidade de me satisfazer, 
ou seja, de sua utilidade. 
A utilidade total da aquisição de várias quantidades de 
uma mercadoria é sempre crescente. Mas ela aumenta 
a taxas decrescentes. Quando estou 10 horas sem 
tomar água, minha sede é tamanha que um gole de 20 
ml consegue diminui-la muito. Ele possui alta utilidade. 
Se eu tomar mais do mesmo volume, me satisfaço 
consideravelmente, mas menos do que antes. O 
segundo nível de utilidade é ainda alto, mas menor do 
que o primeiro. E assim vou tomando mais e mais até 
que as utilidades dos acréscimos sucessivos vão 
diminuindo a tal ponto que fico em dúvida se tomo 
mais 20 ml ou não. A decisão de tomar esse último gole 
é uma decisão marginal. Podemos dizer, portanto, que 
a utilidade marginal decresce a cada acréscimo de 
quantidade. Se aplicarmos o mesmo raciocínio na 
compra de uma mercadoria, a aquisição última dela é 
chamada de compra marginal, uma vez que mede a 
margem de dúvida se devo ou não comprar, tendo em 
vista o quanto de utilidade ela pode me trazer. O preço 
dessa aquisição, por sua vez, é denominado preço de 
procura marginal. Ele sempre diminui conforme mais 
de um mesmo bem é comprado, já que o benefício 
marginal decresce a cada acréscimo. 
Pode-se ver que Marshall determina a curva de 
demanda a partir da medida de utilidade marginal. Esta 
é alta quando as quantidades adquiridas são baixas e 
diminui na medida em que mais é comprado. Por essa 
razão que o gráfico possui uma curva cuja inclinação é 
negativa: o preço de procura marginal diminui 
conforme mais de um bem pode ser comprado, de 
modo que assim possa atrair maior número de 
compradores. 
Cabe dizer aqui que, para Marshall, a demanda do 
mercado é a soma das demandas individuais. 
 A oferta segundo Marshall 
Na visão de nosso autor, os ofertantes possuem quatro 
agentes principais: o trabalho, o capital, a terra e a 
organização. A oferta, por sua vez, constitui-se na 
superação da relutância em suportar incomodidades, 
as quais têm origem principalmente nos dois primeiros 
fatores. Quando se fala em trabalho, as incomodidades 
decorrem principalmente da fadiga excessiva, da 
insalubridade, de um ambiente ruim dentro da firma, 
etc. Tudo isso contribui para elevar cada vez mais a 
“desutilidade marginal do trabalho”. Quanto ao 
capital, o adiamento da satisfação com os ganhos, ou 
seja, a espera que leva à acumulação de capital, 
constitui seu custo e sua incomodidade. Esses custos, 
somados às despesas com matérias-primas e outros 
fatores de produção, formam o preço de oferta. Este, 
por sua vez, precisa ser o mínimo suficiente para 
induzir um capitalista a levar a produção adiante e 
lucrar com ela. 
Tomando por base esse raciocínio, Alfred Marshall 
enuncia o princípio de substituição: as firmas que usam 
fatores menos eficientes e mais custosos, elevando o 
preço de oferta, são naturalmente substituídas pelo 
mercado por empresas mais eficientes, as quais 
utilizam fatores mais baratos, culminando em menor 
preço de oferta. 
Marshall introduz no estudo de Economia a análise de 
um novo elemento: o tempo, que é delimitado em três 
períodos básicos. O período de mercado, aquele em 
que a oferta é fixa. O curto período, em que a demanda 
é mais influente no preço de mercado, possui pelo 
menos um fator fixo, mas a produção pode se alterar 
dentro de uma capacidade instalada. Finalmente, o 
longo período, em que os preços de mercado se 
baseiam principalmente na oferta, não possui nada 
fixo. A potencial variação dos agentes pode alterar a 
capacidade instalada, que ora aumenta ora diminui. 
Estabelecidos todos os critérios, o autor inglês ainda 
acrescente que as curvas de oferta podem ser de 
inclinação positiva, negativa ou até mesmo nula. Tudo 
depende do comportamento dos custos de produção. 
No primeiro caso, o mais comum, eles crescem na 
medida em que a produção aumenta. No segundo, 
típico de indústrias de grande escala, há uma 
diminuição dos custos conforme aumenta a aplicação 
produtiva. Quando os custos são constantes, 
independentemente da produção, a curva é horizontal. 
Quando o preço de demanda é maior que o de oferta, 
temos que os produtores recebem mais do que o 
necessário para produzir e auferir lucro. Há, dessa 
forma, estímulos para aumentar a quantidade 
colocada no mercado. Na situação oposta, a firma está 
ganhando menos do que o suficiente. Há incentivo para 
cortar a produção e reduzir as quantidades. Essas são 
medidas que acentuam a tendência para o equilíbrio 
de mercado, em que os preços e, consequentemente, 
as quantidades, se igualam. Nesse caso, o capitalista 
ganha o estritamente necessário para produzir e lucrar. 
Fichamento 2 - incompleto 
Livro III – Capítulo III: Gradações da procura por 
consumidores. 
(1) Quando um comerciante adquire materiais para sua 
produção, tem como objetivo os lucros que pode 
conseguir. Os lucros dependem do risco e de outros 
fatores, mas, á longo prazo, o preço da venda das 
mercadorias depende do preço que os consumidores 
pagarão. A procura dos consumidores rege a procura 
dos comerciantes. 
Utilidade=desejo ou necessidade; a medida do desejo 
na economia se encontra no preço que uma pessoa se 
dispõe a pagar pelo cumprimento a satisfação do seu 
desejo. A compra feita resulta em satisfação. 
Lei das necessidades saciáveis ou utilidade 
decrescente- Quando maior for a quantidade que eu 
tenho de um determinado bem, menor será o beneficio 
adicional que eu extraio a cada unidade extra. 
Utilidade total- Prazer total ou outro benefício que o 
bem proporciona. 
Utilidade marginal- diminui a cada aumento da 
quantidade que ele já possui dessa coisa. 
Compra marginal- marca a margem de dúvida sobre se 
é vantagem gastar o que o bem vale para adquiri-lo. Se 
eu mesmo fabricar ao invés de comprar, a utilidade da 
parte que eu penso valer a pena fabricar. 
Observação: Nessa lei, admita-se que com o tempo, o 
caráter e gosto do consumidor não mudou. 
(2) Tradução de lei em termos de preço: “Ou seja, 2 
xelins por uns libra mede a utilidade do chá para essa 
pessoa no limite, margem, termo ou fim de suas 
compras: mede a utilidade marginal para ela. Se o 
preço que ela está decidida a pagar para obter uma 
libra se denomina seu preço de procura, então 2 xelins 
é o seu preço de procura marginal; Quando maior for a 
quantidade de uma coisa que uma pessoa possui, 
menor será o preço que ela pagará por um pouco da 
coisa “-seu preço de procura marginal para a coisa 
descreve. 
Sua procurasse torna eficiente somente quando o 
preço que se dispõe a oferecer alcança aquele pelo 
qual estão dispostos a vender.” até então não está 
sendo levado em conta, alterações na utilidade 
marginal do dinheiro ou poder aquisitivo das pessoas.” 
Não se alterando os recursos matérias de uma pessoa, 
a utilidade marginal do dinheiro para ela é uma 
quantidade fixa, de sorte que os preços que ela se 
decida a pagar por duas mercadorias estão, um em 
relação ao outro, na mesma razão de utilidade das duas 
mercadorias.

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