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BRONQUITE CANINA

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A bronquite crônica canina é uma 
síndrome definida como tosse que 
ocorre por muitos dias, durante dois ou 
mais meses consecutivos, na ausência 
de outra doença ativa. 
Caracteriza-se por inflamação crônica 
dos brônquios associada com a 
hipersecreção de muco que acarretará 
em obstrução das vias aéreas inferiores. 
As causas do processo inflamatório 
podem ser por infecção, alergias, 
irritantes ou toxinas. Como o cão não 
consegue expectorar, é difícil 
determinar o quanto que aumenta o 
muco durante a doença; estima-se que 
em conjunto com o colapso traqueal, a 
bronquite crônica é a principal causa de 
tosse nos animais. 
 
 
 
 
 
 
 
A bronquite crônica afeta mais cães de 
meia idade e idosos, sendo mais comum 
em cães acima de 6 anos de raças 
pequenas, como Poodles, Cocker 
Sapniels, Lulu da Pomerânia e 
Pequinês. 
A asma pode aparecer em conjunto com 
a bronquite, mas a causa básica muitas 
vezes não pode ser determinada. 
É sabido que alguns fatores, como a 
fumaça, poeira, produtos de limpeza, 
alergias e o convívio com fumantes 
pode favorecer o aparecimento da 
doença. 
A debilidade do sistema imunológico 
deixa o animal mais susceptível a 
contrair alguma infecção que pode 
progredir para a bronquite. 
 
 
A causa da bronquite está relacionada 
com agentes infecciosos e alérgicos, o 
que leva a uma inflamação crônica e 
edema das vias respiratórias em um 
estágio inicial da afecção, a inflamação 
das vias respiratórias leva à tosse 
crônica, um dos principais sintomas. 
Os brônquios inflamam de forma crônica 
e têm hipersecreção de muco, o que 
resulta em obstrução das vias aéreas 
inferiores. 
Uma das dificuldades na clínica é de 
mensurar essa produção de muco, isso 
porque os cães não conseguem 
expectorar. 
Os animais apresentam como 
característica principal a tosse alta e 
ruidosa que progride lentamente. 
Podem ter também intolerância ao 
exercício, angústia respiratória, cianose, 
respirar de boca aberta e chiados. 
Alguns animais com a bronquite crônica 
podem ser totalmente assintomáticos, já 
outros podem ter severas limitações 
físicos devido à fisiopatologia da 
doença. 
Bronquite crônica não causa depressão, 
letargia e outros sinais sistêmicos, se 
esses sintomas aparecem pode ser que 
@naaramedvet 
INTRODUÇÃO 
EPIDEMIOLOGIA 
CAUSAS DA BRONQUITE 
esteja ocorrendo alguma doença 
concomitante. 
Comumente, a única evidência de que o 
cão está com bronquite, ocorre na 
auscultação, sendo possível perceber 
crackles inspiratórios e expiratórios. 
Geralmente não ocorrem alterações na 
frequência cardíaca. 
A inflamação crônica leva à produção do 
muco espesso, provavelmente, como 
um mecanismo de proteção que tenta 
impedir que o agente irritante chegue 
aos pulmões. 
A tosse é importante para expulsar o 
muco e deve ser vista como um reflexo 
de proteção. 
Mas em alguns casos existe a tosse 
seca, nessas situações, ela não 
funciona como proteção, mas como 
forma de irritação. 
Essa situação pode levar a que o cão 
não consiga dormir. 
 
 
O diagnóstico geralmente é feito por 
exclusão, isso porque, alterações 
clínico-patológicas normalmente estão 
ausentes. 
O raio-x do tórax é importante para 
confirmar a chance de diagnóstico 
positivo. 
Tendo visto a tosse crônica como a 
principal sintoma da doença, o 
diagnóstico deve ser feito de forma a 
excluir e determinar doenças 
concomitantes. 
Ao raio-x torácico é possível que não 
tenha alterações, mas a maioria das 
radiografias apresentam o padrão de 
“linha de comboio”. 
Na citologia broncopulmonar é normal 
encontrar macrófagos, portanto, 
independente da técnica usada, os 
achados dessas células não devem ser 
interpretados como um sinal de 
inflamação. 
Na broncoscopia é normal encontrar as 
vias aéreas dos cães com bronquite 
crônica com aspecto granular. 
A mucosa é espessa, irregular e 
edematosa. 
Se houver muito muco, ele pode obstruir 
o lúmen, principalmente das vias aéreas 
menores. 
É comum ocorrer colapso da membrana 
dorsal da traqueia para o lúmen, outro 
achado em cães com bronquite crônica 
é o colapso das vias aéreas 
intratorácicas durante a expiração 
passiva. 
 
 
Basicamente se faz tratamento 
sintomático e ocorre variação com o 
estado clínico do paciente, sendo 
recomendável vacinar os animais contra 
gripe, pois é sabido que a vacinação 
reduz as complicações em caso de o 
animal adoecer. 
A inflamação dos brônquios, 
independente da causa, gera um 
espessamento das mucosas das vias 
aéreas, com isso surge a hipersecreção 
do muco. 
O tratamento primário é baseado no 
controle da inflamação das vias aéreas. 
Podem ser administrados dependendo 
do estado clínico do paciente, 
corticosteroides, antibióticos e anti-
inflamatórios. 
Mucolíticos têm sido indicados uma vez 
que diminuem a produção do muco e 
drogas como acetilcisteína são capazes 
de quebrar as ligações responsáveis 
pela natureza viscosa do muco. 
A bronquite crônica é uma doença 
progressiva, os sinais clínicos podem 
DIAGNÓSTICO 
TRATAMENTO 
melhorar, mas ainda assim, é uma 
doença incurável. 
 
Referências Bibliográficas 
AUQUIMIA Clínica Veterinária e 
Petshop. Bronquite Canina. 16 jun. 
2012. Disponível em: 
http://www.petshopauqmia.com.br/2012
/06/bronquite-canina/. Acesso em: 22 
nov. 2016. 
COELHO, M. de R. Atualizações Sobre 
Tosse em Cães. Revista Científica 
Eletrônica de MedicinaVeterinária, v. 22, 
n. 1, 2014. Disponível em: 
http://revistas.bvs-
vet.org.br/rcemv/article/view/27787/291
74. Acesso em: 22 nov. 2016. 
CORCORAN, B. M. Clinical approach to 
coughing. In: BSAVA Manual of Canine 
and FelineCardiorespiratory Medicine, 
2ed. 2010, p. 316. 
HAWKINS, E. C. Distúrbios do Sistema 
Respiratório. In: NELSON, R. W.; 
COUTO, C. G. Medicina Interna de 
Pequenos Animais. 4 ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2009, p. 207-299.

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