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ANTIPROTOZOÁRIOS: → Refugiados de regiões endêmicas, pontos turísticos como praias, são fatores que colaboram para disseminação de doenças parasitárias. - Pacientes imunossuprimidos possuem uma maior disponibilidade de contaminação. → A diferença de um protozoário para um helminto é que os protozoários são unicelulares e eucarióticos. MALÁRIA: → Malária terçã e malária quartã é de acordo com a febre e manifestação dos sintomas da crise febril. - A terçã a febre surge a cada 36h à 48h. - A quartã a febre surge a cada 72h. → Malária é uma infecção das hemácias que ocasionam sua lise → O protozoário é do gênero Plasmodium sp. e é transmitido pela fêmea do mosquito Anopheles sp. (vetor). → O mosquito fêmea que é o vetor, pois é hematófago e quando ele inocula o protozoário no ser humano ele suga sangue que serve de alimentos (prot, plasmáticas) para o mosquito fêmea para produção de óvulos, permitindo a ovulação. Já o macho somente se alimenta de produtos vegetais. → Vetor biológico: local onde o agente infeccioso se multiplica. → Vetor: agente que transmite o parasito de um hospedeiro para o outro. → O Brasil temos 3 espécies de Plasmódio: - P.malarie – febre quartã- se manifesta em ciclos de 72h; - P.vivax- febre terçã benigna- ataques febris a cada 48h; - P. falciparum-febre terçã maligna- ataques febris a cada 36 a 48h. CICLO DE INFECÇÃO DO PROTOZOÁRIO DA MALÁRIA: → Esporozoíto é a célula infectante. → Trofozoíto é célula que cresce e fica ativa. → Merozoíto é a célula que sai após o ciclo. → A fêmea do mosquito Anopheles se contamina com o protozoário que existem em reservatórios naturais, picando como macacos (P. vivax) e aves africanas (P. falciparum) e se torna vetor. No inseto a reprodução é sexuada e no homem é assexuada. → Após picar a pele da pessoa, a pessoa não sente a picada pois quando ele inocula o protozoário a saliva do mosquito entra na epiderme e além de ter o protozoário ela possui moléculas anestésica e anticoagulantes, impedindo qualquer sensibilidade. Permitindo que o mosquito ferroe o sugue o sangue. → Ao entrar na epiderme a célula parasitária se chama esporozoíto e se dissemina na corrente sanguínea, é o protozoário unicelular infectante. Ele pode infectar outras células mas possui tropismo pelos hepatócitos, pois no hepatócito existe glicogênio que é reserva de energia para que o protozoário cresça. → O esporozoíto entra no hepatócito, consome glicose e cresce e se desenvolve formando vários núcleos por divisão assexuada e passa a se chamar trofozoíto que é a célula grande cheia de núcleo até chegar no estágio que se torna um Esquizonte que é uma célula bem maior com núcleos também e então rompe a membrana do hepatócito e também rompe a membrana do esquizonte que libera os núcleos na corrente sanguínea que se tornam células protozoárias infectantes que se chamam merozoítos. → Alguns esquizontes ficam latentes e não rompem os hepatócitos, ficando inoculados sem causar problemas à célula e se chamam de hipnozoítos. Após 9 meses ou 1 ano podem causar um reincidência da malária após o tratamento. → FASE ERITROCÍTICA: Os merozoítos então são atraídos para as hemácias pois as hemácias possuem hemoglobina que ajudam na reprodução, a parte heme é composta de ferro e porfirinas e a parte globina é composta de aminoácidos (cadeia polipeptídica) que alimenta o merozoíto para que ele possa se reproduzir. Porém a parte heme é tóxica para o parasita e então ele junta um grupo heme no outro formando um polímero chamado de hemozoína que é então inofensiva ao parasita. → Os merozoítos ou então infectam outras hemácias ou dão origem à outras células germinativas, formando gametócitos que se o homem for picado novamente pelo mosquito os gametócitos são sugados através do sangue e então dentro do mosquito os gametócitos se fundem, formam um zigoto que se transforma em um oocisto. → Período exoeritrocítico = 8 a 20 dias= assintomático → Fase eritrocítica= 48 h para as hemácias se romperem- liberação de hemozoínas-ativa sistema imune- sintomas → Quando não há ruptura de membrana por conta da estrutura periapical que empurra a membrana sem romper, o protozoário entra na células, hemácias ou hepatócitos fazendo com que o sistema imune não detecte nenhum tipo de lesão. Porém quando a hemácia libera a hemozoína no sangue, o sistema imune detecta a infecção, porém ocorre após 48h (fase eritrocítica) e então surgem os sintomas. → A febre alta fragiliza o parasita porém o corpo humano também ocorrendo a sudorese para reverter o quadro e resfriar. → A Falciparum sp. possui manifestações mais graves e intensas, chamada de malária terçã maligna. → A vivax possui manifestações mais leves, benigna. COMPLICAÇÕES DA MALÁRIA: → É muito comum a ocorrência de anemia em portadores da malária devido a lise das hemácias e diminuição da eritropoiese. → Metabólito Glicosil-fosfatidil-inositol (GPI) produzido pelo protozoário que vem do metabolismo da glicose produzido pelo protozoários que ativa o sistema imune. → Protozoário produz proteínas adesinas chamadas de knobs que podem se aderir ao endotélio do vaso levando à oclusão. Pode ocorrer a formação de rosetas onde as adesinas permitem que a hemácia saudável cole na hemácia saudável. → No hepatócito ele metaboliza a glicose, produz ácido lático devido ao comprometimento da oxigenação e ele consome tanta glicose que o paciente pode vir a ter hipoglicemia. Isso é associado ao aumento da temperatura. → Fator de necrose tumoral é uma citocina liberada pelo sistema imune quando ocorre lise das células infectadas e é uma citocina pró-inflamatória → Glicoforina é um receptor natural das hemácias que é um sialoglico receptor composto de glicose e é eletronegativo, impedindo que uma hemácia se ligue na outra pois a membrana também é eletronegativa. O protozoário é atraída pelo ácido siálico do receptor e o protozoário inativa, encobre o receptor, impedindo a ARTEMISININA: → Produzida por uma planta antipirética. É um tipo de droga que possui alta toxicidade devido a presença de isopreno (anéis aromáticos) presentes na molécula que são hepatotóxicos. → Sua meia vida é de em torno de 4 horas. exposição das cargas negativas, permitindo então que uma hemácia infectada consiga se ligar à outras hemácias. → Esquizontocidas e atuam na fase eritrocítica → O P. falciparum e P. malariae não tem fase eritrocítica, ou seja, não afetam as hemácias e são formas curáveis. → A P. vivax e P. ovale: suprimem o ataque mas as infecções podem rescindir. Cloroquina: Impede que o plasmódio transforme o grupamento heme em hemozoína - Fármacos que tratam a crise aguda Atuam na fase eritrocítica da infecção Esquizonticidas, fármacos para cura supressiva ou clínica, matam o esquizonte Não permite que haja liberação dos merozoítos e hemozoína e ative o sistema imune 1: Artemisinina 2: Quinolinas = quinina 2: Metanol - mefloquina 2: Aminoquinolina: CLOROQUINA 3: Agentes que interferem na síntese de folato= dapsona, pirimetamina e Proguanil 4:Atovaquona - P. falciparum e P. malariae: não infectam o fígado, só hemácias. Não apresentam forma exoeritrocítica - efetuam a cura Reincidência pela falciparum: mais comum - P. vivax e P. ovale: suprimem ataque (crise aguda) mas infecção pode reincidir deixam células latentes no fígado 1: Artemisinina - Antipirética, anti térmica (combater febre) - Derivados da artemisinina, mais solúveis e com melhor absorção (índice terapêutico estreito, pode causar toxicidade, hepatotóxica) - Derivados semi-sintéticos - Artemeter: ½ vida de 4-11hs / VO e IM - Artesunato: ½ vida de 45 min. / IM e IV ● São pró-fármacos: precisam passar pelo fígado para se tornarem ativos → se convertem em DIhidroartemisinina = DROGA ATIVA Complexo apical: região do protozoário que serve para parasita infectar a hemácia ou hepatócito sem romper a membrana, a membrana vai envolvendo o protozoários até que por endocitose cai no citoplasma Mecanismo de ação: Esquizonticidas e atuam na FASE ERITROCÍTICA Atuação do parasita normal: - Merozoítos jogadosdos hepatócitos para corrente sanguínea → hemácias (na entrada não tem ruptura de membrana e mediadores, nao ativa sistema imune) → - Protozoário durante a entrada na hemácia pressiona a membrana → envolve formando vesícula endocítica , cai no citoplasma → se desenvolve e chega na fase de Esquizonte - Membrana do vacúolo parasitóforo: pedaço da membrana que envolve o protozoário - O protozoário precisa de um meio rico em cálcio para se desenvolver - Quando parasita infecta a hemácia não tem quantidade de cálcio suficiente pra ele sobreviver, mas ele tem que ficar dentro da hemácia pois precisa dos aa da hemoglobina. - Entao cria um ambiente para ter Cálcio - Na membrana do vacúolo da vesícula tem proteínas de canal, essa proteína ajuda a aumentar a quantidade de cálcio no vacúolo e garantindo a sobrevivência do protozoário (tira cálcio do citoplasma e manda para o vacúolo), criando um meio favorável para o parasita se desenvolver FÁRMACOS: Artemisinina e derivados: → ENTRAM NA HEMÁCIA E BLOQUEIAM O CANAL DE CÁLCIO FORMADO NA MEMBRANA DO VACÚOLO, entao nao tem como o cálcio ser bombeado para o vacúolo, a concentração reduz e mata o parasita (Esquizonte) Não é específico canal de cálcio do parasita: Colaterais: Bloqueio cardíaco transitório / queda na contagem neutrofílica sanguínea / episódios de febre Cloroquina / hidroxicloroquina: → artrite reumatóide, LES → Cardiotóxico e pode causar arritmias - É um fármaco básico, entra no lisossomo do parasita (ácido) , então a cloroquina potrona e fica presa dentro do lisossomo - Inibe a enzima HEME-POLIMERASE, e não consegue juntar grupamentos Heme formando Hemozoína (proteção do protozoário, inofensivo) - IMPEDE A FORMAÇÃO DA HEMOZOÍNA, há uma intoxicação parasitária por acúmulo da parte heme - Hidroxicloroquina: mesma ação - Tratamento também: - Artrite reumatóide (doença autoimune): modula sistema imunológico - LES: autoimune, células fazem agressão da pele, destroem órgãos internos (rins) - Dermatomiosite: contra pele e miócitos - Síndrome primária de Sjogren'’s: ataque do SI a glândulas exócrinas (lacrimal e salivar principalmente) - MODULANDO O SISTEMA IMUNE, aumentam as funções do SI → Portanto a Cloroquina entra nos lisossomos e não deixa o grupamento heme se polimerizar, não formando a hemozoína. → Utilizada para tratamentos de doenças autoimunes → Em relação aos vírus COVID-19 (SARS-CoV-2): O vírus encosta em uma proteína conversora de angiotensina, localizada no endotélio pulmonar, que possui o receptor ACE2 inserido na membrana e internamente existe as clatrinas, quando as espículas do vírus encostam no receptor as clatrinas formam uma envaginação na membrana que reveste o vírus, lançando no citoplasma da célula por endocitose uma vesícula recoberta de clatrinas. Então as clatrinas voltam para a membrana e liberam o endossomo com o vírus alojado no citoplasma, que aumenta de tamanho, seu pH fica ácido e ganha ações de enzimas lisossomais, transformando o endossomo em lisossomo e então essas enzimas permitem que o vírus libere seu material genético na célula, se replicando e contaminando de forma rápida. - Acredita-se que a Cloroquina atua neste caso impedindo o desnudamento do vírus, ou seja, impede que o endossomo seja transformado em lisossomo e libere o material genético do vírus (ESTE MECANISMO É HIPOTÉTICO). - Deixando claro que a Cloroquina é cardiotóxica. → A cloroquina fica retida nos lisossomos e protona, roubando ácido no lisossomo ficando presa à vesícula. O endotélio cardíaco também possui lisossomos → Durante a COVID ocorre a infecção dos miócitos, o vírus entra na célula cardíaca, assim como a cloroquina. → o coronavírus também infecta a fibra cardíaca e havendo infecção dos miócitos cardíacos começam a formar um filamento fosfolípidio chamada de corpúsculo de inclusão citoplasmática formados pois existe um vírus e um fármaco no lisossomo, duas estruturas que a celula nao tem, e começam a se proliferar envolta de organelas das células em particularmente dos ribossomos, impossibilitando o ribossomo de produzir proteínas corretamente, principalmente canais de íons, impedindo que os íons transitem corretamente na membrana, prejudicando a contratilidade das células cardíacas, ocasionando arritmia. - Essa produção de corpúsculo de infusão ocorre em tratamentos normais com a cloroquina, porém quando há infecção pelo COVID-19, essa formação aumenta. QUININA- quinolinas: → Derivada das folhas da Cinchona. → Este fármaco inibe a heme polimerase, impedindo a polimerização do grupo HEME da hemoglobina, impedindo a formação da hemozoína, e o grupo heme é tóxico ao protozoário. MEFLOQUININA: → Foi uma droga semi sintética, com mesmo mecanismo das quinolinas criada para evitar os casos de resistência do parasita. → Cloroquina, Quinina e Mefloquinina atuam pelo mesmo mecanismo de ação e são extremamente cardiotóxicas. Agentes que interferem na síntese do folato: Dapsona (sulfona); Sulfadoxina;Pirimetamina e Proguanil: → O parasita apresenta a capacidade de produzir a vitamina folato que é importante para produção de bases nitrogenadas, permitindo que o vírus se replique. Ele precisa do PABA + pteridina, formando então o ácido fólico, depois convertido em tetrahidrofolato ácido que é base para produção das bases nitrogenadas. → Dapsona e Sulfadoxina inibe a primeira enzima (sintetase), A Pirimetamina e o Proguanil inibem a segunda enzima (redutase), impedindo a finalização do processo. → Esses fármacos são análogos a sulfonamida que é um antibiótico. ATOVAQUONA: → O plasmodium possui uma escassez de mitocôndrias, e seu ATP é produzido de forma anaeróbia no citoplasma. Possui complexos enzimáticos na membrana interna da mitocôndria que transportam íons na cadeia respiratória. Ubiquinona citocromo C são substâncias que conduzem elétrons, a ubiquinona está na crista da mitocôndria conduzindo elétrons para produzir ATP. Esses elétrons segue em direção ao oxigênio e recebe pares de elétrons para formar água, quando o O2 recebe número ímpar de elétrons ele é chamado de radical livre que é uma molécula instável e considerada um erro prejudicando o oxigênio, então esses radicais livres se liga a lipídios, proteínas e moléculas de DNA gerando oxidação existem enzimas antioxidantes que são defesas naturais dessa oxidação, porém algumas pessoas produzem esses radicais livres em excesso, deixando a célula em estado de estresse oxidativo, havendo mortes celulares e predisposição à mutações genéticas que podem ocasionar tumores. → Portanto a cadeia respiratória são complexos enzimáticos que geram transporte de elétrons entre os complexos e comunica esses complexos através através da ubiquinona e citocromo C. → A ubiquinona migra para o citoplasma da célula e converte dihydroorotate em orotate para produzir bases nitrogenadas pirimidínicas (citocina, timina e uracila), produzindo DNA e se replicando, a ubiquinona vem da mitocôndria e entra na composição da enzima dihydroorotate. Este fármaco Atovaquona substitui a ubiquinona e impede a sua função, não havendo a produção das bases pirimidínicas, não havendo replicação nem produção de proteínas do parasita. → Este fármaco é utilizado na crise aguda da malária (sintomas e ruptura de hemácias). PRIMAQUINA: → Alguns plasmódios deixam algumas células latentes nos hepatócitos e meses depois a infecção. Apenas o plasmodium vivax e o ovale deixam esses hipnozoítos. → A Primaquina evita a reincidência das crises aguda da doença depois de um tempo pelos plasmódios latentes, destruindo os hipnozoítos e também impedem a transmissão. - A Primaquina é uma droga que tem capacidade de oxidar e reduzir moléculas. Quando ela entra no parasita ou ela reduz ou ela oxida moléculas e na cadeia respiratória aumenta a condução de elétrons através da ubiquinona e do citocromo C, levando à um aumento de elétrons e consequentemente maior a chance de produzir radicais livres, levando ao estresse oxidativo da célula, que leva à apoptose da célula, principalmente a célula latente edos gametócitos. - Ela também mata os gametócitos do plasmodium vivax, ovale e falciparum também. FÁRMACOS QUIMIOPROFILÁTICOS: → Fármacos que bloqueiam a ligação entre a fase exoeritrocítica e a fase eritrocítica; são utilizados para a quimioprofilaxia (também denominados profiláticos causais) e previnem o desenvolvimento de crises de malária. → A QPX deve ser reservada para situações específicas, na qual o risco de adoecer de malária grave por P. falciparum for superior ao risco de eventos adversos graves relacionados ao uso das drogas quimio profiláticas. → Atualmente existem cinco drogas recomendadas para a QPX: doxiciclina, mefloquina, a combinação atovaquona com proguanil e cloroquina. As duas primeiras apresentam ação esquizonticida sanguínea e a combinação atovaquona/proguanil possui ação esquizonticida sanguínea e tecidual. → NÃO existe vacina para malária. → Os fármacos para quimioprofilaxia devem ser avaliados de acordo com a situação do paciente, pois ocasionam efeitos colaterais. Se o paciente possuir um sistema imune efetivo, os outros cuidados sem fármacos são os mais indicados. → Doxiciclina: Antibiótico e acredita-se que ele se liga ao ribossomo e impede a produção de proteínas dos plasmódios. Ela atua na fase dos esquizontes, matando-os e atua em todos os tipos de plasmodium. FÁRMACOS QUE PREVINEM A TRANSMISSÃO: → Atuam destruindo os gametócitos. → LUMEFANTRINA: Atua no metabolismo do ferro, inibindo a enzima heme polimerase que associa os grupamentos hemes, dando origem à hemozoína. Protocolo de tratamento farmacológico de acordo com o agente infectante:
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