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Degenerações celulares

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Ana Karolliny 
Lesão reversível ou não, secundária a alterações bioquímicas 
que resultam em acúmulo de substâncias no interior das 
células ou interstício. 
Classificação 
Podem ser classificadas de acordo com o tipo de 
substâncias acumuladas: 
✓ Hidrotópica 
✓ Hialina 
✓ Lipídica 
✓ Carboidratos 
 
Degenerações hidrópicas 
Caracteriza-se pelo acúmulo de água e eletrólitos no interior 
das células, tornando-as tumefeitas. É a lesão não letal mais 
comum diante dos mais variados tipos de agressão. 
Geralmente, os órgãos acometidos apresentam-se 
aumentados de volume e peso, pálidos. 
Vários fatores podem desregular a bomba de Na/K, por 
exemplo, a hipóxia, desnutrição grave, toxinas bacterianas 
químicas, radicais livres. 
 
Degenerações hialinas 
Caracteriza-se pelo acúmulo de material proteico e acidófilo, 
corado em róseo pela hematoxilina-eosina no interior das 
células ou interstício. O material proteico acumulado pode ter 
diferentes origens. Podem ser classificadas em intra ou 
extracelulares. 
 
Degenerações hialinas goticulares 
A pequena quantidade de proteína que é filtrada pelo 
glomérulo é normalmente reabsorvida por pinocitose no TCP, 
em doenças com comprometimento glomerular pode haver 
uma maior filtragem e perda de proteínas, ou seja, 
proteinúria. O TCP faz uma maior reabsorção de proteínas 
pinocitadas sob a forma de vesículas que aparecem como 
gotas hialinas no citoplasma. 
✓ Corpúsculo de Russel → presente em processos 
inflamatórios agudos, como salmoneloses ou 
crônicos. Os plasmócitos podem produzir muitas 
imunoglobulinas que se acumulam no reticulo 
endoplasmático dessas células. 
 
✓ Corpúsculo de Councilman-Rocha-lima → ocorre 
em doenças viróticas que comprometem o fígado, 
nessas doenças aparecem hepatócitos diminuídos 
de tamanho, com citoplasma hialino, soltos da 
trabécula e com núcleos picnóticos, fragmentados 
ou ausentes. Representam hepatócitos mortos por 
apoptose. 
 
✓ Corpúsculo de Mallory → está presente em várias 
extremidades hepáticas mas é mais frequente na 
cirrose alcoolica .os hepatócitos apresentam no 
citoplasma massas hialinas grumosas de tamanhos 
e formas diferentes. Formam-se ´por ação de 
radicais livres sobre o citoesqueleto. É provável que 
essa degeneração seja irreversível. 
 
✓ Degeneração hialina por deficiência de alfa-1-
antitripsina →A alfa 1-antitripsina é uma enzima 
produzida no fígado e pelos fagócitos 
mononucleares e tem função de inibir a tripsina e 
outras enzimas proteolíticas séricas (elastase). A 
enzima alfa 1-antitripsina com mutação não 
consegue ser excretada pelo complexo de golgi 
hepatocitário acumulando no reticulo 
endoplasmático do hepatócito sob a forma de 
inclusões globulares hialinas no citoplasma. Pode 
aparecer em crianças a partir dos 3 meses de 
idade ou manifestar nos adultos. 
 
Degeneração Cerea de Zenker → esse tipo de 
degeneração hialina de fibras musculares resulta 
de endotoxinas bacterianas e de agressão por 
linfócitos T e macrófagos. O sarcoplasma coagula-
se com desintegração e desaparecimento dos 
microfilamentos e perda da estriação levando ao 
aparecimento focal de massas róseas. 
 
Degenerações hialinas extracelulares 
Deposição de uma substância proteica fibrilar, hialino, 
amorfo no interstício e em torno das paredes vasculares. 
É composto por 90% de fibrilas não ramificadas de 
comprimento não definido e de diâmetro de 7,5 e 10nm. 
Cada fibrila é constituída de cadeia de polipeptídeos que se 
dobram sobre si mesmas, dependendo da doença a 
composição proteica varia. Coram-se com vermelho do 
congo e é pouco solúvel. 
Podem ser classificadas em: 
✓ Sistemica ou localizada 
✓ Primária ou idiopática (sem causa conhecida) 
✓ Secundária 
✓ Hereditária 
Patogenia → as proteínas amiloides apresentam grande 
diversidade estrutural mas têm em comum o fato de serem 
betapregueadas segundo sua composição e sequência de 
aminoácidos distinguem-se vários tipos de fibrila. 
Fibrila amiloide AL → a proteína da firbrila AL é produzida 
por células que secretam imunoglobulinas (Ig) e seu depósito 
está relacionado com a secreção de imunoglobulina anômala 
pelos plasmócitos. Em doentes portadores de neoplasias 
originárias de células b , pode ocorrer produção excessiva 
de Ig anômala repreesntada por fragmentos da cadeia leve 
(proteína de Bence Jones). 
Fibrila AA → produzida a partir de um precursor 
sintetizado no fígado denominado precursor sérico do 
amiloide ou proteína sérica amiloide (SAA). Acredita-se que 
a proteína funcione como opsonina. Macrófagos do foco 
inflamatório produzem IL-2 que estimula a síntese hepática. 
Em casos de inflamação crônica ou supurativa de longa 
duração os níveis de SAA se mantém constantemente 
elevados. 
Fibrilas de amiloide derivadas da proteína transportadora da 
tiroxina e do ácido retinóico → a mutação dessa proteína 
pode originar moléculas proteicas anormais que não são 
degradadas de modo eficaz pelo sistema fagocitário podem 
dar origem a fibrilas que depositam-se como amiloide. Essa 
deposição ocorre preferencialmente em torno dos nervos 
periféricos e autonômicos. 
Fibrila de amiloide derivada de hormônios anômalos 
produzidos por células neoplásicas → carcinoma medular 
da tireoide, tumores de células das ilhotas de Langerhans, 
feocromocitoma e carcinoma indiferenciado do estômago 
podem apresentar depósitos amiloides. Pro-hormônios, 
principalmente, a pró-calcitonina e pró-insulina irão dar 
origem ao amiloide. 
Proteína beta-amiloide na doença de Alzheimer → a doença 
de Alzheimer é a causa mais comum de demência em adultos 
idosos. À medida que a doença progride ocorre déficit de 
memória, orientação viso-espacial, julgamento, personalidade 
e da linguagem. Com um curso de 5 a 10 anos da doença os 
indivíduos afetados tornam-se profundamente 
incapacitados, mudos e imóveis. Pacientes tornam-se 
raramente sintomáticos antes dos 50 anos de idade; a 
incidência da doença aumenta com a idade. 1% para a 
população entre 60-64 anos e 40% ou mais entre 85-90 
anos. 
 
 
 
A proteína precursora (app) amiloide é uma proteína da 
superfície neuronal com domínio transmembranoso que 
pode funcionar como um receptor. É codificada no 
cromossoma 21, defeitos no metabolismo da app na 
superfície das células neuronais pelas secretases 
intramembranosas causam aumento da proteína B-amiloide. 
A clivagem do domínio extracelular da app pela alfa 
secretase seguida pela clivagem do seu domínio intracelular 
pela gama secretase originam fragmentados peptídicos 
solúveis inofensivos. 
A clivagem do domínio extracelular da app pela beta 
secretase seguida pela clivagem do seu domínio intracelular 
pela gama secretase originam os monômeros peptídicos 
Abeta que se agregam formando agregados e fibrilas de 
oligômeros A-beta (via amiloidogênica) que se depositam 
entre os corpos neuronais (neurópilo) e nas paredes dos 
vasos cerebrais e são patogênicos e responsáveis pela 
toxicidade neuronal. 
Fibrilas de oligômeros A-beta (amiloide) determinam ativação 
da enzima glicogênio sintase quinase neuronal que por sua 
vez causa fosforilação das fibrilas que determinam 
disfunção neuronal e sináptica e sinalização para apoptose 
neuronal. 
A proteína TAU age na manutenção da integridade e 
estabilidade da rede dos microtúbulos do corpo e axônio 
neuronal sendo importante para controle da estrutura e sua 
função. 
A ativação da enzima glicogênio sintase quinase determina a 
hiperfosforilação da proteína TAU e isso faz com que ela 
perca a capacidade de unir os microtúbulos ocasionando 
degeneração axonal e do corpo neuronal. Esse processo faz 
com que a proteína mude de configuração e comece a se 
agrupar formando um emaranhado neurofibrilar no 
citoplasma, estes induzem disfunção neuronal inclusive a sua 
morte. 
As fibrilas dos oligômeros A-beta também induzem respostainflamatória da micróglia e astrócitos favorecendo a 
liberação de mediadores que aumentam o dono. 
O amiloide pode se depositar no interstício e no endotélio 
vascular, condicionando o aumento do volume dos órgãos, 
atrofiando as células parenquimatosas por compressão 
e/ou isquemia local. Nas amiloidoses secundárias associadas 
aos processos inflamatórios crônicos. A gravidade 
decorrentes dos depósitos ocorrem no fígado, rins, baço, 
suprarrenais e linfonodos. 
Nas amiloidoses associadas as discrasisas de células b, os 
depósitos são mais frequentes no coração, no TGI, nos 
nervos periféricos, língua e mesmo no trato respiratório. 
 
É a mais comum e mais grave, sendo responsável pela 
maioria dos óbitos. Os depósitos espessam as membranas 
basais dos capilares glomerulares com diminuição 
progressiva de suas luzes, produzindo isquemia com 
transformação do glomérulo em uma bola hialina funcional. 
Quando no interstício tubular, também determinam atrofia 
tubular por compressão. Estabelecimento de síndrome 
nefrótica com proteinúria e grave hipoalbunemia. A 
obliteração glomerular leva a insuficiência renal, uremia e 
morte. 
 
 O amiloide começa a se depositar e progressivamente vai 
envolvendo os sinusoides e atrofiando os hepatócitos. No 
entanto, a grande reserva funcional impede uma 
repercussão clínica maior. 
O acúmulo começa no subendocárdio e por entre as fibras 
musculares do miocárdio levando-as à atrofia. Pode ocorrer 
alterações no traçado eletrocardiográfico, arritmias e 
morte por lesão no sistema de condução. 
Pode ocorrer insuficiência (doença de addison). 
 
Pode comprometer desde a boca ao reto, além de causar 
macroglossia (aumento da língua) causando dificuldade de 
deglutição ou da fala, diarreia, constipação, síndromes de má 
absorção dos alimentos. 
Pode acumular-se na papila dérmica da pele do dorso ou da 
região anterior das pernas. 
As formas genéticas polineuropáticas apresentam-se como 
parestesias, queda da temperatura e sensação de dor nas 
extremidades. 
Diagnóstico das amiloidoses 
O diagnóstico clínico é difícil. A biopsia mostra depósitos 
hialinos (róseos ao HE, vermelho do congo + e 
birrefringentes em verde a luz polarizada). A boca e a língua 
bem como a mucosa retal e o rim são afetados na maioria 
das amiloidoses sistêmicas sendo os locais de preferências 
para fazer a biópsia. 
A biopsia aspirativa por agulha dina da gordura abdominal é 
excelente para o diagnóstico de amiloidose sistêmica. É 
possível distinguir as fibrilas AA, AL e transtiretina nos 
cortes histológicos. O tto por permanganato de potássio 
após coloração pelo vermelho do congo faz a proteína AA 
perder a coloração enquanto outras formas de amiloides 
não fazem. 
A imunoperoxidase usando anticorpos específicos é capaz 
de distinguir as proteínas das fibrilas de amiloide. 
 
 
Na HAS o endotélio vascular glomerular é estimulado a 
sintetizar e secretar componentes da membrana basal sob 
a forma de colágeno IV e V, proteoglicana e fibronectina. 
Isso resultará em espessamento, fusão e duplicação das 
membranas basais com o fechamento isquêmico da luz das 
alças capilares glomerulares. 
Os glomérulos irão atrofiar, pois as células endoteliais 
morrem e as membranas basais se compactam 
transformando o glomérulo em uma bola hialina, homogênea 
e acidófila. 
O espessamento hialino pode ocorrer na membrana basal 
da epiderme e na parede dos capilares glomerulares devido 
a depósito de imunocomplexos ag/ac e fibrina e 
complemento. 
O imunocomplexo estimula a inflamação nessas áreas de seu 
depósito. Esses depósitos podem ser documentados por 
imunofluorescência que os coram em verde na luz 
ultravioleta com os conjugados anti-IgG e anti-c3 
fluoresceínados. 
 
Foco infeciosos bacteriano passa para a corrente sanguínea 
(bacteremia) com as toxinas bacterianas e lipossacarídeos 
de sua cápsula, estimulando resposta imune das células 
inflamatórias. 
O fator de necrose tumoral liberado pelas células 
inflamatórias estimula o aumento da expressão de 
receptores para essas células na superfície do endotélio 
alveolar de forma acentuada. Os produtos liberados pelos 
neutrófilos (proteases, radicais livres do O2) acabam por 
lesar o endotélio alveolar, o FNT pode também determinar 
apoptose dessas células. 
O endotélio lesado permite extravasamento de líquido rico 
em proteína que junto com restos de células epiteliais 
alveolares mortas organizam-se em membranas hialinas 
atapetando as membranas alveolares.

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