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caderno de processo do trabalho atualizado

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RACHEL LOPES 2021.1
CADERNO DE PROCESSO DO TRABALHO
Professor: Juliane Facó
PRINCIPIOS; PECULIARIDADES E TÉCNIAS DE PROCEDIMENTO 
Princípios gerais - formam o tronco comum do Direito Processual – unidade, coerência e harmonia do sistema – NCPC e Normas Fundamentais – Direito Processual Fundamental Constitucional
Peculiaridades - dizem respeito a determinado ramo do processo – adequadas às especificidades do direito material instrumentalizado através do processo.
Técnicas - estão relacionadas ao procedimento e revestem caráter funcional – adequar o processo em movimento aos princípios que o informam. 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS: 
Devido processo legal (art. 5°, LIV)
Ampla defesa e contraditório (art. 5°, LV)
Juiz e promotor natural (art. 5°, XXXVIII e LIII)
Controle judicial ou acesso à justiça (art. 5°, XXXV)
Isonomia (art. 5°, caput)
Segurança jurídica (art. 5°, XXXVI) 
Publicidade (art. 93, IX)
Motivação das decisões judiciais (art. 93, IX)
Duplo grau de jurisdição
Proibição de prova ilícita
Celeridade e duração razoável do processo (art. 5°, LXXVIII)
PRINCIPIOS GERAIS DO PROCESSO APLICÁVEIS: 
Instrumentalidade
Imediatidade do juiz
Identidade física do juiz (súm.136 do TST – cancel.)
Imparcialidade do juiz 
Igualdade de tratamento das partes
Boa-fé ou Lealdade processual.
NORMAS FUNDAMENTAIS (CPC – 2015) APLICAVEIS: 
O cpc de 2015 aproximou o processo do direito constitucional, tentando aproximar regras e princípios, o que impactou diretamente no direito processual do trabalho. 
Direito Processual Fundamental Constitucional – tentativa de concretizar normas fundamentais que decorrem diretamente da CF.
Art. 1o CPC/2015 - O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código.
Unidade e integridade das normas – método de interpretação; o CPC de 73 não possuía coerência e no CPC de 2015 isso já fica nítido, devendo ser entendido de forma geral; essas normas são um método de interpretação e de concretização do direito processual 
Normas fundamentais – conjunto de princípios e regras que estrutura o modelo de processo civil brasileiro e serve de norte para compreensão de todas as demais normas jurídicas:
Capítulo I – arts. 1 a 12 – DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL.
Pilares do novo sistema de processo civil brasileiro:
-negócio jurídico processual (autorregramento da vontade) – art. 190 – aplicação controversa no processo do trabalho por conta da assimetria de partes – Reforma trabalhista
-sistema de precedentes judiciais – arts. 926/928 
Modelo de processo comparticipativo/cooperativo – sugerido pelo CPC 2015; sem que as partes ou o juiz tenham protagonismo exclusivo, devendo as partes cooperarem entre si, agindo de forma conjunta. 
Premissas interpretativas: primazia do julgamento do mérito – o formalismo excessivo não importa; e máximo aproveitamento do ato processual.
Princípio da cooperação
Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. Equilíbrio entre as partes 
-Vício sanável x litigância de má fé (arts. 793-A, 793-B, 793-C, 793, D)
Cooperação sistêmica: se o comportamento imputado é contrario a esse princípio, consequências devem ser aplicadas (sanções processuais) 
Princípio do contraditório dinâmico (prévio e efetivo)
A ideia é a de analisar esse princípio como garantia de influência em decisão não surpresa; o juiz passa de um espectador para ser também sujeito processual, onde sua decisão também precisa de contraditório
-Direito de participação na construção do provimento: garantia de influência e não surpresa
-passa a ser um dever ônus do juiz: necessidade de provocar, de ofício, o debate sobre quaisquer questões determinantes para a resolução da demanda.
-agir de ofício x agir sem ouvir as partes: agir de oficio significa que o juiz pode trazer uma questão que as partes não trouxeram desde que seja uma questão de ordem publica, mas não pode fazer isso que traga isso durante o processo.
-questão não debatida = decisão surpresa – fere o contraditório, o princípio da cooperação e o princípio da proteção da confiança – confiar que a decisão é legitima e de acordo com o que foi debatido.
Artigos que tratam sobre decisão surpresa:
Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. – o juiz como sujeito do contraditório.
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.
Art. 10.  O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
EM 39/2016 do TST:
-Admite o contraditório dinâmico no processo do trabalho, especialmente os arts. 9 e 10 do CPC/2015 – art. 4˚ da IN.
-Define o que é decisão surpresa: art. 4˚, § 1˚ 
“a que, no julgamento final do mérito da causa, em qualquer grau de jurisdição, aplicar fundamento jurídico ou embasar-se em fato não submetido à audiência prévia de uma ou de ambas as partes”. 
-Decisão não surpresa: art. 4˚, § 2˚ (uma decisão valida no processo do trabalho)
“a que, à luz do ordenamento jurídico nacional e dos princípios que informam o Direito Processual do Trabalho, as partes tinham obrigação de prever, concernente às condições da ação, aos pressupostos de admissibilidade de recurso e aos pressupostos processuais, (questões de ordem pública) salvo disposição legal expressa em contrário.
Princípio da boa-fé processual
Art. 5º. Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.
-Destinatários: sujeitos processuais
-Função hermenêutica – as decisões judiciais e as postulações devem ser interpretadas de acordo com a boa fé (art. 322, §2˚ e 489, §3˚)
-Função de impedir o formalismo exacerbado – se procura um formalismo democrático – possibilidade de sanar vícios
-Proibição de venire contra factum proprium
-Outros exemplos: equívoco no preenchimento de guias; deficiência do traslado em sede de AI; proibição de o juiz modificar o ônus da prova em fase processual inadequada.
 Princípio da primazia da decisão de mérito (artigos do CPC)
Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
Art. 76 – possibilidade de sanar a incapacidade processual ou a irregularidade de representação – súmula 383 do TST – antes nao permitia que esse saneamento acontecesse 
-Art. 139, IX – o juiz tem o dever de determinar o suprimento dos pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais;
-Art. 317 – antes de proferir decisão sem resolução do mérito, o órgão jurisdicional deve conceder a parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício.
-Art. 321 – antes de indeferir a petição inicial, o juiz deve mandar que a parte autora a emende ou a complete;
-Art. 1029, § 3˚ - vício não grave em sede de tribunal superior deve ser sanado -art. 896, § 11 da CLT.
PETIÇÃO INICIAL
DEVER DE O JUIZ MANDAR SANAR OS VÍCIOS (139, IX)
DETERMINAR A EMENDA OU O COMPLEMENTO (321) - com a especificação sobre o que precisa ser emendado ou complementado 
RECURSO 
O RELATOR DEVE INTIMAR A PARTE PARA SANAR O VÍCIO (932, P. ÚNICO) 
VÍCIO SANÁVEL = INTIMAÇÃO DA PARTE PARA RENOVAÇÃO DO ATO (938)
PREPARO
INSUFICIÊNCIA PREPARO = INTIMAÇÃO PARA COMPLEMENTAR (1007, § 2˚)
AUSÊNCIA DE PREPARO (PAGAMENTO EM DOBRO, § 4˚)
Art. 15 do CPC/2015 x art. 769 da CLT
Art. 15.  Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente. Aplicação supletiva x subsidiária
Art. 769 da CLT- Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.
- Entende-se que os artigos se somam e devem ser interpretados em conjunto. A aplicação subsidiaria aconteceria na omissão total da CLT e a aplicação supletiva na omissão parcial da CLT. Por isso o TST se posicionou sobre o tema na sua IN 39:
Art. 1° da IN 39/ TST: Aplica-se o Código de Processo Civil, subsidiária e supletivamente, ao Processo do Trabalho, em caso de omissão e desde que haja compatibilidade com as normas e princípios do Direito Processual do Trabalho, na forma dos arts. 769 e 889 da CLT e do art. 15 da Lei no 13.105, de 17.03.2015. 
PECULIARIDADES DO PROCESSO DO TRABALHO
Conciliabilidade obrigatória: 
No proc. Do trabalho é dever o juiz perguntar se as partes possuem acordo, por isso existem momentos obrigatórios para proposta judicial de conciliação: abertura da audiência/ após as razões finais.
Art. 846. Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação.
Art. 850. Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de Conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. 
Consequência da não observância da proposta de conciliação: nulidade absoluta da sentença.
Finalidade: satisfação mais célere do crédito trabalhista (natureza alimentar).
Novo CPC – estímulo a solução consensual do conflito (conciliação, mediação e arbitragem) – art. 3˚, §§ 2˚ e 3˚; audiência de conciliação antes do oferecimento da defesa – art. 334
Princípio do autorregramento da vontade (mediação/conciliação) 
2. Poder normativo
Poder de criar normas jurídicas, através da sentença normativa, para as categorias de empregados e empregadores que participaram do dissídio coletivo.
Exercido pelos tribunais trabalhistas 
Prazo de vigência limitado: máximo de 4 anos – art. 868, parágrafo único da CLT.
Limites: Constituição, lei, contrato, CCT/ACT - só pode operar em caso de vazio legislativo. 
Novo Panorama com a EC 45/2004 - Art. 114, § 2º da CF. Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.
Se as partes não quiserem, os empregados ficam sem regras relacionadas ao acordo coletivo 
Jus postulandi
Capacidade postulatória das partes: empregado e empregador de atuarem na justiça do trabalho sem advogarem: 
Art. 791 da CLT. Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.
Art. 791 x Art. 133 da CF e art. 1º da Lei 8.906/94: esse artigo colocava o advogado como essencial para o processo, se discutia se ele foi recepcionado ou não. Depois dessa discursão, concluiu-se que alguns ramos do judiciário poderiam não ter a participação do advogado 
- Limites: 
-Subjetivo: se restringe ao empregado e ao empregador. Não é qualquer trabalhador que pode reclamar, apenas os que se enquadram na relação de emprego 
-Objetivo: instância ordinária e ações comuns - súmula 425 do TST.
Súmula 425. Jus Postulandi - Justiça do Trabalho - Alcance – Limitação. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.
Execução de ofício, em caso de jus postulandi: Execução de ofício (CLT 878) e instauração ex officio de instância em dissídio coletivo (CLT 856)
5. Supletividade e subsidiariedade 
Supletividade
 Incompletude do sistema - Art. 769 da CLT – CPC/ Art. 889 – Lei 6.830/80
Art. 769. Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.
 Aplicação supletiva e subsidiária (art. 15):
-Omissão: lacuna parcial ou total
-Compatibilidade entre CPC e CLT
TÉCNICAS DE PROCEDIMENTO
Oralidade: única exigência de postulação por escrito – inquérito judicial para apuração de falta grave cometida por dirigente sindical (CLT 853). 
Concentração dos atos: a) audiência una; b) suspensão do feito apenas nas exceções dilatórias (suspeição e incompetência territorial – CLT 799 § 1º); c) irrecorribilidade das decisões interlocutórias (CLT 893 § 1º). Se recorre na sentença por conta da celeridade processual 
Inquisitoriedade: impulso processual e direção – cabe ao juiz velar pela rápida solução do litígio sem sacrifício do contraditório (CLT 765) - princípio da cooperação 
AULA 02:
COMPETENCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO: 
Espécies de competência: material; pessoal; funcional; territorial 
Material: definida a partir do conteúdo da relação jurídica de direito material deduzida no processo e que constitui o fundamento de fato da demanda – causa de pedir e pedido 
- forma de arguição: contestação, como preliminar 
- natureza jurídica dessa competência: absoluta 
Fundamento da competência da Justiça do Trabalho: 
-Antes da CF/88 – art. 652 da CLT
Art. 652. Compete às Juntas de Conciliação e Julgamento:
conciliar e julgar:
I - os dissídios em que pretende o reconhecimento da estabilidade de empregado;
II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de rescisão do contrato individual de trabalho;
III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice;
IV. Os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho;
V. as ações entre trabalhadores portuário e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação do trabalho.
processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave;
julgar os embargos opostos às suas próprias decisões;
impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência;
Acidente de trabalho – Justiça Estadual
Art. 114 (antes EC 45/2004): 
“Compete à Justiça do Trabalho conciliar e julgar os dissídios individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta dos Municípios, do Distrito Federal, dos Estados e da União, e, na forma da lei, outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, bem como os litígios que tenham origem no cumprimento de suas próprias sentenças, inclusive coletivas”. 
Art. 114 (pós EC 45/2004): 
“Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;” 
Ampliação subjetiva e objetiva – pessoal e material 
Controvérsias oriundas da relação de trabalho e de seus sujeitos, exceto as relações entre servidores e entes públicos quando o vínculo for estatutário ou de caráter jurídico-administrativo. Apenas os que se vinculam a CLT
Relação de trabalho em sentido amplo – empregado (típico e atípico – empregado doméstico e trabalhador temporário), trabalhador avulso, trabalhador autônomo, empreiteiro, cooperado, trabalhador eventual. 
Ampliou-se a competência da Justiça do trabalho sem transferir os direitos trabalhistas previstos na CF e na CLT – Tutela apenas de caráter processual. As regras que regem os processos de trabalhadores autônomos não é o mesmo que as regras de quem se vincula a CLT ou na CF.
Servidor público: celetista e estatutário. Posição do STF – ADI nº 3.395. 
Relação de consumo x relação de trabalho
relação médico (pessoa física) e a clínica ou hospital (empresa tomadora de serviços) – relação de trabalho;
relação médico (pessoa física – fornecedor de serviço)e paciente (destinatário final – tomador de serviço) – Competência da justiça COMUM quando o tomador de serviços for destinatário final, nos termos do art. 2º do CDC – relação de consumo 
paciente (pessoa física - tomadora) e clínica ou hospital (pessoa jurídica – fornecedora) - relação de consumo;
- Posição do STJ e TST
Súmula 363 do STJ. Competência - Processo e Julgamento - Ação de Cobrança - Profissional Liberal Contra Cliente. Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.
- uma relação entre duas pessoas jurídicas, nunca vai ser competência da justiça do trabalho 
OBS: - Advogado e cliente (pessoa jurídica) – relação de trabalho
Advogado e cliente pessoa física – relação de consumo.
FGTS, seguro-desemprego (súmula 389 do TST), cadastramento do PIS (súmula 300 do TST - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS).), meio ambiente do trabalho que seja de responsabilidade do empregador, é de competência da justiça do trabalho.
- tudo que for relativo ao meio ambiente do trabalho é competência da justiça do trabalho. E como há o dever objetivo do empregador de manter o ambiente de trabalho saudável, pode o empregador exigir que o empregado se vacine e comprove essa vacinação para que seja autorizado sua entrada no local de trabalho.
Litígios resultantes do exercício do direito de greve (ex. responsabilidade civil do grevista, terceiro ou dirigente sindical pelo prejuízo causado ao empregador – interditos possessórios) - Súmula 189: “Competência - Abusividade – Greve. A Justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve”.
Ações possessórias, Interdito Proibitório e embargos de terceiro - STF Súmula Vinculante nº 23 - Competência - Processo e Julgamento - Ação Possessória - Exercício do Direito de Greve - Trabalhadores da Iniciativa Privada. A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.
III) Representação sindical e litígios entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicatos e empregadores. – dependendo da matéria 
IV) Mandado de segurança, Habeas corpus, Habeas data, desde que a matéria esteja sujeita à jurisdição trabalhista. Lapso do constituinte (esqueceu o mandado de injunção)
V) Conflitos de competência entre órgãos da Justiça do Trabalho (CF, 102, I, o da CF)I, o):
Art. 102 – “Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:  
 I - processar e julgar, originariamente:
 o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal”;
VI) Ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho (inclusive de acidente de trabalho) – Súmula vinculante nº 22. 
 Súmula 392: “Dano Moral - Competência da Justiça do Trabalho. Nos termos do art. 114 da CF/1988, a Justiça do Trabalho é competente para dirimir controvérsias referentes à indenização por dano moral, quando decorrente da relação de trabalho”
VII)Penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho – MTE
VIII) Execução, de ofício, de contribuições sociais previstas no art. 195, I, a e II, da CF, das sentenças que proferir - INSS; não pode haver dentro da petição inicial trabalhista um pedido de pagamento do INSS nunca recolhido pelo empregador, porque o INSS não pode ser o pedido principal nas relações trabalhistas e sim como reflexo, devendo ser cobrado na justiça federal 
lX) Outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho – necessidade de regulamentação legal – competência material derivada ou decorrente; Requisitos: existência de uma lide decorrente da relação de trabalho; inexistência de lei afastando a competência da JT
X) Dissídio coletivo, inclusive o proposto pelo MPT (CF 114, §§ 2° e 3°)
XI) Complementação de pensão e aposentadoria contra entidade privada – Novo entendimento STF;
 “1. A competência para o processamento de ações ajuizadas contra entidades privadas de previdência complementar é da Justiça comum, dada a autonomia do Direito Previdenciário em relação ao Direito do Trabalho. Inteligência do art. 202, § 2º, da Constituição Federal a excepcionar, na análise desse tipo de matéria, a norma do art. 114, inciso IX, da Magna Carta.
2. Quando, como ocorre no presente caso, o intérprete está diante de controvérsia em que há fundamentos constitucionais para se adotar mais de uma solução possível, deve ele optar por aquela que efetivamente trará maior efetividade e racionalidade ao sistema.
3. Recurso extraordinário de que se conhece e ao qual se dá provimento para firmar a competência da Justiça comum para o processamento de demandas ajuizadas contra entidades privadas de previdência buscando-se o complemento de aposentadoria.
4. Modulação dos efeitos da decisão para reconhecer a competência da Justiça Federal do Trabalho para processar e julgar, até o trânsito em julgado e a correspondente execução, todas as causas da espécie em que houver sido proferida sentença de mérito até a data da conclusão, pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, do julgamento do presente recurso (20/2/2013).
5. Reconhecimento, ainda, da inexistência de repercussão geral quanto ao alcance da prescrição de ação tendente a questionar as parcelas referentes à aludida complementação, bem como quanto à extensão de vantagem a aposentados que tenham obtido a complementação de aposentadoria por entidade de previdência privada sem que tenha havido o respectivo custeio” (RE 586453/SE, Pleno, rel. Min. Ellen Gracie, j. 20/02/2013).
COMPETÊNCIA PESSOAL, FUNCIONAL E TERRITORIAL
COMPETENCIA PESSOAL:
Fixada em virtude da qualidade da parte que atua na relação jurídico-processual.
Art. 114, CF:
Sindicatos (inciso III)
Entes de direito público externo (inciso I)
-Imunidade de jurisdição X Imunidade de execução
Órgãos da Administração pública direta e indireta, na qualidade de empregadores (vínculo celetista) (inciso I)
União - nas ações que discutam a imposição de penalidades administrativas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho (inciso VII) 
INSS - ao promover a execução das contribuições previdenciárias. (inciso VIII)
MPT (art. 114, § 3º)
Trabalhadores (inciso I)
-Trabalhadores autônomos x trabalhadores subordinados
-Trabalhadores subordinados típicos (empregados urbanos e rurais)
-Trabalhadores subordinados atípicos (eventual, temporário, avulso, domésticos e servidor público celetista)
Outras pessoas ou entidades diversas das previstas no art. 114, desde que fixadas pela CF ou lei infraconstitucional – rol exemplificativo.
COMPETENCIA FUNCIONAL: 
Está relacionada intrinsecamente às atribuições exercidas pelos órgãos judiciais durante a tramitação da causa. Essas atribuições são definidas pela CF, por lei ou pelo Regimento Interno do tribunal.
Natureza: absoluta.
Classificação: 
no plano vertical: de acordo com a hierarquia ou graus de jurisdição – competência originária (CF e CLT 659) ou recursal/derivada
no plano horizontal – diz respeito as funções e atribuições (concorrentes ou privativas) dos juízes de um mesmo órgão (colegiado). Ex. Presidente, relator e revisor.
Espécies de atribuições: atribuições de caráter administrativo (declarar e assinar termo de posse, atividade de correição etc) e jurisdicional (presidir audiência, colher depoimento de testemunhas, interrogar as partes, sentenciar etc).
Disciplina – legal e regimental: 
Legal: 
Varas – art. 652/653 da CLT – apreciar dissídios individuais (reclamações trabalhistas), incidentes processuais, ação de cumprimento, ação civil pública, execução da sentença e direção do processo. MS, representação sindical, transação extrajudicial; 
Espéciesde atribuições: atribuições de caráter administrativo (declarar e assinar termo de posse, atividade de correição etc) e jurisdicional (presidir audiência, colher depoimento de testemunhas, interrogar as partes, sentenciar etc).
Disciplina – legal e regimental: 
Legal: 
Varas – art. 652/653 da CLT – apreciar dissídios individuais (reclamações trabalhistas), incidentes processuais, ação de cumprimento, ação civil pública, execução da sentença e direção do processo. MS, representação sindical, transação extrajudicial; 
Transação extrajudicial – reforma trabalhista
“Art. 652, CLT.  Compete às Varas do Trabalho:
decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça do Trabalho.
”Art. 855-B.  O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado.
§ 1o  As partes não poderão ser representadas por advogado comum.
§ 2o  Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria.
Art. 855-C.  O disposto neste Capítulo não prejudica o prazo estabelecido no § 6o do art. 477 desta Consolidação e não afasta a aplicação da multa prevista no § 8o art. 477 desta Consolidação.’
Art. 855-D.  No prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juiz analisará o acordo, designará audiência se entender necessário e proferirá sentença.’
Art. 855-E.  A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados.
Parágrafo único.  O prazo prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que negar a homologação do acordo.”
Juízes de Direto do Cível e não criminais 
 Art. 668, CLT: Nas localidades não compreendidas na jurisdição das Varas do Trabalho, os Juízes de Direito são os órgãos de administração da Justiça do Trabalho, com a jurisdição que lhes for determinada pela lei de organização judiciária local.
 Art. 669, § 1º, CLT: “Nas localidades onde houver mais de um Juízo de Direito a competência é determinada, entre os juízes do cível, por distribuição ou pela divisão judiciária local, na conformidade da lei de organização judiciária.
b) TRT – (as atribuições estão definidas na CLT 678, 682 e RI) e Corregedor e Vice (Mesa Diretora) ficam eximidos da função de julgar, pois executam privativamente tarefas administrativas – ações de sua competência originária – ação rescisória, cautelar, mandado de segurança e dissídio coletivo; 
c) TST – as atribuições dos órgãos (Pleno, SEDI 1 e 2, SEDC, Turmas, Órgão Especial) e dos Ministros que os integram estão definidas pela Lei 7701/88 e RI – dissídios coletivos que excedam a jurisdição do TRT, ação rescisória, mandado de segurança, cautelar. 
COMPETENCIA TERRITORIAL: 
É determinada com base na circunscrição geográfica sobre o qual atua o órgão jurisdicional e ditada por lei federal ou de organização judiciária.
Natureza – relativa (dispositiva) - Não gera invalidade dos atos, ao contrário da absoluta – CPC 113.
Efeitos no processo – prorrogação, se não arguida pelo réu no momento oportuno.
Deve ser arguida via exceção em petição apartada – reforma trabalhista – art. 800 da CLT
Art. 800.  Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo.
§ 1o  Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção.
§ 2o  Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias.
Regra do art. 795, § 1º, da CLT:
“Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios”. 
Exceção? O legislador foi atécnico a usar o termo foro, pois se relaciona ao foro material e não territorial 
Finalidade: Efetivar o acesso do jurisdicionado à justiça, na medida em que facilita a propositura da ação e o aproxima do local das fontes de prova, sobretudo oral.
Art. 651 (caput) - A competência das Varas é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
Regra geral: local da prestação de serviços para competência territorial+
Objetivo: ampliar o acesso do trabalhador à justiça, facilitando a produção de prova, geralmente a testemunhal.
Caso o empregado tenha trabalhado em diversos estabelecimentos, em diferentes locais, a competência será a do último local da prestação de serviços (parte da doutrina).
A regra se aplica tanto a empregado brasileiro quanto a estrangeiro, desde que o serviço tenha sido prestado no Brasil.
Exceção: foros especiais
Empregado agente ou Viajante Comercial (§1º):
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara a localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Vara da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 
Será competente a Vara da localidade onde se situe agência ou filial a que o empregado esteja subordinado.
Não existindo, a competência será do domicílio do empregado ou da localidade mais próxima.
Empregado brasileiro que trabalha no estrangeiro (§2º):
§ 2º - A competência das Varas, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. 
Competência da Justiça do Trabalho, mesmo que a prestação de serviços seja no exterior;
Requisitos: subjetivo – empregado brasileiro/objetivo: inexistência de convenção internacional em sentido contrário e contratação no Brasil.
Pode ser empresa estrangeira?
Lei processual aplicável x lei material
Neste caso, o direito processual aplicável será o brasileiro, mas o direito material seria do país em que ocorreu a prestação de serviços – súmula 207, TST – “LEX LOCI EXECUTIONIS” (CANCELADA): “Relação Jurídica Trabalhista - Conflitos de Leis Trabalhistas no Espaço - Princípio da "Lex Loci Executionis”. A relação jurídica trabalhista é regida pelas leis vigentes no país da prestação de serviço e não por aquelas do local da contratação”.
Art. 1o da Lei 7.064/82: Esta Lei regula a situação de trabalhadores contratados no Brasil ou transferidos por seus empregadores para prestar serviço no exterior.
Art. 3º - A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado transferido assegurar-lhe-á, independentemente da observância da legislação do local da execução dos serviços: 
II - a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, naquilo que não for incompatível com o disposto nesta Lei, quando mais favorável do que a legislação territorial, no conjunto de normas e em relação a cada matéria.
A vara competente, segundo a doutrina, será a do local onde for situada a agência ou filial ou no local da contratação.
Empresa que promove atividade fora do local da contratação (§ 3°)
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
Será competente o foro da contratação ou o da prestação de serviços (qualquer local).
No caso de empregador que contrate empregado domiciliado em outro Município ou Estado, caberá a ele optar pelo foro da celebração do contrato, da prestação dos serviços ou do seu domicílio.
CONFLITO DE JURISDIÇÃO
Conceito: incidente processual que ocorre quando dois órgãos judiciais proclamam-se competentes (conflito positivo) ou incompetentes (conflito negativo).
Ocorrência do conflito:
Art. 804, CLT - Dar-se-á conflito de jurisdição:quando ambas as autoridades se considerarem competentes;
quando ambas as autoridades se considerarem incompetentes.
Art. 803, CLT - Os conflitos de jurisdição podem ocorrer entre:
Varas do Trabalho e Juízes de Direito investidos na jurisdição da Justiça do Trabalho; (Varas x Juízes de Direito)
Tribunais Regionais do Trabalho; (TRT x TRT)
Juízos e Tribunais do Trabalho e órgãos da Justiça Ordinária; (Justiça trabalhista x Justiça comum)
Legitimação:
Art. 805 - Os conflitos de jurisdição podem ser suscitados:
pelos Juízes e Tribunais do Trabalho;
pelo procurador-geral e pelos procuradores regionais da Justiça do Trabalho;
pela parte interessada, ou o seu representante.
Art. 806 - É vedado à parte interessada suscitar conflitos de jurisdição quando já houver oposto na causa exceção de incompetência - Preclusão lógica.
Processamento:
Art. 807 - No ato de suscitar o conflito deverá a parte interessada produzir a prova de existência dele.
Competência para julgamento
Art. 808 - Os conflitos de jurisdição de que trata o art. 803 serão resolvidos: 
pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Varas do Trabalho e entre Juízos de Direito investidos na jurisdição trabalhista ou entre uma e outras, nas respectivas regiões;
Pelo TST, os suscitados entre Tribunais Regionais, ou entre Varas e Juízos de Direito sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais diferentes; 
revogado;  
pelo Supremo Tribunal Federal, os suscitados entre as autoridades da Justiça do Trabalho e as da Justiça Ordinária
Art. 102, I, o, CF.
Competência para julgamento
Art. 808 - Os conflitos de jurisdição de que trata o art. 803 serão resolvidos: 
pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Varas do Trabalho e entre Juízos de Direito investidos na jurisdição trabalhista ou entre uma e outras, nas respectivas regiões;
Pelo TST, os suscitados entre Tribunais Regionais, ou entre Varas e Juízos de Direito sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais diferentes; 
revogado;  
pelo Supremo Tribunal Federal, os suscitados entre as autoridades da Justiça do Trabalho e as da Justiça Ordinária
Art. 102, I, o, CF.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;
	VARA – SALVADOR
	VARA - CAMAÇARI
	TRT 5ª REG.
	VARA SALVADOR
	JUIZ DE DIREITO - JURISDIÇÃO TRABALHISTA DO TRT 5 
	TRT 5ª REG.
	JUIZ DE DIREITO X INVESTIDO NA JURISDIÇÃO TRABALHISTA
	JUIZ DE DIREITO Y INVESTIDO NA JURISDIÇÃO TRABALHISTA
	TRT XY
	TRT 5
	TRT 20
	TST
	VARA –BAHIA (TRT5)
	VARA – SERGIPE (TRT20)
	TST
	JUIZ DO TRABALHO - TRT
	JUIZ FEDERAL - TRF
	STJ
	TRT
	TRF
	STJ
	TST
	STJ
	STF
	TST
	TRF
	STF
- CARACTERISTICAS DOS ATOS PROCESSUAIS:
1 – PUBLICIDADE (art. 5º, LX e 93, IX da CF) e art. 770, CLT
2 – LIMITES TEMPORAIS 
- Prática eletrônica de atos processuais: arts. 193 a 199 CPC/2015
- Garantias: art. 194 cpc
PETIÇÃO INICIAL
Forma 
-Oral ou escrita – art. 840, caput. 
-Exceção - inquérito judicial (art. 853, CLT) e dissídio coletivo (art. 856, CLT) – apenas escrita
Requisitos
“Art. 840. A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 1º  Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante – PÓS REFORMA
Endereçamento ou designação da autoridade judiciária a quem for dirigida – aferição da competência do juízo.
EXMO SR. DR. JUIZ DA VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE SALVADOR-BA
EXMO SR. DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DO TRABALHO DA 5ª REGIÃO.
Qualificação das partes – estado civil, profissão, nacionalidade, endereço completo, CPF, RG, data de nascimento, nome da mãe, n˚ da CTPS
-pessoa física x pessoa jurídica
-grupo econômico
-necessidade de qualificação dos sócios? Não há necessidade dessa qualificação, basta qualificar a PJ
-ação coletiva – necessidade de indicação dos substituídos? Não é necessário na fase de conhecimento, apenas na execução 
Breve exposição dos fatos de que resulta o dissídio – causa de pedir (fundamentos fáticos e jurídicos). Art. 840, §1º
-Controvérsia doutrinária: na CLT se for fazer uma comparação entre o processo civil e o trabalhista, a CLT apenas menciona sobre a breve exposição dos fatos e uma parte da doutrina diz que não é necessário expor os fundamentos jurídicos do fato. Mas em verdade não é possível que a parte assistida não exponha esses fundamentos de forma precisa, porque o ordenamento jurídico adotou a teoria da substanciação onde a causa de pedir é fundamental para aferir diversos elementos dentro do processo. 
-Importância da causa de pedir: a) elemento da ação; b) condição da ação; c) conexão, litispendência, coisa julgada; d) exercício da ampla defesa e contraditório; e) inalterabilidade da demanda.
-Fundamento legal – não é um requisito exigido porque o juiz pode fazer esse enquadramento 
Pedido
-Objeto litigioso. “para que e porque veio a justiça do trabalho?”
-Imediato / mediato
-Certo e determinado – LÍQUIDO, sob pena de extinção do processo sem resolução do mérito – art. 840, § 3º 
-Pedido genérico: é vedado pelo CPC e pouco explorado pela CLT, por isso se utiliza do estipulado no:
Art. 322 do CPC/2015.  O pedido deve ser certo.
§ 1o Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.
§ 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé.
Art. 324 do CPC/2015.  O pedido deve ser determinado.
§ 1o É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.
- quando isso não for possível, pode existir o pedido por mera estimativa, o problema desse pedido é que a estimativa pode ser muito alta ou muito baixa, o que prejudica a parte autora. 
§ 2o O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção.
Art. 323.  Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las.
-pedido principal x acessório x implícito
- principal: aquele desejado em primeiro plano
- acessório: se a verba é de natureza salarial, essa verba afetas as demais verbas de natureza salarial, devendo ser especificadas cada uma delas; expresso explicito e liquido 
-pedido simples: quando é um só pedido – muito difícil de acontecer 
- Cumulação objetiva de pedidos: uma pluralidade de pedidos com a origem em um núcleo comum, mas sem interligação entre eles
-Cumulação de pedidos
alternativo
subsidiário 
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
Art. 325, CPC/2015 - O pedido será alternativo, quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.
Parágrafo único - Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo.
Art. 326, CPC - É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior.
Parágrafo único.  É lícito formular maisde um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles.
Art. 327.  É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1o São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I - os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.
Data – protocolo ou distribuição da ação – interrupção da prescrição (súmula 268 do TST).
Assinatura do reclamante ou de seu representante – inicial apócrifa (ato inexistente).
Requisitos adicionais: 
Art. 319 do CPC/2015.  A petição inicial indicará:
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
Art. 287.  A petição inicial deve vir acompanhada de procuração, que conterá os endereços do advogado, eletrônico e não eletrônico.
Art. 291.  A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível.
Art. 292.  O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;
MODIFICAÇÃO DA INICIAL (PEDIDO E CAUSA DE PEDIR)	
Aditamento da inicial – possibilidade na justiça do trabalho
Art. 329 do CPC/2015.  O autor poderá:
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu;
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
Parágrafo único.  Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir.
Desistência – art. 841, § 3º - pós reforma (necessidade de consentimento do réu após oferecida a contestação) 
EMENDA DA INICIAL
Art. 321.  O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado – formalismo democrático, primazia do mérito e boa fé/cooperação
Parágrafo único.  Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
Súmula 263, TST - Indeferimento - Petição Inicial - Instrução Obrigatória Deficiente. Salvo nas hipóteses do art. 330 do CPC/15, o indeferimento da petição inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento indispensável à propositura da ação ou não preencher outro requisito legal, somente é cabível se, após intimada para suprir a irregularidade em 10 (dez) dias, a parte não o fizer.
- Aceita a emenda da inicial e que esse prazo é de 10 dias; o indeferimento da petição por esse motivo elencado pode acontecer, salvo o disposto no art. 330 do CPC/15
INDEFERIMENTO DA INICIAL
Art. 330.  A petição inicial será indeferida quando:
I - for inepta;
II - a parte for manifestamente ilegítima;
III - o autor carecer de interesse processual;
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
Impossibilidade jurídica do pedido não é mais hipótese de inépcia da inicial (art. 330, § 1˚).
INÉPCIA
§ 1o Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO – ART. 332
Art. 332.  Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
Causas que dispensem a fase instrutória 
Antes da citação do réu 
Petição inicial contraria precedente vinculante
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
§ 2o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241.
§ 3o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
§ 4o Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
IN n˚ 39 do TST – art. 7˚
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Tribunal Superior do Trabalho;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal regional sobre direito local, convenção coletiva de trabalho, acordo coletivo de trabalho, sentenç̧a normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que não exceda à jurisdição do respectivo Tribunal (CLT, art. 896, “b”, a contrario sensu). 
RESPOSTA DO RÉU
Comportamentos do réu em face de uma reclamação:
Inércia ou contumácia (revelia) – atitude omissiva
Reconhecimento do pedido – atitude comissiva.
c) Resistência à ação, ao processo e/ou ao pedido – Resposta do réu:
-exceção de incompetência, suspeição ou impedimento 
-contestação
-reconvenção;
EXCEÇÃO
Defesa indireta do processo – ataca o processo indiretamente por conta de algum defeito processual formal 
Suspende o curso do processo – dilatória – art. 799 da CLT + ART. 800, §1º da CLT – PÓS REFORMA.
Finalidade: deslocar o juiz da causa (suspeição/impedimento – art. 801 da CLT) ou a causa do juízo (incompetência territorial – art. 800 da CLT)
Peças apartadas, mas processa-se nos autos principais – Art. 800 da CLT pós reforma.
Recorribilidade diferida – art. 799, §2º da CLT e súmula 214 do TST.
Art. 799, § 2º: Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão final. 
Súmula 214, TST - “DECISAO INTERLOCUTÓRIA.IRRECORRIBILIDADE. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso de imediato, salvo nas hipóteses de decisão: c) que se acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para o TribunalRegional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, §2º, da CLT”.
Exceção de Incompetência territorial
 Legitimação ativa: arguição privativa/ exclusiva do reclamado.
 Pressupostos de conhecimento: Indicação (ou declinação) do foro competente
 Oportunidade e preclusão: A exceção deve ser oposta no prazo de 5 dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça apartada - Art. 800 da CLT pós reforma. 
Defesa: O prazo de defesa escrita para o reclamante-excepto é de 5 dias (art. 800, §2º, da CLT – pós reforma).
Há quebra da oralidade e concentração dos atos processuais.
Instrução e julgamento: prova oral e/ou documental:
Art. 800, § 3o Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo que este houver indicado como competente. PÓS REFORMA
Exceção de Suspeição e Impedimento
 Tratamento legal. Sistematização precária – arts. 801 e 802 da CLT.
 Influência do CPC/39 – não fazia distinção – adotava nomenclatura uniforme – “suspeição”.
 Causas de suspeição e impedimento: Rol da CLT e supletividade do CPC/2015 144 e 145.
 Extensão a outros sujeitos do processo (MP, perito e servidor). 
Traços distintivos: suspeição x impedimento
natureza: subjetiva x objetiva
nulidade relativa (preclusão) x nulidade absoluta e rescindibilidade (sobrevivência do vício após o trânsito em julgado) – art. 966, II do CPC/2015. 
Oportunidade: primeira oportunidade de falar nos autos (ou em audiência) – 15 dias: art. 146 CPC/2015 - a partir do conhecimento do fato que enseja o impedimento ou a suspeição e quando consumada a preclusão nas hipóteses descritas no § único do art. 801 da CLT, b) a qualquer tempo e grau de jurisdição . 
Legitimidade ativa
na suspeição (arguição do interessado); 
no impedimento (partes, próprio juiz e MP) – matéria de ordem pública - imparcialidade.
Pressuposto – lealdade processual.
Resposta do juiz suspeito, “recusado”, “arguido” ou “peitado” - Prazo de 15 dias (CPC 146 § 1º).
Instrução sumária e designação de audiência em 48hs – art. 802 da CLT
Art. 144.  Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo;
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes;
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
§ 1o Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz.
§ 2o É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz.
§ 3o O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo. 
Art. 145.  Há suspeição do juiz:
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio;
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.
§ 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões.
§ 2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando:
I - houver sido provocada por quem a alega;
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido.
Procedimento dessa análise – art. 146 do CPC
CONTESTAÇÃO
Necessidade de arguição de toda matéria de defesa, sob pena de preclusão – princípio da concentração da defesa, ônus da impugnação especificada e princípio da eventualidade.
Art. 336 do CPC/2015 - Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
A contestação não pode ser genérica, sob pena de presumir-se verdadeiros os fatos da inicial.
Art. 341 do CPC/2015 - Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras os não impugnados, salvo se:
I - não for admissível, a seu respeito, a confissão;
II - a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei considerar da substância do ato;
III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. 
Preliminares
Defesas indiretas processuais: pressupostos processuais ou condições da ação.
Obstaculizam o prosseguimento da ação – preliminares peremptórias – extinção do processo com ou sem resolução do mérito (ex. coisa julgada, litispendência, inépcia)
Dilatórias: Provocam o retardamento da lide – incompetência material.
Art. 337.  Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I - Inexistência ou nulidade da citação;
II - Incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
IV - Inépcia da petição inicial;
V - Perempção;
VI - Litispendência;
VII - coisa julgada;
VIII - conexão;
IX - Incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X - Convenção de arbitragem;
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso.
§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado.
§ 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo.
§ 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral.
Prejudiciais
Objetivam fulminar o exercício da pretensão do autor.
Extinguem o processo COM resolução do mérito.
Ex. Prescrição – bienal e deve ser expressa na defesa; e decadência – ação rescisória, mandado de segurança.
Defesa direta de mérito
Resistência direta à pretensão e visa à improcedência do pedido; diz respeito aos aspectos ou matérias de fundo da causa
O réu se limita a negar o fato constitutivo do autor ou os seus efeitos.
Defesa indireta de mérito
O réu reconhece o fato constitutivo do direito do autor, mas opõe um outrofato impeditivo, modificativo ou extintivo;
Fatos impeditivos – provocam a ineficácia do fato constitutivo.
Fatos modificativos – alteram o fato constitutivo (ex. compensação e retenção).
Fatos extintivos – extinguem a obrigação – pagamento, prescrição, decadência, renúncia, transação
Compensação e retenção
As parcelas devem ter naturezas diferentes - só pode ser arguida em sede de defesa.
As dívidas devem ter natureza trabalhista
Art. 767 da CLT. A compensação, ou retenção, só poderá ser arguida como matéria de defesa.
Retenção: direito do reclamado de reter alguma coisa do reclamante até que este quite a dívida. 
Dedução
Desconta-se um valor já pago com o objetivo de evitar o bis in idem – matéria de ordem pública – arguida a qualquer tempo.
RECONVENÇÃO
Conceito e natureza jurídica: ação conexa com a mesma unidade procedimental. 
Regramento: art. 343 do CPC/2015
Pressupostos de cabimento:
-conexão com ação originária ou com o fundamento da defesa (CPC 343);
-compatibilidade de ritos
Alegação na contestação. Prazo de defesa do reconvindo.
Art. 343
§ 2º do CPC/2015. A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
§ 3o A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro.
§ 4o A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro.
§ 5o Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na qualidade de substituto processual.
§ 6o O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.
AUDIÊNCIA TRABALHISTA
REQUISITOS FORMAIS:
1. Pregão – ato de abertura.
2. Publicidade – art. 93, IX da CF
3. Limites temporais (8h às 18h) – art. 813 da CLT
4. Duração máxima (5 horas)
5. Local da realização (situação especial) – art. 813,§1º - notificação em 24h
6. Presença obrigatória: juiz e secretário de audiência (tolerância de 15 minutos para o juiz – art. 815, § único) se aparte for ausente ela responde processualmente por isso, mas não é indispensável para início da audiência 
Art. 815 - À hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo feita pelo secretário ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas que devam comparecer. 
Parágrafo único - Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o juiz ou presidente não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das audiências.
7. Interstício mínimo (CLT 841)
Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias
8. Tentativas de Conciliação (CLT 846 e 850) – antes da contestação e depois das razões finais 
–Acordo – termo lavrado – condições (CLT 846) 
Art. 846, § 1º - Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos litigantes, consignando-se o prazo e demais condições para seu cumprimento. 
-Sentença homologatória irrecorrível para as partes, cabendo recurso do INSS – impugnação mediante rescisória (súmula 259 do TST). 
O juiz não está obrigado a homologar o acordo – súmula 418 do TST  
Súmula 418. Mandado de Segurança - Concessão de Liminar ou Homologação de Acordo - Justiça do Trabalho. A concessão de liminar ou a homologação de acordo constituem faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança
Indicação da natureza jurídica das parcelas transacionadas – exigência legal (art. 832, § 3º, da CLT) – intimação necessária da União e do INSS (CLT, art. 832, § 4º, e 831, § único) 
PRESENÇA OBRIGATÓRIA DAS PARTES
Audiência inaugural - Consequências 
Ausência do reclamante – art. 844 da CLT.
a) arquivamento da reclamação – termo impróprio – extinção do processo sem resolução do mérito
b) interrupção da prescrição – súmula 268 do TST. 
Súmula 268. Ação Trabalhista Arquivada - Prescrição – Interrupção. A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos.
Outro colega de profissão do reclamante pode evitar o arquivamento, caso tenha procuração para isso 
c) pagamento de custas, ainda que beneficiário da justiça gratuita – Pós reforma trabalhista
Art 844, § 2o  Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente justificável.
§ 3o  O pagamento das custas a que se refere o § 2o é condição para a propositura de nova demanda.
c) duplo arquivamento - penalidade prevista na CLT 732 – constitucionalidade duvidosa; ainda que sejam processos distintos 
Art. 731 - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Vara do trabalho, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho.
Art. 732 - Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844.
Ausência do reclamado
Contumácia (ausência da parte) x revelia (ausência de contestação) x confissão ficta 
Art. 344, CPC/15.  Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor.
Confissão ficta – súmula 74, itens I e II: 
Súmula 74. Pena de Confissão Trabalhista. 
I - Aplica-se a pena de confissão à parte que, expressamente intimada com aquela comunicação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. 
II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (arts. 442 e 443, do CPC de 2015 - art. 400, I, do CPC de 1973), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. 
Presença do advogado munido de procuração e defesa – contestação acerca da matéria de direito e juntada de documentos (prova pré-constituída), além de requerer o depoimento pessoal do autor - Indeferimento do juiz – protesto arguindo a nulidade por cerceamento de defesa – CLT 795
Súmula 122 Atestado Médico - Empregador - Audiência – Revelia. A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência – ANTES DA REFORMA
Art. 844, § 5º, da CLT.  Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados – PÓS REFORMA
§ 4o  A revelia não produz o efeito mencionado no caput deste artigo se (Art. 345, CPC/15):
I - havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação;
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;
IV - as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.
Art. 346, CPC/15.  Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial.
Parágrafo único.  O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar.
Peculiaridade do processo trabalhista - notificação postal da sentença do reclamado revel – art. 852, 2ª parte, da CLT. 
Art. 852 - Da decisão serão os litigantes notificados, pessoalmente, ou por seu representante, na própria audiência.No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma estabelecida no § 1º do art. 841.
Art. 348, CPC/15.  Se o réu não contestar a ação, o juiz, verificando a inocorrência do efeito da revelia previsto no art. 344, ordenará que o autor especifique as provas que pretenda produzir, se ainda não as tiver indicado.
Art. 349, CPC/15.  Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção
Não comparecimento simultâneo das partes na audiência inaugural 
Arquivamento dos autos (extinção do processo sem resolução do mérito/ julgamento do processo com base nas regras de distribuição do ônus da prova.
Comparecimento das testemunhas (CLT 825) – 
Comparecimento independente de notificação – carta convite – condução coercitiva – substituição (CPC 451 – hipóteses).
Audiência de instrução: consequências
Ausência do reclamante
Confissão ficta – matéria fática – análise da prova pré-constituída.
Ausência do reclamado
Confissão ficta – matéria fática – análise da prova pré-constituída.
Ausência das partes: julgamento do processo com base nas regras de distribuição do ônus da prova
JULGAMENTO ANTECIPADO DE MÉRITO
Art. 355.  O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:
I - não houver necessidade de produção de outras provas;
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349.
Art. 356.  O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:
I - mostrar-se incontroverso;
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.
§ 1o A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida.
§ 2o A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto.
§ 3o Na hipótese do § 2o, se houver trânsito em julgado da decisão, a execução será definitiva.
§ 4o A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito poderão ser processados em autos suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz.
§ 5o A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento.
Terminada a instrução, as partes terão 10 min. Para aduzir razões finais ou pode apresentá-las por escrito.
Matérias: reiterar os termos processuais, destacando fatos e provas relevantes e renovando as nulidades arguidas/ Impugnação do valor da causa.
O juiz renova a tentativa de conciliação e os autos ficam conclusos para sentença.
VÍCIOS DOS ATOS PROCESSUAIS:
Sistema de nulidades no âmbito do processo do trabalho
CLASSIFICAÇÃO DOS VÍCIOS DOS ATOS PROCESSUAIS
Irregularidade (sem e com sanção extraprocessual)
Inexistência
Nulidade relativa ou anulabilidade (vício sanável)
Nulidade absoluta (vício insanável)
- Tipologia da nulidade dos atos processuais
PRINCÍPIOS QUE INFORMAM O REGIME DAS NULIDADES PROCESSUAIS
1. Instrumentalidade 
(CLT 796, ”a” e CPC 188, 277, 283 e 932, parágrafo único) – todas essas regras têm forte inspiração no princípio da celeridade e da economia – aproveitamento dos atos processuais defeituosos.
Art. 796. A nulidade não será pronunciada:
quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato
-Art. 188, CPC/2015.  Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial. 
 
 -Art. 277, CPC/2015. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.
 -Art. 283, CPC/2015.  O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de se observarem as prescrições legais. 
Parágrafo único.  Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte prejuízo à defesa de qualquer parte. 
-Art. 932, Parágrafo único, CPC/2015. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.
Formalismo democrático – Novo CPC:
-sanabilidade dos atos processuais defeituosos
-impossibilidade de o relator inadmitir o recurso antes de viabilizar a correção dos vícios - art. 932, parágrafo único
-ampla aplicação do princípio da fungibilidade recursal 
-desnecessidade de ratificar o recurso interposto antes do julgamento dos embargos declaratórios – art. 1024, § 5˚.
-imposição dos Tribunais superiores desconsiderarem vício formal de recurso tempestivo ou determinar a sua correção desde que não o repute grave – art. 1029, § 3˚ do CPC/2015 e 896, § 11 da CLT.
2. Transcendência (CLT 794 e CPC 282) – prejuízo.
Art. 794. Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
Art. 282.  Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados.
§ 1o O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte.
§ 2o Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.
3. Causalidade ou concatenação (CLT 797/798 – CPC 281 e 282). – nulidades originárias e derivadas – extensão dos efeitos da declaração de nulidade.
Art. 797. O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende.
Art. 798. A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam conseqüência.
Art. 281, CPC/2015.  Anulado o ato, consideram-se de nenhum efeito todos os subsequentes que dele dependam, todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras que dela sejam independentes.  
Art. 282, CPC/2015  Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados.
Preclusão ou convalidação (CLT 795, CPC)
Art. 795. As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência
 ou nos autos.
Art. 278.  A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.
Parágrafo único.  Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.
 5. Interesse (torpeza) – CLT 796, CPC 276
Art. 796. A nulidade não será pronunciada:
quando arguida por quem lhe tiver dado causa.
Art. 276.  Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa.
TRATAMENTO LEGAL DAS NULIDADES
Nulidade relativa (CLT 795, caput) 
– regime jurídico – preclusão – nulidade não cominada (mesmo as cominadas podem ser sanadas) - excludente de preclusão – legitimo impedimento = justa causa – conceito (CPC 223 § 1º).
Art. 795. As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
Art. 223.  Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa.
§ 1o Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário.
Forma e oportunidade de arguição da nulidade (protesto nos autos – expediente sem forma nem figura de juízo – faz às vezes do agravo retido oral do processocivil e preliminar de nulidade do processo e nulidade da sentença). 
Nulidade absoluta (CLT 795 § 1º e CPC 278 § único)
Art. 795, § 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios.
Art. 278.  A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.
Parágrafo único.  Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.
O SISTEMA DE PROVAS NO PROCESSO DO TRABALHO
Elemento ou meio capaz de formar a convicção sobre a existência (ou veracidade) ou inexistência de determinado fato jurídico. 
Elementos da prova
Objeto - fatos relevantes e controvertidos = questões de fato. E, excepcionalmente, o teor e vigência do direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário (CPC 376).
Finalidade – formar convencimento (motivado) do juiz ou persuasão racional 
Destinatários (juiz e sociedade ou o processo).
Princípios reitores da prova.
CONSTITUCIONAIS
Ampla defesa e contraditório – direito à apresentação de prova e contra-prova e de ser ouvido.
Proibição da prova ilícita (CF 5º LVI) e da proporcionalidade (mitigação).
PROCESSUAIS 
Livre convencimento motivado 
Oralidade (audiência una e continua) 
Imediatidade e identidade física do juiz 
Aquisição processual
Inversão do ônus da prova
É admissível todo e qualquer meio de prova, desde que moralmente legítimo (CF 5º LVI).
Meios típicos de prova: 
-Depoimento pessoal 
-Documental
-Testemunhal
-Pericial
-Inspeção Judicial 
Prova Emprestada.
A prova escrita ou documental deve acompanhar a petição inicial (art. 787 da CLT) e da defesa (art. 845 da CLT).
Caráter de contra-prova e documentos novos 
Prática TRT 5: a juntada de documentos é admitida até o final da instrução probatória.
Necessidade de apresentação em original, cópia autenticada ou cópia simples com declaração de autenticidade pelo advogado (art. 830, parágrafo único da CLT). Reserva do direito de apresentar os originais se houver impugnação pela parte contrária.
Apresentação de documentos na fase recursal – súmula 8 do TST:
“A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se referir a fato posterior à sentença”.
Apresentação de guias em cópias não autenticadas e peças que instruem a ação rescisória e o mandado de segurança – súmula 415 do TST e OJ 84 da SDI-II - .
Exibição de documentos e incidente de falsidade documental – aplicação do procedimento previsto no CPC 
Natureza Jurídica:
Faculdade processual do juiz (inquisitoriedade – art. 848 da CLT) ou direito processual da parte (meio de prova – dispositividade)? O indeferimento traduz cerceamento de defesa?
Omissão da CLT. Celeuma doutrinária.
Postura da parte diante do indeferimento da oitiva da parte contrária – arguição de nulidade por cerceamento de defesa na primeira oportunidade que tiver para falar nos autos (CLT 795). Preliminar do recurso ordinário
Art. 385, CPC.  Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.
§ 1o Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena.
§ 3o O depoimento pessoal da parte que residir em comarca, seção ou subseção judiciária diversa daquela onde tramita o processo poderá ser colhido por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, o que poderá ocorrer, inclusive, durante a realização da audiência de instrução e julgamento.
Oportunidade.
Repetição do ato.
Técnica de inquirição
Abre a instrução da causa (CLT 848), diferente da ordem das provas em audiência estabelecida no CPC 361. Primeiro colhe-se o depoimento do reclamante e depois do reclamado. Ouvidas as partes, o juiz fixará os pontos sobre os quais deverá incidir a prova.
Art. 848, CLT - Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, ex officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes. 
O juiz preside o interrogatório e filtra as perguntas. Não pode a parte inquirir a si própria, pois o objetivo é obter a confissão, que só pode beneficiar a parte contrária.
Indeferimento e nulidade.
É defeso a parte assistir ao interrogatório ou ao depoimento da outra (CPC 385 § 2˚). Supletividade 
Não pode ser adrede preparado. Mera consulta (CPC 387).
Escusa para depor (fatos torpes ou criminosos e sigilo profissional). CC 229 e CPC 388
CONFISSÃO
Conceito: a parte admite a veracidade de fato contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário (CPC 389)
Natureza 
ato de disposição de direito privado;
negócio jurídico de caráter processual; 
meio de prova.
Requisitos ou Limitações.
quanto ao sujeito: pode provir da própria parte - processualmente capaz - ou de terceiro (CPC 390); 
quanto ao objeto: fato probando e suscetível de confissão e que não esteja relacionado a direito indisponível; 
OJ-SDI1-152 REVELIA. PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO. APLICÁVEL. (ART. 844 DA CLT) Pessoa jurídica de direito público sujeita-se à revelia prevista no artigo 844 da CLT. 
ânimo: a declaração não pode estar viciada, ou seja, com defeito de formação (ex: erro, dolo ou coação), caso em que pode ser revogada por ação anulatória, enquanto pendente o processo, ou rescisória (CPC 393) depois do trânsito em julgado quando constituir o único fundamento.
Classificação ou espécies 
presumida/ficta (obra de ficção legal – decorre do silêncio injustificado da parte) – cominação expressa da advertência e dos seus efeitos nocivos à parte ausente – súmula 74 do TST – relatividade dos seus efeitos, pois deve ser sopesada com outros elementos de prova – o juiz não deve abrir mão do interrogatório quando o fato presumidamente confessado for de credibilidade duvidosa; Real 
judicial ou extrajudicial e sua eficácia probatória (CPC 394);
Art. 394 - A confissão extrajudicial, quando feita oralmente, só terá eficácia nos casos em que a lei não exija prova literal; 
espontânea x provocada; 
Efeitos
dispensa de prova do fato confessado (CPC 374) se real e simples, pois a presumida admite prova em contrário; 
alcance pessoal da confissão – só faz prova contra o confitente – ex: litisconsórcio, ainda que unitário; 
indivisibilidade ou incindibilidade; 
Aplicação: O juiz deve aplicar somente na prolação da sentença, cotejando-a com os demais elementos de prova residentes nos autos. 
Necessidade de conhecimentos especializados – prova técnica.
Perícia contábil, médica ou de insalubridade/periculosidade (art. 195 da CLT).
Possibilidade de impugnação do perito no momento da nomeação (art. 467 do CPC)
Apresentação de quesitos e assistente técnico
Impugnação do laudo e apresentação de parecer técnico (art. 477, § único do CPC)
Prova pericial x celeridade processual
Pagamento de honorários definitivos – parte sucumbente, salvo se beneficiária da justiça gratuita.
O juiz não está adstrito ao laudo pericial (art. 479 do CPC).
Art. 479, CPC/2015.  O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o disposto no art. 371, indicando na sentença os motivos que o levaram a considerar ou a deixar de considerar as conclusões do laudo, levando em conta o método utilizado pelo perito.
Art. 371, CPC/2015.  O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento = livre convencimento motivado (art. 131 do CPC)
Número: 3 testemunhas no rito ordinário; 2 no rito sumaríssimo e 6 no Inquérito Judicial para apuração de falta grave.
As testemunhas deverão ser trazidas independente de notificação.
Comprovação do convite – carta-convite (art. 825 e 852-H, §3˚ da CLT)/Condução coercitiva – ausência de testemunha

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