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Diego Sanson – MED 117 – @diego_sanson Atividade - Bioquímica Fisiológica – Prática 1 – UFJF Uma amostra de sangue foi coletada de uma mulher de 65 anos para verificar sua concentração sérica de potássio, porque ela estava utilizando diuréticos tiazídicos há algum tempo. O clínico geral deixou a amostra no carro e entregou-a ao laboratório na manhã seguinte a caminho da cirurgia. Imediatamente após analisar a amostra, o bioquímico estava ao telefone com o clínico geral. Com relação a este caso, responda: 1 – Por que o laboratório ligou para o médico imediatamente? Primeiramente, vamos entender o que aconteceu com a amostra de sangue desde a sua coleta até o momento final de sua análise. Um erro de amostragem que verificamos de imediato é o armazenamento da amostra biológica que não foi processado, acondicionado ou armazenado em baixas temperaturas. Assim, os componentes do sangue, em especial as hemácias, continuam obtendo energia a partir da glicólise (ainda mais pela ausência de um anticoagulante que é capaz de prevenir que hemácias e leucócitos metabolizem a glicose). Dessa maneira, as hemácias sem glicose não conseguem obter energia do substrato e acabam sofrendo lise, liberando todo seu conteúdo no meio extracelular. Lembrando: o potássio é o principal íon intracelular – apresenta concentração intracelular de 140-150 mEq/L, e extracelular (muito menor) de 3,5 a 5 mEq/L. Ou seja, todos os íons potássio agora estão no meio extracelular e passam a ser analisados pela técnica xx no laboratório. Com um resultado muito acima do normal, o laboratório ligou imediatamente para o médico. 2 – Qual deve ser a conduta do médico com a paciente? Certamente, um valor tão alto de K+ no meio extracelular colocaria a vida da paciente em xeque e bem possivelmente impediria a manutenção da homeostase, levando a morte. Dessa forma, o resultado obtido não coincide com o quadro clinico apresentado, portanto, o médico deve ligar para a paciente e informar o ocorrido, orientando-a que uma nova coleta devera ser feita, agora respeitando o processamento/armazenamento da amostra sanguínea. 3 – O que você esperaria do resultado da paciente se a dose de diurético tiazídico estivesse inadequada? Como com todos os pacientes submetidos à terapia diurética, é necessário verificar regularmente os eletrólitos séricos em intervalos apropriados. As tiazidas podem diminuir a Diego Sanson – MED 117 – @diego_sanson excreção urinária de cálcio e podem causar uma elevação ligeira e intermitente da concentração sérica de cálcio. As tiazidas afetam os mecanismos tubulares renais da reabsorção eletrolítica, aumentando diretamente a excreção de íons sódio e cloreto e privando o corpo do excesso de água. As perdas de potássio ocorrem secundariamente (substituição por sódio) e por secreção ativa no túbulo distal. Dessa forma, se a dose não estiver bem ajustada teremos uma excreção excessiva de potássio, por conseguinte, a concentração sérica desse íon no sangue seria bem inferior ao normal. Outro ponto a ser destacado é que juntamente com a excreção de sais tem- se uma excreção de água, dessa forma, se não bem dosado, pode ter uma excreção excessiva de água do organismo, concentrando os analitos presente no sangue, mascarando os resultados.
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