Psicose e Neurose

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PSICOSE E NEUROSE - RESUMOS E
DIFERENÇAS
1. Neurose
A neurose é o resultado da tentativa desesperada do indivíduo para evitar o
conflito e recuperar o equilíbrio na sua relação com o meio.
O neurótico é o homem sobre quem a sociedade influi demasiadamente. Sua
neurose é uma manobra defensiva para protegê-lo contra a ameaça de ser barrado
por um mundo esmagador.
Dizemos enfraquecimento porque devido à imaturidade do self da criança e à
sua condição de impotência, fragilidade e dependência diante do adulto, suas
funções de ego não são exercidas de forma adequada às suas próprias
necessidades, mas sim às necessidades do outro que lhe são impostas. Enfim,
diante de situações intoleráveis, as quais não podem ser evitadas nem
transformadas, o self, através de suas funções de ego, prioriza a necessidade de
sobrevivência em detrimento de seu prazer e de seu crescimento harmonioso,
produzindo as neuroses.
A neurose é um distúrbio psíquico consequência de um recalque imperfeito.
Os desejos inaceitáveis buscam meios de se manifestar como sintoma neurótico.
Como o ego não é capaz de lidar com aquela vontade reprimida sem sofrer, surge o
sintoma neurótico que se apresenta de diferentes formas através de uma máscara
sobre o qual era o real anseio.
Segundo, Freud esses desejos reprimidos, normalmente, vinham de
pacientes com lembranças de abusos e desenvolveu a teoria da sedução, a qual
afirmava que as neuroses adivinham desses traumas sexuais da infância. Essas
lembranças eram fantasias, sendo que os pacientes não tinham sido abusados e
sim, recalcaram seus próprios desejos reaparecem distorcidos: como experiências
traumáticas em que eles eram vítimas de abuso.
Existem conjuntos de sintomas que caracterizam tipos de neuroses.
Neurose Histérica: um sentimento reprimido sem ser lembrado, provoca
sintomas físicos como dores corporais, paralisias, cegueira e surdez.
Neurose obsessiva: o pensamento permanece no inconsciente e a emoção
escapa pro consciente fazendo com que se torne uma obsessão obrigando a
pessoa a repetir, para satisfazer o desejo de origem. Normalmente, são apego a
rituais de grande perda emocional, de tempo e física.
Neurose fóbica: o sentimento de trauma é levado para outra coisa, o paciente
se sente embaraçado porque ele sabe que esses objetos e situações não
representam ameaça alguma. São os Medos Irracionais.
Neuroses atuais: relacionadas a vida sexual adulta( ato sexual, afetos,
desejos, realizações/ são as pulsões).
- Neurastenia: comportamento intolerante a qualquer situação, predisposto a cólera
e indignação.
- Neurose de angústia: sintomas de taquicardia, dor de cabeça, desarranjos
intestinais e medo irracional, o famoso pânico.
- Hipocondria: convicção de doença grave, que não importa a sua clínica.
Os quadros de neurose não são específicos, mas são patológicos e os indivíduos
conseguem perceber que precisam de ajuda. Enquanto o psicótico vive no mundo
da psicose cuja realidade é paralela.
2. Psicose
A psicose tem origem orgânica, enquanto a neurose tem origem psíquica. A
psicose afeta profundamente a personalidade e autonomia intelectual, divergindo da
neurose. Além disso, a psicose é tratada com médico psiquiatra e a neurose com
psicólogo. A psicose afeta a razão e a ação e a neurose afeta a emoção. O psicótico
não tem consciência sobre sua doença geralmente. A psicose nem sempre é tão
evidente.
São classificadas em três grandes grupos:
- Paranóia: delírio ( transtorno de personalidade delirante), relativamente compatível
com o convívio social. Podem ser delírios de ciúmes, grandeza e perseguição.
- Esquizofrenia: desestruturante, na qual há uma afastamento da sua própria
personalidade e o não reconhecimento, o delírio é incompatível com a realidade e
pode ocorrer com alucinações.
- Alterações Severas do Humor: um forte empobrecimento dos afetos, apatia e
desmotivação, causando alucinações olfativas como putrefação.
Sexualidade: prazeres genitais, desejos de ser amado, reconhecimento e amor
fraternal.
Recalque: é a repressão de um pensamento inaceitável que é descartado da
consciência , sendo escondido muito bem na inconsciência. Nele ocorre uma
censura das memórias de sofrimento, para evitar que ele conviva com a gente na
rotina.
3. Referências.
1. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico
de transtornos mentais: DSM-5. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
2. SADOCK, B. J.; SADOCK, V. A.; RUIZ, P. Compêndio de psiquiatria: ciência
do comportamento e psiquiatria clínica. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.