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Exercícios de interpretação de texto

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Exercícios de interpretação de texto 
 
Questão 1 
(Fuvest - 2014) A civilização “pós-moderna” culminou em um 
progresso inegável, que não foi percebido antecipadamente, em 
sua inteireza. Ao mesmo tempo, sob o “mau uso” da ciência, da 
tecnologia e da capacidade de invenção nos precipitou na 
miséria moral inexorável. Os que condenam a ciência, a 
tecnologia e a invenção criativa por essa miséria ignoram os 
desafios que explodiram com o capitalismo monopolista de sua 
terceira fase. 
Em páginas secas premonitórias, E. Mandel1 apontara tais riscos. 
O “livre jogo do mercado” (que não é e nunca foi “livre”) rasgou 
o ventre das vítimas: milhões de seres humanos nos países ricos 
e uma carrada maior de milhões nos países pobres. O centro 
acabou fabricando a sua periferia intrínseca e apossou-se, como 
não sucedeu nem sob o regime colonial direto, das outras 
periferias externas, que abrangem quase todo o “resto do 
mundo”. 
1: Ernest Ezra Mandel (1923-1995): economista e militante 
político belga. 
O emprego de aspas em uma dada expressão pode servir, 
inclusive, para indicar que ela 
I. foi utilizada pelo autor com algum tipo de restrição; 
II. pertence ao jargão de uma determinada área do 
conhecimento; 
III. contém sentido pejorativo, não assumido pelo autor. 
Considere as seguintes ocorrências de emprego de aspas 
presentes no texto: 
A. “pós-moderna” (L. 1); 
B. “mau uso” (L. 2); 
C. “livre jogo do mercado” (L.6); 
D. “livre” (L. 7); 
E. “resto do mundo” (L. 9). 
As modalidades I, II e III de uso de aspas, elencadas acima, 
verificam-se, respectivamente, em 
a) A, C e E 
b) B, C e D 
c) C, D e E 
d) A, B e E 
e) B, D e A 
 
Alternativa correta: a) A, C e E 
O uso das aspas no texto indicam algumas intenções do autor: 
“Pós-moderna”: o autor entende que ainda existem algumas 
restrições sobre o uso desse termo, seja por ser incerto ou pouco 
aceito pela comunidade acadêmica. O termo pós-moderno indica 
uma fase que começou após o modernismo, no entanto, alguns 
autores se referem a esse momento por “contemporaneidade”. 
“Livre jogo do mercado”: as aspas aqui foram usadas pois essa é 
uma expressão usada na área da economia e, portanto, trata-se 
de um jargão. Ela indica a liberdade do mercado em atuar sem 
intervenção do estado. 
“Resto do mundo”: o autor usou aspas nessa expressão para 
indicar que existe um caráter pejorativo nela do qual ele não 
compartilha, ou seja, não concorda. 
 
Questão 2 
(Enem - 2012) “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu 
biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava 
desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. 
Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O 
guarani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil. 
Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas 
nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, 
diretor de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado 
federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das 
múltiplas facetas desse personagem do século XIX, parte de seu 
acervo inédito será digitalizada. 
História Viva, n.° 99, 2011. 
Com base no texto, que trata do papel do escritor José de 
Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que 
a) a digitalização dos textos é importante para que os leitores 
possam compreender seus romances. 
b) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante 
porque deixou uma vasta obra literária com temática atemporal. 
c) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da 
digitalização, demonstra sua importância para a história do Brasil 
Imperial. 
d) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante 
papel na preservação da memória linguística e da identidade 
nacional. 
e) o grande romancista José de Alencar é importante porque se 
destacou por sua temática indianista. 
 
Alternativa correta: d) a digitalização dos textos de José de 
Alencar terá importante papel na preservação da memória 
linguística e da identidade nacional. 
A importância de José de Alencar (1829-1877) não se limita 
somente ao Brasil Imperial (1822-1889). Escritor multifacetado, 
ele atuou como jornalista, crítico, advogado, dramaturgo e 
político, sendo uma das figuras mais importantes da literatura 
romântica nacional. 
Por esse motivo, a digitalização de suas obras, sem dúvida, 
fortalecerá a preservação da memória linguística e da identidade 
nacional, tornando público seus escritos. 
 
Questão 3 
(Enem - 2012) A substituição do haver por ter em construções 
existenciais, no português do Brasil, corresponde a um dos 
processos mais característicos da história da língua portuguesa, 
paralelo ao que já ocorrera em relação à aplicação do domínio de 
ter na área semântica de “posse”, no final da fase arcaica. 
Mattos e Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e 
discute a emergência de ter existencial, tomando por base a obra 
pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos anos 
quarenta e cinquenta do século XVI, encontram-se evidências, 
embora raras, tanto de ter “existencial”, não mencionado pelos 
clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver como 
verbo existencial com concordância, lembrado por Ivo Castro, e 
anotado como “novidade” no século XVIII por Said Ali. 
Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela 
um conhecimento deficiente da língua. Há mais perguntas que 
respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva? É 
válido confundir o bom uso e a norma com a própria língua e 
dessa forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizante de 
outros usos e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma 
norma por outra? 
CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito 
linguístico: do presente para o passado, In: Cadernos de Letras 
da UFF, n.° 36, 2008. Disponível em: www.uff.br. Acesso em: 26 
fev. 2012 (adaptado). 
Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes 
contextos evidencia que 
a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa 
histórica. 
b) os estudo clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e 
a mudança na língua. 
c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua 
fundamenta a definição da norma. 
d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada 
para os estudos linguísticos. 
e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão 
da constituição linguística. 
 
Alternativa correta: e) os comportamentos puristas são 
prejudiciais à compreensão da constituição linguística. 
Na opinião da autora, o purismo da língua traz consequências 
que dificultam a compreensão linguística e, por isso, são 
prejudiciais. Esse purismo está relacionado com a hierarquização 
dos usos da língua que gera preconceito linguístico entre os 
falantes. 
 
Questão 4 
(UERJ - 2016/1) “Todo abacate é verde. O incrível Hulk é verde. 
O incrível Hulk é um abacate.” 
Todo argumento pode se tornar um sofisma: um raciocínio 
errado ou inadequado que nos leva a conclusões falsas ou 
improcedentes. 
O último parágrafo do texto é um exemplo de sofisma, 
considerando que, da constatação de que todo abacate é verde, 
não se pode deduzir que só os abacates têm cor verde. 
Esse é o tipo de sofisma que adota o seguinte procedimento: 
a) enumeração incorreta 
b) generalização invertida 
c) representação imprecisa 
d) exemplificação inconsistente 
 
Alternativa correta: b) generalização invertida 
No caso de generalização invertida, chega-se a uma conclusão 
geral precipitada a partir de uma situação particular, cuja 
amostra analisada é muito pequena não sendo possível sustentar 
uma generalização. 
No exemplo acima ocorreu isso, o que gerou um erro de lógica, 
uma vez que a generalização criada não pode ser utilizada em 
todos os casos possíveis. 
 
Questão 5 
(ETEC - 2017/1) "Em um mundo marcado por conflitos em 
diferentes regiões, as operações de manutenção da paz das 
Nações Unidas são a expressão mais visível do compromisso 
solidário da comunidadeinternacional com a promoção da paz e 
da segurança. 
Embora não estejam expressamente mencionadas na Carta da 
ONU, elas funcionam como instrumento para assegurar a 
presença dessa organização em áreas conflagradas, de modo a 
incentivar as partes em conflito a superar suas disputas por meio 
pacífico – razão pela qual não devem ser vistas como forma de 
intervenção armada." 
Acesso em: 26.08.2016. Adaptado. 
Historicamente, o Brasil envia soldados para participar de 
operações de paz. Em 2004, foi criada pelo Conselho de 
Segurança da ONU a Missão das Nações Unidas para 
Estabilização do Haiti (Minustah). 
De acordo com o texto, essa missão foi criada para 
a) restabelecer a segurança e normalidade institucional do Haiti 
após sucessivos episódios de turbulência política e de violência, 
que marcaram esse país no início do século XXI. 
b) atacar os garimpos ilegais de diamantes no interior do Haiti, 
que usavam mão de obra infantil nas minas onde esse minério é 
encontrado. 
c) combater o narcotráfico comandado pelo Cartel de Medelin, 
que a partir do Haiti distribuía drogas para todos os países da 
América Latina. 
d) acabar com os problemas ambientais crônicos no Haiti, pois 
esse país era o principal responsável pela poluição ambiental no 
Caribe. 
e) extinguir a rede de trabalho escravo existente no Haiti, que 
utilizava esse tipo de mão de obra nas plantações de soja e trigo. 
 
Alternativa correta: a) restabelecer a segurança e normalidade 
institucional do Haiti após sucessivos episódios de turbulência 
política e de violência, que marcaram esse país no início do 
século XXI. 
Segundo o texto, a ONU (Organização das Nações Unidas) tem 
como compromisso amenizar as disputas entre algumas regiões 
e trazer paz e segurança aos locais envolvidos em conflitos. 
Da mesma forma, a Missão das Nações Unidas para Estabilização 
do Haiti (Minustah) tem como intuito restabelecer a segurança 
do local, depois de anos de conflitos e episódios de violência. 
 
Questão 6 
(Fatec - 2013) Leia o texto para responder às questões. 
O labirinto dos manuais 
Há alguns meses troquei meu celular. Um modelo lindo, 
pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e 
mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até 
servia para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu 
aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei 
executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer 
o aparelho. O manual tentava prever todas as possibilidades. 
Virou um labirinto de instruções! 
Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só 
aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me 
chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que 
era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de 
táxi. 
— Manual só confunde – disse didaticamente. – Dá uma de 
curioso. 
Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O 
único problema é que agora não consigo botar a campainha de 
volta! 
Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa 
minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido 
e fácil” – um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou 
seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um 
supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 
20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, 
dá vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo 
Guerra e Paz*? 
Tudo foi criado para simplificar. Mas até o microndas ficou difícil. 
A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla 
própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se 
emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior era 
simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual 
exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de 
novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei 
ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, 
desde o início do ano! 
Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito 
simples. Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê 
aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo 
de que tenho realmente necessidade, e não usar todas as 
funções. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo! 
(Walcyr Carrasco, Veja SP, 19.09.2007. Adaptado) 
* Livro do escritor russo Liev Tolstói. Com mais de mil páginas e 
centenas de personagens, é considerada uma das maiores obras 
da história da literatura. 
Pelos comentários feitos pelo narrador, pode-se concluir 
corretamente que 
a) a leitura de obras-primas da literatura é atividade mais 
produtiva do que utilizar celulares e computadores. 
b) os manuais cujas diversas instruções os usuários não 
conseguem compreender e pôr em prática são improdutivos. 
c) a vendedora foi convincente, pois o narrador comprou o 
celular, embora duvidasse das qualidades prometidas pelo 
aparelho. 
d) o manual sobre computadores, ao contrário de outros do 
gênero, cumpria a promessa assumida nos dizeres impressos na 
capa. 
e) os jovens deveriam ensinar computação aos mais velhos, pois, 
dessa forma, estes últimos entenderiam as funções básicas do 
equipamento. 
 
Alternativa correta: b) os manuais cujas diversas instruções os 
usuários não conseguem compreender e pôr em prática são 
improdutivos. 
Segundo o texto, os manuais de instruções dos aparelhos mais 
confundem do que ajudam e, por isso, são indicados como 
“labirintos” onde as pessoas se perdem. 
2) Analise as afirmações sobre trechos do texto e assinale a 
correta. 
a) Em – Há alguns meses, troquei meu celular. –, o verbo haver 
indica tempo decorrido e pode ser substituído, corretamente, 
por Fazem. 
b) Em – Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia 
para telefonar. –, o termo em destaque expressa a ideia de 
exclusão. 
c) Em – Virou um labirinto de instruções! –, o termo em 
destaque foi empregado em sentido figurado, indicando 
confusão, incompreensibilidade. 
d) Em – Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. –, o termo em 
destaque pode ser substituído, corretamente e sem alteração do 
sentido do texto, por limitada. 
e) Em – Mas não posso me alimentar só de pipoca! –, a 
conjunção em destaque expressa a ideia de comparação. 
 
Alternativa correta: c) Em – Virou um labirinto de instruções! –, 
o termo em destaque foi empregado em sentido figurado, 
indicando confusão, incompreensibilidade. 
O termo “labirinto” foi utilizado no texto em seu sentido figurado 
(ou conotativo) indicando algo complexo e que causa confusão, 
tal qual um labirinto. 
 
Questão 7 
(Fuvest - 2013) A essência da teoria democrática é a supressão 
de qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou na 
crença de que os conflitos e problemas humanos – econômicos, 
políticos, ou sociais – são solucionáveis pela educação, isto é, 
pela cooperação voluntária, mobilizada pela opinião pública 
esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser 
formada à luz dos melhores conhecimentos existentes e, assim, a 
pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das 
chamadas ciências sociais deverá se fazer a mais ampla, a mais 
vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais 
completa, a mais imparcial e em termos que os tornem 
acessíveis a todos. 
(Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.) 
No trecho “chamadas ciências sociais”, o emprego do termo 
“chamadas” indica que o autor 
a) vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não uma análise 
crítica da sociedade. 
b) considera utópicos os objetivos dessas ciências. 
c) prefere a denominação “teoria social” à denominação 
“ciências sociais”. 
d) discorda dos pressupostos teóricos dessas ciências. 
e) utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”. 
 
Alternativa correta: e) utiliza com reserva a denominação 
“ciências sociais”. 
Ao utilizar a palavra “chamadas” antes de “ciências sociais”, o 
autor do texto evita a generalização do termo, utilizando-o com 
reserva. 
 
Questão 8(Unesp - 2010) 
Texto 1 
Porque morrer é uma ou outra destas duas coisas: ou o morto 
não tem absolutamente nenhuma existência, nenhuma 
consciência do que quer que seja, ou, como se diz, a morte é 
precisamente uma mudança de existência e, para a alma, uma 
migração deste lugar para um outro. Se, de fato, não há 
sensação alguma, mas é como um sono, a morte seria um 
maravilhoso presente. *…+ Se, ao contrário, a morte é como uma 
passagem deste para outro lugar, e, se é verdade o que se diz 
que lá se encontram todos os mortos, qual o bem que poderia 
existir, ó juízes, maior do que este? Porque, se chegarmos ao 
Hades, libertando-nos destes que se vangloriam serem juízes, 
havemos de encontrar os verdadeiros juízes, os quais nos diria 
que fazem justiça acolá: Monos e Radamante, Éaco e Triptolemo, 
e tantos outros deuses e semideuses que foram justos na vida; 
seria então essa viagem uma viagem de se fazer pouco caso? 
Que preço não seríeis capazes de pagar, para conversar com 
Orfeu, Museu, Hesíodo e Homero? 
(Platão. Apologia de Sócrates, 2000.) 
Texto 2 
Ninguém sabe quando será seu último passeio, mas agora é 
possível se despedir em grande estilo. Uma 300C Touring, a 
versão perua do sedã de luxo da Chrysler, foi transformada no 
primeiro carro funerário customizado da América Latina. A 
mudança levou sete meses, custou R$ 160 mil e deixou o carro 
com oito metros de comprimento e 2 340 kg, três metros e 540 
kg além da original. O Funeral Car 300C tem luzes piscantes na já 
imponente dianteira e enormes rodas, de aro 22, com direito a 
pequenos caixões estilizados nos raios. Bandeiras nas pontas do 
capô, como nos carros de diplomatas, dão um toque refinado. 
Com o chassi mais longo, o banco traseiro foi mantido para 
familiares acompanharem o cortejo dentro do carro. No encosto 
dos dianteiros, telas exibem mensagens de conforto. O carro faz 
parte de um pacote de cerimonial fúnebre que inclui, além do 
cortejo no Funeral Car 300C, serviços como violinistas e revoada 
de pombas brancas no enterro. 
(Funeral tunado. Folha de S.Paulo, 28.02.2010.) 
Confrontando o conteúdo dos dois textos, pode-se afirmar que: 
a) embora os dois textos transmitam concepções divergentes 
acerca da morte, eles tratam de visões concernentes à mesma 
época, a saber, a sociedade atual. 
b) sob o ponto de vista filosófico, não há diferenças qualitativas 
entre uma e outra concepção sobre a morte. 
c) os comentários do texto grego sobre a morte são coerentes 
com uma filosofia de forte valorização do corpo em detrimento 
da alma, e do mundo sensível sobre o mundo inteligível. 
d) o texto de Platão evidencia uma cultura monoteísta, enquanto 
que o segundo é politeísta. 
e) enquanto no primeiro texto transparece a dignidade 
metafísica da morte, no segundo sugere-se a conversão do 
funeral em espetáculo da sociedade de consumo. 
Alternativa correta: e) enquanto no primeiro texto transparece 
a dignidade metafísica da morte, no segundo sugere-se a 
conversão do funeral em espetáculo da sociedade de consumo. 
A partir da leitura dos textos, fica claro que a morte é o tema 
principal, porém é abordada de maneiras diferentes. 
Assim, no primeiro texto temos a morte como a passagem do 
mundo terreno ao espiritual; enquanto no segundo, o foco está 
no espetáculo do consumo, evocado por um “carro faz que parte 
de um pacote de cerimonial fúnebre”. 
 
Questão 9 
(Enem - 2013) 
Adolescentes: mais altos, gordos e preguiçosos 
A oferta de produtos industrializados e a falta de tempo têm sua 
parcela de responsabilidade no aumento da silhueta dos jovens. 
“Os nossos hábitos alimentares, de modo geral, mudaram 
muito”, observa Vivian Ellinger, presidente da Sociedade 
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), no Rio de 
Janeiro. Pesquisas mostram que, aqui no Brasil, estamos 
exagerando no sal e no açúcar, além de tomar pouco leite e 
comer menos frutas e feijão. 
Outro pecado, velho conhecido de quem exibe excesso de 
gordura por causa da gula, surge como marca da nova geração: a 
preguiça. “Cem por cento das meninas que participam do 
Programa não praticavam nenhum esporte”, revela a psicóloga 
Cristina Freire, que monitora o desenvolvimento emocional das 
voluntárias. 
Você provavelmente já sabe quais são as consequências de uma 
rotina sedentária e cheia de gordura. “E não é novidade que os 
obesos têm uma sobrevida menor”, acredita Claudia Cozer, 
endocrinologista da Associação Brasileira para o Estudo da 
Obesidade e da Síndrome Metabólica. Mas, se há cinco anos os 
estudos projetavam um futuro sombrio para os jovens, no 
cenário atual as doenças que viriam na velhice já são parte da 
rotina deles. “Os adolescentes já estão sofrendo com 
hipertensão e diabete”, exemplifica Claudia. 
DESGUALDO, P. Revista Saúde. Disponível em: 
http://saude.abril.com.br. Acesso em: 28 jul. 2012 (adaptado). 
Sobre a relação entre os hábitos da população adolescente e as 
suas condições de saúde, as informações apresentadas no texto 
indicam que 
a) a falta de atividade física somada a uma alimentação 
nutricionalmente desequilibrada constituem fatores 
relacionados ao aparecimento de doenças crônicas entre os 
adolescentes. 
b) a diminuição do consumo de alimentos fontes de carboidratos 
combinada com um maior consumo de alimentos ricos em 
proteínas contribuíram para o aumento da obesidade entre os 
adolescentes. 
c) a maior participação dos alimentos industrializados e 
gordurosos na dieta da população adolescente tem tornado 
escasso o consumo de sais e açúcares, o que prejudica o 
equilíbrio metabólico. 
d) a ocorrência de casos de hipertensão e diabetes entre os 
adolescentes advém das condições de alimentação, enquanto 
que na população adulta os fatores hereditários são 
preponderantes. 
e) a prática regular de atividade física é um importante fator de 
controle da diabetes entre a população adolescente, por 
provocar um constante aumento da pressão arterial sistólica. 
 
Alternativa correta: a) a falta de atividade física somada a uma 
alimentação nutricionalmente desequilibrada constituem 
fatores relacionados ao aparecimento de doenças crônicas 
entre os adolescentes. 
Com a leitura do texto, fica claro entender que a intenção da 
autora é alertar para os hábitos pouco ou nada saudáveis dos 
jovens da atualidade. 
Destacam-se o consumo dos alimentos pobres em nutrientes e a 
falta de práticas diárias de exercícios físicos, o que levam ao 
sedentarismo e, consequentemente, ao surgimento de doenças 
crônicas. 
 
Questão 10 
(UERJ - 2016) 
 
A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque 
assinala a ausência de um elemento fundamental para a 
instalação de um tribunal: a existência de alguém que esteja 
sendo acusado. 
Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação 
aos usuários da internet: 
a) proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade do 
processo 
b) configuram julgamentos vazios ainda que existam crimes 
comprovados 
c) emitem juízos sobre os outros mas não se veem na posição de 
acusados 
d) apressam-se em opiniões superficiais mesmo que possuam 
dados concretos 
Alternativa correta: c) emitem juízos sobre os outros mas não 
se veem na posição de acusados 
Com a expansão da internet e das redes sociais é muito comum 
hoje em dia se deparar com discussões e opiniões de pessoas 
que julgam as outras sem fundamentação. 
Na tirinha, o estranhamento é causado justamente pela falta de 
uma das principais figuras de um tribunal: o réu, que significa o 
acusado da sentença. Assim, existem muitos juízes, porém faltam 
muitos réus. 
 
Questão 11 
(Enem - 2017) 
 
Os textos publicitários são produzidos para cumprir 
determinadas funções comunicativas. Os objetivos desse cartaz 
estão voltados para a conscientização dos brasileiros sobre a 
necessidade de 
a) as crianças frequentarem a escola regularmente. 
b) a formação leitora começar na infância. 
c) a alfabetização acontecer na idade certa. 
d) a literatura ter o seu mercado consumidor ampliado. 
d)as escolas desenvolverem campanhas a favor da leitura. 
 
Alternativa correta: b) a formação leitora começar na infância. 
A partir da análise e leitura do cartaz é possível entender sua 
mensagem principal: a importância da leitura na educação 
infantil. 
 
Questão 12 
(UEA - 2017) Leia o trecho de Quincas Borba, de Machado de 
Assis: 
E enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu rico 
senhor; é a perfeição universal. Tudo chorando seria monótono, 
tudo rindo cansativo; mas uma boa distribuição de lágrimas e 
polcas1, soluços e sarabandas2, acaba por trazer à alma do 
mundo a variedade necessária, e faz-se o equilíbrio da vida. 
(Quincas Borba, 1992.) 
1 polca: tipo de dança. 
2 sarabanda: tipo de dança. 
De acordo com o narrador, 
a) os erros do passado não afetam o presente. 
b) a existência é marcada por antagonismos. 
c) a sabedoria está em perseguir a felicidade. 
d) cada instante vivido deve ser festejado. 
e) os momentos felizes são mais raros que os tristes. 
 
Alternativa correta: b) a existência é marcada por 
antagonismos. 
A partir da leitura do trecho de Quincas Borba, fica claro que a 
vida é marcada por diferentes antagonismos ou oposições (chora 
e ri), e isso é o que denota seu equilíbrio. 
 
Questão 13 
(Unesp - 2011) 
O fim do marketing 
A empresa vende ao consumidor 
— com a web não é mais assim 
Com a internet se tornando onipresente, os Quatro Ps do 
marketing — produto, praça, preço e promoção — não 
funcionam mais. O paradigma era simples e unidirecional: as 
empresas vendem aos consumidores. Nós criamos produtos; 
fixamos preços; definimos os locais onde vendê-los; e fazemos 
anúncios. Nós controlamos a mensagem. A internet transforma 
todas essas atividades. 
(...) 
Os produtos agora são customizados em massa, envolvem 
serviços e são marcados pelo conhecimento e os gostos dos 
consumidores. Por meio de comunidades online, os 
consumidores hoje participam do desenvolvimento do produto. 
Produtos estão se tornando experiências. Estão mortas as velhas 
concepções industriais na definição e marketing de produtos. 
(...) 
Graças às vendas online e à nova dinâmica do mercado, os 
preços fixados pelo fornecedor estão sendo cada vez mais 
desafiados. Hoje questionamos até o conceito de “preço”, à 
medida que os consumidores ganham acesso a ferramentas que 
lhes permitem determinar quanto querem pagar. Os 
consumidores vão oferecer vários preços por um produto, 
dependendo de condições específicas. Compradores e 
vendedores trocam mais informações e o preço se torna fluido. 
Os mercados, e não as empresas, decidem sobre os preços de 
produtos e serviços. 
(...) 
A empresa moderna compete em dois mundos: um físico (a 
praça, ou marketplace) e um mundo digital de informação (o 
espaço mercadológico, ou marketspace). As empresas não 
devem preocupar-se com a criação de um web site vistoso, mas 
sim de uma grande comunidade online e com o capital de 
relacionamento. Corações, e não olhos, são o que conta. Dentro 
de uma década, a maioria dos produtos será vendida no espaço 
mercadológico. Uma nova fronteira de comércio é a marketface 
— a interface entre o marketplace e o marketspace. 
(...) 
Publicidade, promoção, relações públicas etc. exploram 
“mensagens” unidirecionais, de um-para-muitos e de tamanho 
único, dirigidas a consumidores sem rosto e sem poder. As 
comunidades online perturbam drasticamente esse modelo. Os 
consumidores com frequência têm acesso a informações sobre 
os produtos, e o poder passa para o lado deles. São eles que 
controlam as regras do mercado, não você. Eles escolhem o meio 
e a mensagem. Em vez de receber mensagens enviadas por 
profissionais de relações públicas, eles criam a “opinião pública” 
online. 
Os marqueteiros estão perdendo o controle, e isso é muito bom. 
(Don Tapscott. O fim do marketing. INFO, São Paulo, Editora 
Abril, janeiro 2011, p. 22.) 
A leitura atenta deste instigante artigo de Don Tapscott revela 
que o tema central de sua mensagem é: 
a) O advento do comércio via internet subverteu as teorias 
tradicionais de marketing. 
b) O comércio via internet confirma todas as teorias de 
publicidade e marketing vigentes. 
c) A aplicação dos princípios tradicionais de marketing se tornou 
vital para o sucesso do comércio online. 
d) O comércio realizado em lojas físicas é ainda preferível ao 
realizado online. 
e) A lei da oferta e da procura não influencia de nenhum modo o 
comércio via internet. 
 
Alternativa correta: a) O advento do comércio via internet 
subverteu as teorias tradicionais de marketing. 
A partir da leitura do texto, podemos compreender que a 
internet foi uma das maiores influenciadoras nas mudanças de 
comportamento dos consumidores. 
Com isso, as teorias associadas ao marketing, antes consideradas 
modernas, hoje em dia se tornaram obsoletas com o aumento de 
consumidores on-line. 
 
Questão 14 
(PUC-SP) 
(...) Da garrafa estilhaçada, no ladrilho já sereno escorre uma 
coisa espessa que é leite, sangue... não sei. Por entre objetos 
confusos, mal redimidos da noite, duas cores se procuram, 
suavemente se tocam, amorosamente se enlaçam, formando um 
terceiro tom a que chamamos aurora. 
(Carlos Drummond de Andrade) 
No fragmento anterior, Carlos Drummond de Andrade constrói, 
poeticamente, a aurora. O que permite visualizar este momento 
do dia corresponde: 
a) a objetos confusos mal redimido da noite. 
b) à garrafa estilhaçada e ao ladrilho sereno. 
c) à aproximação suave de dois corpos. 
d) ao enlace amoroso de duas cores. 
e) ao fluir espesso do sangue sobre o ladrilho. 
 
Alternativa correta: d) ao enlace amoroso de duas cores. 
Com a leitura do trecho acima, compreendemos que a descrição 
feita pelo escritor é a respeito da aurora, ou seja, o momento do 
nascer do sol em que observamos uma mistura de cores com a 
saída da noite e chegada do dia. 
 
Questão 15 
(Vunesp - 2014) 
A vida dá voltas 
Sou um tipo meio fatalista. Acho que a vida dá voltas. Um amigo 
meu, Luís, casou-se com Cláudia, uma mulher egoísta. Ele era 
filho único, de mãe separada e sem pensão. Durante algum 
tempo, a mãe de Luís foi sustentada pelo próprio tio, um 
solteirão. Quando este faleceu, começaram as brigas domésticas: 
Cláudia não admitia que Luís desse dinheiro à mãe. Ele era um 
rapaz de classe média. Por algum tempo, arrumou trabalhos 
extras para ajudar a idosa. 
Convencido pela esposa, ele mudou-se para longe. Visitava a 
mãe uma vez por ano. Para se livrar da questão financeira, Luís 
convenceu a mãe a vender o apartamento. Durante alguns anos, 
ela viveu desse dinheiro. Muitas vezes, lamentava a falta do 
filho, mas o que fazer? Luís, sempre tão ocupado, viajando pelo 
mundo todo, não tinha tempo disponível. Na casa da mãe, faltou 
até o essencial. E ela faleceu sozinha. 
O tempo passou. Hoje, Luís, antes um profissional disputado, 
está desempregado. Foi obrigado a se instalar com a família na 
casa dos sogros, onde é atormentado diariamente. A filha de Luís 
e Cláudia cresceu e saiu de casa. Quer seguir seu próprio rumo! 
Luís não tem renda, nem bens. Está quase se divorciando. Ficou 
fora do mercado de trabalho. O que vai acontecer? A filha 
cuidará dele? Tenho dúvidas, porque ele não a ensinou com seu 
próprio exemplo. 
A vida é um eterno ciclo afetivo. Em uma época todos nós somos 
filhos. Em outra, tornamo-nos pais: é a nossa vez de cuidar de 
quem cuidou de nós. 
(Walcyr Carrasco. http://vejasp.abril.com.br. Acesso em 30.12.2013. Adaptado) 
Considerando o último parágrafo do texto, pode-se afirmar que a 
relação entre pais e filhos deve ser baseada 
a) no medo. 
b) na persistência. 
c) na expectativa. 
d) na esperança. 
e) na troca. 
 
Alternativa correta: e) na troca. 
Considerando o último parágrafo do texto, o autor deixa claro 
que a vida é um ciclo, onde um dia nossos pais são os cuidadores 
e, no outro, somos nós que assumimos esse papel. Assim, temos 
expressa a ideia de retribuição, de troca. 
 
Questão 16 
(FCC-2013) 
esta vida é uma viagem 
pena eu estarsó de passagem 
(Paulo Leminski, La vie em close. 5a ed. S.Paulo: Brasiliense, 
2000, p.134) 
No poema de apenas três versos, o poeta lamenta-se 
a) da fugacidade da vida. 
b) demonstra preferir a vida espiritual à terrena. 
c) revolta-se contra o seu destino. 
d) sugere que a vida não tem sentido. 
e) abomina a agitação da vida. 
 
Alternativa correta: a) da fugacidade da vida. 
A partir da leitura do poema, podemos compreender que o autor 
aborda sobre a efemeridade da vida, ou seja, sua qualidade de 
ser fugaz e que acaba com rapidez para todos, tal qual uma 
viagem. 
Questão 17 
 
Quanto à tirinha acima, é correto afirmar: 
a) A linguagem verbal isoladamente não consegue transmitir a 
mensagem pretendida. 
b) Transmite que faz parte da infância pegar as coisas da mãe 
para brincar. 
c) A frase do primeiro quadrinho não pertence à sequência. 
d) A principal mensagem da tirinha é a inocência de Mafalda, que 
responde à mãe que pegou “só” os cremes de beleza, querendo 
com isso dizer que não pegou outros tipos de cremes para 
brincar, como de culinária, por exemplo. 
e) A mãe está brava com Mafalda, por isso, a sua fala está com 
letras maiúsculas. 
Alternativa correta: a) A linguagem verbal isoladamente não 
consegue transmitir a mensagem pretendida. 
A linguagem não-verbal é essencial para compreendermos o 
entendimento da pequena Mafalda. 
Ao ouvir as notícias no rádio, Mafalda concluiu que o mundo 
precisava de um tratamento que o tornasse mais bonito. Assim, 
pegou os cremes da mãe - que para ela, eram usados com um 
propósito semelhante - e aplicou-os no seu globo. 
Sem a imagem da aplicação dos cremes no globo, a 
interpretação da tirinha estaria comprometida, parecendo 
simplesmente que Mafalda tinha pegado as coisas da mãe para 
brincar, como fazem as meninas. Mas, a intenção de Mafalda era 
muito mais série, levando o leitor a refletir sobre o panorama 
mundial. 
 
Questão 18 
 
A tirinha acima é uma crítica: 
a) ao fato de os pais não explicarem as coisas corretamente às 
crianças. 
b) quanto à cautela dos pais para que as crianças não distorçam 
na rua o que ouvem em casa. 
c) ao fato de as crianças contarem aos amigos o que os pais 
falam em casa. 
d) à fala das pessoas, que muitas vezes não tem importância. 
e) ao fato de Mafalda ter criado uma expectativa no amigo que o 
desiludiu. 
 
Alternativa correta: d) à fala das pessoas, que muitas vezes não 
tem importância. 
Mafalda critica o fato de muitos discursos, por mais longos que 
sejam, serem vazios em termos de conteúdo - ou por serem 
repetitivos, ou por não acrescentar nada de valor para a vida das 
pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 19 
 
Quanto ao anúncio acima, é correto afirmar: 
I. O propósito deste anúncio publicitário é convencer a compra 
de Doril. 
II. O principal recurso utilizado para tentar mostrar a eficácia do 
produto anunciado é desfocar a palavra “dor” da frase “Tomou 
doriu a (dor) sumiu.”. 
III. O nome Doril contém uma brincadeira com as palavras “dor” 
e “sumiu”, um dos recursos que promoveu o sucesso do 
produto. 
a) Apenas I está correta. 
b) Todas as afirmações estão corretas. 
c) I e II estão corretas. 
d) A afirmação III não faz sentido. 
e) Todas estão erradas. 
 
Alternativa correta: b) Todas as afirmações estão corretas. 
Os anúncios publicitários têm como função persuadir as pessoas 
a adquirir ou consumir algo. Para mostrar o quanto esse produto 
é eficaz, ele tenta transmitir com humor que a dor desaparece 
no seu próprio slogan. 
O slogan do medicamento é um exemplo de sucesso, porque a 
brincadeira com as palavras levou à sua memorização fácil. Ao 
apagarmos “dor”, resta “il”, que rima com a palavra “sumiu”. 
 
Questão 20 
 
Quanto à tirinha acima, é correto afirmar: 
a) A intenção da tirinha é mostrar como é fácil convencer as 
crianças. 
b) A tirinha critica as pessoas que mudam de opinião após serem 
subornadas. 
c) A intenção da tirinha é refletir sobre alimentação saudável. 
d) A tirinha desperta o leitor para o grande desafio dos pais na 
alimentação dos filhos. 
e) Esta tirinha tem como objetivo ensinar como os pais devem 
agir diante do mau comportamento dos filhos. 
 
Alternativa correta: b) A tirinha critica as pessoas que mudam 
de opinião após serem subornadas. 
Com humor, a intenção é mostrar, numa situação infantil, como 
algumas pessoas que dizem defender as suas convicções 
facilmente assumem opiniões opostas quando recebem 
benefícios próprios. 
Questão 21 
 
Na tirinha acima, Calvin induz o leitor a pensar que iria se 
esforçar para tirar boas notas se o pai premiasse o seu 
desempenho, mas a sua intenção era outra. Explique. 
Atividade 22 
Leia o texto de Millôr Fernandes e responda às questões abaixo: 
A morte da tartaruga 
O menininho foi ao quintal e voltou chorando: a tartaruga tinha 
morrido. A mãe foi ao quintal com ele, mexeu na tartaruga com 
um pau (tinha nojo daquele bicho) e constatou que a tartaruga 
tinha morrido mesmo. Diante da confirmação da mãe, o garoto 
pôs-se a chorar ainda com mais força. A mãe a princípio ficou 
penalizada, mas logo começou a ficar aborrecida com o choro do 
menino. “Cuidado, senão você acorda seu pai”. Mas o menino 
não se conformava. Pegou a tartaruga no colo e pôs-se a 
acariciar-lhe o casco duro. A mãe disse que comprava outra, mas 
ele respondeu que não queria, queria aquela, viva! A mãe lhe 
prometeu um carrinho, um velocípede, lhe prometeu uma surra, 
mas o pobre menino parecia estar mesmo profundamente 
abalado com a morte do seu animalzinho de estimação. 
Afinal, com tanto choro, o pai acordou lá dentro, e veio, 
estremunhado , ver de que se tratava. O menino mostrou-lhe a 
tartaruga morta. A mãe disse: – “Está aí assim há meia hora, 
chorando que nem maluco. Não sei mais o que faço. Já lhe 
prometi tudo mas ele continua berrando desse jeito”. O pai 
examinou a situação e propôs: 
– “Olha, Henriquinho. Se a tartaruga está morta não adianta 
mesmo você chorar. Deixa ela aí e vem cá com o pai”. O garoto 
depôs cuidadosamente a tartaruga junto do tanque e seguiu o 
pai, pela mão. O pai sentou-se na poltrona, botou o garoto no 
colo e disse: – “Eu sei que você sente muito a morte da 
tartaruguinha. Eu também gostava muito dela. Mas nós vamos 
fazer pra ela um grande funeral”. (Empregou de propósito a 
palavra difícil). O menininho parou imediatamente de chorar. 
“Que é funeral?” O pai lhe explicou que era um enterro. “Olha, 
nós vamos à rua, compramos uma caixa bem bonita, bastante 
balas, bombons, doces e voltamos para casa. Depois botamos a 
tartaruga na caixa em cima da mesa da cozinha e rodeamos de 
velinhas de aniversário. Aí convidamos os meninos da vizinhança, 
acendemos velinhas, cantamos o Happy-Birth-Day-To-You pra 
tartaruguinha morta e você assopra as velas. 
Depois pegamos a caixa, abrimos um buraco no fundo do quintal, 
enterramos a tartaruguinha e botamos uma pedra em cima com 
o nome dela e o dia que ela morreu. Isso é que é um funeral! 
Vamos fazer isso? O garotinho estava com outra cara. “Vamos, 
papai, vamos! A tartaruguinha vai ficar contente lá no céu, não 
vai? Olha, eu vou apanhar ela”. Saiu correndo. Enquanto o pai se 
vestia, ouviu um grito no quintal. “Papai, papai, vem cá, ela está 
viva!” O pai correu pro quintal e constatou que era verdade. A 
tartaruga estava andando de novo, normalmente. “Que bom, 
hein?” – disse – “Ela está viva! Não vamos ter que fazer o 
funeral!” “Vamos sim, papai” – disse o menino ansioso, pegando 
uma pedra bem grande – “Eu mato ela”. 
Moral: O importante não é a morte, é o que ela nos tira. 
1) Quais foram os artifícios utilizados pela mãe e pelo pai para 
que o menino parasse de chorar? 
A mãe ofereceu coisas que ele conhecia, tais como uma 
tartaruga nova, um carrinho, entre outros. 
O pai sugeriu que fizessem algo que o menino não sabia o que 
era, um funeral. 
 
2) A mãe ofereceu uma surra ao menino, mas antes tinha 
oferecido um carrinho ou um velocípede. Por que? 
Primeiro a mãesentiu pena e quis acalmar o filho, mas o seu 
choro contínuo e as tentativas falhadas fizeram ela perder a 
paciência. 
Assim, acreditando que somente com a ameaça de uma surra o 
menino se calasse, recorreu a ela. 
 
3) Que palavra difícil o pai do menino usou na conversa com ele? 
Funeral 
 
4) O que fez o menino parar de chorar? 
A novidade da realização de um grande funeral para a tartaruga. 
 
5) Por que o menino quis matar a tartaruga? 
Porque se a tartaruga estivesse viva o funeral não seria realizado. 
Atividade 23 
Leia esse texto, mais uma crônica de Millôr Fernandes, e 
responda: 
Cão! Cão! Cão! 
Abriu a porta e viu o amigo que há tanto não via. Estranhou 
apenas que ele, amigo, viesse acompanhado de um cão. O cão 
não muito grande mas bastante forte, de raça indefinida, 
saltitante e com um ar alegremente agressivo. Abriu a porta e 
cumprimentou o amigo, com toda efusão. "Quanto tempo!". O 
cão aproveitou as saudações, se embarafustou casa adentro e 
logo o barulho na cozinha demonstrava que ele tinha quebrado 
alguma coisa. 
O dono da casa encompridou um pouco as orelhas, o amigo 
visitante fez um ar de que a coisa não era com ele. "Ora, veja 
você, a última vez que nos vimos foi..." "Não, foi depois, na..." "E 
você, casou também?" O cão passou pela sala, o tempo passou 
pela conversa, o cão entrou pelo quarto e novo barulho de coisa 
quebrada. Houve um sorriso amarelo por parte do dono da casa, 
mas perfeita indiferença por parte do visitante. "Quem morreu 
definitivamente foi o tio... você se lembra dele?" "Lembro, ora, 
era o que mais... não?" 
O cão saltou sobre um móvel, derrubou o abajur, logo trepou 
com as patas sujas no sofá (o tempo passando) e deixou lá as 
marcas digitais de sua animalidade. Os dois amigos, tensos, 
agora preferiam não tomar conhecimento do dogue. E, por fim, o 
visitante se foi. Se despediu, efusivo como chegara, e se foi. Se 
foi. 
Mas ainda ia indo, quando o dono da casa perguntou: "Não vai 
levar o seu cão?" "Cão? Cão? Cão? Ah, não! Não é meu, não. 
Quando eu entrei, ele entrou naturalmente comigo e eu pensei 
que fosse seu. Não é seu, não?" 
Moral: Quando notamos certos defeitos nos amigos, devemos 
sempre ter uma conversa esclarecedora. 
1) Por que o amigo visitante não se manifestou ao perceber que 
o cão tinha partido algo na cozinha? 
Porque não se sentia à vontade para comentar o estrago feito 
pelo cão, que julgava ser do dono da casa. 
 
2) Por que os amigos estavam tensos? 
Em decorrência dos estragos que o cão estava fazendo. 
 
3) O que significa “sorriso amarelo” e por que o dono sorriu 
dessa forma? 
Significa um sorriso sem vontade ou falso. O dono sorriu assim 
porque não queria brigar com o amigo por causa do cão, mas 
estava perdendo a paciência com a situação. 
 
4) Quem é o dono do cão? 
Não sabemos. 
 
5) O que torna a crônica engraçada? 
O fato de os amigos não falarem sobre o comportamento do cão 
porque cada um achava que o cão pertencia ao outro amigo e 
não queriam se desentender por conta disso.

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