Ad1 Estágio em Gestão

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Estágio em Gestão
 Educacional Pedagogia Licenciatura EAD – UERJ
Aluna: 
Matrícula: Nota: 10,0
Polo: 
AD1 2021.1
Sondagem acerca da escolarização da Educação Básica no município de Petrópolis
	O objetivo do presente estudo é apresentar uma sondagem do panorama da escolarização da Educação Básica no município de Petrópolis, para a disciplina Estágio em Gestão Educacional. Para isso, foram feitas pesquisas em canais de referência, tais como o do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e o QEdu, por exemplo, utilizando-se dados do Censo Escolar de 2020 e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do Ministério da Educação e Cultura (MEC).
	Partindo-se dessa proposta, observa-se que a obrigatoriedade do oferecimento da Educação Básica no Brasil gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade está presente na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96) em seu artigo 4º, parágrafo 1, que pontua que ela deve ser organizada nas modalidades de pré-escola, ensino fundamental e ensino médio. Seu objetivo é fornecer subsídios para a formação cidadã dos jovens brasileiros. 
	Assim, no município de Petrópolis existem 181 escolas da rede pública e 102 na rede privada, totalizando 283 escolas públicas de Educação Básica. Nessas escolas, segundo o site QEdu, em 2020, haviam cerca de 5.786 crianças matriculadas em creches, 7.381 nas classes de pré-escola, 20.299 nas turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental, 15.856 alunos nas classes de anos finais do Ensino fundamental, 10.091 alunos matriculados nas turmas de ensino médio. Nas classes de educação especial, haviam cerca de 1.612 alunos matriculados e na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, 6.998 estudantes. Em se tratando de escolas que possuem a modalidade do curso médio normal, foi encontrada apenas os dados do CE Rui Barbosa, no Alto da Serra, que possuía cerca de 1.337 alunos matriculados no ano de 2020, abrangendo também matrículas de EJA e EE. Os dados fornecidos pelo QEdu têm como fonte o Censo Escolar de 2020 fornecidos pelo INEP e refletem a realidade informada das escolas no município.
	Para a obtenção dos dados sobre a média de alunos por turma, utilizou-se como referência, o IDEB de 2020. Nele, foi encontrado o percentual médio de 10,1 crianças por turma nas creches, sendo 10,1 nas creches urbanas e 10 alunos nas creches rurais. Já nas classes de pré-escola, o censo escolar apontou uma média de 15,5 crianças por turma, sendo 15,3 matriculadas nas creches urbanas e 17,5 nas rurais. Como observado, há um certo equilíbrio de matrículas feitas nas creches das regiões urbanas e rurais no município, o que começa a apresentar diferenças a partir das classes de pré-escola, onde o número de crianças nas escolas de áreas rurais apresenta mais alunos, fato que pode ser associado ao menor número de escolas com vagas disponíveis.
	Já nos anos iniciais do Ensino Fundamental, verifica-se a faixa de 22,7 alunos por turma, onde encontramos cerca de 22,7 nas escolas urbanas e 22,3 nas escolas rurais. Desse número, é possível citar os seguintes dados: 
	
	Média de alunos por turma
	Média de alunos nas escolas urbanas
	Média de alunos nas escolas rurais
	Classes de 1º ano
	18,6
	18,5
	19,5
	Classes de 2º ano
	19,6
	19,7
	19
	Classes de 3º ano
	21,8
	21,6
	24,1
	Classes de 4º ano
	21,7
	21,7
	21,7
	Classes de 5º ano
	21,9
	21,9
	22,1
	
	Como é possível depreender após a análise da tabela acima, percebe-se que há um certo equilíbrio na média de alunos por turma nas escolas urbanas e rurais da cidade. Contudo, a diferença percebida em algumas classes pode ser compreendida por causa do menor número de escolas nas regiões rurais da cidade (em torno de apenas 27 escolas, segundo o site QEdu).
	Essa constatação também se repete nas turmas de anos finais do Ensino Fundamental, sendo um provável reflexo do menor número de instituições públicas e privadas existentes nessas regiões (apenas 27). Assim, é possível citar os seguintes dados: 
	
	Média de alunos por turma
	Média de alunos nas escolas urbanas
	Média de alunos nas escolas rurais
	Classes de 6º ano
	26,3
	26,2
	26,6
	Classes de 7º ano
	26,2
	26,3
	25,3
	Classes de 8º ano
	25,7
	25,5
	29,7
	Classes de 9º ano
	25,8
	25,7
	28,7
	Ainda tratando-se de número de alunos por turma, pontua-se que nas classes de Ensino Médio foram localizadas nas pesquisas uma média de 29,2 alunos por turma, sendo a faixa de 29,5 nas escolas urbanas e 25,6 nas escolas rurais. Dentro desse número, encontrou-se:
	
	Média de alunos por turma
	Média de alunos nas escolas urbanas
	Média de alunos nas escolas rurais
	Classes de 1º ano
	30,6
	30,8
	29,2
	Classes de 2º ano
	28,1
	28,4
	24,7
	Classes de 3º ano
	28,5
	24,7
	22,7
	Nessa modalidade, faz-se importante pontuar que o número de alunos por turmas nas escolas localizadas na região urbana é maior do que nas regiões rurais, o que chama bastante atenção na análise. E também que, boa parte dos alunos que cursam o 1º ano, interrompem seus estudos antes de completarem o Ensino Médio. Assim, é possível analisar que essa diferença apresentada pode ser a provável consequência da inserção prematura dos jovens no mercado de trabalho, principalmente nas regiões rurais.
	Dando continuidade à pesquisa, observou-se que a taxa de distorção idade/série para o Ensino Fundamental em 2020 no município, segundo os índices do IDEB, é de 23,7%, com 23,9% nas escolas urbanas e 21,5% nas escolas rurais. Assim, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, esse percentual é de 15,1%. Já nos anos finais do Ensino Fundamental 34,5%, sendo que o maior percentual de distorção encontrado foi no 7º ano (37%). Em se tratando do Ensino Médio, a taxa de distorção encontrada foi de 33,7%, onde o maior percentual observado é no 1º ano (40,7%). Observou-se também que as escolas urbanas contam com o percentual de 33,6% de distorção e as escolas rurais com cerca de 34,3%, demonstrando uma pequena diferença entre os alunos das escolas urbanas e rurais, sendo o mesmo que acontece nas classes de Ensino Fundamental. Vale salientar que no CE Rui Barbosa, escola com Ensino Médio normal, não há taxa de distorção série idade.
	Contudo, o que chama a atenção na análise desses dados é o aumento da taxa de distorção nas classes de alunos das séries finais do ensino fundamental, o que se mantém próximo ao percentual exibido no ensino médio. Essa constatação leva ao questionamento sobre a contribuição do município com políticas públicas que sejam realmente eficientes e direcionadas a essa população e que visem promover a equidade no acesso e permanência dos alunos nas salas de aula e assim diminuir esses percentuais. Infelizmente, nas pesquisas efetuadas pata esse trabalho, não foram encontradas essas informações.
	Passando para a busca de dados acerca do corpo docente, é possível pontuar que, segundo o IBGE e com dados referentes a 2018, foram encontrados 1.802 docentes no Ensino Fundamental e 812 docentes no Ensino Médio ativos no município. Assim, em se tratando de formação desses profissionais, os dados do IDEB sinalizam as seguintes informações:
	
	Possuem Formação Superior
	Não possuem Formação Superior
	Educação Infantil
	72,1%
	27,9%
	Educação Fundamental
	91,2%
	8,8%
	Ensino Médio
	99,1%
	0,9%
	Cabe pontuar que, quando é citado na tabela acima o Ensino Superior, abarca-se os cursos de Licenciatura ou Bacharelado, na área de atuação dos professores ou não. Dessa maneira, pode-se refletir que a grande maioria dos professores da cidade possuem formação superior e cursos de extensão, o que nem sempre é revertido em salários mais elevados, seja na iniciativa privada ou mesmo na pública.
	Pesquisou-se também a média de horas/aulas no município, onde foi possível verificar que é de 8,7h/aulas para a creche, 6,3h/aulas para a pré-escola, 4,5h/aula para as classes iniciais de Ensino Fundamental, 5,1h/aula para as classes finais ede 5,5h/aula para as classes de ensino médio. Assim, compreende-se que as instituições da cidade estão cumprindo a legislação, pois de com a LBD 93094/96, é normatizado o mínimo de 4h diárias para o turno parcial e de 7h para a jornada integral nas escolas de Educação Infantil (artigo 31, parágrafo 3º), 4h para o Ensino Fundamental (Artigo 34). Entretanto, o Ensino Médio, não foi encontrado esse tipo de dados na LDB 9394/96.
	Voltando o foco para os estudantes, é necessário também trazer dados referentes à Educação Especial. Nesse sentido, observa-se que em 2020 haviam cerca de 1.612 alunos matriculados em 235 escolas que oferecem dependências acessíveis para alunos que possuem algum tipo de necessidade educacional especial, número que abrange aproximadamente 83% das escolas em todo o município, segundo o QEdu (2020). Assim, é preciso pontuar que a cidade possui uma taxa de acessibilidade nas instituições escolares que fornecem a Educação Básica, um pouco maior do que a média de outras cidades do país. Esse fato aponta que as escolas da cidade promovem a inserção e permanência desse público nos ambientes escolares, objetivando a construção da cidadania que lhes é de direito.
	Nessa mesma perspectiva, ao se voltar o olhar para os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), observou-se que existiram por volta de 6.998 alunos matriculados nessa modalidade em 2020. Esses alunos estiveram distribuídos em 16 instituições de ensino que oferecem a modalidade e mantidos pela Secretaria de Educação do município (com 2.123 estudantes), em 7 escolas estaduais de Educação básica (com 4.516 alunos) e em 4 instituições privadas (com 359 alunos) que no município, segundo dados do INEP. Nesse contexto, através das informações coletadas, foi possível concluir que a rede pública (estadual e municipal) de Petrópolis possui a grande maioria das escolas com vagas destinadas à modalidade de ensino em EJA no munícipio, onde se encontram a maior parte dos alunos distribuídos nas 27 escolas que atendem a esse público na cidade. 
	Um fato que chamou a atenção nas análises é que apenas 1 dessas escolas se localiza na parte rural da cidade. Assim, compreende-se que essa modalidade ainda possui uma carência grande de instituições que possibilitem o acesso e a permanência desses indivíduos à Educação, já que a tiveram a tiveram interrompida por diversos motivos e que no momento procuram uma forma de recolocarem nos ambientes escolares, seja em busca de melhores condições de trabalho ou mesmo para melhorarem sua autoestima e se sentirem construindo a sua cidadania.
	 Em relação ao rendimento dos indicadores, o IDEB encontrado foi do ano de 2019. Nesse sentido, o indicador de rendimento dos anos iniciais do Ensino Fundamental foi de 5.4 na rede pública, com o indicador de aprendizado de 6,09. Já dos anos finais do E.F. o IDEB encontrado foi de 4,2 e o indicador de aprendizado ficou em 5,38 segundo o site do QEdu. Assim, observa-se que tanto nos anos iniciais do E.F., quanto nos anos finais, os índices ficaram abaixo da meta proposta do IDEB para o referido ano, que era de 6.0. Nos sites de referência pesquisados, não foram encontrados os dados referentes às escolas particulares do município.
	Nessa perspectiva, analisando-se todos os dados obtidos através dessas pesquisas e tomando como base os resultados do IDEB, por exemplo, vê-se que há a necessidade de melhorar e até mesmo rever as políticas educacionais no município. Como exemplo, identifica-se que Petrópolis possui taxas de distorção série/idade bem altas, principalmente nas séries mais elevadas da Educação básica. Observa-se também que é entre os professores da Educação Infantil que se encontram aqueles que possuem menores índices de formação superior. 
	Contudo, torna-se necessário salientar que, após muitas buscas em diferentes canais de informações confiáveis e oficiais, não foi possível responder a todos os questionamentos feitos pela coordenação da disciplina na presente avaliação. Pontua-se que grande parte das fontes de pesquisas disponíveis encontra-se com informações defasadas, de anos anteriores ao solicitado ou mesmo não foram encontradas informações relevantes para serem mencionadas na proposta. Dessa maneira, optou-se por selecionar e fornecer os dados que foram encontrados e entendidos como consistentes para análise e mencionar o ano a que se refere e/ou o canal onde foram pesquisados.
	Portanto, em virtude das reflexões efetuadas no presente trabalho, observa-se a necessidade de que não só os envolvidos com os cenários educativos - como professores e gestores, por exemplo - como também toda a população, possa ter acesso aos resultados dos dados e índices referentes a Educação Básica no município. Assim, esses dados devem servir de base para cobranças de ações, elaboração de políticas públicas em educação e tomadas de decisões que melhorem a qualidade do ensino no município. Esse é o caminho para que a educação ofereça condições reais para o acesso e permanência de todos na escola como norteiam os atuais documentos legisladores para a Educação Básica no país e possa realmente preparar o educando para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho com igualdade de condições para todos os seus munícipes.
Referência bibliográfica
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Disponível em: < https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/petropolis/pesquisa/40/0. Acesso em 30 de mar. de 2021.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Indicadores Educacionais. Disponível em: < https://www.gov.br/inep/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/indicadores-educacionais>. Acesso em 28 de mar. de 2021.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm.> Acesso em 28 de mar. de 2021.
CENSO Escolar. QEdu. Disponível em: < https://www.qedu.org.br/cidade/2788-petropolis/censo-escolar?year=2020&dependence=0&localization=0&education_stage=0&item=
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/petropolis/panorama>. Acesso em 29 de mar. de 2021.
 
CHAVE DE CORREÇÃO
AD1
	QUESTÕES ABORDADAS
		VALORES
	Consistência de dados
	2 pontos
	Articulação entre a coleta dos dados e a análise
	2 pontos
	Coerência e correção na escrita
	2 pontos
	Fontes fidedignas de dados
	2 pontos
	Capacidade de conclusão
	2 pontos