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Resumo de Psicodiagnóstico

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Psicodiagnóstico 
Contextualização 
 É uma avaliação psicológica 
(avaliação clinica), feita com propósitos 
clínicos e, portanto, não abrange todos os 
modelos de avaliação psicológica de 
diferenças individuais. Visando identificar 
forças e fraquezas no funcionamento 
psicológico, com um foco na existência ou 
não de psicopatologia. Derivou da 
psicologia clinica, introduzida por Lighter 
Witmer em 1896. As principais 
contribuições foram dadas por Galton, que 
introduziu o estudo das diferenças 
individuais, de Cattell, a quem se devem as 
primeiras provas, designadas como testes 
mentais, e de Binet, que propôs a utilização 
do exame psicológico (por meio de 
medidas intelectuais) como coadjuvante da 
avaliação pedagógica. Por tais razões, a 
esses três autores é atribuída a paternidade 
do psicodiagnóstico 
A diferença entre psicometrista e o 
psicólogo clinico é que o primeiro tende a 
valorizar os aspectos técnicos da testagem, 
enquanto, no psicodiagnóstico, há a 
utilização de testes e de outras estratégias, 
para avaliar um sujeito de forma sistemática, 
cientifica, orientada para a resolução de 
problemas. O psicometrista utiliza testes 
para obter dados e em sua abordagem o 
produto final é muitas vezes uma serie de 
traços ou descrições de capacidades. Essas 
descrições tipicamente não estão 
relacionadas com o contexto total da pessoa 
e nem se voltam para os problemas 
singulares que ela possa estar enfrentando. 
Mesmo no período entre as duas 
grandes guerras, a classificação das doenças 
mentais pressupunha uma hierarquia, 
conforme o modelo médico, em grandes 
classes: transtornos mentais orgânicos, 
psicoses, neuroses, transtorno de 
personalidade e estados 
reativos/transitórios. 
Freud que provinha da melhor 
tradição neurofisiológica, representou o 
primeiro elo de uma corrente de conteúdo 
dinâmico, logo seguido pelo aparecimento 
do teste de associação de palavras, de Jung 
em 1906 e fornecendo lastro para o 
lançamento mais tarde das técnicas 
projetivas. Essas que foram explicadas por 
dois fatores 1) o fato de que os testes, tão 
valorizados na época anterior, 
principalmente na área militar e da 
indústria, já não pareciam tão uteis na 
avaliação de problemas da vida (neurose, 
psicose e outras) e 2) a valorização atribuída 
pela comunidade psiquiátrica ao 
entendimento dinâmico. As técnicas 
projetivas desde então começaram a 
apresentar certo declínio em seu uso, por 
problemas metodológicos, pelo incremento 
de pesquisas com instrumentos alternativos, 
como inventários de personalidade, por sua 
associação com alguma perspectiva teórica, 
notavelmente psicanalítica e pela ênfase na 
interpretação intuitiva. 
Em relação ao encaminhamento podemos 
dizer que é feito porque uma pessoa 
necessita de algo para basear em uma 
decisão para resolver um problema. É 
responsabilidade do clinico manter canais 
de comunicação com os diferentes tipos de 
contexto profissionais para os quais 
trabalha, familiarizando-se com a 
variabilidade de problemas com que se 
defrontam e conhecendo as diversas 
decisões que os mesmos pressupõem. 
É um processo cientifico, limitado no 
tempo que utiliza técnicas como entrevistas 
e testes psicológicos em nível individual ou 
não, seja para entender problemas que 
estão acontecendo com o paciente, partindo 
de um levantamento sobre hipóteses ditas 
pelo próprio paciente ou quem o 
encaminhou ate o psicodiagnóstico. São 
avaliadas questões da personalidade, 
envolvendo questões do presente, passado 
e futuro, é uma investigação global e 
dinâmica da personalidade do paciente. 
Incluindo questões da psique, familiares e 
socioculturais de onde ele esta envolvido. O 
tempo varia dependendo do caso, porém, 
tem uma media de cinco a dez sessões. 
Podendo ser solicitado pela família, 
médicos ou escola. 
O processo psicodiagnóstico 
apresenta além de um aspecto investigativo, 
um caráter interventivo, visto que é 
oferecido ao examinando um espaço de 
escuta e acolhimento, assim como se 
estabelece algum tipo de vinculo entre as 
pessoas envolvidas, mesmo que em um 
espaço delimitado de tempo. 
O que esta acontecendo com o 
paciente. Pode ter um ou mais objetivos, 
dependendo dos motivos alegados ou reais 
do encaminhamento ou da consulta, que 
norteiam o elenco de hipóteses inicialmente 
formuladas e delimitam o escopo da 
avaliação. Dependendo da simplicidade ou 
da complexidade das questões propostas 
variam os objetivos. O examinando é 
submetido a testes, adequados a sua idade e 
nível de escolaridade. Existem diversos 
objetivos como: 
Classificação simples: compara amostra do 
comportamento do examinando com os 
resultados de outros sujeitos de uma 
população com condições semelhantes 
como idade, sexo e escolaridade. 
Evidenciando resultados através em dados 
quantitativos. 
Descrição: ultrapassa a classificação 
simples, interpretando diferenças de 
escores, identificando forças e fraquezas e 
descrevendo o desempenho do paciente, 
como em uma avaliação de déficits 
neuropsicológicos. 
Classificação nosológica: avalia baseando 
em critérios diagnósticos pré estabelecidos 
como o CID e o DSM. Contribui como 
levantamento de dados epidemiológicos de 
uma comunidade. Doenças. 
Diagnostico diferencial: investiga 
irregularidades e inconsistências do quadro 
sintomático e dos resultados dos testes para 
diferenciar categoriais nosologicas, níveis de 
funcionamento e etc. 
Avaliação compreensiva: considera o casa 
numa perspectiva mais global, o nível de 
Definição 
Objetivos 
1. Determinar motivos do
encaminhamento, queixas e outros 
problemas iniciais. 
2. Levantar dados de natureza
psicológica, social, medica, profissional,
escolar, etc. sobre o sujeito e pessoas
significativas, 
funcionamento da personalidade, 
examinando funções do ego, sugere 
conduta terapêutica e também os limites de 
intervenção do quadro. 
Entendimento dinâmico: requer entrevistas 
muito bem conduzidas, cujos dados nem 
sempre são consubstanciados pelos passos 
específicos de um psicodiagnóstico. 
Compreensão global da personalidade, 
integra dados obtidos com o aporte teórico, 
constitui um grau elevado de inferência 
clinica, permite predizer comportamentos e 
planejar tratamentos. 
Prevenção: visa identificar problemas 
precocemente, avaliar riscos, fazer a 
estimativa de forças e fraquezas do ego, 
bem como da capacidade para enfrentar 
situações novas, difíceis, conflitivas ou 
ansiogências. 
Prognóstico: mostra condições que 
interfiram no curso provável do caso. 
Depende fundamentalmente da 
classificação nosológica, não é privativo do 
psicólogo. 
Pericia Forense: investiga 
comprometimento intelectuais ou 
psicopatológicas que possam interferir na 
capacidade de exercer a cidadania, resolve 
questões relacionadas à insanidade. 
1. Levantamento de perguntas
relacionadas com os motivos da
consulta e definição das hiposteses
iniciais e dos objetivos 
do exame. 
2. Planejamento, seleção e utilização
de instrumentos de exame 
psicológico 
solicitando eventualmente informações
de fontes complementares . 
3. Colher dados sobre a historia clinica e a
historia pessoal, procurando reconhecer
denominadores comuns com a situação
atual, do ponto de 
vista psicopatológico e dinâmico. 
4. Realizar o exame do estado mental 
do paciente 
5. Levantar hipóteses iniciais e definir 
os objetivos do exame 
6. Estabelecer um plano de avaliação 
7. Estabelecer um contrato de trabalho 
com o sujeito ou responsável 
8. Administrar testes ou outros 
instrumentos psicológicos. 
9. Levantar dados quantitativos e 
qualitativos 
10. Selecionar, organizar e integrar todos
os dados significativos para os objetivos
do exame, conforme o nível de inferência
previsto, com dados da historia e
características das circunstancias atuais
de vida do 
examinando 
11. Comunicar resultados, propondo
soluções, se for o caso, em beneficio 
do examinando 
12. Encerrar o processo 
Comportamentos 
psicólogo 
específicos do 
Passos do diagnostico 
3. Levantamento quantitativoe 
qualitativo dos dados 
4. Integração de dados e informações
e formulação de inferências pela
integração dos dados, tendo como
pontos de referencia as hipóteses
iniciais e 
os objetivos do exame 
5. Comunicação de resultados,
orientação sobre o caso e 
encerramento dos processo. 
A entrevista inicial é semidirigida, na 
qual o paciente pode falar livremente e o 
entrevistador intervém para estimular o 
início ou continuidade do seu discurso, 
bem como pontuar alguma questão 
relevante. No caso de crianças a entrevista
inicial é realizada com os pais. Neste 
momento inicial alguns dados poderão ser 
obtidos a partir da escuta clínica. É 
importante observar a impressão que o 
paciente lhe causa (expressão corporal, 
vestimentas, maneira de agir), assim como,
o que e como ele verbaliza suas questões. 
Avaliar as características de sua linguagem, a
preferência por alguns termos e o conteúdo
dos relatos. Pode-se também relacionar a 
congruência entre sua fala e as informações
que transmite através da linguagem não 
verbal. 
O rapport é uma ferramenta 
essencial para garantir a fluidez da entrevista 
e criar o clima favorável para as demais 
etapas. Outro ponto a ser considerado são 
os aspectos transferenciais e contra 
transferenciais estabelecidos na relação com 
o paciente, bem como o vínculo que esse 
busca constituir com o profissional. 
Outra questão relevante a ser considerado na
entrevista inicial é a identificação da queixa e
da demanda trazida pelo paciente.
Geralmente existe o motivo manifesto
(queixa), que é aquele que leva o indivíduo a
procurar ajuda, e o motivo latente
(demanda), aquele que se manifesta através
do sintoma e muitas vezes é inconsciente.
Por isso é importante realizar uma escuta
psicológica adequada, a fim de identificar os
conteúdos que não são conhecidos pelo
entrevistado de forma 
consciente. 
O psicólogo realizará articulações 
entre os dados coletados na entrevista e as 
hipóteses iniciais, a fim de escolher os 
instrumentos a serem utilizados na 
avaliação. A entrevista e os testes 
psicológicos são alguns exemplos. 
O segundo momento do 
psicodiagnóstico é a aplicação dos 
instrumentos, quando acontece a 
investigação através do levantamento 
quantitativo e qualitativo dos dados. 
A terceira fase é o encerramento do 
processo, com a devolução oral ao paciente 
(e/ou a seus pais) sobre os resultados da 
avaliação, bem como orientações a respeito 
do caso. Durante o processo de avaliação, é 
importante fazer a correlação dos dados e 
informações, buscando observar as 
recorrências e divergências, bem como 
compreender lacunas e formular 
inferências, considerando as hipóteses 
iniciais e os objetivos da avaliação. 
A última etapa é a elaboração de 
documento, quando se realizará a entrega 
de documento por escrito (laudo 
psicológico). As comunicações por escrito 
Fases do Psicodiagnóstico 
É a forma resultante de determinada
organização e estruturação dos elementos
de um estudo de caso, realizado segundo
certa concepção diagnóstica. Decorreu da
necessidade de uma designação bastante
abrangente, que abarcasse a multiplicidade
de fatores em jogo na realização de estudos
de casos. Significa abraçar, tomar e
apreender o conjunto. Designa encontrar
um sentido para o conjunto das
informações disponíveis, tomar aquilo que é
relevante e significativo na personalidade,
entrar empaticamente em contato
emocional, conhecer os motivos profundos
da vida emocional de alguém. Aquele tipo
que leva em conta a natureza especifica da
tarefa diagnostica (que apresenta
problemas particulares, exigindo
metodologia própria para soluciona-los), a
fim de evitar a unilateralidade que se
encontra nos demais processos. Dinâmicas
intrapsíquicas, intrafamiliares e sócio
culturais, como forças e conjuntos de forças
em interação que resultam em
desajustamentos individuais. A avaliação
pode enfatizar 
decorrentes de Avaliação Psicológica devem 
seguir as orientações do Conselho Federal 
de Psicologia no Manual de Elaboração de 
Documentos, estabelecidas através da 
Resolução 007/2003. 
O laudo é uma apresentação 
descritiva das situações e/ou condições 
psicológicas e seus determinantes: histórico, 
sociais, políticos e culturais. Também pode 
ser denominado Relatório psicológico, e 
quando solicitado por Instituições judiciais, 
laudo pericial. 
1. Objetivo de elucidar o significado das
perturbações: um dos principais fatores é
a importância dada pelos psicólogos ao
esclarecimento do significado dos
desajustamentos que ocasionaram a
procura do atendimento psicológico.
Dizemos que o diagnostico psicológico
abrange a explicitação das funções 
das perturbações e dos motivos
inconscientes que as mantêm. Em termos
kleinianos, seria a tentativa de apreensão
dos pontos nodais de angustias e
fantasias inconscientes que provocam
desajustamentos na 
personalidade. 
2. Enfase na dinâmica emocional
inconsciente: a estruturação do processo
diagnostico de tipo compreensivo requer
a familiarização do profissional com a
abordagem psicanalítica dos fenômenos
mentais. 
Ele deve estar apto a reconhecer os
fenômenos inconscientes que incluem
a dinâmica encoberta dos conflitos, a
estrutura e a organização latentes da
personalidade. Adotar o referencial
psicanalítico para o conhecimento da
dinâmica familiar. 
O psicólogo costuma prestar atenção 
aos fenômenos da transferência e da 
determinados aspectos intelectuais, 
psicomotor e emocional sem perder de 
vista o individuo como um todo. Tem 
também seus fatores estruturantes que são 
aqueles que lhe imprimem características e 
identidade próprias, distinguindo-o dos 
demais tipos. 
Processo diagnóstico 
compreensivo 
de tipo 
Principais fatores estruturantes do 
processo compreensivo 
contratransferência, que se dao durante o
processo diagnostico, reconhecendo-os e
lidando com os mesmo. Entrevistas livres
e semi estruturadas, a realização de
anamnese detalhada, o uso de testes
projetivos e de procedimentos
intermediários entre estes e as
entrevistas livres atestam a ênfase no
referencial psicanalítico. Constitui 
um uso modificado da técnica de
associação livre com finalidades
diagnosticas. A decifração do conteúdo
inconsciente das mensagens que
emergem no processo diagnostico
depende da experiência clinica do
profissional; de estar ele próprio
habituado a lidar com os conteúdos do
mundo interno, principalmente através da 
analise pessoal. 
3. Considerações de conjunto para o
material clinico: realiza um levantamento
exaustivo de dados e informações,
abrangendo os múltiplos aspectos da
personalidade 
do paciente, do ambiente familiar e
social deste e da interação entre esses
fatores. Tal atitude contrasta com a 
do psicólogo que meramente aplica
alguns testes a apresenta seus
resultados. A ampla coleta de
informações abrange tudo o que é
relevante no estudo de caso. Totalidade
dos dados, observações, entrevistas,
resultados de testes psicológicos e de
outras técnicas de investigação. Os
fatores de personalidade do psicólogo
como impressões, sentimentos e
pensamentos são importantes. Contexto
diagnostico é tudo o que 
ocorre de modo significativo na realização
de determinado estudo diagnostico,
desde o inicio do contato com o paciente
e familiares 
ate o desligamento final do paciente. Um
detalhe é apreciado em função desse
contexto, e as hipóteses diagnosticas
levam em conta a totalidade dos dados.
Não deixando 
de fora do campo de observação nada do
que é essencial para a 
compreensão do caso. 
4. Busca de compreensão psicológica
globalizada do paciente: a avaliação
psicológica é uma operação que atinge o
paciente em sua totalidade. Realizamos
um balanceamento geral 
das forças que nos compete examinar. As
estruturas psicopatológicas e as
disfunções dinâmicas que se inserem no
arcabouço sadio da personalidade, as
bases de funcionamento da
personalidade em seus vários níveis,
traços de caráter, a organização e a
estruturação da personalidade, com
atenção especial a distinção entre
estruturas neuróticas e psicóticas, os
elementos constitutivosda
personalidade, sua interação com o
mundo externo e outros. Esta visão
totalizadora e integradora considera a
personalidade in decomponível e em
constante vir a ser. Leva em conta fatores
em interação da personalidade como as
forças intrapsíquicas que não so se
expressam no momento atual da vida 
do paciente, como aquelas que trazem a
marca de processos evolutivos. As forças
intrafamiliares, aquelas que são decisivas
em termos 
psicopatológicos e os psicopatogênicos,
sendo o paciente 
por elas determinado como também 
as pode determinar. E as forças sócio
culturais que por se constituírem em
dados básicos, não podem ser 
negligenciadas. 
5. Seleção de aspectos centrais e nodais:
pressupõe que o profissional saiba
discernir quais dados são significativos
para compor o estudo 
de caso, de modo a exigirem uma escolha
seletiva. Focaliza os aspectos essenciais,
separando-os dos incidentais. No caso
das perturbações emocionais, trata-se de
discriminar os aspectos mais graves e
examina-los a 
luz de conhecimentos psicológicos
atualizados. As principais forças e
conjuntos de forças psicopatológicas 
e psicopatogênicas que se ressaltam 
por intensidade, repetição, colorido
emocional, modo peculiar de se
comportar, dano produzido e outros. Nos
desajustamentos emocionais, a presença
de angustias e fantasias inconscientes,
responsáveis pela existência e
manutenção das perturbações. Há
angustias e fantasias inconscientes que
são centrais e nodais, elas necessitam ser
trazidas a 
luz. Os núcleos destes processos devem
ser diferenciados dos aspectos
secundários que inevitavelmente
gravitam ao redor dos núcleos. Levantar e
descrever os principais focos de angustia
e fantasias inconscientes que provocam
desajustamentos emocionais, bem como
mecanismos defensivos utilizados pelo
individuo. A personalidade é um devenir 
dialeticamente em mudança. A
constelação de fatores que é fundamental
em determinado momento pode deixar
de sê-lo em outro momento da vida
qunaod, sob diferente organização, a
personalidade pode se centrar em novas
orientações, angustias e 
fantasias inconscientes. 
6. Predomínio do julgamento clinico:
verificou-se não somente que os testes
psicológicos objetivos não podiam
abarcar a maioria dos problemas
humanos com que um psicólogo clinico
habitualmente se defronta, como ainda
que o julgamento clinico era capaz de
realizar seguramente o quanto esses
instrumentos se propunham. Não
dispensa o uso de testes psicológicos
objetivos; coloca-os a serviço do
julgamento clinico. Este, por sua vez,
depende do grau de evolução profissional
e maturidade alcançado pelo psicólogo
em suas atividades 
clinicas. 
7. Subordinação do processo diagnostico
ao pensamento clinico: a estruturação do
processo diagnostico 
fica subordinada a forma de pensamento
que se realiza em casa caso clinico. Ao
invés da existência 
de um prévio processo diagnostico
relativamente uniforme e imutável para
todos os casos, o que realmente
encontramos é uma grande flexibilidade
para enfocar e tratar das situações
mentais emergentes. Cada caso clinico
permite que ocorra pelo menos uma
forma de pensamento a 
ele relativa. O aparecimento ou não 
de determinados elementos no 
Pode ser estudada diante alguns 
aspectos como uma forma da relação do 
psicólogo com o seu trabalho, onde o 
psicólogo releva a importância do 
background de suas experiências e 
aprendizagem. Como uma forma da relação
psicólogo paciente, onde é uma situação 
propicia para a observação e apreensão de 
contexto diagnostico como, por exemplo,
os testes psicológicos ficam 
na dependência das exigências do 
pensamento clinico em questão. 
8. Prevalência do uso de métodos e
técnicas de exame fundamentados da
associação livre: entrevista clinica,
observação clinica, testes psicológicos 
e demais técnicas de investigação clinica
da personalidade. A maioria deles foi
desenvolvida a partir de entrevista clinica,
uma espécie de desdobramento desta,
especialmente quando se aplica a
crianças. Chama atenção um aspecto que
seria a escolha daqueles procedimentos
que permitem maior liberdade para a
emergência de materiais clínicos. Mais
usados são a de associação livre 
de Freud, jogo de rabiscos, observação
lúdica ou hora de jogo e procedimento de
desenhos-estorias. São procedimentos
que apresentam, habitualmente uma
situação de estímulos não estruturados
ou semi estruturados incentivando os
pacientes a exprimir suas dificuldades
emocionais. Associação livre tem a
tendência de se dirigir para setores 
da personalidade em que o individuo 
é emocionalmente mais sensível. 
Tem transferência em todos os 
momentos. 
Ao aceitar a proposta do psicólogo 
de passar por um psicodiagnóstico, esta 
pessoa demonstra que esta buscando 
compreender atitudes suas ou de outra 
pessoa que não se enquadram no que 
considera normal ou adequado, ou porque 
um terceiro lhe disse que há algo errado. 
Normalmente é um momento de 
fragilidade e o profissional deve esta 
fenômenos emocionais, onde os pacientes 
costumam transportar emocionalmente 
para esta situação, fenômenos de natureza 
semelhante aqueles que sucedem no 
ambiente externo. A emergência de atitudes 
inconscientes são conhecidas como 
transferência e contratransferência: 
repetições automáticas diante do psicólogo 
ou diante do paciente, de reações 
emocionais originarias em acontecimentos 
do passado da vida emocional do sujeito. 
Como um leque de finalidades práticas com 
uma avaliação global da personalidade, a 
determinação da natureza, intensidade e 
relevância dos distúrbios, orientação
psicológica, indicações e encaminhamentos, 
tipo de intervenção, prognostico, entre 
outros. Como um posicionamento 
epistemológico do psicólogo, onde se exclui 
as influencias e concepções estritamente 
deterministas, associacionistas, 
elementaristas e mecanicistas. Toma a 
personalidade como única e 
indecomponível, como uma totalidade 
estrutural organizada, em que existem 
experiências subjetivas e dinâmica psíquica 
inconsciente. Como um sistema de 
referenciais múltiplos. 
Outros Aspectos 
Processo de intervenção 
disponível, inteiro, totalmente voltado para 
ele, interessado e preocupado em ajuda-lo, 
em dar-lhe apoio e em diminuir seu 
desconforto. O paciente precisa se sentir 
acolhido e confiar que tem diante de si 
alguém preparado, que inspire segurança, 
que se mostre capaz de compreender sua 
demanda e que com a ajuda de seus 
conhecimentos, o leve a vislumbrar novas 
possibilidades. Quando o pedido de 
psicodiagnóstico partir de um terceiro, 
caberá ao profissional estabelecer o elo de 
ligação entre as pessoas e as instituições 
envolvidas. 
Existem diferentes níveis de 
intervenção possíveis e diferentes atitudes 
dos psicólogos, de acordo com a postura 
teórica ou filosófica que adotarem. O 
psicodiagnóstico é uma atividade que veio 
se desenvolvendo e apresenta a questão da 
pluralidade das referencias, da flexibilidade 
dos modelos, da utilidade e das limitações 
do processo. 
O modelo tradicional é considerado 
pouco mais que uma coleta de dados sobre 
a qual se organiza um raciocínio clinico que 
vai orientar o processo psicoterápico. 
Costuma ser um momento de transição, 
passaporte para o atendimento posterior, é 
considerado significativo porque é capaz de 
provocar mudanças. 
A relação que se estabelece nesses 
psicodiagnósticos normalmente é mediada 
não só pelo terceiro que fez o pedido, 
como também por um pressuposto 
profissional ausente, o futuro 
psicoterapeuta. Essa triangulação 
influenciará a aproximação entre psicólogo 
e cliente durante o processo que se esta 
desenrolando. Quem tem o papel de 
 “A experiência nos ensinou que a 
terapia psicanalítica, a libertação de alguém, 
de seus sintomas, inibições e anormalidades 
de caráter neuróticos, é um assunto que 
consome tempo. Desde o começo tentativas 
terem sido feitas para encurtar a duração 
das análises.” “Mas outro ponto já se tornou 
claro: se quisermos atender as exigências
mais rigorosas feitas a terapia analítica, 
nossa estrada não nosconduzira a um 
abreviamento de sua duração, nem passara 
por ele.” (Freud, o homem dos lobos, 1918) 
As questões sobre alta, duração e 
mudanças ocorridas no decorrer de um 
atendimento psicológico referem-se sempre 
as chamadas psicoterapias e como as 
citações, a psicanalise é um processo todo 
especial. A ideia de intervenção esta sempre 
diagnosticador, evita assumir uma atitude 
de intervenção para manter-se em uma 
postura investigativa, que resguarda seus 
conhecimentos sobre o sujeito. 
Toda atuação psicológica é uma ação 
de intervenção cujo significado sera dado 
pelo campo relacional que se estabelece 
entre as partes e que é exclusivo e peculiar 
aquele momento e aquela relação. Ela deve 
ser longa e duradoura. 
“As análises que condizem a uma 
conclusão favorável em pouco tempo são 
de valor para a auto estima do terapeuta, 
mas permanecem em grande parte 
insignificantes no que diz respeito ao 
progresso do conhecimento cientifico. 
Nada de novo se aprende com elas. A 
novidade so pode ser obtida de analises que 
apresentem especiais dificuldades e para 
que isso aconteça, é necessário que a elas se 
dedique bastante tempo.” (Freud, o homem dos 
lobos, 1918) 
ligada ao processo terapêutico. Mesmo as 
terapias breves consideram que o processo 
de intervenção se inicia, preferencialmente 
após um período que poderia ser chamado 
de psicodiagnóstico. 
O psicodiagnóstico não é 
considerado na maioria das vezes como 
pratica de intervenção, pois além de se dar 
num numero relativamente pequeno e 
determinado de encontros, é entendido 
como pratica de investigação, avaliação ou 
seleção. Não pode ser percebido como um 
momento passível de abrir perspectivas 
novas ou possibilitar mudanças positivas 
para o cliente. A visão do psicodiagnóstico 
recomenda uma atitude de neutralidade, 
que leva a certo distanciamento do 
profissional para facilitar as manifestações 
inconscientes do cliente. Além disso, 
recomenda-se que os contatos com o 
psicólogo durante o psicodiagnóstico não se 
estendam além do necessário a fim de 
evitar o desenvolvimento de uma relação 
transferencial que exigiria outro tipo de 
atendimento. 
Esta postura distanciada implica certo 
esforço por parte do profissional para 
impedir que a intervenção seja efetiva. No 
caso de um psicodiagnóstico a relação que 
se estabelece no âmbito desse processo 
possa vir a propiciar uma troca que venha a 
gerar transformações ou abrir novas 
possibilidades para os componentes da 
relação. Não limita a intervenção 
psicológica a determinadas situações. Exige 
uma atitude flexível, inventiva e responsável 
por parte do psicólogo, que devera transitar 
entre a teoria e a pratica com certa 
desenvoltura. 
 O relacionamento psicologico sera 
significativo se produzir um conhecimento 
que se de na possibilidade de uma 
formulação conjunta da experiência vivida 
naquela relação, tanto no contexto de um 
psicodiagnóstico como em uma sessão de 
psicoterapia. Quando o cliente busca um 
psicólogo espera ser atendido em suas 
necessidades, pouco importando sob que 
nome este atendimento se efetue. 
A intervenção ocorre a medida que 
não se posterguem os apontamentos que 
naturalmente ocorrem ao psicólogo durante 
os encontros, quando se compartilha com o 
cliente durante as sessões, a maneira como 
ele se apresenta. 
Os apontamentos serão interventivos 
se na repetirem as situações de vida 
cotidiana do cliente. Quando introduzirem 
a estranheza no relacionamento, de modo a 
fazer o cliente confrontar-se com uma 
ruptura: a ruptura de seus comportamentos 
usuais, a ruptura da compreensão 
costumeira, a ruptura dos jogos relacionais 
que aprendeu a jogar. 
A fala do cliente revela como seu 
mundo lhe aparece. Cabe ao psicólogo, 
mostrar como este mundo lhe esta sendo 
mostrado pela fala do cliente: o mundo tal 
como se apresenta ao cliente. O cliente do 
psicodiagnóstico espera conhecer algo novo 
de si mesmo, que um caminho será aberto.

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