Buscar

3 - SIMULADO - PAPILOSCOPISTA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FOLHA DE ROSTO ORIENTATIVA PARA PROVA OBJETIVA
LEIA AS ORIENTAÇÕES COM CALMA E ATENÇÃO!
INSTRUÇÕES GERAIS
● Atenção ao tempo de duração da prova, que já inclui o preenchimento da folha de respostas. 
● Cada uma das questões da prova objetiva está vinculada ao comando que imediatamente a 
antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe apenas UMA 
resposta válida e de acordo com o gabarito. 
● Faltando uma hora para o término do simulado, você receberá um e-mail para preencher o cartão-
resposta, a fim de avaliar sua posição no ranking. Basta clicar no botão vermelho de PREENCHER 
GABARITO, que estará no e-mail, ou acessar a página de download da prova. Você deve fazer o 
cadastro em nossa plataforma para participar do ranking. Não se preocupe: o cadastro é grátis e 
muito simples de ser realizado.
– Se a sua prova for estilo Certo ou Errado (CESPE/CEBRASPE): 
marque o campo designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado 
com o código E, caso julgue o item ERRADO. Se optar por não responder a uma determinada 
questão, marque o campo “EM BRANCO”. Lembrando que, neste estilo de banca, uma resposta 
errada anula uma resposta certa. 
Obs.: Se não houver sinalização quanto à prova ser estilo Cespe/Cebraspe, apesar de ser no 
estilo CERTO e ERRADO, você não terá questões anuladas no cartão-resposta em caso de 
respostas erradas.
– Se a sua prova for estilo Múltipla Escolha: 
marque o campo designado com a letra da alternativa escolhida (A, B, C, D ou E). É preciso 
responder a todas as questões, pois o sistema não permite o envio do cartão com respostas 
em branco.
● Uma hora após o encerramento do prazo para preencher o cartão-resposta, você receberá um e-mail 
com o gabarito para conferir seus acertos e erros. Caso você seja aluno da Assinatura Ilimitada, você 
receberá, com o gabarito, a prova completa comentada – uma vantagem exclusiva para assinantes, 
com acesso apenas pelo e-mail e pelo ambiente do aluno.
Em caso de solicitação de recurso para alguma questão, envie para o e-mail:
treinodificil_jogofacil@grancursosonline.com.br. 
Nossa ouvidoria terá até dois dias úteis para responder à solicitação.
Desejamos uma excelente prova!
POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
• Nas questões a seguir, marque, para cada uma, a única opção correta, de acordo com o respectivo comando. Para as devidas 
marcações, use a Folha de Respostas, único documento válido para a correção da sua prova.
• Em seu caderno de prova, caso haja opção(ões) constituída(s) pela estrutura Situação hipotética:... seguida de Assertiva:..., os 
dados apresentados como situação hipotética deverão ser considerados premissa(s) para o julgamento da assertiva proposta.
• Eventuais espaços livres – identificados ou não pela expressão “Espaço livre” – que constarem deste caderno de prova pode-
rão ser utilizados para rascunhos.
� Baseado no formato de prova
� aplicado pela banca Cebraspe
BLOCO I
LÍNGUA PORTUGUESA
MÁRCIO WESLEY
Leia o texto I e responda aos itens de 1 a 10.
Texto I
1 Os sinais detectáveis da mentira são demonstrados 
quando a recompensa ou a punição envolvidas não são tri-
viais, então na verdade algo está em jogo para o mentiroso, 
e ele realmente se importa com o êxito ou o fracasso da 
5 mentira. Então, quem está tentando mentir também está emo-
cionalmente empenhado na mentira, e é esse compromisso 
com a mentira que suscita muitos dos sinais que um leitor de 
mentes procura. Identificar os sinais é um ponto, mas o pro-
blema de saber o que eles significam continua.
10 Existem duas mensagens rivais em qualquer mentira: 
a verdade e a falsidade. A palavra “mentira” concentra-se 
na falsidade, mas ambas são de fato importantes. A habili-
dade de distingui-las também é importante. Como estamos 
sempre revelando mensagens diferentes em toda a nossa 
15 comunicação, não apenas com as nossas palavras, a men-
tira é, de fato, uma tentativa mais ou menos bem-sucedida 
de controlar essas mensagens. Do mesmo modo como exa-
minamos as expressões faciais, a mentira é uma tenta-
tiva de esconder ou mascarar certa mensagem sob outra. A 
20 capacidade de perceber se alguém está mentindo é uma ques-
tão de prestar atenção aos elementos da nossa comunicação 
que não temos muita habilidade para controlar. Quem diz a 
verdade expressa a sua comunicação conscientemente con-
trolada do mesmo modo como manifesta as suas expressões 
25 inconscientes. Mas, se conseguirmos detectar alguma desar-
monia no que é expresso, entre o que as mãos e as palavras 
comunicam, por exemplo, poderemos suspeitar que há duas 
mensagens diferentes envolvidas. Procuramos sinais contra-
ditórios, indícios inconscientes que falem outra coisa além 
30 da mensagem expressa conscientemente. Os sinais difíceis 
de controlar expressam os nossos verdadeiros pensamentos 
e sentimentos.
Fexeus, Henrik. A arte de ler mentes: como interpretar gestos 
e influenciar pessoas sem que elas percebam. Tradução de 
Daniela Barbosa Henriques. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013, p. 86.
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto 
apresentado, julgue os itens seguintes.
1 A ideia central do texto consiste em mostrar a mentira como 
soma de verdade e falsidade, ambas importantes para o su-
cesso no controle de nossa comunicação verbal e não verbal.
2 Segundo o texto, o que não pode ser controlado em nossa 
expressão corporal manifesta o verdadeiro pensamento ou 
sentimento.
3 De acordo com o texto, quando uma recompensa ou punição 
é banal, a mentira não pode ser detectada.
4 A correção gramatical do trecho “A habilidade de distingui-
-las também é importante.” (l. 12-13) e suas informações 
seriam mantidas caso ele fosse reescrito da seguinte forma: 
“tal qual o é a habilidade de as distinguir.”, substituindo-se o 
ponto após “importantes” (l. 12) por vírgula.
5 No trecho “poderemos suspeitar que há duas mensagens dife-
rentes envolvidas” (l. 27-28), a substituição da forma verbal 
“poderemos” por “poderíamos” prejudica a correção grama-
tical do texto, embora não altere o seu sentido original.
6 O termo “muitos dos sinais” (l. 7) exerce a função de objeto 
direto da forma verbal “suscita” (l. 7), além de ser o refe-
rente do objeto direto da forma verbal “procura” (l. 8), que 
está elíptico.
7 No trecho “se alguém está mentindo” (l. 20), a palavra 
“se” introduz oração com sentido hipotético acerca do tre-
cho anterior.
8 A inserção da preposição “de” imediatamente após “sus-
peitar” (l. 27) preserva os sentidos textuais e sua correção 
gramatical.
9 O emprego de acento gráfico nas palavras “detectáveis” (l. 
1), “êxito” (l. 4) e “indícios” (l. 29) justifica-se pela mesma 
regra de acentuação gráfica.
POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
10 O texto pode ser enquadrado no tipo dissertativo, haja vista 
a exposição de sinais que se pode procurar observar a fim de 
detectar uma mentira, em uma apresentação objetiva.
Leia o texto II e responda aos itens de 11 a 21.
Texto II
1 Terminada a cantiga, ele deu início à coleta. Começou 
pelos russos, que contribuíram generosamente, depois subiu 
os degraus. Agora, ali em cima, mostrava-se tão humilde 
quanto tinha sido atrevido durante a exibição. Curvando-se 
5 em reverências, esgueirava-se por entre as mesas, e um sor-
riso perfidamente servil deixava à mostra seus dentes fortes, 
mas ainda assim as duas rugas persistiam ameaçadoras entre 
as sobrancelhas. As pessoas examinavam com curiosidade e 
certa repulsa a estranha criatura que recolhia seu sustento, 
10 atirando com as pontas dos dedos moedas em seu chapéu, 
com cuidado para não tocá-lo. A supressão da distância física 
entre o comediante e a distinta plateia, por mais que o espetá-
culo tenha agradado, cria sempre certo embaraço. O homen-
zinho o sentia e procurava desculpar-se por meio de uma 
15 atitude servil. Aproximou-se de Aschenbach e com ele veio 
o cheiro, com o qual ninguém ao redor parecia preocupar-se.
 � — Ouve — disse osolitário, em voz abafada, quase 
mecanicamente —, estão desinfetando Veneza. Por quê? O 
bufão respondeu com voz rouca:
20 — Por causa da polícia, ora! É regulamento, meu senhor, 
com este calor e o siroco. O siroco oprime. Não é bom para 
a saúde... — Falava como se estivesse surpreso por alguém 
perguntar uma coisa dessas, e demonstrava com a palma da 
mão o quanto o siroco era opressivo.
25 — Quer dizer que não há epidemia em Veneza? — per-
guntou Aschenbach, bem baixo, entre dentes. As feições 
musculosas do bufão se contraíram numa cômica careta de 
perplexidade.
 � — Uma epidemia?! Será a nossa polícia uma epidemia? 
30 O senhor está brincando! Uma epidemia! Ora, essa é boa! 
Uma medida preventiva, procure entender! Uma determina-
ção da polícia para combater de imediato os efeitos do calor 
sufocante... — gesticulava.
 � — Está bem — disse Aschenbach, mais uma vez em 
35 voz baixa e laconicamente, e deixou cair rapidamente uma 
gorjeta exorbitante no chapéu estendido. Depois, fechando os 
olhos, fez sinal ao homem para que se afastasse. Este obede-
ceu, arreganhando os dentes num sorriso e fazendo mesuras. 
Mas, ainda antes de ter alcançado a escada, dois empregados
40 do hotel precipitaram-se sobre ele e, com os rostos quase 
colados ao seu, submeteram-no a um rigoroso interrogató-
rio em surdina. Ele encolhia os ombros, protestava, jurava 
ter mantido silêncio; era óbvio. Liberado, voltou ao jardim 
e, depois de breve confabulação com os seus sob a lâmpada 
45 de arco, adiantou-se uma vez mais, para uma canção de des-
pedida.
Mann, Thomas. Morte em Veneza. Tradução Eloísa Ferreira
Araújo Silva. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 2011.
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto II, julgue 
os próximos itens.
11 De acordo com o texto, após aquela cantiga, ao aproximar-
-se da plateia para recolher contribuições, o bufão provocou 
eventual e indesejado embaraço para sua plateia.
12 O personagem Aschenbach é caracterizado no texto como 
solitário, de pouca estatura e, depreende-se, não morador 
de Veneza.
13 Sem prejuízo do sentido original do texto, a conjunção “mas” 
(l. 7) poderia ser substituída por não obstante.
14 O advérbio “laconicamente” está empregado, na linha 35, 
com o mesmo sentido de “sucintamente”.
15 No trecho “perguntou Aschenbach, bem baixo, entre dentes” 
(l. 25-26), as vírgulas foram empregadas para marcar a inter-
calação do segmento “bem baixo”.
16 No trecho “e um sorriso perfidamente servil deixava à mostra 
seus dentes fortes” (l. 5-6), a ocorrência do sinal indicativo de 
crase justifica-se por haver preposição “a” regida pela forma 
verbal “deixava” e artigo definido “a” diante do substantivo 
feminino “mostra”.
17 Sem prejuízo da correção gramatical, a forma verbal “cria” 
(l. 13) poderia ser substituída por criam, por referir-se a um 
sujeito composto.
18 Infere-se da situação apresentada no texto que não era permi-
tido falar com os hóspedes do hotel.
19 O trecho “— Quer dizer que não há epidemia em Veneza? — 
perguntou Aschenbach, bem baixo, entre dentes.” (l. 25-26) 
pode ser reescrito em discurso indireto, com as mesmas in-
formações, da seguinte maneira: Aschenbach perguntou, bem 
baixo, entre dentes, se queria dizer que não havia epidemia 
em Veneza?
20 O complemento verbal de “obedeceu” (l. 37-38) está elíptico, 
mas poderia ser expresso correta e coerentemente na escrita: 
“Este obedeceu o sinal de afastar-se”.
Considerando o texto II e o Manual de Redação da Presidência da 
República, 3ª edição, de 27/12/2018, julgue o item a seguir.
21 Nas linhas 20 e 21, o trecho “É regulamento, meu senhor, 
com este calor e o siroco.” encerra o vocativo “meu senhor”. 
Supondo que se dirija a um delegado de polícia, esse vocativo 
deveria ser substituído por “Vossa Excelência” ou “Doutor”.
POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
NOÇÕES DE DIREITO 
ADMINISTRATIVO
RAPHAEL SPYERE
Acerca dos Poderes Administrativos e seu exercício, julgue as 
questões a seguir.
22 Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, os di-
reitos fundamentais de reunião ou de manifestação em locais 
públicos depende de comunicação oficial prévia às autorida-
des competentes, sob pena, do contrário, incorrer-se em exer-
cício irregular de direito.
23 Atos sancionatórios são as punições aplicadas pela Adminis-
tração àqueles que, situados fora de sua esfera, descumprem 
normas administrativas, excluindo‐se, dessa espécie, as san-
ções funcionais aplicadas a agentes públicos.
Com a fusão de certos ministérios, entre eles o Ministério da Pre-
vidência Social e o Ministério da Fazenda, criou-se o Ministério 
da Economia. Sobre esse evento jurídico e as distribuições de 
competências públicas nas entranhas da Administração, julgue os 
itens subsecutivos.
24 A fusão dos referidos órgãos é resultado da centralização de 
competências.
25 Conside que o Ministério da Economia venha a ser extinto e, 
com isso, os Ministérios da Previdência Social e da Fazenda 
venham a ser recriados. Nesse caso, ocorre a descentralização 
de competências.
NOÇÕES DE DIREITO 
CONSTITUCIONAL
RICARDO BLANCO
Julgue os itens a seguir.
26 De acordo com o STF, é possível cumprir ordem judicial du-
rante a noite, no escritório profissional, durante uma investi-
gação criminal para instalar escutas ambientais. 
27 A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, 
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, 
destina-se a prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpe-
centes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem 
prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas 
respectivas áreas de competência.
28 Aos portugueses com residência permanente no País, se hou-
ver reciprocidade em favor de brasileiros, serão naturalizados 
brasileiros. 
29 Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, du-
rante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
DIREITO PENAL E PROCESSUAL 
PENAL
DEUSDEDY SOLANO
Analise a situação hipotética a seguir e julgue a assertiva.
30 Fátima foi presa em flagrante pela prática de falsificação de 
moeda (art. 289 do CP). O delegado federal que presidiu a 
autuação após ter recebido “notitia criminis” deixou de en-
tregar à presa a nota de culpa.
Nesse caso, é correto afirmar que, após a alteração legislati-
va com a obrigatoriedade da audiência de custódia no prazo 
de 24 horas, não se faz mais necessária a entrega da nota de 
culpa a Fátima.
Conforme dispõe o Código de Processo Penal, logo que tiver 
conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial 
deverá dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem 
o estado e conservação das coisas até a chegada dos peritos crimi-
nais, e determinar a realização de exames e perícias. Em relação a 
esse tema, julgue o item a seguir.
31 Se existir mais de um local, objeto ou pessoa a ser alvo da 
realização do exame de corpo de delito, terão prioridade ca-
sos de crime que envolvam violência doméstica e familiar 
contra mulher ou violência contra criança, adolescente, idoso 
ou pessoa com deficiência. 
À luz da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, em rela-
ção à eficácia e nulidade da prova, julgue o item a seguir.
32 É válido e revestido de eficácia probatória o testemunho 
prestado por policiais envolvidos em ação investigativa ou 
responsáveis por prisão em flagrante, quando estiver em har-
monia com as demais provas dos autos e for colhido sob o 
crivo do contraditório e da ampla defesa.
Analise a situação hipotética a seguir e julgue as duas asserti-
vas de acordo com a Lei de regência, doutrina e jurisprudência 
dominantes.
Josilda e Fábio foram presos em flagrante pela prática de crime 
federal, praticado em concurso de agentes. Josilda foi liberada 
pelo juiz na audiência de custódia, que revogou a prisão dela com 
arbitramento de fiança. Contra Fábio, foi decretada prisão preven-
tiva na mesma audiência de custódia, logo após requerimento do 
Ministério Público. 
33 Nesse caso é correto afirmar quea prisão de Fábio foi ilegal, 
pois como o crime ocorreu em concurso de pessoas, se Jo-
silda foi colocada em liberdade, Fábio, que foi autuado pela 
mesma infração penal, consequentemente, teria direito à li-
berdade provisória.
34 Como um dos indiciados (Josilda) está solto, o prazo para a 
autoridade policial concluir o inquérito policial será de 30 
(trinta) dias, prorrogável pelo prazo que o juiz marcar.
about:blank
about:blank
about:blank
about:blank
about:blank
POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
RAFAEL DE OLIVEIRA/ADRIANE SOUSA/EDUARDO 
GALANTE/ALICE ROCHA/WALLACE FRANÇA/
LEANDRO ERNESTO
35 Segundo a Lei n. 12.037/2009, apenas o Ministério Público 
e a parte interessada poderão requerer ao juiz competente, 
no caso de inquérito ou ação penal instaurados, o acesso ao 
Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais.
Julgue o item a seguir nos termos da Lei n. 8.069/1990 e de acordo 
com a jurisprudência dos Tribunais Superiores:
36 O agente maior de idade que pratica tráfico de drogas junto 
de menor de 18 anos responde por esse delito em concurso 
formal com a corrupção.
Nos termos da Lei n. 7.116/1983, que assegura validade nacional 
das Carteiras de Identidade, regula sua expedição e dá outras pro-
vidências, julgue o item a seguir.
37 A Carteira de Identidade emitida por órgãos de Identificação 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios tem fé pú-
blica e validade em todo o território nacional.
Julgue o item a seguir a respeito da Lei n. 13.445/2017.
38 No Brasil, estrangeiros originários de países de língua portu-
guesa residentes na República Federativa do Brasil há mais 
de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal poderão 
ser brasileiros naturalizados desde que requeiram.
39 Conforme consta na Lei n. 11.343/2006, um dos objetivos do 
Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – SIS-
NAD – é contribuir para a inclusão social do cidadão, vi-
sando torná-lo menos vulnerável a assumir comportamentos 
de risco para o uso indevido de drogas, seu tráfico ilícito e 
outros comportamentos correlacionados.
Leia a seguinte situação hipotética e julgue a assertiva a seguir à 
luz do Estatuto do Desarmamento (Lei n. 10.826/2003).
João possui porte de arma de fogo de acordo com as determina-
ções legais e regulamentares. Em um fim de semana, ele decide 
sair com seus amigos – Márcio e Caio. Após beberem em excesso, 
João, que se encontrava embriagado e portando a arma municiada, 
foi abordado pela polícia. 
40 A autorização de João quanto ao porte de arma de fogo per-
derá sua eficácia de imediato.
Considere a seguinte situação hipotética e julgue a assertiva a 
seguir à luz da Lei n. 10.446/2002.
Paulo, por motivos políticos, comete o crime de cárcere privado 
contra Luís Artur.
41 A Polícia Federal poderá conduzir as investigações tendo em 
vista expressa disposição do caso na lei que trata da repres-
são uniforme.
Considerando as disposições da Lei n. 9.605/1998 (crimes contra 
o meio ambiente), suas alterações posteriores e a jurisprudência 
dos tribunais superiores, julgue o item seguinte.
42 A Constituição Federal condiciona a responsabilização penal 
da pessoa jurídica por crimes ambientais à simultânea perse-
cução penal da pessoa física em tese responsável no âmbito 
da empresa.
ESTATÍSTICA
THIAGO CARDOSO
Considere o fluxo total de passageiros registrados no ano de 2019 
nos maiores aeroportos do Brasil. 
Aeroporto Passageiros
Guarulhos 42,2 milhões
Congonhas 22,3 milhões
Brasília 16,6 milhões
Galeão 13,5 milhões
Confins 10,7 milhões
Viracopos 10,2 milhões
43 O fluxo médio de passageiros nesses aeroportos é superior a 
20 milhões.
44 O fluxo mediano de passageiros é superior a 15 milhões.
45 A tabela em questão descreve a distribuição de frequências 
da quantidade de passageiros que atravessam os aeropor-
tos por ano.
 
46 Essa amostra de aeroportos foi construída com base em um 
procedimento de amostragem aleatória simples.
 
POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
Considere o seguinte gráfico, que mostra a distribuição de uma 
variável estatística.
47 O gráfico mostra uma série geográfica.
Considere os seguintes dados sobre a idade ao morrer das pessoas 
em dois bairros de uma cidade hipotética. 
Bairro Idade Média ao Morrer Desvio Padrão
X 55 10 
Y 78 5
Considere que a idade média ao morrer seja uma variável aleatória 
com distribuição normal em ambos os bairros que, para a distri-
buição normal padrão, sejam conhecidos os seguintes valores:
P (Z < 1,28) = 90%
P (Z < 1,64) = 95%
P (Z < 1,96) = 97,5%
P (Z < 2,60) = 99,5%
Sabendo que a idade para a aposentadoria por idade é igual a 65 
anos, julgue os seguintes itens.
48 A probabilidade de uma pessoa que mora no bairro X conse-
guir a aposentadoria por idade é inferior a 10%.
Considere a seguinte situação hipotética e julgue o item a seguir.
Um pesquisador estranhou a média da idade ao morrer dos habi-
tantes do bairro X, e, por isso, criou uma amostra aleatória simples 
com 16 pessoas. Nessa amostra aleatória, o pesquisador concluiu 
que a média de idade do grupo era igual a 59 anos. 
49 Considerando um grau de confiança de 95%, a hipótese de 
que a média da idade ao morrer dos habitantes do bairro X 
seja menor que 55 anos deve ser rejeitada.
50 O teste citado no item anterior é unilateral à direita.
Considere que a análise da quantidade de nitrato de uma amostra 
de água extraída de um aquário tenha apresentado os seguintes 
resultados (em ppm): 18; 20; 16; 20; 21.
51 A estimativa não tendenciosa para o desvio padrão do teste é 
igual a 2 ppm.
52 A moda da distribuição é igual a 20 ppm.
RACIOCÍNIO LÓGICO
MARCELO LEITE
53 A negação da proposição “Todo encontro com o advogado 
deverá ser gravado” é corretamente expressa por “Nenhum 
encontro com advogado deverá ser gravado”.
Considere a proposição Q:
Q: Se o suspeito não foi delatado, então ele foi liberado.
54 A proposição Q é equivalente a “Se o suspeito não foi libera-
do, então ele foi delatado”.
55 Se P e Q são proposições lógicas simples, então a proposição 
composta S = P→ (P v Q) é uma tautologia, isso é, indepen-
dentemente dos valores lógicos V ou F atribuídos a P e Q, o 
valor lógico de S será sempre V.
56 A negação da proposição “Os policiais federais que traba-
lham neste departamento enobrecem o nome da Polícia e os 
cidadãos que são beneficiados pelo serviço da Polícia Fe-
deral são gratos” é corretamente expressa por “Os policiais 
federais que trabalham neste departamento não enobrecem 
o nome da Polícia e os cidadãos que são beneficiados pelo 
serviço da Polícia Federal não são gratos”.
Considere que, em certo jogo de azar, a pessoa deverá escolher 
aleatoriamente quatro dezenas que poderão ser escolhidas entre 
as dezenas 01, 02, 03, ..., 30. O processo de sorteio é constituído 
pela colocação de 30 bolas idênticas, numeradas de 01 a 30, em 
um globo e em seguida três bolas serão sorteadas aleatoriamente, 
sem reposição. Será considerado o ganhador aquele que acertar as 
dezenas das três bolas sorteadas, independente da ordem sorteada. 
Com base nessas informações, julgue os itens a seguir.
57 A quantidade de trios de dezenas que podem ser sorteadas 
é igual .
58 Lúcio participou deste jogo de azar, então a chance de que ele 
seja um dos ganhadores é igual a .
Considere que em certo departamento da Polícia Federal foram 
atendidos hoje 120 cidadãos, sendo que 70 procuram o departa-
mento para emitir o passaporte, enquanto 60 foram a esse local 
para emitir o documento de antecedentes criminais. Sabe-se que 
os 120 cidadãos que procuraram esse departamento realizaram 
pelo menos um dos serviços citados. Em relação aos cidadãos 
que procuraram o departamento da Polícia Federal hoje, pode-se 
afirmar que:
59 Mais de oito emitiram tanto o passaporte quanto o documento 
de antecedente criminal.
60 Setenta pessoas procuraram esse departamento para emitirem 
apenas passaporte.
POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
BLOCO II
INFORMÁTICA
FABRÍCIO MELO/MAURÍCIO FRANCESCHINI/JÓSISALVES/JEFERSON BOGO
Sobre conhecimentos relacionados ao Windows e Linux, idioma 
português, configuração padrão, julgue os itens 61 e 62.
61 O núcleo Linux -kernel- é um núcleo monolítico de código 
aberto para sistemas operacionais tipo UNIX. Foi desenvol-
vido para ambos os sistemas computacionais, seja compu-
tadores pessoais ou servidores, normalmente na forma de 
distribuições Linux, e embarcados em diversos dispositivos 
como roteadores, pontos de acesso sem fio, PABXs, recepto-
res de televisão, Smart TVs, DVRs e dispositivos de armaze-
namento em rede.
62 O Windows suporta dois tipos de atalhos: “hard link” e “sym-
bolic link”. O hard link associa dois ou mais nomes de arqui-
vos ao mesmo inode. Sempre que um dos usuários modificar 
o conteúdo do seu arquivo, as mudanças serão automatica-
mente percebidas pelos outros, uma vez que seus arquivos 
apontam para a mesma área em disco. Já o symbolic link 
representa arquivos que funcionam como ponteiros para ou-
tros arquivos. Esse arquivo especial é armazenado como uma 
representação textual do caminho do arquivo referenciado. 
Quando um symbolic link é acessado, o sistema verifica por 
meio das informações contidas em seu inode que ele é do 
tipo symbolic link. Após isso, recupera a identificação do ar-
quivo original e realiza as operações solicitadas diretamente 
sobre ele.
Sobre conceitos e ferramentas relacionados à Internet e Intranet, 
julgue os próximos itens.
63 Um servidor de e-mail local, utilizado somente em uma Intra-
net, jamais poderá ser acessado de um local remoto.
64 O protocolo ARP (Protocolo de Resolução de Endereço) tem 
um papel fundamental entre os protocolos da camada Internet 
da suíte TCP/IP, porque permite conhecer o endereço físico 
de uma placa de rede que corresponde a um endereço IP. Já 
o protocolo RARP (Protocolo de Resolução de Endereço Re-
verso) faz o contrário: permite conhecer o endereço IP corres-
pondente ao MAC ADDRESS.
65 O NFC (Near Field Communication) – IEEE 802.11 – é uma 
tecnologia que permite a troca de informações sem fio e de 
forma segura entre dispositivos compatíveis que estejam pró-
ximos um do outro. Ou seja, logo que os dispositivos estejam 
suficientemente próximos, a comunicação é estabelecida au-
tomaticamente, sem a necessidade de configurações adicio-
nais. O seu uso vem se popularizando nos smartphones para a 
realização de pagamentos por meio das digital wallets.
Considere a seguinte situação hipotética e julgue o item a seguir.
Uma empresa de rastreadores veiculares convidou uma empresa 
concorrente (mesmo ramo de negócio) para desenvolver e hospe-
dar um sistema de banco de dados na nuvem computacional. Para 
um bem sucedido projeto, a empresa avaliou que um parceiro com 
os mesmos objetivos de negócios e dividindo o mesmo modelo 
de implementação faria com que os custos diminuíssem substan-
cialmente. 
66 O modelo de implementação de nuvem que será adotado por 
ambas as empresas é de nuvem comunitária.
67 Com foco no trabalho de equipes à distância, o Google 
Workspace traz ferramentas colaborativas que permitem que 
funcionários de uma mesma empresa possam trabalhar em 
uma planilha, apresentação ou texto compartilhando suas 
ideias pela sala de bate-papo ou utilizando a conferência de 
vídeo ao mesmo tempo.
68 No Internet Explorer, por meio da combinação de teclas 
CTRL+SHIFT+P é possível acessar o recurso navegação In-
Private, que proverá a abertura de uma nova janela de nave-
gação privativa, que evita, por exemplo, que cookies sejam 
armazenados no computador após a navegação. 
Em relação a conceitos de proteção e segurança, noções de vírus, 
worms, pragas virtuais e aplicativos para segurança, julgue os pró-
ximos itens.
69 Em um sistema de segurança, um falso positivo ocorre, por 
exemplo, quando uma página legítima é classificada como 
phishing, ou uma mensagem legítima é considerada spam, ou 
um arquivo é erroneamente detectado como estando infec-
tado ou um firewall indica como ataques algumas respostas 
dadas às solicitações feitas pelo próprio usuário.
70 O comando chmod o=r arquivo.txt acrescenta a permissão 
de leitura aos usuários que não sejam o dono do arquivo.txt 
nem pertençam ao grupo do dono, mantendo as demais per-
missões que já possuam.
POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
71 As permissões rwxrw-r-- de um determinado arquivo, exi-
bidas ao se executar o comando ls -s, indicam que o dono 
do arquivo possui permissão octal 7, o grupo do dono possui 
permissão 6 e os demais usuários possuem permissão 4.
72 O protocolo DNS tem a função de traduzir os endereços 
URL, digitados na barra de endereços de um browser, para 
endereços IP, visto que os roteadores não traduzem tais ende-
reços. O processo inverso de converter endereços IP em URL 
é feito pelo protocolo DNS Reverso.
73 As ameaças cibernéticas vêm crescendo em seu potencial tec-
nológico, de forma que alguns tipos de vírus de computador 
são capazes de sofrer mutações após criados, o que dificulta 
ainda mais a detecção por meio dos antivírus.
74 As conexões via VPN permitem que usuários da Internet te-
nham acesso a redes privadas como se estivessem fisicamen-
te nelas, porém de forma virtual, desde que tenham permis-
sões concedidas para essa finalidade.
75 A forma mais rápida de transmissão de dados atualmente são 
os meios não guiados, especialmente as ondas de satélite, que 
enviam os dados da Terra ao Espaço em frações de milésimos 
de segundos e vice-versa.
76 No Microsoft Excel 365, o recurso Rastrear Dependentes 
aponta, por meio de setas, as células que afetam a fórmula da 
célula que está selecionada no momento.
77 O recurso Versalete, do MS Word 365, permite formatar as 
fontes com estilo tipográfico com efeitos de sombreamento 
e/ou brilho.
78 O Windows 10 permite projetar nativamente a tela do compu-
tador em outro dispositivo, como em uma SmarTV. Para isso, 
basta estar conectado à mesma rede do dispositivo e pressio-
nar as teclas WIN+K, o que exibirá uma lista de dispositivos 
disponíveis para conexão.
79 Ao tentar acessar um determinado domínio na Internet após 
digitar a URL corretamente, o policial federal recebeu uma 
mensagem HTTP do grupo 5xx. Lembrando das aulas de re-
des de computadores, ele entendeu que havia algo de errado 
com o servidor web que hospeda as páginas daquele domínio.
80 A apresentação prévia entre entidades comunicantes por meio 
da camada de transporte ocorre com o método conhecido 
como Three-Way Handshake utilizado pelo protocolo UDP.
81 A camada física se subdivide em duas camadas: a subcama-
da MAC (Media Access Control) e a subcamada LLC (Link 
Logical Control).
82 Um firewall UTM possui vários recursos e sistemas de defesa 
agregados em um único equipamento. Dentre esses recursos, 
podemos citar IDS, VPN, antimalware, dentre outros.
83 O Hadoop possui um sistema de arquivos distribuído que ar-
mazena os dados em um esquema de dicionário: cada dado é 
armazenado com uma chave/valor.
84 Devido à sua estrutura rígida e pré-definida, os dados não es-
truturados são armazenados em bancos de dados relacionais.
85 Um relacionamento entre mais de três entidades em banco de 
dados é conhecido como relacionamento ternário.
86 O Market Basket Analysis (MBA), ou Análise de cesta de 
mercado, é uma técnica de mineração de dados que faz uso 
de regras de agrupamento (clusterização).
87 Ao atributo cujos valores são obtidos de valores de outro atri-
buto, chamamos, em banco de dados, de atributo derivado.
88 Considerando o Word 2019 – configuração padrão, idioma 
português Brasil, para que o usuário possa, por exemplo, 
aplicar negrito a todo o texto ele pode, respectivamente, rea-
lizar os seguintes atalhos: CTRL+A e CTRL+N.
89 Alguns programas, embora normalmente sejam malwares 
(programas maliciosos) e utilizados, por exemplo, para cap-
turar dados de forma não autorizada, podem, em alguns con-
textos, ser utilizados de forma lícita. Os sniffers podem ser 
citados como exemplo de spywares que podem ser utilizados 
licitamente.90 O modelo TCP/IP é usado como padrão tanto na Internet, que 
é considerada uma rede pública, como em uma Intranet, que 
é uma rede privada. Embora compartilhem a mesma tecno-
logia, não é possível interligar uma Intranet à Internet por 
questões de segurança. 
91 Quando um usuário envia um e-mail para vários contatos e 
insere os respectivos endereços nos campos “Para” e “Cc”, 
se algum dos destinatários usar a opção “Responder a todos” 
todos os participantes, incluindo o remetente, receberão uma 
cópia da mensagem. Para evitar esse tipo de situação, o re-
metente poderia incluir todos os endereços no campo “Cco”. 
POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
92 Um usuário está navegando na Internet usando o browser 
Google Chrome. Nessa situação, se ele estiver em uma Intra-
net, deve usar um navegador específico para acessar o conte-
údo da rede interna, uma vez que há uma incompatibilidade 
de tecnologia entre a Internet e a Intranet.
93 Jeferson Bogo, agente da PF, está utilizando um computador 
com o Windows 10 – configuração padrão, português Brasil, 
na sua seção. Ao arrastar, usando o botão esquerdo do mouse, 
um arquivo armazenado na Biblioteca Documentos para um 
pen drive, reconhecido com a letra “E:”, mantendo pressiona-
da a tecla SHIFT, esse arquivo será movido para o pen drive. 
94 Jeferson Bogo, agente da PF, criou uma biblioteca no Windo-
ws 10 – configuração padrão, português Brasil, denominada 
“Alterações nos Plantões 2021”, que está vinculada à pasta 
armazenada no seguinte caminho “C:\usuários\Jeferson\
documentos\PF\ Alterações nos Plantões 2021”. Outro usuá-
rio, ao usar o computador, acabou excluindo a biblioteca “Al-
terações nos Plantões 2021”. Nesse caso, todos os arquivos 
armazenados na pasta “Alterações nos Plantões 2021”, no ca-
minho citado, não foram apagados. 
95 No sistema operacional Linux, usando um shell, é possível 
alterar as permissões de uma pasta ou de um arquivo. Um 
usuário que deseje alterar as permissões de um arquivo cha-
mado PF_2021 para que o dono possa ler, escrever e modi-
ficar, o grupo apenas ler e os outros não tenham nenhuma 
permissão, pode digitar o comando chmod 740 PF_2021, e 
posteriormente teclar Enter.
96 A licença GPL (General Public License – licença pública ge-
ral) é uma das que pode ser aplicada aos softwares livres. Ela 
estabelece, entre outras liberdades, que todo software livre 
deve ser distribuído gratuitamente e permitir acesso ao seu 
código fonte. 
BLOCO III
BIOLOGIA
ARIADNE BRANCO
1 A eficiência nas buscas e reconhecimento das víti-
mas do rompimento da Barragem B1, da Mina Córrego do 
Feijão, em Brumadinho, apresenta índices que superam até 
o de catástrofes como o atentado terrorista que fez ruir as 
5 Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York, em 
11 de setembro de 2001. É preciso considerar, porém, que 
as condições dos dois tipos de tragédias são bem diferentes, 
uma vez que, no atentado, a explosão e os incêndios que se 
seguiram contribuem para destruir vestígios corpóreos, como 
10 fragmentos de DNA, arcadas dentárias entre outros. A lama 
de Brumadinho, de certa forma, ajuda a preservar restos mor-
tais, sendo que vários corpos foram encontrados praticamente 
completos depois de quase um ano do rompimento.
Mateus Parreiras, Estado de Minas Gerais, 31/12/2019. (com 
adaptações)
Quanto ao tema abordado no texto anterior, julgue os itens a seguir.
97 A molécula de DNA, citada no texto, consiste em duas ca-
deias de nucleotídeos dispostas em hélice, sendo que essas 
cadeias são paralelas.
98 A alta temperatura, em casos como o citado anteriormente, 
promove o rompimento das ligações de hidrogênio que unem 
as bases nitrogenadas.
99 As ligações entre Adenina e Timina são mais resistentes do 
que as ligações que ocorrem entre Guanina e Citosina.
100 Frequentemente, em casos como os citados no texto, o DNA 
presente nas mitocôndrias é utilizado como ferramenta para 
identificação. Além dessa característica, a organela em ques-
tão apresenta uma dupla membrana, cuja face externa é o lo-
cal onde acontece a fosforilação oxidativa.
101 Características como a presença de dupla membrana, genoma 
próprio e um mecanismo de autorreprodução por fissão sus-
tentam a teoria da origem endossimbiótica das mitocôndrias.
POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
No que se refere à divisão celular, com base na imagem a seguir, 
julgue o próximo item.
http://coofarm.fmns.ru.nl/celbiologie/gallery.
102 A imagem apresenta uma célula em divisão celular na fase em 
que os cromossomos atingem o grau máximo de condensação.
103 A fase que antecede a apresentada na imagem é caracterizada 
pelo encurtamento dos microtúbulos do fuso, promovendo a 
separação das cromátides-irmãs em função de os cromosso-
mos estarem ligados às fibras dos dois polos celulares.
104 Na etapa de segmentação, o zigoto divide-se rápida e segui-
damente por mitose, originando um aglomerado maciço de 
células conhecidas como blastômeros.
FÍSICA
HÉRICO AVOHAI
Ondas são perturbações que ocorrem a partir de diferentes proces-
sos iniciais que se propagam transportando energia de um ponto 
para outro. Em relação a esses processos ondulatórios, julgue os 
itens a seguir.
105 Tanto as ondas eletromagnéticas quanto as ondas sonoras 
propagam-se no vácuo.
106 Somente uma parte do espectro eletromagnético, cujo com-
primento de onda estende-se entre 400 nm e 700 nm, é visível 
a olho nu.
107 O comprimento de onda e a frequência de uma onda são gran-
dezas diretamente proporcionais.
Temporais desta semana provocaram média de 763 raios 
por dia no DF
Por Mara Puljiz, G1 DF
28/01/2021 06h21
1 Os temporais registrados na terça (25) e na quarta-feira 
(26) no Distrito Federal vieram acompanhados não só de ventos 
fortes, de até 70 quilômetros por hora, mas também de raios. 
Foram 1.526 descargas elétricas registradas nesses dois dias.
5 Os dados são do Grupo de Eletricidade Atmosférica 
(Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O 
número equivale a 25% do total de raios que caíram na capi-
tal de 1º a 26 de janeiro. Foram 5.918 registros no período.
 � Segundo Osmar Pinto Junior, coordenador do Elat, a 
10 alta quantidade de raios registrada nesses dois dias é rara. 
"Eu não me lembro de ter visto uma situação tão severa em 
Brasília, com tantos raios. É um valor muito, muito alto. Nor-
malmente, as tempestades produzem em torno de 100 raios 
 � por dia. Tempestades acima de 500 raios são extrema
15 mente fortes", analisa.
Fotografia 1: Raios registrados na região do Lago Paranoá – 
Foto: Reprodução/TV Globo
Considerando o fenômeno da eletrização, a lei de Coulomb, a 
carga do elétron igual a 1,6x10-19 C e que um raio tenha fluxo 
de cargas elétricas entre o chão e uma nuvem, distantes 2 quilô-
metros, igual a 32.000 coulomb por segundo (C/s), sendo que a 
descarga elétrica dure aproximadamente 10-8 segundos, julgue os 
itens subsecutivos.
108 No referido intervalo de tempo, 2.1015 elétrons fluíram entre 
a nuvem e o chão.
109 Se considerarmos o sistema nuvem-terra de área 20 km2 e a 
permissividade do ar igual a 9,10-12 F/m como um capacitor 
de placas paralelas carregado, a capacitância desse sistema 
será igual a 9 . 10-8 F.
A respeito da espectroscopia de absorção molecular, julgue os 
itens a seguir.
110 Na fosforescência e fluorescência, a luz continua a ser emi-
tida mesmo após o término da radiação incidente sobre 
o elemento.
POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
111 Na fluorescência, o comprimento de onda emitido é maior 
que o comprimento de onda da absorção.
112 O fenômeno da fluorescência é dividido praticamente na ab-
sorção para um nível de energia alto, em seguida retornando 
para um nível mais baixo e emissão de luz, a partir deste nível 
para outro mais baixo.
QUÍMICA
EDUARDO ULISSES
O luminol (5-amino-2,3-dihidroftalazina-1,4-diona) e a sua pro-
priedade quimioluminescente são conhecidos há muitos anos, 
porém apenas em 1937 foi aplicada na ciência forense para a iden-
tificação de sangue. Esse mecanismoé complexo e baseia-se na 
emissão de luz por meio do processo de quimioluminescência, no 
qual ocorre uma reação de oxirredução na presença do ferro da 
hemoglobina e de peróxido de hidrogênio. 
Um dos possíveis mecanismos da reação do luminol está represen-
tado a seguir e foi proposto por Albertine e colaboradores. Nessa 
proposta, um metal de transição que age como catalisador realiza 
a conversão do luminol em diazoquinona, que é então atacada pelo 
ânion proveniente do peróxido de hidrogênio hidrolisado, for-
mando um endoperóxido, perdendo uma molécula de nitrogênio 
(N2) e formando então o diânion do ácido 3-aminoftálico, que já é 
produzido no estado excitado. Essa é a espécie que sofrerá libera-
ção de fótons, gerando a quimioluminescência por meio da emis-
são de luz, quando o elétron excitado pela reação retorna ao seu 
estado fundamental, que é dependente das condições reacionais, 
como pH, concentração dos reagentes e catalisador.
Vasconcellos, F. A., et.al., Aplicação forense do luminou – Uma revisão, Rev. Cri-
minalística e Medicina Legal, vol. 1, n.2, 2017.
Acerca dos múltiplos aspectos relacionados ao assunto descrito, 
das representações estruturais e dos conceitos químicos envolvi-
dos, julgue os itens a seguir.
Dados: massas molares: Luminol = 177g/mol e 3-aminoftalato 
= 164g/mol.
113 O fenômeno da quimioluminescência pode ser explicado de 
forma satisfatória por meio do uso dos conceitos do modelo 
atômico de Ruthterford.
114 É correto afirmar que a molécula de luminol é planar.
115 O metal de transição, que participa da reação de quimiolumi-
nescência, age no sentido de encontrar outro caminho reacio-
nal com menor energia de ativação.
116 É correto afirmar que na reação em que o luminol se trans-
forma em 3-aminoftalato ocorre uma reação de redução da 
espécie luminol.
117 Em uma análise forense utilizou-se 85g de luminol e peró-
xido de hidrogênio em excesso, obtendo-se um rendimento 
final de 80%. Sendo assim, a quantidade de 3-aminoftalato 
formada na reação foi inferior a 60g.
118 É correto afirmar que o luminol é mais solúvel em solvente 
polar que o 3-aminoftalato.
119 Por meio dos dados apresentados, conclui-se que o metal par-
ticipante do processo diminui a energia da reação.
120 A cadeia carbônica do luminol (5-amino-2,3-dihidroftalazi-
na-1,4-diona) é corretamente classificada como fechada, ra-
mificada, insaturada e heterogênea.
POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
PROVA DISCURSIVA
FERNANDO MOURA
• Nesta prova, faça o que se pede usando, caso deseje, o espaço para rascunho indicado no presente caderno. Em seguida, transcreva 
o texto para a FOLHA DE TEXTO DEFINITIVO DA PROVA DISCURSIVA, no local apropriado, pois não será avaliado frag-
mento de texto escrito em local indevido. 
• Qualquer fragmento de texto além da extensão máxima de linhas disponibilizadas será desconsiderado. 
• Na Folha de Texto Definitivo, a presença de qualquer marca identificadora no espaço destinado à transcrição do texto definitivo 
acarretará a anulação da sua prova discursiva. 
• Serão atribuídos ao domínio do conteúdo até 24,00 pontos, dos quais até 1,00 ponto será atribuído ao quesito apresentação (legibi-
lidade, respeito às margens e indicação de parágrafos) e estrutura textual (organização das ideias em texto estruturado).
Leia o texto a seguir.
 Entrou em debate, no campo político, proposta que, em tese, daria aos agentes públicos de segurança respaldo em suas ações 
contra a criminalidade. 
 Trata-se do excludente de ilicitude, que é previsto no Código Penal desde 1940. O excludente isenta de responsabilidade cri-
minal os policiais que matam durante as ações policiais.
 A proposta retoma a ideia das designações de “auto de resistência” e “resistência seguida de morte”, que foram abolidas pela 
Secretaria de Direitos Humanos do governo federal, em 2012, e substituídas por “homicídio decorrente de intervenção policial”.
 O excludente de ilicitude seria aplicado, portanto, no caso dos agentes de segurança, quando, no confronto com a criminalidade 
– “no estrito cumprimento de dever legal” –, matam seus oponentes ou outras pessoas envolvidas na cena.
http://olerj.camara.leg.br/retratos-da-intervencao/excludente-de-ilicitude (com adaptações).
Considerando que o texto anterior tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema:
EXCLUDENTE DE ILICITUDE A POLICIAIS: CONFRONTO OU PREVENÇÃO?
Ao elaborar seu texto, trate, necessariamente, dos seguintes aspectos:
• Conceito de excludente de ilicitude; [valor: 5,00 pontos]
• Quadro de letalidade policial no Brasil; [valor: 6,00 pontos]
• Limites da legítima defesa e do cumprimento do dever; [valor: 6,00 pontos]
• Posicionamento acerca do melhor modelo para a segurança pública brasileira: modelo de confronto ou modelo da prevenção/inves-
tigação? [valor: 6,00 pontos]
http://olerj.camara.leg.br/retratos-da-intervencao/excludente-de-ilicitude
POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
Rascunho
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO
POLÍCIA FEDERAL
PAPILOSCOPISTA
GABARITO
Item 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Gabarito E E C C E E E C E C E E C C E E E C E E
Item 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
Gabarito E E E E E C C E C E C C E E E E C C C C
Item 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
Gabarito E E E C E E C E E C C C E C C E C C C E
Item 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
Gabarito C E E C E C C C C E C C C C E E E C C E
Item 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
Gabarito E C C E E E C E C E C E C C C E E C E E
Item 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
Gabarito C C E C E C E C C E C C E C C E E E E E
https://questoes.grancursosonline.com.br
POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
BLOCO I
LÍNGUA PORTUGUESA
MÁRCIO WESLEY
Leia o texto I e responda aos itens de 1 a 10.
Texto I
1 Os sinais detectáveis da mentira são demonstrados 
quando a recompensa ou a punição envolvidas não são tri-
viais, então na verdade algo está em jogo para o mentiroso, 
e ele realmente se importa com o êxito ou o fracasso da 
5 mentira. Então, quem está tentando mentir também está emo-
cionalmente empenhado na mentira, e é esse compromisso 
com a mentira que suscita muitos dos sinais que um leitor de 
mentes procura. Identificar os sinais é um ponto, mas o pro-
blema de saber o que eles significam continua.
10 Existem duas mensagens rivais em qualquer mentira: 
a verdade e a falsidade. A palavra “mentira” concentra-se 
na falsidade, mas ambas são de fato importantes. A habili-
dade de distingui-las também é importante. Como estamos 
sempre revelando mensagens diferentes em toda a nossa 
15 comunicação, não apenas com as nossas palavras, a men-
tira é, de fato, uma tentativa mais ou menos bem-sucedida 
de controlar essas mensagens. Do mesmo modo como exa-
minamos as expressões faciais, a mentira é uma tenta-
tiva de esconder ou mascarar certa mensagem sob outra. A 
20 capacidade de perceber se alguém está mentindo é uma ques-
tão de prestar atenção aos elementos da nossa comunicação 
que não temos muita habilidade para controlar. Quem diz a 
verdade expressa a sua comunicação conscientemente con-
trolada do mesmo modo como manifesta as suas expressões 
25 inconscientes. Mas, se conseguirmos detectar alguma desar-
monia no que é expresso, entre o que as mãos e as palavras 
comunicam, por exemplo, poderemos suspeitar que há duas 
mensagens diferentes envolvidas. Procuramos sinais contra-
ditórios, indícios inconscientes que falem outra coisa além 
30 da mensagem expressa conscientemente. Os sinais difíceis 
de controlar expressam os nossos verdadeiros pensamentos 
e sentimentos.
Fexeus, Henrik. A arte de ler mentes: como interpretar gestos 
e influenciar pessoas sem que elas percebam. Tradução de 
Daniela Barbosa Henriques. Petrópolis,RJ: Vozes, 2013, p. 86.
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto 
apresentado, julgue os itens seguintes.
1 A ideia central do texto consiste em mostrar a mentira como 
soma de verdade e falsidade, ambas importantes para o su-
cesso no controle de nossa comunicação verbal e não verbal.
Errado.
A ideia expressa na questão está mesmo contida no texto. O 
segundo parágrafo informa logo de início: “Existem duas men-
sagens rivais em qualquer mentira: a verdade e a falsidade”. Em 
seguida, o texto mostra a importância de compreender a menti-
ra como tentativa de controlar verdade e falsidade: “a mentira 
é uma tentativa de esconder ou mascarar certa mensagem sob 
outra”. Porém, o foco maior do texto não está em conseguirmos 
esse controle sobre nossa própria comunicação. O foco maior 
está em conseguirmos detectar os sinais de mentira em outras 
pessoas e saber o que significam essas tentativas de controle 
que as pessoas realizam. Assim, a finalidade do autor (a ideia 
central) é fornecer ferramentas para alguém detectar a desar-
monia entre fala consciente (comunicação verbal) e expressões 
corporais inconscientes (comunicação não verbal); tal desar-
monia revela a mentira e conduz aos verdadeiros pensamentos 
e sentimentos do interlocutor. A diferença entre o enunciado 
da questão e o texto é o foco: o texto focaliza a capacitação de 
alguém para detectar mentiras; a questão focaliza a capacidade 
de alguém de esconder a verdade ou a mentira por trás de uma 
fala consciente.
2 Segundo o texto, o que não pode ser controlado em nossa 
expressão corporal manifesta o verdadeiro pensamento ou 
sentimento.
Errado.
Apenas uma distorção do sentido textual: a última frase do 
texto informou: “Os sinais difíceis de controlar expressam os 
nossos verdadeiros pensamentos e sentimentos.” Note bem: o 
texto chamou de “sinais difíceis de controlar”. É diferente do 
enunciado da questão: “não pode ser controlado”. Aquilo que 
é difícil de controlar ainda pode ser controlado, mesmo com 
dificuldade.
3 De acordo com o texto, quando uma recompensa ou punição 
é banal, a mentira não pode ser detectada.
Certo.
A primeira frase do texto informa: “Os sinais detectáveis da 
mentira são demonstrados quando a recompensa ou a punição 
envolvidas não são triviais, então na verdade algo está em jogo 
para o mentiroso, e ele realmente se importa com o êxito ou o 
fracasso da mentira.” Ora, se, quando não são triviais, ou seja, 
não são banais a recompensa ou a punição envolvidas, os sinais 
detectáveis da mentira são demonstrados, então é verdade que, 
quando são banais a recompensa ou a punição, esses sinais de-
tectáveis da mentira não são demonstrados e, consequentemen-
te, a mentira não pode ser detectada.
4 A correção gramatical do trecho “A habilidade de distingui-
-las também é importante.” (l. 12-13) e suas informações 
seriam mantidas caso ele fosse reescrito da seguinte forma: 
“tal qual o é a habilidade de as distinguir.”, substituindo-se o 
ponto após “importantes” (l. 12) por vírgula.
Certo.
POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
O resultado produz a sequência: “...mas ambas são de fato im-
portantes, tal qual o é a habilidade de as distinguir.” Nessa nova 
sequência, a expressão “tal qual” conserva o sentido do original 
“também”; o adjetivo “importante” é retomado pelo pronome 
“o” em “tal qual o é” (pronome oblíquo em função de predi-
cativo do sujeito e com função coesiva anafórica); o sujeito de 
“é” continua sendo “a habilidade de as distinguir”, agora com 
a próclise facultativa “as distinguir” (sem palavra atrativa antes 
do verbo, fica facultativa a próclise ou a ênclise).
5 No trecho “poderemos suspeitar que há duas mensagens dife-
rentes envolvidas” (l. 27-28), a substituição da forma verbal 
“poderemos” por “poderíamos” prejudica a correção grama-
tical do texto, embora não altere o seu sentido original.
Errado.
É verdade que prejudica a correção gramatical, mas é falso di-
zer que não altera o sentido. O texto original correlacionou tem-
pos verbais em sentido prospectivo: se conseguirmos (futuro do 
subjuntivo, sentido de previsão hipotética de fatos posteriores 
ao momento da fala) detectar alguma desarmonia..., poderemos 
(futuro do presente, sentido de segurança sobre o resultado da 
concretização da previsão hipotética de “se conseguirmos”). A 
reescrita empregou o futuro do pretérito “poderíamos” (sentido 
de mera suposição ou hipótese condicionada sobre o resultado 
de “se conseguirmos”) — esta é a mudança de sentido. Por ou-
tro lado, o erro gramatical está no desrespeito à correlação ver-
bal: ao empregar “poderíamos”, será obrigatório alterar o verbo 
correlacionado para “se conseguíssemos” (pretérito imperfeito 
do subjuntivo, sentido de mera hipótese sobre possíveis resul-
tados no passado). 
6 O termo “muitos dos sinais” (l. 7) exerce a função de objeto 
direto da forma verbal “suscita” (l. 7), além de ser o refe-
rente do objeto direto da forma verbal “procura” (l. 8), que 
está elíptico.
Errado.
É verdade que o termo “muitos dos sinais” exerce a função de 
objeto direto da forma verbal “suscita”. Vamos eliminar a par-
tícula expletiva “é ... que” e analisar o trecho: “e esse compro-
misso com a mentira suscita muitos dos sinais que um leitor de 
mentes procura”. Nesse trecho, vamos identificar as orações. 
Oração 1: e esse compromisso com a mentira suscita muitos 
dos sinais. Oração 2: que um leitor de mentes procura. Agora, 
vamos classificar tais orações. Oração 1: oração coordenada 
sindética aditiva para a oração antes desse trecho (e), além de 
oração principal para a oração 2. Oração 2: oração subordinada 
adjetiva restritiva para a oração 1. Na oração 1, o termo “esse 
compromisso com a mentira” exerce a função de sujeito da 
forma verbal “suscita”; para esse verbo, o termo “muitos dos 
sinais” exerce a função de objeto direto. Na oração 2, o termo 
“um leitor de mentes” exerce a função de sujeito da forma ver-
bal “procura”; o pronome relativo “que” exerce a função de 
objeto direto de “procura”, ou seja, o objeto direto de “procura” 
não está elíptico, mas sim escrito (é o pronome “que”). De fato, 
o termo “muitos dos sinais” é mesmo o referente do objeto dire-
to de “procura”, isto é, é o referente do pronome “que”.
7 No trecho “se alguém está mentindo” (l. 20), a palavra 
“se” introduz oração com sentido hipotético acerca do tre-
cho anterior.
Errado.
A palavra “se” não introduziu sentido hipotético sobre o tre-
cho anterior: a capacidade de perceber não foi condicionada a 
“se alguém está mentindo” — o ato de mentir aqui é tomado 
como real, e não como hipotético, porém a percepção desse ato 
pode ocorrer ou não ocorrer (sem condicionamento nesse “se”). 
A palavra “se” introduziu a oração que complementa o verbo 
da oração anterior: “perceber”. Vamos identificar as orações 
relevantes. Oração 1: A capacidade é uma questão. Oração 2: 
de perceber. Oração 3: se alguém está mentindo. Oração 4: de 
prestar atenção aos elementos da nossa comunicação. Agora 
vamos classificar essas orações. Oração 1: oração principal da 
oração 2 e da oração 3. Oração 2: oração subordinada substanti-
va completiva nominal reduzida de infinitivo para a oração 1, e 
oração principal para a oração 3. Oração 3: oração subordinada 
substantiva objetiva direta para a oração 2. Portanto, a pala-
vra “se” comportou-se como conjunção integrante, e não como 
conjunção condicional.
8 A inserção da preposição “de” imediatamente após “sus-
peitar” (l. 27) preserva os sentidos textuais e sua correção 
gramatical.
Certo.
O verbo “suspeitar” pode ser empregado, com o mesmo sen-
tido, como transitivo direto (O delegado suspeita o pior nes-
sa investigação. Ele suspeita que o preso não esteja falando a 
verdade.) ou como transitivo indireto (O delegado suspeita do 
pior nessa investigação. Ele suspeita de que o preso não esteja 
falando a verdade.). Fontes: Luft, Dicionário prático de regên-
cia verbal, e Dicionário Michaelis (https://michaelis.uol.com.
br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/suspeitar/).9 O emprego de acento gráfico nas palavras “detectáveis” (l. 
1), “êxito” (l. 4) e “indícios” (l. 29) justifica-se pela mesma 
regra de acentuação gráfica.
Errado.
A palavra “êxito” recebe acento gráfico pela regra das proparo-
xítonas. A palavra “indícios” recebe acento gráfico por duas re-
gras: pela regra de paroxítona terminada em ditongo crescente, 
e pela regra de proparoxítona eventual ou aparente (paroxítonas 
terminadas em ditongo crescente sofrem de instabilidade foné-
tica: podem ser pronunciadas como paroxítonas, in.dí.cios, ou 
como proparoxítonas, in.dí.ci:os — aqui o ponto indica sepa-
ração de sílabas, enquanto os dois-pontos indicam diérese op-
cional, mas não separação silábica oficial, segundo a Academia 
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/suspeitar/
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/suspeitar/
POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
Brasileira de Letras). Já a palavra “detectáveis” recebe acento 
por apenas uma regra: apenas paroxítona terminada e ditongo 
decrescente (vogal “e” seguida de semivogal “i”) — somente as 
paroxítonas terminadas em ditongo crescente (semivogal pri-
meiro, e depois vogal) é que podem ser consideradas também 
proparoxítonas eventuais.
10 O texto pode ser enquadrado no tipo dissertativo, haja vista 
a exposição de sinais que se pode procurar observar a fim de 
detectar uma mentira, em uma apresentação objetiva.
Certo.
O texto apresenta marcas que caracterizam dissertações: verbos 
predominantemente no presente, prevalência de substantivos 
abstratos. Além disso, houve poucos adjetivos, apenas com va-
lor objetivo/informativo, e não valor subjetivo/opinativo. Por 
outro lado, de fato o texto expôs sinais que se pode observar no 
mentiroso a fim de detectar uma mentira: a presença da primei-
ra pessoa plural (nós) aparece do lado do observador (eu, nós) 
que procura detectar uma mentira, enquanto a terceira pessoa 
(ele, ela, eles, elas) aparece nas referências a quem tenta mentir 
— esse uso da terceira pessoa, somado com os adjetivos objeti-
vos, caracteriza uma apresentação objetiva.
Leia o texto II e responda aos itens de 11 a 21.
Texto II
1 Terminada a cantiga, ele deu início à coleta. Começou 
pelos russos, que contribuíram generosamente, depois subiu 
os degraus. Agora, ali em cima, mostrava-se tão humilde 
quanto tinha sido atrevido durante a exibição. Curvando-se 
5 em reverências, esgueirava-se por entre as mesas, e um sor-
riso perfidamente servil deixava à mostra seus dentes fortes, 
mas ainda assim as duas rugas persistiam ameaçadoras entre 
as sobrancelhas. As pessoas examinavam com curiosidade e 
certa repulsa a estranha criatura que recolhia seu sustento, 
10 atirando com as pontas dos dedos moedas em seu chapéu, 
com cuidado para não tocá-lo. A supressão da distância física 
entre o comediante e a distinta plateia, por mais que o espetá-
culo tenha agradado, cria sempre certo embaraço. O homen-
zinho o sentia e procurava desculpar-se por meio de uma 
15 atitude servil. Aproximou-se de Aschenbach e com ele veio 
o cheiro, com o qual ninguém ao redor parecia preocupar-se.
 � — Ouve — disse o solitário, em voz abafada, quase 
mecanicamente —, estão desinfetando Veneza. Por quê? O 
bufão respondeu com voz rouca:
20 — Por causa da polícia, ora! É regulamento, meu senhor, 
com este calor e o siroco. O siroco oprime. Não é bom para 
a saúde... — Falava como se estivesse surpreso por alguém 
perguntar uma coisa dessas, e demonstrava com a palma da 
mão o quanto o siroco era opressivo.
25 — Quer dizer que não há epidemia em Veneza? — per-
guntou Aschenbach, bem baixo, entre dentes. As feições 
musculosas do bufão se contraíram numa cômica careta de 
perplexidade.
 � — Uma epidemia?! Será a nossa polícia uma epidemia? 
30 O senhor está brincando! Uma epidemia! Ora, essa é boa! 
Uma medida preventiva, procure entender! Uma determina-
ção da polícia para combater de imediato os efeitos do calor 
sufocante... — gesticulava.
 � — Está bem — disse Aschenbach, mais uma vez em 
35 voz baixa e laconicamente, e deixou cair rapidamente uma 
gorjeta exorbitante no chapéu estendido. Depois, fechando os 
olhos, fez sinal ao homem para que se afastasse. Este obede-
ceu, arreganhando os dentes num sorriso e fazendo mesuras. 
Mas, ainda antes de ter alcançado a escada, dois empregados
40 do hotel precipitaram-se sobre ele e, com os rostos quase 
colados ao seu, submeteram-no a um rigoroso interrogató-
rio em surdina. Ele encolhia os ombros, protestava, jurava 
ter mantido silêncio; era óbvio. Liberado, voltou ao jardim 
e, depois de breve confabulação com os seus sob a lâmpada 
45 de arco, adiantou-se uma vez mais, para uma canção de des-
pedida.
Mann, Thomas. Morte em Veneza. Tradução Eloísa Ferreira
Araújo Silva. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 2011.
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto II, 
julgue os próximos itens.
11 De acordo com o texto, após aquela cantiga, ao aproximar-
-se da plateia para recolher contribuições, o bufão provocou 
eventual e indesejado embaraço para sua plateia.
Errado.
O embaraço ocorreu, de fato, e é mesmo indesejado; por isso, 
o bufão tentava demonstrar alguma desculpa por meio do sor-
riso e da atitude servis. Porém, esse embaraço indesejado não 
foi caracterizado como eventual no texto. Lemos no primeiro 
parágrafo: “A supressão da distância física entre o comediante 
e a distinta plateia, por mais que o espetáculo tenha agradado, 
cria sempre certo embaraço." Notemos o advérbio “sempre”, 
que informa que o embaraço está sempre presente quando o 
comediante/bufão se aproxima fisicamente de sua plateia.
12 O personagem Aschenbach é caracterizado no texto como 
solitário, de pouca estatura e, depreende-se, não morador 
de Veneza.
Errado.
Aschenbach é caracterizado, sim, como solitário: o trecho “dis-
se o solitário” (2º parágrafo) refere-se a ele. A pergunta dele 
em “Quer dizer que não há epidemia em Veneza?”, a surpresa 
do bufão com essa pergunta que lhe pareceu estranha, e a in-
formação textual de que Aschenbach estava em um hotel nessa 
cidade permitem depreender (inferir, isto é, visualizar uma pos-
sibilidade com base em indícios do texto) que Aschenbach não 
morava em Veneza. Porém, a pouca estatura foi informada no 
texto acerca do comediante/bufão, e não acerca de Aschenbach: 
“O homenzinho” referido no 1º parágrafo é esse comediante.
POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
13 Sem prejuízo do sentido original do texto, a conjunção “mas” 
(l. 7) poderia ser substituída por não obstante.
Certo.
A conjunção “mas” foi empregada em seu sentido básico ad-
versativo: antes dessa conjunção, temos o sentido de um sorriso 
falsamente servil com dentes à mostra, e depois temos o sentido 
de rugas ainda ameaçadoras. Ou seja, o sorriso pretendia evitar 
aparência de ameaça, mas as rugas ainda mantiveram imagem 
de ameaça. Com sentido adversativo, é correto substituir “mas” 
por “não obstante”. Cuidado: a expressão “não obstante” pode 
ser empregada como adversativa ou como concessiva (ela “joga 
nesses dois times” de conjunções e locuções).
14 O advérbio “laconicamente” está empregado, na linha 35, 
com o mesmo sentido de “sucintamente”.
Certo.
Os dicionários Michaelis, Porto, Houaiss, Aurélio e Bechara 
registram o adjetivo “lacônico” com sentido de “breve, sucinto, 
que se expressa em poucas palavras”. Dessa forma, o advérbio 
correspondente “laconicamente” significa mesmo “brevemen-
te, sucintamente”.
15 No trecho “perguntou Aschenbach, bem baixo, entre dentes” 
(l. 25-26), as vírgulas foram empregadas para marcar a inter-
calação do segmento “bem baixo”.
Errado.
Não existe intercalação nesse trecho. Vamos analisar sintatica-
mente. Para a forma verbal “perguntou”, o sujeito é “Aschen-
bach”; o objeto direto dessa forma verbal está representado pela 
fala em discurso direto logo antes: “Quer dizer que não há epi-
demia em Veneza?” Já o termo “bem baixo” informa o modo 
como o sujeito perguntou: trata-sede adjunto adverbial de 
modo; e o termo “entre dentes” informa também modo como o 
sujeito perguntou: trata-se de outro adjunto adverbial de modo. 
Sendo assim, a vírgula logo após “baixo” separou termos de 
mesma função sintática (enumeração); já a vírgula após “As-
chenbach” é facultativa por ocorrer diante de adjuntos adver-
biais escritos em ordem direta no final de oração. O trecho po-
deria ser escrito corretamente de outras maneiras: (1) perguntou 
Aschenbach, bem baixo e entre dentes [com a conjunção “e” no 
lugar da vírgula entre os dois termos de mesma função sintáti-
ca] ou (2) perguntou Aschenbach bem baixo, entre dentes [sem 
a vírgula facultativa antes dos adjuntos adverbiais escritos em 
ordem direta no final de oração].
16 No trecho “e um sorriso perfidamente servil deixava à mostra 
seus dentes fortes” (l. 5-6), a ocorrência do sinal indicativo de 
crase justifica-se por haver preposição “a” regida pela forma 
verbal “deixava” e artigo definido “a” diante do substantivo 
feminino “mostra”.
Errado.
A forma verbal “deixava” não regeu preposição. Trata-se de 
verbo empregado como transitivo direto. Seu objeto direto foi o 
termo “seus dentes fortes”, seu sujeito foi o termo “um sorriso 
perfidamente servil”. A justificativa para ocorrência do sinal in-
dicativo de crase não dependeu da regência verbal. A justifica-
tiva para esse sinal de crase encontra-se no emprego de locução 
adjetiva feminina “à mostra”. Trata-se de locução adjetiva, por-
que exerce função sintática de predicativo do objeto direto: a 
locução feminina “à mostra” informa estado/situação do objeto 
direto “seus dentes fortes”. Então, cabe aqui a regra de empre-
gar obrigatoriamente sinal de crase em locuções femininas em 
geral: locução adjetiva, locução adverbial, locução prepositiva 
e locução conjuntiva. Nas locuções, a preposição “a” já ocorre 
como parte necessária da própria locução; essa preposição não 
é resultado de regência.
17 Sem prejuízo da correção gramatical, a forma verbal “cria” 
(l. 13) poderia ser substituída por criam, por referir-se a um 
sujeito composto.
Errado.
O sujeito da forma verbal “cria” é, no texto original: “A supres-
são da distância física entre o comediante e a distinta plateia”. 
Nesse sujeito, existe apenas um núcleo: o substantivo “su-
pressão”, no singular. Existe aí o complemento nominal: “da 
distância física entre o comediante e a distinta plateia”. Nesse 
complemento nominal, o núcleo é “distância”, com os adjuntos 
adnominais: “física” e “entre o comediante e a distinta plateia”. 
Conclusão: o sujeito é simples e possui núcleo no singular (su-
pressão). Portanto, o verbo só pode assumir a forma singular 
“cria”, e não a forma plural “criam”. Além disso, o núcleo desse 
sujeito não indica coletivo nem partitivo, que permitiriam con-
cordar o verbo com algum adjunto adnominal.
18 Infere-se da situação apresentada no texto que não era permi-
tido falar com os hóspedes do hotel.
Certo.
O personagem bufão “esgueirava-se por entre as mesas” (1º 
parágrafo) e se aproximou de Aschenbach [aqui inferimos que 
este estava em uma das mesas]. Aschenbach falou em voz bai-
xa, entre dentes. Ao sair, o bufão foi abordado por dois empre-
gados do hotel (último parágrafo) e jurou ter mantido silêncio; 
só então foi liberado. Esses indícios permitem inferir que não 
era mesmo permitido falar com os hóspedes do hotel.
19 O trecho “— Quer dizer que não há epidemia em Veneza? — 
perguntou Aschenbach, bem baixo, entre dentes.” (l. 25-26) 
pode ser reescrito em discurso indireto, com as mesmas in-
formações, da seguinte maneira: Aschenbach perguntou, bem 
baixo, entre dentes, se queria dizer que não havia epidemia 
em Veneza?
Errado.
POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
Quase tudo correto. Apenas um detalhe errado: o sinal de in-
terrogação deve ser retirado ao transformar a pergunta original 
(discurso direto, pergunta direta) em um discurso relatado (dis-
curso indireto, pergunta indireta). O presente do indicativo ori-
ginal na pergunta direta (quer, há) foi corretamente convertido 
em pretérito imperfeito do indicativo (queria, havia), segundo 
a regra de transformação entre discurso direto e discurso in-
direto (Cunha & Cintra, Nova Gramática do Português Con-
temporâneo).
20 O complemento verbal de “obedeceu” (l. 37-38) está elíptico, 
mas poderia ser expresso correta e coerentemente na escrita: 
“Este obedeceu o sinal de afastar-se”.
Errado.
Ocorreu apenas um erro: o verbo “obedecer” é registrado ofi-
cialmente como transitivo indireto; ele rege a preposição “a”. 
Correção: Este obedeceu ao sinal de afastar-se. 
Considerando o texto II e o Manual de Redação da Presidência da 
República, 3ª edição, de 27/12/2018, julgue o item a seguir.
21 Nas linhas 20 e 21, o trecho “É regulamento, meu senhor, 
com este calor e o siroco.” encerra o vocativo “meu senhor”. 
Supondo que se dirija a um delegado de polícia, esse vocativo 
deveria ser substituído por “Vossa Excelência” ou “Doutor”.
Errado.
A expressão “Vossa Excelência” é um pronome de tratamento; 
não é um vocativo. Não cabe esse pronome de tratamento para 
um delegado de polícia. Conforme o Manual de Redação da 
Presidência da República, o vocativo em questão deve ser “Se-
nhor Delegado,”, e o pronome de tratamento é apenas “Senhor” 
ou “Vossa Senhoria”. Em apoio a esta norma, existe o Decreto 
n. 9.758, de 11/4/2019. Além disso, segundo o mesmo Manual, 
a palavra “Doutor” não é pronome de tratamento nem vocativo, 
mas apenas um título acadêmico concedido a quem concluiu 
curso que faz jus a essa titulação. Segundo a Lei n. 12.830, de 
20/6/2013, artigo 3º, o delegado recebe o tratamento protocolar 
(não é o mesmo que pronome de tratamento) dado a magistra-
dos, membros da Defensoria Pública e do MP e advogados.
NOÇÕES DE DIREITO 
ADMINISTRATIVO
RAPHAEL SPYERE
Acerca dos Poderes Administrativos e seu exercício, julgue as 
questões a seguir.
22 Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, os di-
reitos fundamentais de reunião ou de manifestação em locais 
públicos depende de comunicação oficial prévia às autorida-
des competentes, sob pena, do contrário, incorrer-se em exer-
cício irregular de direito.
Errado. 
Muito pelo contrário, o STF em recente decisão exarada nos 
autos do RE 806.339/SE (Rel. Ministro Edson Fachin, Julga-
mento 28/12/2020) fixou a seguinte tese de repercussão geral:
A exigência constitucional de aviso prévio relativamente ao 
direito de reunião é satisfeita com a veiculação de informação 
que permita ao poder público zelar para que seu exercício se 
dê de forma pacífica ou para que não frustre outra reunião no 
mesmo local.
Nesses termos, a assertiva se acha ERRADA.
23 Atos sancionatórios são as punições aplicadas pela Adminis-
tração àqueles que, situados fora de sua esfera, descumprem 
normas administrativas, excluindo‐se, dessa espécie, as san-
ções funcionais aplicadas a agentes públicos.
Errado. 
Quanto às espécies de atos administrativos, podem ser citados 
os atos normativos, ordinatórios, enunciativos, negociais e pu-
nitivos/sancionatórios. A questão em si trata desses últimos: os 
atos punitivos.
Atos punitivos são aqueles provenientes do exercício do poder 
disciplinar ou de polícia, podendo, por conseguinte, englobar 
tanto as sanções funcionais aplicadas aos agente públicos (ao 
contrário do que afirmado na questão e daí o seu ERRO), tal 
qual a demissão de um servidor público (Lei n. 8.112/1990, 
art. 127, III, e art. 132), e também os atos punitivos aplicados 
aos particulares situados fora da esfera da Administração Pú-
blica, como as multas por violação das regras de trânsito, res-
pectivamente.
Reescrevendo a questão da forma correta, ficaria assim: Atos 
sancionatórios, ALÉM DAS punições aplicadas pela Adminis-
tração àqueles que, situados fora de sua esfera, descumprem 
normas administrativas, ENGLOBAM AS SANÇÕES FUN-
CIONAIS APLICADAS AOS AGENTES PÚBLICOS.
POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
Com a fusão de certos ministérios, entre eles o Ministério da Pre-
vidênciaSocial e o Ministério da Fazenda, criou-se o Ministério 
da Economia. Sobre esse evento jurídico e as distribuições de 
competências públicas nas entranhas da Administração, julgue os 
itens subsecutivos.
24 A fusão dos referidos órgãos é resultado da centralização de 
competências.
 
Errado. 
A fusão dos ministérios corresponde à concentração de compe-
tências, e não à centralização, como afirma o examinador. Nas 
palavras de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (2017, p. 30):
Alguns autores utilizam a expressão concentração adminis-
trativa para descrever o fenômeno inverso (a desconcentra-
ção): a situação em que uma determinada pessoa jurídica 
integrante da administração pública extingue órgãos antes 
existentes em sua estrutura, reunindo em um número menor 
de unidades as respectivas competências. 
É importante enfatizar que os ministérios são órgãos da União, 
como não deixa dúvida o Decreto-Lei n. 200/1967, art. 4º, I. A 
União, em si, é a pessoa jurídica, enquanto os ministérios cita-
dos são os órgãos que integram sua estrutura. Com a extinção 
dos Ministérios da Previdência e da Fazenda para formação do 
Ministério da Economia, tem-se, pois, a concentração. Reescre-
vendo a questão da forma correta, teria-se o seguinte: “A fusão 
dos referidos órgãos é resultado da CONCENTRAÇÃO (e não 
centralização) de competências”.
25 Conside que o Ministério da Economia venha a ser extinto e, 
com isso, os Ministérios da Previdência Social e da Fazenda 
venham a ser recriados. Nesse caso, ocorre a descentralização 
de competências.
Errado. 
Na verdade ocorre a desconcentração (e não descentralização, 
como alega o examinador), que é justamente o opostos de con-
centração. Nas palavras de Marcelo Alexandrino e Vicente Pau-
lo (2017, p. 29):
Diferentemente da descentralização, que envolve sempre 
mais de uma pessoa, a desconcentração ocorre exclusivamen-
te dentro da estrutura de uma mesma pessoa jurídica. Trata-
-se, a desconcentração, de mera técnica administrativa de 
distribuição interna de competências de uma pessoa jurídica. 
Ocorre desconcentração administrativa quando uma pessoa 
política ou uma entidade da administração indireta distri-
bui competências no âmbito de sua própria estrutura a fim 
de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços. Vale 
repetir, desconcentração envolve, obrigatoriamente, uma só 
pessoa jurídica.
Mais uma vez, é importante enfatizar que os ministérios são 
órgãos da União, como não deixa dúvida o Decreto-Lei n. 
200/1967, art. 4º, I. A União, em si, é a pessoa jurídica, en-
quanto os ministérios citados são os órgãos que integram sua 
estrutura. A recriação dos aludidos ministérios (órgãos) equiva-
le à desconcentração de competências dentro da União (pessoa 
jurídica).
NOÇÕES DE DIREITO 
CONSTITUCIONAL
RICARDO BLANCO
Julgue os itens a seguir.
26 De acordo com o STF, é possível cumprir ordem judicial du-
rante a noite, no escritório profissional, durante uma investi-
gação criminal para instalar escutas ambientais. 
Certo.
De acordo com o STF é possível cumprir ordem judicial duran-
te a noite, no escritório profissional, durante uma investigação 
criminal para instalar escutas ambientais. (INQ n. 2.424, STF).
27 A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, 
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, 
destina-se a prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpe-
centes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem 
prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas 
respectivas áreas de competência.
Certo.
Art. 144, § 1º, CF. A polícia federal, instituída por lei como 
órgão permanente, organizado e mantido pela União e estru-
turado em carreira, destina-se a: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fa-
zendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de 
competência;
28 Aos portugueses com residência permanente no País, se hou-
ver reciprocidade em favor de brasileiros, serão naturalizados 
brasileiros. 
Errado.
Art. 12, § 1º, CF. Aos portugueses com residência permanente 
no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão 
atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos pre-
vistos nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda Consti-
tucional de Revisão nº 3, de 1994)
29 Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, du-
rante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
Certo.
Art. 14, § 2º, CF. Não podem alistar-se como eleitores os es-
trangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, 
os conscritos.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art19
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art19
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12%C2%A71
POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
DIREITO PENAL E PROCESSUAL 
PENAL
DEUSDEDY SOLANO
Analise a situação hipotética a seguir e julgue a assertiva.
30 Fátima foi presa em flagrante pela prática de falsificação de 
moeda (art. 289 do CP). O delegado federal que presidiu a 
autuação após ter recebido “notitia criminis” deixou de en-
tregar à presa a nota de culpa.
Nesse caso, é correto afirmar que, após a alteração legislati-
va com a obrigatoriedade da audiência de custódia no prazo 
de 24 horas, não se faz mais necessária a entrega da nota de 
culpa a Fátima.
Errado. 
É um dos direitos constitucionais do preso saber os motivos de 
sua prisão e os responsáveis, direito esse que é satisfeito com a 
entrega da nota de culpa (obrigatoriamente). Conforme o CPP:
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se 
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz compe-
tente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa 
por ele indicada.
§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da 
prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de pri-
são em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de 
seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.
§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante re-
cibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o mo-
tivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas.
Conforme dispõe o Código de Processo Penal, logo que tiver 
conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial 
deverá dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem 
o estado e conservação das coisas até a chegada dos peritos crimi-
nais, e determinar a realização de exames e perícias. Em relação a 
esse tema, julgue o item a seguir.
31 Se existir mais de um local, objeto ou pessoa a ser alvo da 
realização do exame de corpo de delito, terão prioridade ca-
sos de crime que envolvam violência doméstica e familiar 
contra mulher ou violência contra criança, adolescente, idoso 
ou pessoa com deficiência. 
Certo.
Art. 6º, CPP. Logo que tiver conhecimento da prática da infra-
ção penal, a autoridade policial deverá:
I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem 
o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos 
criminais; 
Art. 158, Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do 
exame de corpo de delito quando se tratar de crime que envol-
va: (Incluído dada pela Lei n. 13.721, de 2018)
I – violência doméstica e familiar contra mulher;
II – violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com 
deficiência. 
À luz da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, em rela-
ção à eficácia e nulidade da prova, julgue o item a seguir.
32 É válido e revestido de eficácia probatória o testemunho 
prestado por policiais envolvidos em ação investigativa ou 
responsáveis por prisão em flagrante, quando estiver em har-
monia com as demais provas dos autos e for colhido sob o 
crivo do contraditório e da ampla defesa.
Certo.
Jurisprudência em teses, edição

Outros materiais