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1 Direito Positivo O positivismo se caracteriza por afastar os valores do estudo científico do direito e por considerar o direito positivo o único objeto da Filosofia e das ciências jurídicas. Para o positivismo jurídico, só existe uma ordem jurídica: a comandada pelo Estado e que é soberana. Para os positivistas: “Não há mais Direito que o Direito Positivo”. Tomando atitude intransigente perante o Direito Natural, o positivismo jurídico se satisfaz plenamente com o ser do Direito Positivo, sem refletir sobre a forma ideal do Direito, sobre o “dever ser” jurídico. Assim, para o positivista, a lei é, em si, o único valor. No entanto, o positivismo jurídico é uma doutrina que não satisfaz às exigências sociais de justiça. Se, de um lado, favorece o valor segurança, de outro, ao defender a vinculação do direito a determinações do Estado, mostra-se alheio à sorte dos seres humanos. O direito não é composto unicamente de normas, como deseja essa corrente filosófica. Além do que, as normas jurídicas apresentam sempre um significado, um valor social a ser realizado. Os positivistas não se moveram ou não se tocaram pelas diretrizes do direito enquanto instrumento de realização da justiça social. Apegaram-se tão somente ao seu aspecto formal, ao concreto, ao materializado. Os limites conferidos ao direito foram muito apertados, estreitos mesmo, para abarcar toda a grandeza e a importância que ele encerra. A lei não pode conter todo o jus. A lei, sem condicionantes valorativos, é uma arma para o bem ou para o mal.
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