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Apostila Uninga - Conceitos da Administração

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CONCEITOS
DA ADMINISTRAÇÃO
PROF. HEIDER JEFERSON GONÇALVES
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Diretor de Ensino a Distância: 
Prof. Me. Fábio Oliveira Vaz
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani/
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Gabriela de Castro Pereira/
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim/ 
Mariana Tait Romancini 
Produção Audiovisual:
Eudes Wilter Pitta / 
Heber Acuña Berger/ 
Leonardo Mateus Gusmão Lopes/
Márcio Alexandre Júnior Lara
Gestão da Produção: 
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não 
vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, 
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica 
e profissional, refletindo diretamente em nossa 
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente 
e busca por tecnologia, informação e conheci-
mento advindos de profissionais que possuam 
novas habilidades para liderança e sobrevivên-
cia no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino 
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de 
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes 
atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
UNIDADE
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ENSINO A DISTÂNCIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 4
UM BREVE HISTÓRICO SOBRE A ADMINISTRAÇÃO ............................................................................................. 5
IMPORTÂNCIA E OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO ............................................................................................. 16
CONCLUSÃO ............................................................................................................................................................. 19
CONCEITOS E FUNDAMENTOS 
DA ADMINISTRAÇÃO
PROF. HEIDER JEFERSON GONÇALVES 
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INTRODUÇÃO
Nesta primeira etapa iniciaremos com um questionamento muito comum entre os que 
buscam o saber administrativo: Mas a� nal, o que é Administração? Esse questionamento é o que 
irá nortear boa parte deste estudo, nos levando a pensar em formas de como algo deve ser gerido 
ou administrado, usando a palavra derivada da administração. Administrar não é algo tão fácil 
como alguns pensam, depende de muitos fatores e de muito conhecimento. Atingir uma meta ou 
objetivo desejado, ou alcançar o tão desejado sucesso pro� ssional ou empresarial depende sim de 
uma boa administração. 
Lembremos que até nossa própria vida cotidiana precisa ser administrada para que 
não seja um grande fracasso. Nossa carreira precisa ser administrada, nosso dinheiro, e até 
nossos problemas! Imaginem então como seria uma organização ou empresa qualquer sem 
administração? Um caos com toda certeza. Mas vamos agora conhecer um pouco mais sobre 
a história da administração, seus primórdios e principais acontecimentos para que pudesse se 
desenvolver no tempo. 
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UM BREVE HISTÓRICO SOBRE A ADMINISTRAÇÃO
Desde que o mundo é mundo, é fato que a administração existe e que foi e ainda é muito 
importante para a humanidade. Podemos reforçar tal a� rmação, pois, desde que as mais primitivas 
civilizações ocupavam o planeta terra, já adotavam técnicas e ferramentas administrativas 
para atingir seus objetivos, até mesmo para própria sobrevivência. E é desde os primórdios da 
humanidade, que o homem administra. Senão como explicar obras tão fantásticas e complexas 
feitas por tais civilizações como as Pirâmides do Egito (1640 a.C.) e as Muralhas da China (220 
a.C.), por exemplo. Com certeza, nenhuma delas seria possível sem o uso da administração.
Figura 1 - Pirâmides do Egito. Fonte: Fox (2017).
Podemos destacar ainda que na história da humanidade, veri� ca-se que sempre existiu 
alguma forma de associação entre os homens para que através do esforço conjunto, atingissem 
objetivos em comum, que isoladamente, não seria possível. Pois bem, o processo de administrar 
está vinculado a qualquer situação em que existam pessoas fazendo o uso de recursos para 
atingir determinado objetivo, de tais formas, que em muitos casos, embora pareçam inicialmente 
rudimentares, manifestava-se alguma forma de administrar organizações já naqueles tempos.
Ainda se tratando de administração, inicialmente o homem regulava as ações e práticas 
de sua família, sua casa, sua tribo, sua aldeia, seu povo. Logo depois, no momento em que se 
constituíram em sociedade, viram a necessidade de administrar vilas, cidades, estados e até mesmo 
nações, como vemos hoje em dia, em que para que isso fosse possível, foram criadas organizações 
que reuniam, pessoas, materiais, equipamentos, tecnologia, instalações e informações, entre 
outros recursos.
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REFLITA
Falando em ações práticas e organizações, como você vê as ações 
e práticas de governo das organizações públicas e privadas na ci-
dade em que você vive? E como aluno de graduação? Quais são 
suas perspectivas quanto a estes administradores?
Figura 2 - Trabalhadores Chineses. Fonte: Vinh (2017).
Essa administração, tal como é conhecida hoje em dia, resulta de um histórico de 
integração entre inúmeros precursores, pessoas que se dedicaram no decorrer de suas vidas e por 
toda a história por esta questão.
Muitas referências históricas mostram que até hoje, vários conceitos administrativos que 
para alguns parecem ser arcaicos, que surgiram a mais de 1.200 a.C. ainda são usados atualmente 
nas organizações contemporâneas.
Existem registros de que a história da administração iniciou-se aproximadamente no 
ano 5.000 a.C., na Suméria, quando os antigos Sumerianos procuravam melhorar a maneira 
de resolver seus problemas exercitando a arte de administrar. Logo depois, há relatos de que 
no Egito, Ptolomeu dimensionou um sistema econômico planejado, que não poderia ter-se 
operacionalizado sem uma administração pública bem elaborada, sistemática e organizada. 
Livro – Os 50 maiores vultos da Administração (CFA/CRAs) - 
Disponível em:
<http://www.cfa.org.br/servicos/publicacoes/livro_50_vultos_ad-
ministracao_v4-estrutura.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2018.
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Em seguida, na China, em 500 a.C., houve a necessidade de adotar um sistema organizado 
de governo para o império, a chamada Constituição de Chow, com seus oito regulamentos, e 
também as regras de administração pública de Confúcio, como ótimos exemplos da tentativa 
chinesa de de� nir regras e princípios de administração.
Biografi a de Confúcio
Confúcio (551 a.C.-479 a.C.) foi um fi lósofo chinês, criador do con-
fucionismo, um conjunto de ensinamentos sobre moral e ideolo-
gia política que veio a triunfar na China por volta do século II a.C. 
Confúcio (551 a.C.-479 a.C.) nasceu na cidade de Tsu, Estado de 
Lu (atual província do Shantung), provavelmente em 551 a.C. Sua 
família apesar de descende dos Shag – a segunda dinastia da Chi-
na antiga, viviam semrecursos o que não lhe permitiu ter mestres 
regulares durante a infância. Aprendeu sozinho as letras, a arte dos 
arqueiros e a música. Mostrou-se muito ambicioso e conseguiu um 
emprego de contador na administração local.
Na China do século VI a.C. não havia leis gerais ou autoridades 
reconhecidas. Prevalecia um estado de constante anarquia, de ab-
soluta falta de segurança para quem não dispõe de força armada 
para a autodefesa. O contato diário com a miséria sensibilizava 
Confúcio e o desejo de ambicionar posições de destaque, vai sen-
do substituído pelo desejo de ajudar a melhorar a vida de seu povo.
Suas ideias vão aos poucos ganhando consistência. Em 530 a.C. 
Confúcio abre a primeira escola para jovens, onde se estudam tex-
tos antigos e teoria de governo. Os primeiros alunos são amigos, 
muitos de sua própria idade. Fascinados com seus ensinamentos, 
buscavam novos alunos. Aos poucos Confúcio se torna um mes-
tre famoso e respeitado. Nunca rejeita um aluno, por mais humilde 
que seja desde que se mostre inteligente e esforçado. Seu ideal é 
ver um mundo onde as guerras e as misérias sejam substituídas 
pela paz, boa vontade e felicidade.
Disponível em <https://www.ebiografi a.com/confucio/>. Acesso 
em: fev. 2018.
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Segundo Maximiano (1995, p. 126), por volta de 10.000 a 8.000 a. C., na Mesopotâmia e 
no Egito, agrupamentos humanos desenvolviam atividades extrativistas que faziam uma transição 
para atividades de cultivo agrícola e pastoreio. Iniciando-se, assim, a chamada Revolução Agrícola, 
surgindo as primeiras aldeias, e marcando a mudança da economia de subsistência para a 
administração da produção rural e a divisão social do trabalho. Ainda, no período compreendido 
entre 3.000 e 500 a. C., a Revolução Agrícola evoluiu para a Revolução Urbana, surgindo, assim, 
as cidades e os Estados, demandando a criação de práticas administrativas mais modernas e de 
acordo com aquela realidade.
É importante destacar ainda que com o passar dos anos, tem-se observado que a 
administração foi sendo construída por in� uências de diversas áreas do conhecimento humano. 
A � loso� a, por exemplo, deu grande contribuição para a administração, em que já antes de 
Cristo, os � lósofos expunham seu ponto de vista sobre esta área tão nova e fascinante que viria a 
ser importante nos dias atuais. 
O � lósofo grego Sócrates (470 a.C. 399 a.C.), por exemplo, em sua discussão com 
Nicomaquis, expõe o seu ponto de vista sobre a administração dizendo: “Sobre qualquer coisa 
que um homem possa presidir, ele será, se souber do que precisa e se for capaz de provê-lo, um 
bom presidente, quer tenha a direção de um coro, uma família, uma cidade ou um exército. Não 
é também uma tarefa punir os maus e honrar os bons? Portanto, Nicomaquis, não desprezeis 
homens hábeis em administrar seus haveres...”. 
Figura 3 - Sócrates. Fonte: Up Closed (2018).
Outro importante � lósofo grego, Platão, discípulo de Sócrates, (429 a.C. – 347 a.C.), deu 
sua contribuição, relatando em sua obra tão famosa e intitulada “A República”, seu ponto de vista 
sobre democracia e administração dos negócios públicos. Já Aristóteles, também � lósofo grego, e 
discípulo de Platão, estudou a organização do Estado e relata três tipos de administração pública: 
monarquia, aristocracia e democracia.
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No caso de Francis Bacon, � lósofo inglês, (1561 – 1626) antecipa-se ao princípio da 
administração, conhecido como princípio da prevalência do principal sobre o acesso, enfocando 
a separação do que é essencial e do que é acessório. E René Descartes, � lósofo, matemático e físico 
francês (1596 – 1650), foi o autor das coordenadas cartesianas ou dos princípios cartesianos. 
Vários princípios da administração moderna, como, divisão do trabalho, da ordem, do controle, 
estão fundamentados nestes princípios. Tão importante quanto, � omas Hobbes (1588-1679) 
desenvolveu a chamada teoria da origem contratualista do estado, onde segundo o qual o homem 
primitivo, vivendo em estado selvagem, passou lentamente à vida social, através de um pacto 
entre todo, pois o homem primitivo era um ser anti-social por de� nição, vivendo em guerra 
permanente com o próximo, e sendo assim o Estado viria a ser, a inevitável resultante da questão, 
impondo a ordem e organizando a vida social, 
É importante ressaltar também que Jean-Jacques-Rousseau (1712 – 1778), contextualizou 
a teoria do contrato social, teoria essa fundamentada no acordo entre os participantes de uma 
ação, com base num conjunto de regras que regem o mesmo. Não nos esqueçamos de Karl Marx 
(1818 – 1883), que ofereceu contribuições signi� cativas para a ciência administrativa, a partir da 
introdução da teoria da origem econômica do Estado e considera que todos os acontecimentos 
históricos são produto das relações econômicas entre os homens, que em conjunto com seu 
parceiro Friedrich Engels (1820-1895) propõem essa importante teoria, onde o surgimento do 
poder político e do Estado nada mais é do que o fruto da dominação econômica do homem pelo 
homem. 
E assim, com o surgimento da Filoso� a Moderna, a Administração deixou de receber 
certas contribuições e in� uências, uma vez que o campo de estudo � losó� co afastou-se 
signi� cativamente dos problemas organizacionais e dessa forma da própria administração.
Ainda quanto à Administração, a Igreja Católica Apostólica Romana pode ser 
considerada a organização formal mais e� ciente da civilização ocidental, pois através dos 
séculos, vem mostrando e provando a força de atração de seus objetivos, a e� cácia de suas 
técnicas organizacionais e administrativas. No decorrer dos anos e até mesmo séculos, as normas 
administrativas e princípios de organização pública foram se transferindo das instituições dos 
Estados para as instituições da Igreja Católica e também para as organizações militares.
Ao longo dos séculos, a Igreja Católica foi estruturando sua organização, sua hierarquia 
de autoridade, seu estado-maior (assessoria) e sua coordenação funcional, ou seja, foi sendo bem 
administrada. Atualmente, a Igreja Católica tem uma organização hierárquica simples e e� ciente, 
onde sua enorme organização mundial pode operar satisfatoriamente sob o comando de uma 
só cabeça executiva (O Papa). Assim, a estrutura da organização da Igreja Católica serviu de 
modelo para muitas organizações, que passaram a incorporar uma in� nidade de princípios e 
normas administrativas já utilizadas, experimentadas e comprovadas pela Igreja Católica, por 
isso que diversos autores apontam que entre todas as formas de atividades humanas, a Igreja 
Católica constitui um dos exemplos mais concretos de aplicação e funcionamento dos princípios 
administrativos e de organização em todo o mundo.
REFLITA
É preciso explicitar que na evolução histórica da administração, 
duas instituições têm papel fundamental enquanto instituições 
normativas, do ponto de vista de suas contribuições, para entender 
melhor as organizações e a administração: a Igreja Católica Roma-
na e as Organizações Militares.
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Figura 4 - Igreja Católica. Fonte: L’Osservatore Romano (2015).
Não podemos nos esquecer também da grande relevância das organizações militares 
que por sua vez, evoluíram das displicentes ordens dos cavaleiros medievais e dos exércitos 
mercenários dos séculos XVII e XVIII, até os tempos modernos com uma hierarquia de poder 
rígida e adoção de princípios e práticas administrativas comuns a todas empresas da atualidade. 
Lembremos ainda que a organização militar in� uenciou enormemente o desenvolvimento das 
teorias da administração ao longo do tempo, onde a organização linear, por exemplo, tem suas 
origens nos militares da antiguidade e da Idade Média. 
Destacamos também oprincípio da unidade de comando, fundamental para a função de 
direção, é o núcleo central de todas as organizações militares, assim como a escala hierárquica, 
ou seja, a escala de níveis de comando de acordo com o grau de autoridade e responsabilidade 
correspondente, tipicamente um aspecto da organização militar utilizado em outras organizações 
até os dias de hoje. 
Figura 5 - Hierarquia Militar. Fonte: Nova Concursos (2016).
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Ainda sobre as organizações militares e, sabe-se que no início do século XIX, Carl von 
Clausewitz (1780 – 1831), um general prussiano, escreveu um Tratado sobre a Guerra e os 
Princípios de Guerra, falando sobre como administrar os exércitos em períodos de guerra. Foi 
ele o grande inspirador de muitos teóricos da administração, que posteriormente se basearam na 
organização e estratégias militares defendidas por ele, para adaptá-las à organização de estratégias 
empresariais. Segundo Clausewitz, toda organização requer cuidadoso planejamento e rigorosa 
disciplina, pois considerava a disciplina como um requisito básico para uma boa organização. 
Na medida em que nos aprofundamos nos estudos históricos a respeito da administração, nos 
deparamos com muitas concepções que dão o necessário suporte para nosso entendimento, mas 
podemos considerar estas, como apenas algumas das principiais contribuições teóricas históricas 
a respeito das origens e do signi� cado da administração. 
E lembremos que, não se pode administrar absolutamente nada sem planejamento. 
Estudar administração é estudar o planejamento de todas as suas formas possíveis, assim como 
todos os outros princípios básicos, ou seja, organização, direção e controle. Mas o planejamento 
é o princípio de tudo.
ALGUNS CONCEITOS SOBRE ADMINISTRAÇÃO
Mas a� nal de contas, o que é administração? Podemos a� rmar que a Administração é 
uma ciência social aplicada, responsável pelo planejamento, organização, direção e controle dos 
recursos (humanos, � nanceiros, materiais, entre outros) de uma organização.
Figura 6 - Processo Administrativo. Fonte: Neto (2012).
O que é planejamento? 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=JaDBwOUN-
JbE>. 
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É possível encontrar muitas outras de� nições, onde de acordo com Ferreira (1993 p. 12), 
Administração é Ação de Administrar, Quem administra; e o verbo Administrar signi� ca Gerir 
(negócios públicos ou particulares), Dar, ministrar. Mas essa de� nição já é considerada obsoleta 
para o contexto empresarial, principalmente aos dias atuais, considerando que Administração 
já envolve uma série de conceitos que vem se aperfeiçoando com o passar do tempo e com 
ampla aplicação às novas práticas organizacionais atuais. Segundo Chiavenato (2007, p. 3), “A 
Administração é o veículo pelo qual as organizações são alinhadas e conduzidas para alcançar 
excelência em suas ações e operações para chegar ao êxito no alcance de resultados”. De modo que 
a palavra Administração é oriunda do Latim, onde ad denota direção/tendência para, e minister 
signi� ca subordinação/obediência. E ele ainda a� rma que, administrar signi� ca “criar condições 
ideais de solidariedade para que as pessoas possam se ajudar mutuamente e gerar valor e riqueza 
de modo e� ciente e e� caz”.
Levando em consideração então, que a palavra administração tem sua origem ligada ao 
latim ad – direção para, tendência para; minister – subordinação ou obediência, e signi� ca a 
função que se desenvolve sob o comando de outro, então, administrar nada mais é que obter 
resultados por intermédio de outros, ou fazer as coisas através de outras pessoas, com os melhores 
resultados possíveis, onde podemos a� rmar ainda que, tecnicamente, a administração constitui 
fazer as coisas da maneira mais adequada possível, com o mínimo de recursos – humanos, 
� nanceiros e materiais – com o intuito de alcançar objetivos desejáveis.
Para Maximiano (2004, p. 25),
A administração é o processo ou atividade dinâmica, que consiste em tomar 
decisões sobre objetivos e recursos. O processo de administrar (ou processo 
administrativo) é inerente a qualquer situação em que haja pessoas utilizando 
recursos para atingir algum tipo de objetivo. A � nalidade última do processo 
de administrar é garantir a realização de objetivos por meio da aplicação de 
recursos. 
Qual a diferença entre efi cácia e efi ciência?
São conceitos muitas vezes usados como sinônimos, contudo, 
não referem-se à mesma coisa e confundi-los não é pratica que se 
espera de um administrador ou candidato a administrador, então: 
Qual a diferença entre efi cácia e efi ciência?
O que é efi ciência? 
Efi ciência refere-se ao modo como determinada atividade é realiza-
da, é o meio, não o fi m.
O que é efi cácia?
Efi cácia tem relação com o resultado referente a uma atividade, é 
o fi m e não o meio.
Dessa forma, é possível ser efi ciente e não efi caz e vice-versa.
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Já segundo Drucker (2000),
Administrar signi� ca assumir tarefas. Signi� ca disciplina. Mas signi� ca também 
gente. Cada realização da administração é a realização de um administrador. 
Cada fracasso, é o fracasso de um administrador. São pessoas que administram, 
e não ‘forças’ nem ‘fatos’.
Diante disso, explica-se que a administração é um processo simples de tomada de decisão: 
“Administração é simplesmente o processo de tomada de decisão e o controle sobre as ações dos 
indivíduos, para o expresso propósito de alcance de metas predeterminadas” (DRUCKER, 1997).
Lembremos que Peter Drucker (1997), é considerado o pai da Administração moderna, 
tendo instituído o chamado “PODC” (Planejamento, Organização, Direção e Controle), onde o 
Planejamento é justamente a primeira dentre as funções básicas da administração. Vejamos essa 
representação na � gura a seguir:
Figura 7 - As funções básicas da Administração. Fonte: Chiavenato (2004).
Lembremos, ainda, que essa de� nição de Drucker sobre as funções básicas da 
administração, constituídos no “PODC”, surgiu baseado em um outro conceito, instituído por 
FAYOL, conhecido como “POCCC”, dizendo que: “Administrar é prever, organizar, comandar, 
coordenar e controlar”. (Jules Henri FAYOL, 1981). Para Drucker (2000), a administração é prática 
como a advocacia, a medicina e a engenharia, por exemplo, e deve apoiar-se sobre uma teoria 
com rigor cientí� co, numa prática efetivamente aplicada, onde é necessário ter conhecimentos 
cientí� cos e teóricos consistentes, ou seja, devemos saber “por que fazer”, “ o que fazer” e “como 
fazer” as coisas para que aconteçam. Ele procura enfatizar a “administração” e o “trabalho”, e não 
o “capital” e o “trabalho” como recursos de produção, como geralmente é feito, considerando 
desta forma, o administrador como o elemento chave, dinâmico e essencial de qualquer empresa, 
deixando muito claro que é ele, o administrador, quem determina, através da qualidade e do 
desempenho do seu trabalho, o sucesso ou o fracasso, e principalmente a sobrevivência da 
empresa.
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Peter Drucker: O pai da administração moderna
Peter Drucker, nasceu em 1909, em Viena, na Áustria. Seus co-
nhecimentos sobre a ciência da administração teve início ainda 
com seus pais, que costumavam realizar encontros com famosos 
personagens políticos e econômicos da época. Quando adulto, 
formou-se em Frankfurt, na Alemanha, onde realizou o doutorado 
em Direito Público Internacional na universidade da cidade. Com 
o tempo, passou a viver em Londres onde trabalhou como econo-
mista e jornalista durante anos. Em 1937, mudou-se para os Esta-
dos Unidos, atuando como correspondente do jornal de economia 
Financial Times.
Por fi m, em 1971, ingressou como professorna Claremont Gradua-
te University, onde lecionou por 30 anos. Peter Drucker foi um reno-
mado escritor, professor e consultor administrativo. Considerado 
por muitos, o pai da administração moderna, ele era o autor mais 
reconhecido dentre os que estudavam os efeitos da globalização 
na economia em geral e em particular nas organizações. Drucker 
enxergava a administração de empresas como uma ciência que 
trata das pessoas nas organizações e também como a principal 
ferramenta da sociedade moderna. Seu estilo era único e foi consi-
derado o seu mais importante diferencial.
Peter Drucker não é considerado o pai da administração moderna 
à toa. O seu legado nessa área de estudo é extraordinário. Drucker 
teve uma longa e extensa carreira como especialista em gestão 
e negócios, escrevendo ao todo mais de 30 livros, que juntos de-
sencadearam uma revolução única na maneira de gerir uma orga-
nização. Ele introduziu aos negócios a ideia de descentralização, 
invertendo a forma que os líderes enxergavam os trabalhadores.
Ao defi nir a administração de empresas, como uma disciplina, Pe-
ter Drucker a declarou como uma ciência prática e humanista, a 
qual não se restringia apenas às questões corporativas, mas que 
procurava englobar fundamentos da teoria política, psicológica, fi -
losófi ca, econômica, histórica, matemática, entre outras. Drucker 
se descrevia como um “ecologista social”, que extraía conhecimen-
to da observação humana e afi rmava que as teorias não tinham 
vida sem a perspicácia da comunicação.
Ao longo de mais de 70 anos, as contribuições de Drucker infl uen-
ciaram milhares de pessoas, incluindo grandes nomes da atuali-
dade. Bill Gates (fundador da Microsoft) e Henry Ford (fundador 
da Ford Motors), foram alguns dos nomes que encontraram nos 
livros do economista austríaco inspiração para compreender as 
tendências da economia mundial. Dentre suas principais obras, 
destacam-se os livros Administrando em Tempos de Grandes Mu-
danças, Tecnologia, Administração e Sociedade, O Executivo Efeti-
vo e Administrando para o futuro. 
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De maneira resumida, Peter Drucker enxergava a administração 
como uma ciência interligada à diversas matérias, das quais ex-
traía conhecimentos valiosos que agregavam aos mais diversos 
âmbitos da disciplina. No auge da popularidade e também em uma 
de suas frases mais icônicas, afi rmou que nenhuma instituição po-
deria sobreviver se precisasse apenas de gênios para serem admi-
nistradas, pois toda organização deveria estar organizada ao ponto 
de ser capaz de seguir em frente sob uma liderança composta de 
seres humanos com conhecimentos e personalidades diferentes.
Até hoje, suas teorias são consideradas divisores de águas na ad-
ministração.
Algumas frases brilhantes de Drucker
“Transformar a informação em conhecimento e este em ação efeti-
va é a função específi ca do administrador e da administração.”
“O trabalho de um administrador deve basear-se em uma tarefa a 
ser cumprida para atingir os objetivos da empresa... o administra-
dor deve ser comandado e controlado pelo objetivo do desempenho, 
não por seu chefe.”
“A essência da administração é o ser humano. Seu objetivo é tornar 
as pessoas capazes do desempenho em conjunto, tornar suas for-
ças efi cazes e suas fraquezas irrelevantes, Isso é a organização, e a 
administração é o fator determinante.”
“A administração é o órgão específi co e distintivo de toda e qualquer 
organização.”
(Peter Drucker)
FONTE:
Disponível em: <http://www.portal-administracao.com/2017/04/
peter-drucker-o-pai-da-administracao.html>. Acesso em: Fev. 2018.
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Diante de tudo que já foi exposto, pode-se dizer que a Administração signi� ca um 
processo para a tomada de decisões, que devem resultar em ações de melhoria nas empresas, e 
que segundo Maximiano (2004 p. 34), “(...) compreende cinco processos principais interligados: 
planejamento, organização, liderança (...), execução e controle”. 
Para Chiavenato (2007, p. 2),
A administração nada mais é do que a condução racional das atividades de 
uma organização seja ela lucrativa ou não lucrativa. A administração trata do 
planejamento da organização (estruturação), da direção e do controle de todas 
as atividades diferenciadas pela divisão do trabalho que ocorrem dentro de uma 
organização.
E completa a� rmando que: “A administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e 
controlar o uso de recursos a � m de alcançar objetivos organizacionais.” (CHIAVENATO, 2007, 
p. 11). Portanto, � ca claro que independente da variedade das de� nições e visões de vários autores 
citados referentes à Administração, esta abrange ações como a preparação de planos, relatórios, 
projetos, entre outros, cabendo ao administrador o papel de – Planejar; Organizar; Dirigir (em 
dias atuais, Liderar) e Controlar as atividades nos mais diversos tipos de organizações.
IMPORTÂNCIA E OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO
A administração está muito mais no nosso cotidiano do que imaginamos, tendo muita 
importância no dia a dia e em nossas vidas. A grande maioria das pessoas nunca parou para 
pensar que a administração está muito mais presente em suas vidas do que imaginam, e acham 
que a Administração é algo presente apenas nas empresas e escritórios.
Mesmo sem perceber, a administração está inserida em nosso dia a dai, pois tudo envolve 
administração, nossos próprios lares, por exemplo, para se manter em ordem é necessário saber 
administrar, muita organização, estabelecimento de regras, resolução de problemas, etc. É fato 
que os lares bem-sucedidos e que convivem em paz são aqueles bem administrados por seus 
membros ou pelos “chefes” de família. Aliás, nossos lares são bem parecidos com as empresas, 
que possuem os chefes que decidem, estabelecem as normas e resolvem problemas, ou seja, 
administram.
Figura 8 - Administração Familiar. Fonte: Leandrah (2018).
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Assim como nas empresas e em qualquer tipo de organização, as pessoas que convivem 
juntas, em um mesmo ambiente tem de se entender e conviver em harmonia, se ajudar, trabalhar 
em equipe, em que isso só é possível graças a capacidade das pessoas em administrar seus lares, 
negócios ou qualquer tipo de organização. Para entender a importância da administração, é preciso 
ir além da interpretação da palavra. É preciso também compreender o papel que a administração 
desempenha para as organizações e para a sociedade. As organizações têm objetivos a serem 
cumpridos, metas a serem alcançadas, e os Administradores vão decidir quais são os melhores 
recursos a serem utilizados para se chegar a tais objetivos. 
De acordo com Maximiano (2004), “Administração é o processo de tomar e colocar 
em prática decisões sobre objetivos e utilização de recursos. A administração é processo ou 
atividade dinâmica, que consiste em tomar decisões sobre objetivos e recursos”. O processo de 
administrar (ou processo administrativo) é inerente a qualquer situação em que haja pessoas 
utilizando recursos para atingir algum tipo de objetivo. A � nalidade última do processo de 
administrar é garantir a realização de objetivos por meio da aplicação de recursos. Conforme 
cita Drucker (1980), “A administração é importante em qualquer escala de utilização de recursos 
para realizarem objetivos – individual, familiar, grupal, organizacional ou social. Inclusive, a 
Administração é importante parra o desenvolvimento de um país.” 
Lembremos que o processo administrativo é importante em qualquer contexto na 
utilização de recursos, mas que a razão principal para estudá-lo é seu re� exo sobre o desempenho 
das organizações, onde o principal motivo para que existam, é que certos objetivos só podem ser 
alcançados por meio da ação coordenada de grupos de pessoas, pois,atualmente, as organizações 
assumiram tamanha importância na sociedade e na vida das pessoas, que não temos como pensar 
em organizações sem administradores.
Muitos problemas que enfrentamos têm sua origem na inexistência ou ine� ciência 
administrativa de alguma organização, onde as organizações bem administradas ou não, são 
muito importantes por causa do impacto que causam sobre a qualidade de vida da população. 
É dramático o impacto do mau funcionamento de uma organização de grande porte sobre a 
sociedade em que está inserida, pois, muitas vezes pessoas perdem seu emprego, ou recebem 
serviços públicos de péssima qualidade gerando consequências terríveis.
Podemos a� rmar que neste século, a administração e as organizações estão sofrendo 
grandes transformações, as empresas privadas, em particular, operam dentro de um contexto 
extremamente competitivo e precisam aprimorar continuamente sua e� ciência: fazer mais, com 
menos recursos. É visível também o aumento da chamada “Administração empreendedora”, que 
procura estimular as pessoas a serem seus próprios patrões, em que a ideia da administração 
participativa ganha seu espaço como tendência, pois é preciso educar operários a serem seus 
próprios gerentes e a serem capazes de tomar decisões e liderar em algum momento se necessário.
REFLITA
Pense em sua cidade, com os problemas que ela possui. Pense 
no país, com todos os seus problemas, na área da saúde, seguran-
ça pública, habitação, entre outros. Seria um refl exo da Adminis-
tração? Será que podemos afi rmar que o governo não administra 
como deveria?
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Livro – Administração Empreendedora 
Disponível para compra em: <https://www.amazon.com.br/Ad-
ministra%C3%A7%C3%A3o-Empreendedora-Sandra-Mariano/
dp/8535213546>. 
Acesso em: 15 fev. 2018.
Em relação aos objetivos da administração, as instituições privadas ou públicas, com ou 
sem � ns lucrativos, não existem por conta própria ou por acaso, mas para satisfazer alguma 
necessidade da sociedade, da comunidade ou de um indivíduo em particular, ou seja, elas existem 
para cumprir uma � nalidade social de� nida e certa. 
Lembremos que de acordo com Drucker (2006), os princípios básicos para administrar 
são: planejar, organizar, dirigir e controlar (PODC), em que as principais funções administrativas 
são:
• Fixar objetivos.
• Analisar, conhecer os problemas.
• Solucionar os problemas.
• Organizar e alocar os recursos, tanto � nanceiros, quanto tecnológicos e humanos.
• Liderar, comunicando, dirigindo e motivando as pessoas.
• Negociar.
• Tomar decisões.
• Controlar, mensurando e avaliando.
É importante destacar também que existem quatro áreas básicas de atuação da 
administração, que são: � nanças, produção, marketing e recursos humanos, porém o mercado 
abrange várias áreas do conhecimento, onde a administração é resultado de um processo de 
formação que passa por diversas áreas, desde as exatas, como matemática, até humanas como 
� loso� a por exemplo.
Assim, a administração é necessária para equilibrar objetivos pessoais e organizacionais, 
coordenar esforços e conseguir e� ciência (capacidade de fazer certo as coisas) e e� cácia (habilidade 
de fazer as coisas da maneira correta), ou ainda, atingir os objetivos utilizando-se dos recursos 
com e� ciência e e� cácia buscando a efetividade.
Segundo Chiavenato (2007), “o planejamento se constitui na pri-
meira função do processo administrativo, permitindo o estabele-
cimento dos objetivos organizacionais em função dos recursos 
necessários para atingi-los de maneira efi caz”. 
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CONCLUSÃO
Estamos encerrando essa primeira unidade em que pudemos aprender sobre a 
Administração e o Processo Administrativo, principais conceitos e fundamentos, sua importância 
para a sociedade e um pouco de sua história, e também, sua importância para as empresas e 
organizações nos dias de hoje. Não nos esquecendo do planejamento como premissa básica para 
o sucesso organizacional, e do processo administrativo formado pelo famoso “PODC”.
Vimos que administrar não é algo tão fácil como alguns pensam, depende de muitos 
fatores e de muito conhecimento, e que atingir uma meta ou objetivo desejado, ou alcançar o tão 
desejado sucesso pro� ssional ou empresarial depende sim de uma boa administração. Pudemos 
entender que até nossa própria vida cotidiana precisa ser administrada para que não seja um 
grande fracasso.
Por � m, a Administração encontra-se em todas as áreas, quaisquer que sejam elas, 
desde as atividades domésticas, familiares, no dia a dia das pessoas, nas grandes empresas e 
multinacionais, mineradoras e hidrelétricas, num consultório médico ou odontológico, escritório 
de contabilidade ou advocacia, numa lanchonete ou carrinho de cachorro quente, banca de jornal 
e até mesmo no pipoqueiro... En� m, a Administração está no cotidiano, no dia a dia, ela faz parte 
de nossa vida!
E como guerreiros em busca de novos saberes, vamos continuar nossa cruzada pelas 
páginas do conhecimento, entendendo a administração e sua grande importância para as 
organizações e para o dia-a-dia de cada um de nós, pois administrar é essencial tanto nos 
negócios como na vida. Então vamos em frente, pois a próxima unidade nos espera, com muita 
informação e conceitos importantes da administração.
UNIDADE
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 21
A IMPORTÂNCIA DAS TEORIAS ............................................................................................................................. 22
TEORIA CLÁSSICA .................................................................................................................................................. 23
TEORIA CIENTÍFICA ............................................................................................................................................... 26
TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS ...................................................................................................................... 29
TEORIA BUROCRÁTICA ........................................................................................................................................... 33
TEORIA ESTRUTURALISTA ..................................................................................................................................... 37
CONCLUSÃO ............................................................................................................................................................. 39
PRINCIPAIS TEORIAS DA 
ADMINISTRAÇÃO – PARTE I
PROF. HEIDER JEFERSON GONÇALVES 
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INTRODUÇÃO
Prezado aluno, agora que você já conhece um pouco sobre administração e seus 
conceitos mais básicos, abordados na Unidade 1, vamos nesta unidade estudar as principais 
teorias da administração, será um estudo mais focado nessas teorias históricas, seus criadores e 
colaboradores, e sua importância no desenvolvimento da administração no decorrer dos tempos. 
Veremos que as Teorias da Administração podem ser agrupadas de acordo com suas 
variáveis, levando em conta as tarefas, a estrutura, as pessoas, o ambiente, a tecnologia e a 
competitividade. Todas elas são válidas, no entanto cada autor defende uma ou mais variáveis da 
sua teoria. Porém, vale ressaltar que as teorias não são contrárias umas as outras, pelo contrário, elas 
se complementam. No entanto, isso não quer dizer que não haja crítica aos conceitos defendidos 
por uma anterior, contudo isso vai originar o desenvolvimento de estudos e proposições ainda 
mais aprofundadas e complexas, sendo pesquisadosainda mais.
En� m, todas as teorias foram criadas com o objetivo de resolver os problemas industriais 
e corporativos que surgiram em cada época onde todas elas obtiveram sucesso nas soluções para 
as di� culdades enfrentadas na sua época.
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A IMPORTÂNCIA DAS TEORIAS
 
Nos dias atuais, qualquer um dos conceitos pode ser aplicado, contudo o administrador 
necessita conhecê-las muito bem para melhor de� nir o que vai melhor se adequar e por � m 
solucionar os problemas. Essa decisão deverá ser feita levando em consideração as variáveis 
citadas anteriormente.
Figura 1 - Base Teórica (Teoria). Fonte: Rodrigues (2018).
De acordo com Rossés (2014), a importância e os motivos que nos levam a estudar as 
teorias são os seguintes:
• As teorias guiam as decisões administrativas:
 o Ajuda a entender os processos fundamentais.
 o Possibilita escolher uma linha e� caz de ação.
 o Permite prever, através de estudos de cenários, o que pode vir a acontecer.
 o Permite o uso de diferentes teorias da administração em situações distintas
• As teorias dão forma à nossa visão das organizações:
 o Permite identi� car as ideias pelas quais tem-se a concepção do signi� cado da 
palavra organização.
 o Permite identi� car a importância das pessoas dentro do processo administrativo.
 o Possibilita veri� car diferentes maneiras de realizar as tarefas de modo e� ciente 
e e� caz.
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• As teorias nos conscientizam do ambiente empresarial:
 o À medida que se estudam as teorias administrativas, percebe-se que estas são 
um conjunto de forças presentes num dado momento e lugar.
 o Este conhecimento possibilita ajudar a compreender quais tipos de teoria são 
apropriadas em diferentes situações.
• As teorias são uma fonte de novas ideias:
 o Permitem assumir um ponto de vista diferente com relação a novas ideias.
 o Destacam que não há nenhuma teoria mais importante que a outra, mas sim 
situações onde a utilização de uma é mais apropriada em relação às demais.
Em suma, pode-se perceber que o estudo das teorias oferece ao administrador 
possibilidades de estabelecer como se estrutura, se coordena, se gerencia e de que maneiras são 
geridas as pessoas em uma empresa.
TEORIA CLÁSSICA 
A Teoria Clássica da Administração foi idealizada por Henri Fayol (1841-1925) e sua 
característica é a ênfase na estrutura organizacional, levando em consideração a visão do homem 
econômico e também pela busca da e� ciência máxima e o enfoque na organização formal, 
princípios gerais da administração e funções da administração. Ele saiu de uma abordagem mais 
simples e global e partiu para uma mais anatômica e estrutural.
Na visão de Carvalho (2008), 
A Teoria Clássica é na verdade um conjunto de estudos que se caracteriza m 
fundamental mente por serem inovadores para a época, virem de encontro à real 
necessidade de toda uma sociedade mundial que se industrializava rapidamente 
e, por último, trariam mudanças que marcariam época e consequências 
inesperadas, boas e ruins, porém inevitáveis. Uma segunda Revolução Industrial.
REFLITA
Boas teorias permitem tanto ao estudante quanto ao profi ssional 
compreender melhor a forma de executar as tarefas ou simples-
mente na tomada de decisão. A teoria é a base para a prática corre-
ta. Se você entender a teoria, saberá exatamente o porquê a prática 
deu certo!
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De acordo Chiavenato (2003), Fayol apresenta seis funções básicas que considera 
essenciais à toda empresa, que são as funções:
• Técnicas – produção de bens ou serviços da empresa;
• Comerciais – compra, venda e troca de bens;
• Financeiras – procura e gerenciamento de capitais;
• Segurança – proteção e preservação de bens;
• Contábeis – inventários, registros, balanços, custos e estatísticas;
• Administrativas – coordenam e comandam as outras cinco, constituindo-se na mais 
importante.
De acordo com Rossés (2014), Fayol focalizou, principalmente, a administração, porque 
sentia que era a mais negligenciada das operações empresariais. Antes de Fayol, acreditava-se 
geralmente que “os administradores nascem prontos, não são feitos”.
Fayol considera que a função mais importante da empresa é a função administrativa onde 
possui cinco atividades que compreende os principais elementos da ciência, são eles: 
• Prever – visualizar o futuro e traçar o programa de ação.
• Organizar – articular o aspecto material e social da empresa.
• Comandar – dirigir e orientar o pessoal.
• Coordenar – fazer a devida articulação entre todos os esforços e atos das pessoas 
envolvidas na empresa.
• Controlar – veri� car se os procedimentos do pessoal estão em acordo com as regras e 
os princípios estabelecidos na empresa.
Essas cinco funções administrativas podem ser observadas em qualquer nível ou 
departamento de uma empresa, onde unidas são consideradas a base do processo administrativo.
Segundo Rossés (2014), para melhor explicar suas ideias, Fayol estabeleceu 14 princípios 
que, segundo ele, norteavam o processo administrativo:
• Divisão do trabalho – quanto mais as pessoas se especializarem, mais e� cientemente 
podem realizar o seu trabalho. Este princípio é ilustrado pela linha moderna de montagem.
• Autoridade – os administradores devem dar ordens para que as coisas sejam feitas. 
Apesar de sua autoridade formal lhes dar o direito de comandar, os administradores nem sempre 
induzirão à obediência, a não ser que tenham também autoridade pessoal.
• Disciplina – os membros de uma organização precisam respeitar as regras e os acordos 
que a governam. Para Fayol, a disciplina resulta de uma boa liderança em todos os níveis da 
organização, de acordos justos, como, por exemplo, esquemas para recompensar um desempenho 
superior e, de penalidades, para as infrações.
• Unidade de comando – cada empregado deve receber instruções de apenas uma pessoa. 
Fayol acreditava que, quando um empregado responde a mais de um administrador, o resultado 
gera instruções con� itantes e confusões de autoridade.
• Unidade de direção – dentro de uma organização, as operações que têm o mesmo 
objetivo devem ser dirigidas apenas por um administrador, usando um único plano.
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• Subordinação do interesse individual ao bem comum – em qualquer empreendimento, 
os interesses dos empregados não devem ter precedência sobre os interesses da organização como 
um todo.
• Remuneração – a compensação pelo trabalho realizado deve ser justa, tanto para os 
empregados quanto para os empregadores.
• Centralização – a diminuição do papel dos subordinados nas tomadas de decisão é a 
centralização; o seu aumento é a descentralização. Fayol acreditava que os administradores devem 
ter a responsabilidade � nal, mas devem, ao mesmo tempo, dar aos subordinados autoridade 
su� ciente para que realizem bem seus trabalhos. O problema é encontrar o grau apropriado de 
centralização em cada caso.
• Hierarquia – a linha de autoridade numa organização, frequentemente representada, 
hoje em dia, pelos quadros e retas de um organograma, vai, por ordem de escalões, da alta 
administração até os níveis mais baixos da empresa.
• Ordem – os materiais e as pessoas devem estar no lugar certo e na hora certa. As pessoas, 
em particular, devem estar nos serviços ou cargos para os quais sejam mais capacitadas.
• Equidade – os administradores devem ser amigáveis e justos para com seus subordinados.
• Estabilidade de pessoal – uma alta taxa de rotatividade dos empregados estraga o 
funcionamento e� ciente de uma organização.
• Iniciativa – os subordinados devem ter a liberdade de conceber e concretizar seus 
planos, ainda que disso possam resultar alguns erros.
• Espírito de equipe – apromoção de um espírito de equipe dará um sentido de unidade 
à organização. Para Fayol, até mesmo pequenos fatores podem ajudar a desenvolver esse 
espírito. Ele sugeria, por exemplo, o uso, sempre que possível, da comunicação verbal, em vez da 
comunicação formal.
Essa teoria, no entanto, sofreu algumas críticas como cita Carvalho (2008):
Acerca da Teoria Clássica, críticas frequentes apontam que a mesma considerava 
a empresa como um sistema fechado, ou seja, de não manter relações com o meio 
em que se encontrava, de ter desenvolvido princípios que buscavam explorar os 
trabalhadores e de che� as com obsessão pelo comando.
Argumentavam, também, que havia a manipulação dos trabalhadores por meio dos 
incentivos salariais e materiais e a excessiva unidade de comando e responsabilidade. Ainda 
assim, a Teoria Clássica, ofereceu, a partir de seus principais expoentes, conhecimento para as 
novas teorias que surgiram, sobretudo em seus aspectos estruturais.
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Quem foi Henri Fayol?
Jules Henri Fayol (1841-1925) foi um engenheiro, grande gestor e 
pesquisador francês, criador da Teoria Clássica da Administração.
Jules Henri Fayol (1841-1925) nasceu em Istambul, Turquia, no dia 
29 de julho de 1841. Filho de franceses voltou para a França em 
1847, onde Estudou engenharia de Minas na École Nationale Supé-
rieure des Mines, em Saint-Étienne, concluindo o curso em 1860. 
Com 19 anos começou a trabalhar na Compagnie de Commentry-
-Fourchambeau-Decazeville, em Commentry, uma mineradora de 
carvão que se encontrava à beira da falência. Seu trabalho como 
gestor levou a empresa a um novo patamar de resultados. Em 1888 
foi promovido a diretor onde permaneceu até 1918.
Em 1916, Henri Fayol publicou “Administration Industrielle et Gé-
nérale” um dos marcos da história do pensamento administrativo. 
Na obra, o autor diz que a administração é uma atividade comum 
a todos os empreendimentos humanos e que, para o gestor atingir 
seus objetivos deve seguir cinco funções: previsão, organização, 
comando, coordenação e controle.
Jules Henri Fayol foi um dos principais contribuintes para o de-
senvolvimento do conhecimento administrativo moderno. Uma de 
suas contribuições diz respeito à gestão administrativa – ou pro-
cesso administrativo, onde pela primeira vez se falou em adminis-
tração como disciplina e profi ssão, que podia ser ensinada através 
de uma Teoria Geral da Administração.
Disponível em <https://www.ebiografi a.com/jules_henri_fayol/>. 
Acesso em: fev. 2018.
TEORIA CIENTÍFICA 
A Teoria Cientí� ca é um modelo de administração desenvolvido pelo americano 
Frederick Winslow Taylor no � m do século XIX e início do século XX, que segundo Chiavenato 
(2003) foi o fundador da Administração Cientí� ca, nasceu na Filadél� a – EUA, � lho de família 
de princípios rígidos, foi educado com forte disciplina e devoção ao trabalho. Iniciou sua 
carreira como operário, passando a outros cargos maiores até chegar a engenheiro. Seu objetivo 
é a aplicação do método cientí� co na administração para garantir o melhor custo/benefício aos 
sistemas produtivos. Onde expôs suas teorias pela primeira vez em 1903, com a publicação do 
livro “Administração de O� cinas”. Sua teoria tinha como ênfase o chão de fábrica (tarefas) e como 
enfoque a produção no nível operacional. Ou seja, seu trabalho se deu no chão de fábrica junto 
ao operariado, voltado para a sua tarefa.
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De acordo com Rossés (2014) em seu segundo livro, Princípios de Administração 
Cientí� ca, publicado em 1911, Taylor apresenta seus estudos, porém com maior ênfase em sua 
� loso� a, e introduz os quatro princípios fundamentais da administração cientí� ca:
• Princípio de planejamento – substituição de métodos empíricos por procedimentos 
cientí� cos – sai de cena o improviso e o julgamento individual, o trabalho deve ser planejado e 
testado, seus movimentos decompostos a � m de reduzir e racionalizar sua execução.
• Princípio de preparo dos trabalhadores – selecionar os operários de acordo com as 
suas aptidões e então prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o 
método planejado para que atinjam a meta estabelecida.
• Princípio de controle – controlar o desenvolvimento do trabalho para se certi� car de 
que está sendo realizado de acordo com a metodologia estabelecida e dentro da meta.
• Princípio da execução – distribuir as atribuições e responsabilidades para que o 
trabalho seja o mais disciplinado possível.
Taylor não con� ou nos métodos tradicionais de trabalho ele sustentou seu sistema de 
administração no estudo dos tempos nas linhas de produção das fábricas, ele cronometrou o 
tempo dos movimentos dos trabalhadores para realizar cada um desses princípios. 
Conforme Fernandes (2010), Taylor veri� cou que um operário médio produzia menos 
do que era potencialmente capaz com o equipamento disponível. Conclui-se que o operário não 
produzia mais, pois seu colega também não produzia. Daí surgiu a necessidade de criar condições 
de pagar mais ao operário que produz mais. 
Ele estabeleceu quanto os operários deveriam ser capazes de produzir, utilizando como 
referência o estudo dos tempos, dividindo cada função em seus componentes e projetando os 
métodos mais rápidos e melhores para realizar cada um deles. Com esse estudo, ele incentivou 
os patrões a pagar pela produtividade, ou seja, o trabalhador que produzia mais, que dava mais 
lucro, recebia uma tarifa mais alta.
Com isso, considerando a falta da mão de obra, ele acreditava que ninguém seria 
prejudicado, pois os trabalhadores que produzissem abaixo do esperado, conseguiriam um 
novo trabalho rapidamente e em contra partida, os que produzissem de forma satisfatória, não 
precisariam ter medo de serem demitidos, devido sua produtividade e consequentemente a 
lucratividade para a empresa. Taylor nomeou esse sistema de compensação, dos trabalhadores 
que são mais e� cientes ganharem mais de “Sistema de Tarifas Diferenciadas”.
Mesmo os métodos de Taylor aumentando em vários casos, dramaticamente a 
produtividades e os salários, os sindicatos e alguns trabalhadores se opuseram à sua abordagem, 
pois temiam que se trabalhassem mais rápido e com mais intensidade, o trabalho disponível ia 
acabar causando demissões. Porém, algumas críticas foram apresentadas ao modelo de Taylor 
como contribui Rossés (2014):
• Para os críticos, a administração cientí� ca transformou o homem em uma máquina. O 
operário é tratado como apenas uma engrenagem do sistema produtivo, passivo e desencorajado 
de tomar iniciativas.
• A padronização do trabalho seria mais uma intensi� cação da maquinização humana do 
que uma forma de racionalizar o trabalho.
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• A superespecialização do operário facilita o treinamento e a supervisão do trabalho, 
porém, isto reduz sua satisfação e ele adquire apenas uma visão limitada do processo.
• A administração cientí� ca não leva em conta o lado social e humano do trabalhador. 
A análise de seu desempenho leva em conta apenas as tarefas executadas na linha de produção.
• A administração cientí� ca propõe uma abordagem cientí� ca para a administração, 
no entanto, ela mesma carece de comprovação cientí� ca e teve sua formulação baseada no 
conhecimento empírico.
• A administração cientí� ca se restringe apenas aos aspectos formais da organização não 
abrangendo, por exemplo, o con� ito que pode haver entre objetivos individuais e organizacionais.
• A administração cientí� ca trata da organização como um sistema fechado, sem 
considerar as in� uências externas.
• A administração cientí� ca propõe uma abordagem cientí� ca para a administração, 
no entanto, ela mesma carece de comprovação cientí� ca e teve sua formulação baseada no 
conhecimentoempírico.
• A administração cientí� ca se restringe apenas aos aspectos formais da organização não 
abrangendo, por exemplo, o con� ito que pode haver entre objetivos individuais e organizacionais.
• A administração cientí� ca trata da organização como um sistema fechado, sem 
considerar as in� uências externas.
Contudo, o modelo de Taylor, representou sem dúvida um avanço signi� cativo na forma 
de encarar a participação do trabalhador no processo da produção e, ainda hoje algumas das suas 
conclusões continuam sendo viáveis e sendo aplicadas no processo de produção.
Taylor e a Administração Científi ca
Disponível em:
 <https://www.youtube.com/watch?v=x_V04KFGd60>. 
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TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
A Teoria das Relações Humanas, também conhecida como Escola Humanística 
da Administração, teve seu início nos Estados Unidos e surgiu através de um estudo de 
comportamentos dos operários de uma fabrica, entre 1927 e 1932. Tendo como objetivo de 
identi� car a correlação entre a iluminação e a e� ciência dos operários, usando como medida a 
produção dos mesmos.
De acordo com Rossés (2014), a abordagem humanista surgiu, em parte, porque a 
abordagem clássica não proporcionou su� ciente e� ciência de produção e harmonia no local de 
trabalho. Para a frustração dos administradores, as pessoas nem sempre seguiam os padrões 
de comportamento previstos ou esperados. Essa teoria tinha como Ênfase as pessoas e como 
Enfoque a organização informal, Motivação, liderança, comunicações e dinâmica de grupo. O 
estudo ocorreu na fabrica de Hawthorne da Western Eletric Company, empresa de fabricação 
equipamentos e componentes telefônicos, que contratou uma equipe de cientistas sócias liderados 
pelo médico especializado em psicopatologia George Elton Mayo (1880 – 1949) e seu assistente, 
Engenheiro Fritz J. Roethlisberger (1898-1974). Foi então que em 1924, a Academia Nacional de 
Ciências, dos Estados Unidos, fez uma pesquisa de veri� cação da correlação entre produtividade 
e iluminação do local de trabalho, dentro dos princípios da Administração Cientí� ca.
Figura 2 - Operárias em uma fábrica antiga (Experiência de Hawthorne). Fonte: Portal Administração 
(2015).
A pesquisa teve maior enfoque na fadiga humana, nos acidentes de trabalho, na alta 
rotatividade de pessoal e no efeito das condições de trabalho sobre a produtividade. Ela se 
estendeu até 1932, devido a constatação de que os resultados da mesma eram constantemente 
alterados por variáveis de natureza psicológica, fato que na época era estranho e não comprovado 
cienti� camente. 
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Como a duração da pesquisa foi longa, ela teve quatro fases, nas quais se pode comprovar 
com e� ciência que a correlação pretendi da não existia, pois as operárias reagiam às experiências 
de acordo com suas suposições pessoais, ou seja, houve a sobreposição do fator psicológico ao 
fator � siológico, e os pesquisador es passaram a se � xar no estudo das relações humanas, segundo 
Chiavenato (2003).
PRIMEIRA FASE DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE
Nesta fase, pretendia-se veri� car o efeito sobre o rendimento dos operários. Assim, foram 
escolhidos dois grupos de operários que faziam o mesmo trabalho e em condições idênticas, 
um grupo trabalhava sobre intensidade de luz variável enquanto o outro tinha controle de luz 
constante. No entanto, os pesquisadores não encontraram correlação direta entre as duas variáveis, 
mas constataram desapontados a existência de uma variável difícil de ser isolada denominada 
fator psicológico. 
Segundo Chiavenato (2004), comprovou-se a preponderância do fator psicológica sobre 
o fator � siológico: a e� ciência dos operários é afetada por condições psicológicas.
SEGUNDA FASE DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE 
A segunda fase da experiência começou em 1927. Foi criado um grupo experimental cinco 
moças que montavam os relés, enquanto uma sexta operária abastecia o trabalho fornecendo as 
peças. A sala de provas era separada do departamento por uma divisão de madeira. O equipamento 
de trabalho era idêntico ao utilizado no departamento, apenas incluindo um plano inclinado com 
um contador de peças que marcava a produção em � ta perfumada. A produção foi o índice de 
comparação entre o grupo experimental e o grupo de controle.
O grupo experimental tinha um supervisor, como no grupo de controle, além de um 
observador que permanecia na sala e observava o trabalho e assegurava o espírito de cooperação 
das moças. Elas foram convidadas para participar na pesquisa e esclarecidas quanto aos seus 
objetivos: determinar o efeito de certas mudanças nas condições de trabalho. 
Eram informadas a respeito dos resultados e as modi� cações eram antes submetidas a 
sua provação. Insistia-se para que trabalhassem dentro do normal e que � casse á vontade no 
trabalho. A pesquisa entre o grupo experimental foi divida em 12 períodos, para observar sua 
produção de rendimento.
1. Este período durou duas semanas foi estabelecida a capacidade produtiva em condições 
normais de trabalho 2.400 pessoas que passou a ser comparadas com as dos demais períodos.
2. Este período durou cinco semanas o grupo experimental foi isolado na sala de provas 
mantendo as condições e o horário de trabalho normal e medindo-se a ritmo de produção. Serviu 
para veri� car o efeito da mudança de local de trabalho.
REFLITA
Falando em fatores psicológicos, o assedio moral pode trazer pre-
juízo para a produtividade e para a administração de um modo ge-
ral? E como aluno de graduação? O que você pensa sobre isso? 
(pesquise mais a respeito).
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3. Neste período modi� cou-se o sistema de pagamento.
4. Este período marca o inicio da introdução de mudança no trabalho: um intervalo de 
cinco minutos de descanso no período da manhã e outro no período da tarde. Assim teve novo 
aumento de produção.
5. Neste período os intervalos de descanso aumentaram para dez minutos.
6. Neste período introduziu-se três intervalos de cinco minutos na manhã e três a tarde.
7. Neste período voltou-se a dois intervalos de dez minutos em cada período servindo 
um lanche leve.
8. Neste período foram mantidas as mesmas condições do período anterior, o grupo 
experimental passou a trabalhar até as 16:30 e não até as 17:00 como o grupo de controle.
9. Neste período o grupo experimental passou a trabalhar até as quatro horas.
10. Neste período o grupo experimental voltou a trabalhar até as 17:00 como no sétimo 
a produção aumentou bastante.
11. Neste período estabeleceu a semana de cinco dias e o sábado livre.
12. Neste período voltou-se as mesmas condições do terceiro período tirando todos 
os benefícios dados com assentamento das moças. Esse período último e decisivo durou doze 
semanas.
As conclusões que os pesquisadores chegaram foram que:
• O grupo trabalhava com maior liberdade e menos ansiedade;
• Havia um ambiente amistoso e sem pressões;
• Não havia temor ao supervisor;
• Houve um desenvolvimento social do grupo experimental;
• O grupo desenvolveu liderança e objetivos comuns.
TERCEIRA FASE DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE
A terceira fase teve início em 1928 com o Programa de Entrevistas com os operários com 
o intuído de conhecer qual a sua atitude e sentimentos, ouvir suas opiniões quanto ao trabalho 
e tratamento que era recebido dos seus supervisores. Com isso, seriam entrevistados todos os 
funcionários da empresa, anualmente onde se pretendia obter maiores conhecimentos sobre as 
atitudes e sentimentos dos trabalhadores, ouvir suas opiniões sobre o trabalho e tratamento que 
recebiam dos supervisores, bem como receber sugestões que pudessem ser aproveitados.
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Foi a partir desta faseque as pesquisas deixaram de ter o enfoque na parte cientí� ca e 
passaram a ter o enfoque nas relações humanas. Depois disso, considerando a boa aceitação do 
programa, foi criada a Divisão de Pesquisas Industriais para ampliar o programa de entrevistas. 
Para uma empresa que tinha mais de 40.000 empregados, entre 1928 a 1930 foram entrevistados 
21.126 empregados. Em 1931, o sistema de entrevista sofreu alterações onde foi adotada a técnica 
da entrevista não diretiva na qual o operário se expressava livremente sem que o entrevistador 
interferisse ou estabelecesse um roteiro prévio. O resultado do início do programa foi sentido 
imediatamente: a produtividade dos operários aumentou e a supervisão melhorou. 
Na visão de Fernandes (2010) a melhoria dos resultados dos operários foi atribuída a 
um sentimento de importância desencadeado pelo programa. No caso dos supervisores, o 
conhecimento dos interesses dos operários foi o responsável pelas sensíveis mudanças no modo 
de supervisão.
Portanto, o programa obteve uma boa aceitação tanto por parte dos operários como pelos 
supervisores, pois através dele, tiveram a oportunidade de expor seus sentimentos a respeito da 
organização como um todo e em contrapartida, os supervisores puderam conhecer os problemas 
e anseios de seus subordinados.
De acordo com Chiavenato (2004), “a experiência de Hawthorne foi suspensa em 1932. 
Sua in� uência sobre a teoria administrativa foi fundamental e abalou os princípios básicos da 
Teoria Clássica”.
QUARTA FASE DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE
Essa fase teve início em 1931 até 1932, e seu objetivo foi analisar a organização informal 
dos trabalhadores. Foi formado um grupo experimental, para trabalhar em uma sala especial 
com condições de trabalho idênticas às do departamento. Dentro da sala � cava um observador 
e do lado de fora � cava um supervisor para entrevistar o grupo. Nessa experiência o sistema de 
pagamento baseava-se da produção do grupo, com isso, havia um salário-hora com base em 
inúmeros fatores e um salário mínimo horário, para o caso de interrupções na produção. Vale 
ressaltar, que os salários só poderiam ser aumentados se a produção total também aumentasse. 
Por � m, os pesquisadores observaram que com a experiência, aconteceu uma solidariedade 
grupal e uma uniformidade de sentimentos dos trabalhadores. Chiavenato (2004), a� rma que 
essa quarta fase permitiu o estudo das relações entre a organização informal dos empregados e 
a organização formal da fábrica. A Experiência de Hawthorne foi suspensa em 1932 por falta de 
recursos � nanceiros.
CONCLUSÕES DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE
Para Rossés (2014), a experiência de Hawthorne gerou um novo paradigma para os 
administradores mundiais. Suas conclusões mais importantes são: 
• Integração social como determinante da produção, ou seja, quanto maior sua integração 
social no grupo maior será sua vontade de produzir, ao contrário do que dizia a escola clássica, 
que coloca fatores físicos como determinantes.
• Comportamento do empregado é baseado no comportamento dos grupos e organizações 
informais, cada empregado não age isoladamente.
• As necessidades psicológicas e sociais e a atenção para novas formas de recompensa e 
sanções não materiais.
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• O despertar para as relações humanas dentro das organizações.
• A ênfase nos aspectos emocionais e não racionais do comportamento das pessoas.
• A importância do conteúdo dos cargos e tarefas para as pessoas, eram realizadas 
trocas de posição para evitar a monotonia, mesmo que provocassem queda na produtividade 
aumentavam o moral do grupo.
En� m, essa experiência proporcionou princípios básicos das relações humanas onde 
conclui-se que o nível de produção é resultante da integração social, ou seja, é determinada pela 
capacidade física ou � siológica do empregado.
Figura 3 - Experiência de Hawthorne. Fonte: Gestiopolis (2009).
TEORIA BUROCRÁTICA
Após o surgimento de várias críticas sobre as teorias organizacionais já existentes 
principalmente a teoria clássica e a teoria das relações humanas, surge então a Teoria 
Burocrática com o intuito de ser uma teoria sólida e abrangente para servir de orientação para os 
administradores. Essa Teoria teve como Ênfase a estrutura e como Enfoque a racionalidade com 
adequação dos meios para alcance dos objetivos.
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Figura 4 – Burocracia. Fonte: Teorias de la Administracion (2012).
A origem da Burocracia vem desde a antiguidade, como já estudado nos primórdios da 
Administração, contudo foi a partir da descoberta dos estudos de Max Weber, um economista e 
sociólogo alemão, autor do livro Sociologia da Burocracia, que a Administração e seus estudiosos, 
tomaram posse dos conceitos da teoria weberiana e ajustaram aos pressupostos organizacionais 
administrativos da época. De acordo com Chiavenato (2004), a teoria da Burocracia desenvolveu-
se na Administração por volta da década de 1940 em função dos seguintes aspectos:
- A fragilidade e a parcialidade das Teorias Clássica e das Relações Humanas, 
ambas oponentes e contraditórias, mas sem possibilitarem uma abordagem 
global e integrada dos problemas organizacionais. Ambas revelam pontos de 
vista extremistas e incompletos sobre a organização, gerando a necessidade de 
um enfoque mais amplo.
- A necessidade de um modelo de organização racional capaz de caracterizar 
todas as variáveis envolvidas, bem como o comportamento dos membros 
dela participantes, e aplicável não somente à fábrica, mas todas as formas de 
organização humana, e principalmente às empresas.
 - O crescente tamanho e complexidade das empresas passaram a exigir modelos 
organizacionais mais bem-de� nidos. Tanto a Teoria Clássica como a Teoria das 
Relações Humanas mostraram-se insu� cientes para responder à nova situação.
- O ressurgimento da Sociologia da Burocracia, a partir da descoberta dos 
trabalhos de Max Weber, seu criador. A sociologia da Burocracia propõe um 
modelo de organização, e as organizações não tardam em tentar aplica-lo na 
prática, proporcionando as bases da Teoria da Burocracia. 
A teoria burocrática tem como base a racionalidade, ou seja, os meios são estabelecidos 
e analisados de forma totalmente formal e impessoal, com o objetivo de alcançarem os � ns 
pretendidos. Com isso, nessa teoria há grande destaque na e� ciência. A burocracia, segundo 
Weber (1947) apud Chiavenato (2003), tem as seguintes características:
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1. Caráter legal das normas e regulamentos – é baseada em legislação própria e previamente 
estabeleci da e possui caráter legal porque confere às pessoas nomeadas em cargos, poder de 
coação sobre os subordinados.
2. Caráter formal das comunicações – na burocracia, as comunicações regras e decisões, 
são escritas, criando a formalidade com o preenchimento de formulários e a rotina que advém 
desse procedimento.
3. Caráter racional e divisão do trabalho – a divisão do trabalho é sistemática e adequada 
aos objetivos pretendi dos de máxima e� ciência com cada funcionário e sua respectiva função, 
com suas atribuições e responsabilidades.
4. Impessoalidade nas relações pro� ssionais – a distribuição das atividades é feita em 
termos de cargos e funções, e não pessoas envolvidas.
5. Hierarquia da autoridade – segundo o princípio da hierarquia, cada cargo inferior deve 
estar sob o controle e supervisão de um posto superior.
6. Rotinas e procedimentos padronizados – as regras e normas técnicas regulam a 
conduta do ocupante de cada cargo e suas atividades são executadas de acordo com as rotinas e 
procedimentos.
7. Competência técnica e por mérito – a escolha do pro� ssional é feita por meio de 
méritos adquiridos e na competência técnica. São usados critérios de avaliação e classi� cação 
paratoda a organização.
8. Especialização da Administração – os administradores da burocracia não são seus 
donos ou acionistas, assim surgiu a especialidade de gerir o negócio.
9. Pro� ssionalização dos participantes – cada funcionário da burocracia é um pro� ssional 
especializado nas atividades do cargo que ocupa.
10. Completa previsibilidade do comportamento funcional – os funcionários deverão 
comportar -se de acordo com as normas e regulamentos da organização e conforme o previsto.
Weber distingue três tipos de sociedade. A sociedade tradicional tem por predominância as 
características patriarcais e patrimonialistas, como por exemplo a família, a sociedade medieval, o 
clã e assim por diante. A sociedade carismática tem por predominância as características místicas, 
arbitrárias e personalistas, como por exemplo nos partidos políticos, nos grupos revolucionários 
e etc. E por � m, a sociedade legal, racional ou burocrática tem por predominância normas 
impessoais onde a razão predomina na escolha dos meios e dos � ns, como nas grandes empresas, 
nos exércitos, nos estados modernos, etc.
Ainda para Weber, a cada tipo de sociedade há um tipo também de autoridade sendo elas:
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• Autoridade tradicional: que se baseia em costumes e tradições e ainda práticas passadas 
de uma cultura. Pode-se encontrar nas � guras dos anciões e patriarcas, apesar de existirem ainda 
hoje, é encontrada principalmente nas sociedades antigas. Acredita-se que essa autoridade é 
sagrada, onde sua legitimidade é assegurada pelas tradições religiosas, crenças e costumes sociais.
• Autoridade carismática: baseia-se nas características físicas e/ou de personalidade do 
líder em questão. Os seguidores reverenciam suas qualidades, seus feitos e sua história. Essa 
autoridade possui uma desvantagem que é o fato de se assegurar no reconhecimento por parte do 
grupo, onde não deixa sucessores certos, podendo assim ser uma autoridade passageira.
• Autoridade racional-legal: baseada em regras e normas vindas de um regulamento que 
é, por sua vez, reconhecido e aceito pelo grupo. Na autoridade racional-legal o poder não está na 
pessoa que exerce, mas sim no cargo, onde deve seguir os comandos da pessoa que ocupa o cargo, 
independente de quem seja. 
Para Weber (1947) apud Chiavenato (2003, p .266):
As vantagens da burocracia são: racionalidade dos objetivos, precisão na 
de� nição do cargo e na operação, rapidez nas decisões, única interpretação de 
informações recebidas, uniformidade de rotina e procedimentos, continuidade da 
organização, redução dos con� itos interpessoais, decisões tomadas nas mesmas 
circunstâncias, con� abilidade e benefícios para as pessoas da organização.
Por outro lado, existem também consequências imprevistas e não desejadas, que podem 
ocorrer nessa teoria que não devem ser esquecidas, são anomalias de funcionamento, como as 
tensões internas, importantes para o contexto geral da organização. Dentre essas disfunções 
pode-se citar:
• Internalização das regras e apego aos regulamentos (passam de Meios a principais 
objetivos).
• Excesso de formalismo e de papelada.
• Resistência às mudanças.
• Despersonalização do relaciona mento.
• Categorização como base do processo decisório.
• Super conformidade às rotinas e aos procedimentos.
• Exibição de sinais de autoridade.
• Di� culdade no atendimento a clientes e con� itos com o público.
Contudo, pode-se concluir que Max Weber teve uma contribuição muito relevante 
para a organização das empresas e instituições. Pois ele encontrou problemas nos processos 
de organização das empresas, onde contribuiu com as mesmas fornecendo seu conhecimento 
avançado.
Burocracia é um conceito administrativo amplamente usado, ca-
racterizado principalmente por um sistema hierárquico, com alta 
divisão de responsabilidade, onde seus membros executam inva-
riavelmente regras e procedimentos padrões, como engrenagens 
de uma máquina.
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TEORIA ESTRUTURALISTA 
A Teoria Estruturalista teve origem a partir dos estudos sobre as limitações e rigidez da 
teoria da burocracia onde foi considerado um modelo típico fechado, fundado em uma “teoria da 
máquina”. Foi a partir daí que criaram a Teoria Estruturalista, partindo de um desdobramento da 
Teoria da Burocracia como a Teoria das Relações Humanas. Esse novo modelo é considerado um 
sistema aberto no estudo das organizações se relaciona com o ambiente e com outras organizações.
Figura 5 - Relacionamento Organizacional. Fonte: Tecnomania (2018).
De acordo com Chiavenato (2003), ao � nal da década de 1950, as Teorias Clássica e das 
Relações Humanas criaram situações sem saída que a Teoria da Burocracia não deu conta de 
resolver, e a Teoria Estruturalista foi criada na tentativa de suprir essa carência de soluções na 
Administração. 
Ainda na visão de Chiavenato, a Teoria Estruturalista teve os seguintes fatos como origem:
• A oposição surgida entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações
Humanas.
• A necessidade que a organização seja vista como uma grande e complexa unidade social, 
onde os grupos sociais interagem.
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• A in� uência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo das 
organizações.
• Novos conceitos de estrutura – conjuntos de dois ou mais elementos que permanece 
inalterado, na mudança ou na diversidade de um dos elementos.
A Teoria Estruturalista teve como Ênfase a estrutura e como Enfoque uma múltipla 
abordagem: Organização formal e informal; Análise intra organizacional e análise inter 
organizacional.
Ela está baseada no conceito de estrutura, na qual é um todo composto por partes 
que se inter-relacionam. Essa teoria mostra a ideia da sociedade das organizações, na qual as 
organizações tanto formais quanto informais dependem uma das outras e com isso � ca claro o 
papel de destaque que o homem exerce nestas organizações.
A teoria estruturalista considera que as organizações estão em constante interação com 
o meio externo, onde isso in� uencia o comportamento das pessoas, classi� ca as organizações 
como um sistema social cooperativo, ou seja, as pessoas estão sempre interagindo para conseguir 
os objetivos organizacionais. Sendo assim, ela é considerada como “sistemas abertos”. Vale 
ressaltar que essa teoria não considera somente os fatores externos, mas também os internos, 
sendo considerada uma organização � exível, onde as pessoas visam atender os objetivos tanto 
individuais como organizacionais, passando por con� itos e tendo que tomar decisões para tais 
objetivos.
De acordo com Rossés (2014), a teoria estruturalista ofereceu as seguintes contribuições 
para os estudos organizacionais:
• A oposição surgida entre a teoria clássica e a teoria das relações humanas – incompatíveis 
entre si – tornou necessária uma posição mais ampla e compreensiva que integrasse os aspectos 
considerados por uma e omitidos pela outra e vice-versa. A teoria estruturalista pretende ser uma 
síntese delas, inspirando-se na abordagem de Max Weber.
• A necessidade de visualizar a organização como uma unidade social complexa na 
qual interagem grupos sociais que compartilham alguns dos objetivos da organização (como 
a viabilidade econômica da organização), mas podem se opor a outros (como a maneira de 
distribuir os lucros). Seu maior diálogo foi com a teoria das relações humanas.
• A in� uência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo das 
organizações. O estruturalismo in� uenciou a � loso� a, a psicologia (com a Gestalt), a antropologia 
(com Claude Lévi-Strauss), a matemática (com N. Bourbaki), a linguística, chegando até a teoria 
das organizações com � ompson, Etzioni e Blau. Na teoria administrativa, o estruturalismo se 
concentra nas organizações

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