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10 - Sis���� di���tóri� I: ● Introdução: Na natureza, a sobrevivência tem grande valor e com isso, toda ação dos animais é justificada pela busca de saciar o seu instinto e necessidades nutricionais. As espécies animais se alimentam de um determinado tipo de matéria orgânica encontrada na natureza que seja transformada em energia pelo sistema digestório. Nem tudo que é ingerido pelos animais é convertido em energia, por isso, o sistema digestório excreta o que não é absorvido em forma de fezes. Só peixes e mamíferos excretam com a via urinária e fecal separada. ● Definição: O sistema digestório converte um alimento em moléculas pequenas para que sejam absorvidas na corrente sanguínea e que vão virar fonte de energia para ser usado pelo corpo. O trato digestório é uma passagem tubular que se estende pelo corpo, dos lábios da boca até o ânus, ou abertura cloacal. Nele, as glândulas digestivas acessórias, que revestem todo o trato liberam secreções diretamente no lúmen. O trato gastrointestinal pode ser dividido em três regiões: 1. Cavidade bucal; 2. Fringe; 3. Canal alimentar; E pelas diferenças histológicas na parede do lúmen do canal alimentar, cada região é identificada, como:: 1. Esôfago; 2. Estômago; 3. Intestino delgado; 4. Intestino grosso; ● Funções do sistema digestório: Além de participar ativamente da digestão, absorção e quebra do alimento ingerido, ele atua também: ➔ É o ambiente ideal para o crescimento de uma grande variedade de microorganismos; ➔ Identificar e impede a entrada de patógenos; ➔ Ajuda o sistema imune a tolerar os microorganismos que vivem na microbiota intestinal; ➔ Elimina, além da matéria que não foi inferida, mas também produtos tóxico do sangue excretados pela bile; ● Digestão geral: Em geral, o sistema digestório de cada espécie contém características especiais com o tipo de nutrição da espécie. Por conta dessas diferenças, os animais são divididos em dois grupos: ➔ Monogástricos: Tem apenas um estômago. Ex: Alguns herbívoros não ruminantes(como os equinos e e coelhos), suínos e onívoros e carnívoros no geral; ➔ Poligástricos: Tem mais de um estômago. Ex: Herbívoros como: Ruminantes e pequenos ruminantes, aves, ovinos, caprinos, bubalinos, veados, girafas e até camelos; A ingestão dos alimentos sofre atuação do sistema nervoso, onde o hipotálamo vai enviar informações de fome ou saciedade. O processo de ingestão conta também com ação dos órgãos sensitivos, como olfato, visão, gustação ajudam no processo de ingestão e das informações mecânicas vindas do esôfago, que vai promover a deglutição, ou do estômago, que vai informar que o compartimento gástrico está cheio ou vazio. O nível sanguíneo de glicose (glicemia) ajuda o organismo a regular as necessidades do corpos e leva essas informações para o hipotálamo. ● Cavidade Oral: Nos animais, a cavidade oral além de ter estruturas que que vão fazer a quebra do alimento, eles têm a capacidade de manter o alimento na boca com ajuda das estruturas: Lábios: Em suínos e equinos, são bem flexíveis e têm grande sensibilidade para que possam segurar o alimento numa distância onde os incisivos possam cortar os caules. Para beber água, animais como equinos, suínos e bovinos, tem a capacidade sugar agua como os lábios Já grande maioria dos carnívoros, não se utiliza muito dos lábios Língua: tem a capacidade de segurar alimento, além de ser extremamente muscular e flexível. Algumas espécies possuem uma língua mais longa, que vai ajudar na pressão e no processo de mastigação, como no caso dos ruminantes. Nos cães e gatos, a língua participa do processo de beber água. Eles fazem o transporte da água fazendo uma “concha” com a língua, dobrando-a ventralmente. A língua age principalmente por ação dos neurônios motores do hipoglosso (XII par de nervos cranianos). A língua é também tem papel sensorial, que poder ter sensibilidade a temperatura, toque, dor e paladar A língua apresenta papilas, que dependendo da espécie, tem função de ajudar a empurrar o alimento para dentro da cavidade oral. É importante ressaltar, que para felinos a língua apresenta também a função de limpeza pela presença de botões gustativos e de papilas filiformes bem pontudas. Em todas a espécies, o interior do botão gustativo têm células especializadas que podem reagir aos sabores. Dentes: Participam do processo de mastigação do alimento, e auxiliando na digestibilidade do material ingerido. Os dentes incisivos cortam o alimento para ir para a cavidade oral. Os dentes pré-molares e os molares podem fazer com que o alimento reduza em partículas muito menores e mais finas, ajudando na ação das enzimas digestivas. A função dos pré- molares e molares é importante nos herbívoros, porque os vegetais precisam ser cortados para que ocorra melhor a digestão da fibra. Em ruminantes e equinos, os dentes molares são denominados como dentes hipsodontes, eles surgem das gengivas de modo contínuo ao longo da vida. Cães, gatos e humanos têm dentes braquiodontes, que são trocados em um determinado período da vida, nascendo assim os dentes permanentes, que sofrem desgaste e não são substituídos. Esses dentes são cobertos por uma camada de esmalte, que precisa proteger a dentina mais mole e a cavidade da polpa durante toda vida do animal. Os dentes hipsodontes tem esmalte, dentina e até mesmo cemento, mas como o esmalte é mais duro, a superfície oclusal tem irregularidades que ajudam a cortar as fibras vegetais. A superfície oclusal é substituída conforme o dente crescer, e casos de roedores e os coelhos. ● Glândulas salivares: A saliva é produzida pelas glândulas acinosas e ela vai sendo liberada conforme o alimento é mastigado. A saliva pode diferenciar entre uma secreção mais aquosa ou uma secreção mais mucóide e viscosa, porque a saliva muda conforme os compostos presentes para digerir determinados alimentos. Por exemplo, a saliva contendo muita enzima lipase para iniciar a digestão das gorduras, sendo assim uma saliva mais grossa e mucóide. É importante ressaltar que todo tipo de saliva é hipotônica, ou seja, ela ajuda a manter o estado normal de cavidade oral e diminui osmolaridade da ingesta. A secreção da saliva é estimulada por fibras parassimpáticas que aumentam a atividade metabólica das células da glândula ocinosas e também estimula a secreção alcalina na saliva para responder a secretina. A saliva secretada é controlada pelos nervos glossofaríngeos, que inerva as glândulas parótidas, e o facial, que inerva as glândulas submandibulares e sublinguais. Esses nervos são responsáveis por transmitir fibras parassimpáticas, e é o tônus parassimpático que determina quanto de saliva que deve ser produzida. A secreção ocorre quando ácino é comprimido e a saliva vai para os ductos. As células que ficam do ducto estriado das glândulas salivares têm a capacidade secretar sódio e potássio para que a saliva seja mais alcalina e elevam o pH da saliva em resposta da secretina. ● Deglutição: É um reflexo que transfere a ingesta para o esôfago, e que ainda é responsável para que essa ingesta não caia no trato respiratório. Os receptores faríngeos percebem a presença do bolo alimentar, e fibras aferentes dos nervos cranianos V, IX e X transmitem essa informação até o bulbo, e ele coordena o restante do processo de deglutição. A ação de engolir inicia com o bulbo inibindo a ação de respirar e a língua faz a função de empurrar ingesta para a faringe e o palato mole levantado para que fecha a nasofaringe e o alimento não vá para o nariz. A glote é coberta pela elevação do aparelho hióide junto com ação dos músculos da região da laringe, e assim, move a epiglote possibilitando a abertura para o esôfago e o relaxamento do esfíncter esofágico. Todos os animais podem apresentar dificuldade de fechar a glote durante a deglutição, que pode resultar em infecções, como a pneumonia por aspiração. Os animais nascidos com fenda palatina não conseguem fechar a nasofaringe, e assim o leite sai pelo nariz durante a sucção. Em todas as espécies,problemas com a deglutição podem indicar anormalidades, como por exemplo tumores no bulbo, doenças neurológicas, como a raiva e outras.
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