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Anemias carenciais

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1. Anemia megaloblástica 
O tema comum entre as várias causas de 
anemia megaloblástica é um dano na síntese 
de DNA que provoca alterações morfológicas 
distintas, incluindo precursores eritroides e 
hemácias anormalmente grandes. 
 anemia perniciosa (a principal forma 
de anemia por deficiência de vitamina 
B12) 
 anemia por deficiência de folato 
vitamina B12 e o ácido fólico 
coenzimas necessárias à síntese de timidina 
(base de de DNA) 
Deficiência defeitos da maturação nuclear 
decorrente da síntese desorganizada ou 
inadequada de DNA com consequente retardo ou 
bloqueio da divisão celular. 
1.1 Anemia Perniciosa 
A anemia perniciosa é uma forma específica 
de anemia megaloblástica causada por uma 
gastrite autoimune que compromete a 
produção do fator intrínseco, que é 
necessário para a absorção de vitamina B12 
pelo intestino. 
Metabolismo Normal da Vitamina B12 
composto organometálico complexo - conhecido 
como cobalamina – obtenção na dieta – em 
grandes quantidades acúmulo hepático 
 ABSORÇÃO: Requer fator instrínseco que é 
secretado pelas células parientais da mucosa 
fúndica. 
A vitamina é liberada das proteínas de ligação dos 
alimentos pela ação da pepsina, ligando-se então 
às proteínas salivares (haptocorrina). No duodeno, 
a vitamina ligada é liberada pela ação das 
proteases pancreáticas. Ela se associa então ao 
fator intrínseco. Esse complexo é transportado até 
o íleo, onde sofre endocitose por enterócitos ileias. 
Nas células ileais, a vitamina se associa a 
transcobalamina II (proteína transportadora) e é 
secretado no plasma. A transcobalamina II fornece 
vit B12 ao fígado e a outras células, incluindo 
células de proliferação rápida na medula óssea e 
no trato gastrointestinal. 
INCIDÊNCIA: Adultos mais idosos (diagnóstico 
aos 60 anos). 
PATOGÊNESE: Agressão autoimune à mucosa 
gástrica. 
Histologicamente gastrite atrófica crônica 
(perda de células parientais, infiltrado 
proeminente de linfócitos e plasmócitos). 
Presença de 3 tipos de anticorpos 
Anticorpo 1: 75% dos pacientes – bloqueia a 
ligação da vitB12 ao fator intrínseco - 
encontrado no plasma e no suco gástrico. 
 
Anticorpo 2: impede a ligação do complexo 
fator intrínseco/vitamina B12 a seu receptor 
ileal. 
Anticorpo 3: 85 a 90% dos pacientes – não é 
específica p/ anemia perniciosa, pois é 
encontrada em 50% dos pacientes com 
gastrite crônica – reconhecem as subunidades 
alfa e beta da bomba de prótons gástrica. 
ps: utilidade diagnóstica e não causa primária. 
ASPECTOS CLÍNICOS: início insidioso, 
frequentemente é bastante grave quando se 
procura atendimento. 
 Diagnóstico baseado em (1) anemia 
megaloblástica moderada a grave, (2) 
leucopenia com granulócitos 
hipersegmentados, (3) baixa vitamina B12 
sérica e (4) níveis aumentados de 
homocisteína e ácido metilmalônico no soro. 
 
 Diagnóstico confirmado aumento 
significativo nos reticulócitos e pelo aumento 
nos níveis de hematócrito, começando 
aproximadamente cinco dias após a 
administração parenteral de vitamina B12. 
 
 Tratamento Com a vitamina B12 
parenteral ou oral em alta dose, a anemia 
pode ser curada e as alterações neurológicas 
periféricas revertidas ou pelo menos 
interrompidas em sua progressão, porém as 
alterações na mucosa gástrica e o risco de 
carcinoma não são afetados (indivíduos com 
alterações atróficas e metaplásicas na mucosa 
gástrica associadas à anemia perniciosa 
correm maior risco de desenvolver carcinoma 
gástrico). 
1.2. Anemia por deficiência de folato 
Eventual deficiência de ácido fólico (ácido 
pteroilmonoglutâmico) resulta em anemia 
megaloblástica, que apresenta os mesmos 
aspectos patológicos que a causada por 
deficiência de vitamina B12. 
a síntese suprimida de DNA, o denominador 
comumda deficiência de ácido fólico e vitamina 
B12, é a causa imediata da megaloblastose 
ETIOLOGIA: principais causas de deficiência de 
ácido fólico 
dimunuição da ingestão: dieta nutricionalmente 
inadequada ou da absorção intestinal 
prejudicada. Uma dieta normal contém folato 
acima das exigências diárias adultas mínimas. 
Essas inadequações dietéticas são encontradas 
com mais frequência em alcoólicos crônicos, 
indigentes e indivíduos muito idosos. 
Alcoólatras com cirrose: aprisionamento de 
folato no fígado, perda urinária excessiva e 
distúrbios no metabolismo de folato. 
 
aumento de necessidade: gravidez, lactentes, 
distúrbios hematológicos associados à 
hematopoiese hiperativa (anemias hemolíticas) e 
câncer disseminado. Nessas circunstâncias, as 
demandas por maior síntese de DNA tornam a 
ingestão normal inadequada. 
utilização prejudicada: antagonistas do ácido 
fólico, como, por exemplo, metotrexato. Com a 
inibição do metabolismo de folato, todas as 
células de crescimento rápido são afetadas, em 
especial aquelas da medula óssea e do trato 
gastrointestinal. 
DIAGNÓSTICO: diminuição dos níveis de folato no 
soro ou nas hemácias. Tal como ocorre na 
deficiência de vitamina B12, os níveis séricos de 
homocisteína estão aumentados, porém as 
concentrações de metilmalonato apresentam‑se 
normais. Contudo, não ocorrem alterações 
neurológicas. 
 
 
 
2. Anemia por deficiência de 
ferro (FERROPRIVA) 
Deficiência de ferro é o distúrbio nutricional 
mais comum no mundo, resultando em sinais 
e sintomas clínicos majoritariamente 
relacionados à síntese inadequada de 
hemoblogina. 
METABOLISMO DO FERRO 
A dieta ocidental( cerca de 10 a 20 mg de ferro), 
cuja maioria está na forma de heme contido em 
produtos animais e o restante representando ferro 
inorgânico em vegetais. Aproximadamente 20% 
do ferro heme (em contraste com 1% a 2% do 
ferro não heme) é absorvível, portanto a dieta 
ocidental média contém ferro suficiente para 
equilibrar as perdas diárias fixas. 
80% do ferro funcional é encontrado na 
hemoglobina; mioglobina e enzimas que contêm 
ferro, como catalase e os citocromos, abrigam o 
resto 
15 a 20% O pool de armazenamento 
representado pela hemossiderina e pela ferritina. 
Os principais locais de armazenamento são: fígado 
e fagócitos mononucleados. 
Quando é absorvido pelo intestino delgado, o 
ferro se combina no plasma sanguíneo, com a beta 
globulina apotransferina para formar transferina, 
que é em seguida transportada para o plasma. O 
ferro na transferina é ligado frouxamente (pode 
ser liberado facilmente). O excesso de ferro no 
sangue é depositado nos hepatócitos ( ) e, em 
menor quantidade, nas células reticuloendoteliais 
da medula óssea.. Nos citoplasmas das células, o 
ferro se combina com a proteína apoferritina, 
formando a ferritina. Esse ferro armazenado sob 
forma de ferritina é chamado de ferro de depósito. 
Pequenas quantidades de ferro são armazenadas 
na forma insolúvel denominada hemossiderina 
(quando a quantidade de ferro é superior à 
acomodada no depósito de apoferritina). 
Quando a quantidade de ferro no plasma diminui, 
o ferro em depósito de ferritina é mobilizado e 
transportado na forma de transferrina pelo 
plasma até a área necessitada. Juntamente com o 
ferro ligado, ela é ingerida pelo eritrobasto 
(endocitose). Nos eritroblastos, a transferrina 
libera o ferro para as mitocîndrias, onde o heme é 
sintetizado. 
Morte das hemácias: hemoglobina liberada pelas 
células e é fagocitada pelas células do sistema de 
monócitos-macrófagos. O ferro é liberado e em 
seguida, armazenado no depósito de ferritina. 
ETIOLOGIA 
Uma deficiência de ferro pode resultar de (1) 
ausência dietética, (2) absorção prejudicada, 
(3) aumento da necessidade ou (4) perda de 
sangue crônica. 
PATOGÊNESE 
A deficiência de ferro produz anemia 
microcítica hipocrômica. No início da perda 
de sangue crônica ou em outros estados 
negativos do equilíbrio de ferro, as reservas 
na forma de ferritina e hemossiderina podem 
ser adequadas para manteros níveis normais 
de hemoglobina e hematócrito, assim como o 
ferro sérico normal e a saturação de 
transferrina. A depleção progressiva dessas 
reservas reduz inicialmente o ferro sérico e os 
níveis de saturação de transferrina sem 
produção de anemia. Nesse estágio inicial, 
ocorre apenas aumento da atividade eritroide 
na medula óssea. A anemia aparece apenas 
quando os depósitos de ferro estão 
completamente depletados e se faz 
acompanhar de níveis séricos de ferro, 
ferritina e de saturação da transferrina mais 
baixos que os normais.

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