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Inflamação aguda

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Ana Karolliny 
É uma reação local dos tecidos vivos vascularizados que visa 
a eliminação de um agente agressor ou de células 
danificadas/necróticas. É caracterizada morfologicamente 
pela saída de líquidos e de células leucocitárias para o espaço 
extravascular/interstício. 
É importante como passo inicial no processo de reapro, 
embora uma resposta exacerbada e duradora pode 
ocasionar lesão tecidual. 
Em resumo, o agente agressor localizado nos tecidos 
extravasculares é reconhecido pelas células do hospedeiro 
e moléculas. Leucócitos e proteínas do plasma são 
recrutados da circulação para o sítio onde o agente 
agressor se localiza. Os leucócitos e as proteínas são 
ativados e trabalham em conjunto para destruir e eliminar 
o agente agressor. A reação é controlada e terminada, o 
dano tecidual. 
 
 
Reação inflamatória aguda 
É a resposta inicial, inespecífica, rápida as infecções e 
tecidos danificados. Dentro de minutos ou horas sendo de 
curta duração (algumas horas ou poucos dias) 
Caracteriza-se principalmente pela exsudação de líquidos – 
fluidos e proteínas plasmáticas. Emigração de leucócitos – 
predominantemente neutrófilos polimorfonucleares. 
Sinais sistêmicos e locais proeminentes 
Se ocorrer falha na remoção do estímulo agressor pode 
ocorrer evolução para uma fase crônica. 
Estímulos para inflamação aguda 
✓ Infecções 
✓ Moléculas liberadas da necrose tecidual (isquemia 
necrótica, trauma, injuria química e física-térmica, 
irradiação, químicos ambientais). 
✓ Corpos estranhos – por conta da injúria 
traumática ou carregar micróbios associados 
✓ Reações imunológicas → doenças autoimunes, 
alergias-reações imunológicas exacerbadas contra 
antígenos ambientais. 
Componentes do processo 
inflamatório agudo 
Após uma agressão tecidual mastócitos liberam mediadores 
tais como histamina e as terminações nervosas liberam 
substâncias P. 
 
A → vasodilatação arteriolar com abertura de novos leitos 
vasculares → aumento do fluxo de sangue para a area 
agredida → calor e rubor 
B → aumento da permeabilidade dos capilares e vênulas 
→ formação de fendas no endotélio (histamina, substancia 
P, prostaglandinas e leucotrienos) → induzem a contração 
das células endoteliais → aumento do espaço intercelular 
→. Extravasamento de fluidos rico em proteínas para o 
espaço intersticial → proteínas para o espaço intersticial 
→ proteínas exsudadas favorecem retenção de água fpra 
dos vasos → edema inflamatório 
Fenômenos celulares 
Lentidão do fluxo sanguíneo → leucócitos deixam o centro 
da coluna sanguínea e passam para a periferia do vaso 
(marginação) → rolando com adesão transitória endotelial 
(rolamento) → sofrem ativação aderem-se firmemente ao 
endotélio e sobre ele se espraiam (adesão e pavimentação) 
→ emissão de psudópodes através da junção endotelial em 
direção ao estimulo quimiotático (trasnmigração/diapedese) 
→ fagocitose do agente agressor 
1. As proteínas esxsudadas anticorpos e complemento 
tem ações inibidoras, lítica e opsonizadora sobre 
microrganismos; o fibrinogênio extravasado polimeriza-
se representando uma barreira à invasão de 
microrganismos e favorece a migração leucocitária. 
Algumas proteínas extravasadas tem ação inibidora 
sobre proteases e podem ser removedoras de radicais 
livres reduzindo o potencial lesivo da inflamação. 
2. O rolamento e a adesão dos leucócitos são mediados 
por moléculas de adesão na superfície do endotélio e 
dos leucócitos. As células de defesa sentinela 
intersticiais secretam citocinas ao entrar em contato 
com o agente agressor essas irão favorecer o 
surgimento de moléculas de adesão na superfície do 
endotélio (selectinas) e aumentar a afinidade dos 
receptores dos leucócitos (integrinas) para uma maior 
adesão a superfície endotelial. 
3. As moléculas de adesão variam bastante e são um 
elemento importante na seleção do leucócito que deve 
migrar. As quimiocinas também exibem papel seletivo 
nessa migração. Em inflamações provocadas por ovos 
ou larvas de helmintos existe grande exsudação de 
eosinófilos; em inflamações agudas virais há exsudação 
precoce de grande quantidade de linfócitos T. A 
mudança progressiva do tipo de células do exsudato 
deve se a modificação nos tipos de quimiocina liberadas 
durante o processo. 
4. Exsudato → liquido rico em macromoléculas e células 
que se acumula no espaço intersticial da área inflamada 
5. Transudatos → não contém macromoléculas decorrem 
de um aumento de pressão hidrostática ou um 
decréscimo na pressão osmótica. NÃO ocorre das 
junções interendoteliais, fibrina ou células inflamatórias. 
Quimiotaxia 
Depois que os leucócitos deixam a circulação eles movem-se 
nos tecidos em direção ao centro do foco inflamarório 
orientados por substâncias químicas um processo chamado 
de quimiotaxia. 
As substâncias quimiotáticas podem ser exógenas trazidas 
pelo próprio agente inflamatório, ou endógenas, geradas no 
foco inflamatório. 
- Quimiotáticos exógenos: produtos bacterianos/peptídeos 
e moléculas lipídicas 
- Quimiotáticos endógenos: citocinas (IL8) componentes do 
sistema complemento (C5a): metabólitos do ácido 
araquidônico (leucotrieno B4), tecido necrótico. 
Os macrófagos residentes e células dendriticas intersticiais 
são células que reconhecem rapidamente as agressões e 
produzem fatores necessários (quimiocinas e citocinas) para 
o afluxo inicial de neutrófilos e de monócitos inflamatórios. 
Os mastócitos intersticiais na fase inicial estão envolvidos 
com a liberação de histamina. 
Na fase inicial da maioria das inflamações as células 
encontradas em maior número são polimorfonucleares 
neutrófilos por serem mais numerosos no sangue circulante 
e por apresentarem receptores para vários agentes 
quimiotáticos e por responderem mais rapidamente a estes, 
por conseguinte são as células predominantes no exsudato 
inflamatório nas primeiras 24h. 
Após isso os neutrófilos passam a produzir as quimiocinas, 
atraindo assim e ativando os monócitos inflamatórios para 
matar os microrganismos, assim, estes últimos, tornam-se 
as células predominantes nas 48h seguintes e sobrevivem 
por mais tempo. 
Os neutrófilos apresentam uma grande capacidade de 
matar microrganismos por meio de produtos microbicidas 
armazenados nos grânulos e produção de radicais livres. 
Ativação leucocitária 
Pode ser induzida por diversos fatores, entre eles: 
microrganismos, produtos de células necróticas, complexos 
antígeno-anticorpo, citocinas, produtos do sistema 
complemento. 
A resposta celular desse processo pode culminar: produção 
de metabólitos do acido araquidônico (PGs e leucotrienos), 
degranulação e secreção de enzimas lisossomais, ativação 
do surto oxidatio, secreção de citocinas, modulação das 
moléculas de adesão leucocitária. 
Processo no sitio de injúria após 
extravasamento 
É a ingestão de partículas maiores feita pela emissão de 
pseudópodes e pela formação de um fagossomo ou vacuolo 
fagocitário. 
Etapas 
- Aproximação 
- Aderência → etapa que compete com o reconhecimento 
de microrganismos e partículas pelos receptores expressos 
na superfície leucocitária. As opsoninas aderem-se aos 
micróbios e facilitam a fagocitose (processo denominado de 
opsonização). 
- Englobamento → escape de enzimas para o meio 
extracelular/lesão tecidual 
- Degranulação → a fusão do lisossomo com o fagossomo 
pode ser inibida por substâncias produzidas por 
microrganismos. 
 
- Lisozima, lactoferrina → aumenta a permeabilidade da 
membrana dos microrganismos 
- Elastases → capaz de clivar alfa2 macroglobulina inibidor 
de proteases 
- Colagenases 
 
 
 
Efeitos lesivos dos fagócitos 
Radicais livres do oxigenio, acido hipocloroso, proteases. Com 
a eliminação do agente agressor diminui-se o afluxo de 
neutrófilos e de sua ativação, possibilitando a ação 
neutralizadora das antiproteases chegadasdo plasma ou 
geradas no próprio tecido. 
Defeitos na função leucocitária 
- Defeitos na adesão leucocitária 
- Defeitos na função do fagolissomo 
- Defeitos na atividade microbicida 
- Supressão da medula óssea 
Mediadores quimicos da inflamação 
Os mediadores se originam de proteínas plasmáticas ou de 
células. Os que derivam do plasma estão presentes neste 
na forma de precursores que devem ser ativados para 
adquirir suas propriedades biológicas. 
 
 
Papel dos mediadores nas reações 
inflamatórias 
 
 
A atividade de muitas dessas enzimas proteolíticas é 
controlada por antienzimas, por ex. a alfa1 antitripsina 
produzida pelo fígado inibe a ação da elastase. . 
 
Padrões morfológicos do processo 
agudo 
É marcada pela exsudação de líquido pobre em leucócitos 
para espaços criados pela injúria celular ou para deentro 
das cavidades do corpo (efusão serosa) revestidas pelo 
peritônio, pleura ou pericárdio. O fluido que ocupa a cavidade 
não encontra-se contaminado pelos organismos destrutivos. 
O fluido pode ser derivado do plasma (por conta do aumento 
da permeabilidade vascular) ou da secreção das células 
mesoteliais das cavidades pleural, pericárdica, peritoneal. 
As bolhas cutâneas resultantes das queimaduras ou 
infecção viarl pelo herpes representam acúmulo de fluido 
seroso dentro ou abaixo da epiderme. 
Herpes Simples 
 
Figura 1. Bolhas herpes simples Figura 2. . herpes simples 
 
Figura 3. Herpes simples 
Bolha de queimadura 
 
Figura 4 Bolha de queimadura 
Pênfigo Bolhoso 
 
Figura 5 pênfigo bolhoso 
A injúria favorece a permeabilidade vascular permitindo que 
maiores moléculas proteicas sai do sangue e a fibrina 
formada resultante seja depositada no espaço extracelular, 
Ocorre principalmente sobre o revestimento das cavidades 
do corpo, o exsudato fibrinoso pode ser dissolvido por 
fibrinólise e removido por macrófagos. 
A fibrina não removida estimula o crescimento de 
fibroblastos e vasos sanguíneos podendo ocorrer formação 
de fibrose. A fibrose pode levar a aderência entre os 
folhetos visceral e parietal do mesotélio obliterando os 
espaços. 
 
Figura 6 Pericardite aguda fibrinosa 
Caracteriza pela produção de pus, que é um exsudato 
composto por neutrófilos, debris liquefeito de células 
necrótica e fluido edematoso. Geralmente decorre de 
infecções provocadas por bactérias piogênicas que causam 
necrose liquefeita tecidual. 
A inflamação aguda supurativa do apêndice vermiforme é 
um exemplo comum desse tipo. O abscesso é uma 
inflamação purulenta circunscrita, caracterizada por 
coleção de pus em cavidade neoformada, escavada nos 
tecidos pela própria inflamação e circundada por uma 
membrana ou cápsula de tecido inflamado da qual o pus é 
gerado. 
A cura do abscesso é a cicatrização com proliferação de 
tecido conjuntivo fibroso a partir da camada mais externa 
que ocorre após a absorção do pus e da membrana 
piogênica. Pode ocorrer eliminação do pus através de 
ulceração ou de fístulas para o exterior. Enquanto o 
microrganismo não for eliminado não há cura do abscesso. 
 
Figura 7 Abscesso pulmonar com destruíção tecidual alveolar. 
 
Úlcera é um defeito local ou escavação na superfície de um 
órgao ou tecido e é produzido pelo despregamento do tecido 
necrótico inflamado. Frequentemente é encontrado na 
mucosa da boca, estômago, intestinos e Trato genitourinário 
bem como na pele e tecido celular subcutâneo de idosos com 
distúrbios circulatórios nos membros inferiores. 
Ulcera péptica gastrica e intestinal é provocada muito 
frequentemente pela infecção por h. pylori com a seguinte 
fisiopatologia: 
Citotoxina bacteriana vaCA → formação de canais nas 
células epiteliais gástricas → urease bacteriana → amônia 
→ alteração da viscosidade da barreira do muco gástrico 
→ ácido passa a ter contato direto com as células epiteliais 
da mucosa gástrica → ulceração 
• A urease é antigênica, ou seja, é capaz de gerar 
injúria por estimular as células inflamatórias a 
destruírem a mucosa gástrica 
A amônia aumenta o pH gástrica permitindo o microrganismo 
a sobreviver nesse ambiente. Fosfolipases bacterianas 
alteram a barreira fosfolipídica da mucosa gástrica levando 
a perda da estrutura e integridade 
Catalase é uma enzima antioxidante que protege a bactéria 
dos metabólitos tóxicos do oxigênio liberados pelos 
neutrófilos permitindo que elas sobrevivam e proliferem na 
mucosa gástrica danificada e inflamada. 
 
 
Figura 8 H. pylori 
 
Possíveis destinos do processo 
inflamatório agudo 
A eliminação do agente agressor o local de agressão volta 
com restauração do sítio de agressão ao normal. Ocorre 
quando a lesão é limitada de curta duração ou quando ocorre 
pouca destruição tecidual e as células parenquimatosas 
danificadas podem regenerar-se. A resolução envolve a 
remoção do debris celular dos micróbios pelos macrófagos 
e a reabsorção do fluido edematoso pelos linfáticos. 
Ocorre depois de uma grande destruição tecidual onde o 
infiltrado inflamatório destrói que não são capazes de 
regeneração. Há uma grande exsudação de fibrina para os 
tecidos ou para dentro das cavidades serosas e que não 
pode ter sido removida pelo sistema fibrinolítico. 
Exsudato → tecido fibroso

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