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llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll VANTAGENS Era o material mais empregado em estruturas diretas dentes posteriores; Durabilidade; Custo benefício; Simplicidade da técnica; Tempo de trabalho. DESVANTAGEM Não se combina com estrutura dental; Sujeito a corrosão; Defeitos marginais, devido a não adesividade, podendo haver micro infiltrações; Não reforça estrutura dental enfraquecida; Descarte do amálgama. CAVIDADE NÃO RETENTIVA CAVIDADE RETENTIVA COMPOSIÇÃO O amálgama dentário é formado pela mistura de mercúrio líquido com partículas sólidas de uma liga contendo prata, estanho e cobre, além de outros elementos, entre os quais se destaca o zinco. A prata é o constituinte principal e se associa ao estanho na forma de um composto intermetálico (Ag3Sn), comumente descrita como fase y. A prata contribui para o aumento da resistência da restauração, além de diminuir o escoamento do amálgama sob ação de cargas mecânicas. Esse metal tem a desvantagem de aumentar a expansão de presa. PRATA (Ag) Contribui para aumento da resistência da liga; Resistência a compressão e ao desgaste; Contribui para diminuir o escoamento do amálgama sob ação de cargas mecânicas; Aumenta a expansão de presa (aumento de volume, causando tensões as paredes do dente hígido). ESTANHO (Sn) O estanho corresponde nas ligas atuais a aproximadamente ¼ da composição. A sua presença tem a finalidade de facilitar a amalgamação (mistura da liga com o mercúrio) à temperatura ambiente, e auxiliar na redução da expansão da prata. Caso sejam empregadas quantidades superiores a 27% de estanho, há demasiada contração e redução da resistência e dureza da liga assim como aumento do escoamento. Isso é atribuído à formação de mais quantidade de uma fase rica em estanho, que possui menos propriedades mecânicas e maior corrosão. Precisa da prata pra aumentar a resistência e do estanho para diminuir a expansão e facilitar a reação. COBRE O cobre substitui parcialmente a prata e contribui para o aumento da dureza e resistência mecânica do amálgama, diminuindo o escoamento e a corrosão. Um efeito mais pronunciado das características descritas anteriormente é encontrado quando o teor de cobre é superior a 6%. Ligas com percentual de cobre inferior a 6% são classificadas como ligas com baixo teor de cobre e ligas com percentual de cobre entre 13 a 30% são classificadas como liga com alto teor de cobre. ZINCO O zinco é um auxiliar no processo de fabricação e serve como agente desoxidante durante a fusão da liga. Tem afinidade com o oxigênio e impurezas além de diminuir a possibilidade de formação de outros óxidos. Quando contêm mais de 0,01% de zinco, as ligas são classificadas como ligas com zinco e aquelas com percentual inferior, como ligas sem zinco. Diversos estudos clínicos têm atestado que as ligas com zinco possuem desempenho clínico superior, particularmente, menor incidência de fratura das margens (creep). É bastante polêmica a inclusão ou não de zinco na liga. O certo é que, nas ligas que o contêm, a sua contaminação água ou saliva, por ocasião da inserção ou condensação do material, reproduz um fenômeno denominado de expansão tardia, a água e saliva causam oxidação o que pode ocasionar fraturas. A inclusão de índio nas ligas de amálgama aumenta a resistência à compressão e reduz o creep do amálgama, além de reduzir a quantidade necessária de mercúrio durante a amalgamação. Admite-se que a presença de índio aumenta a resistência do amálgama a fraturas. Por outro lado, sua presença reduz o brilho após o polimento e tende a aumentar a rugosidade superficial, pela formação de óxidos de índio na superfície da liga. MORFOLOGIA PARTICULAS LIMALHA Produzidos pela moagem ou pelo corte do lingote fundido em torno mecânico; Formato irregular; Tamanhos das partículas varia de 15 a 35 μm. PARTÍCULAS ESFÉRICAS Processo de Atomização: “O mental liquefeito é borrifado em ambiente inerte. Isso leva á solidificação das partículas em formato esférico”. São peneiradas para obter um tamanho adequado. INFLUÊNCIA DO TAMANHO E DO FORMATO DAS PARTÍCULAS NAS LIGAS DE AMÁLGAMA A geometria das partículas utilizadas influencia a área total de superfície de todas as partículas. A extensão da área de superfície determina a quantidade de líquido necessária para "molhar" as partículas. A área total de superfície aumenta por grama de pó de liga, à medida que o tamanho da partícula diminui. Isso pode ser facilmente com preendido observando-se um cubo: essa figura geométrica possui 6 faces, sendo que cada uma delas possui uma área de superfície de 1 unidade de medida. Caso o cubo seja dividido em duas metades, duas novas superfícies serão formadas, e a área total de superfície será modificada de 6 para 8 unidades. Isto significa que partículas menores ou ligas de corte fino tendem a requerer mais quantidades de mercúrio para produzir uma massa plástica. Para um dado volume, um corpo esférico possui menor área de superfície relativa. Se assumirmos que um cubo tem um volume de 1 unidade e uma área de superfície de 6 unidades, a área de superfície para uma esfera com mesmo volume seria de 4,84 unidades. Dessa forma, as articulas esféricas necessitam de menos mercúrio líquido para "molhar" todas as suas superfícies, em com aração com uma articula com formato cúbico. Pela discussão exposta, pode-se concluir que as ligas de amálgama esféricas necessitam de menos mercúrio que as ligas com partículas na forma de limalha. Neste último caso, necessita-se em média de 50 a 52% em peso de mercúrio, enquanto as ligas com articulas esféricas necessitam de apenas 42 a 45%. Como será visto adiante, a quantidade final de mercúrio influencia diretamente nas propriedades mecânicas da liga e, consequentemente, no seu desempenho clínico. PROCESSO DE ALMAGAMAÇÃO BAIXO TEOR DE COBRE (<6%) - Liga Convencional: + Hg para reação. ALTO TEOR DE COBRE (6-30%): • Liga de fase Dispersa; • Liga de fase Única. Melhores propriedades mecânicas; Resistência a corrosão; Redução da fase 2. FASES DAS LIGAS DE AMALGAMAS DENTAIS GAMA (Y) Ag3Sn GAMA 1 (Y1) Ag2Hg3 GAMA 2 (Y2) Sn7Hg EPSILON (E) Cu3Sn ETA (N) Cu6Sn5 LIGAS COM BAIXO TEOR DE COBRE Após a mistura da liga e do mercúrio, o mercúrio se difunde dentro das partículas de pó, dissolvendo-as superficialmente e formando duas novas fases: Ag2Hg3 (fase Y1) e Sn7Hg (fase Y2). Como a prata possui menos solubilidade no mercúrio que o estanho, a fase Y1 se precipita antes da fase Y2. Enquanto os cristais das fases Y1 e Y2 estão sendo formados, o amálgama é relativamente plástico e de fácil condensação e escultura. A medida que o tempo passa, es cristais das fases Y1 e Y2 se precipitam e o amálgama torna-se cada vez mais rígido, perdendo sua capacidade de deformação plástica, o que impede sua condensação, e dificulta a sua escultura. A quantidade de mercúrio líquido empregado para a amalgamação não é suficiente para reagir totalmente com as partículas da liga. Portanto, a massa final de amálgama cristalizada contém cerca de 27% do composto original Ag3Sn (fase Y). Uma reação simplificada da liga de amálgama com baixo teor de cobre pode ser resumida da seguinte forma: + -> + + As propriedades físicas do amálgama endurecido dependem da porcentagem relativa das fases microestruturais. As partículas de A3Sn não-consumidas têm um efeito significativo. Quanto maior o percentual dessas partículas, mais resistente o amálgama final. O componente mais fraco é a fase Y2. A dureza de Y2 é cerca de 10% da dureza da Y1 e a dureza da fase Y é maior que a dureza da Y1. Enquanto a resistência da fase Y à compressão é de aproximadamente 4.900 kg cm2a resistência das fases 1 e y é 1.700 e 703 kg/cm2 respectivamente. É conhecido o fato de que um amálgama rico em y2, além da baixa resistência à compressão e dureza, possui grande escoamento e maior tendência a sofrer corrosão no ambiente bucal. LIGAS COM ALTO TEOR DE COBRE LIGAS DE FASE DISPERSA Em 1963, primeira liga enriquecida por cobre; Denominado amalgama de fase dispersa por possuir um pó de liga com duas composições diferentes. 2/3 de Liga Convencional com particulas na forma de limalha (Prata e Estanho). 1/3 de Liga Eutética (Prata e Cobre). Esta liga apresentava dois terços de uma liga convencional (Ag3Sn) com partículas na forma de limalha e um terço de uma liga eutética de Ag3Cu, com 72% e prata e 28% de cobre. Esse tipo e liga apresenta maior resistência à compressão e melhor desempenho clínico que as ligas com baixo teor de cobre. O amálgama obtido passou a ser denominado amálgama de fase dispersa por possuir um pó de liga com duas composições diferentes. Posteriormente, descobriu-se que o melhor comportamento dessa nova liga se devia à redução ou eliminação da fase Y2 do amálgama cristalizado que, além de ser a fase menos resistente mecanicamente, é a que possui mais escoamento e suscetibilidade à corrosão. VANTAGENS: − Maior resistência à compressão; − Melhor desempenho clínico; − Melhor comportamento devia à redução ou eliminação da fase Y2. + + + Assim diminuindo a fase Y2, dando maior propriedades mecânicas ao amalgama. LIGAS DE COMPOSIÇÃO ÚNICA Diferentemente dos pós das ligas de fase dispersa, cada partícula dessa liga de composição única apresenta a mesma composição química. Os componentes principais dessa liga são prata, cobre e estanho. O conteúdo de cobre varia de 13 a 30% em peso. Dentro dessa partícula são encontradas as seguintes fases: Y (Ag3Sn) e E (Cu3Sn). Nas ligas de composição única, a diferença da solubilidade do mercúrio no estanho, na prata e no cobre tem um papel fundamental no entendimento da reação de presa. Pelo fato de a solubilidade do mercúrio em estanho ser 170 vezes maior que no cobre e 17 vezes maior que na prata, muito mais mercúrio se dissolve e reage com o estanho do que com o cobre e a prata. Assim, rapidamente o estanho na periferia das partículas é esgotado pela formação da fase Y2 e a porcentagem de cobre na periferia da partícula passa a aumentar gradativamente, pois esse metal tem baixa reatividade com o mercúrio. Como resultado, as partículas de liga de composição única, no estágio final de sua presa são circundadas pelas fases Y1 e Y2. A fase Y2 reage com a fase E (Cu3Sn) presente na liga de composição única, formando a fase N (Cu6Sn5) e Y1 (Ag2Hg3). A diferença na eliminação da fase Y2 numa liga de fase dispersa e de composição única é que, na fase dispersa, a fase Y1 se forma em torno das partículas de prata-estanho e é eliminada ao redor das partículas de prata-cobre. Nas ligas de composição única, as partículas no início da reação funcionam como as partículas de prata-estanho das ligas dispersas. Posteriormente, as mesmas partículas funcionam como as partículas de prata-cobre para eliminar a fase Y2. Ag3Sn (fase Y) + Cu3Sn (fase E) +Hg --> Ag2Hg3 (fase Y1) +Cu6Sn5 (fase N). PROPRIEDADES MECANICAS Alto valor de resistência à compressão inicial deve ser considerado uma vantagem, pois reduzem a possibilidade de fratura pelas tensões desenvolvidas durante os contatos oclusais; As ligas de composição única tendem a possuir valores ainda maiores devido ao menor teor de Hg necessários para essas ligas e à menor porosidade encontrada nesse tipo de amalgama. Se eu tenho baixo teor de cobre e as partículas em formato de limalha, eu vou necessitar de mais mercúrio, resultando em mais reação de fase Y2, afetando na resistência mecânica. Se eu tenho alto teor de cobre e as partículas esféricas é o ideal para se ter maior resistência à compressão mecânica. Muito mais frágil sob tração e flexão que sob compressão; O amalgama não pode ter uma espessura < 2 mm, pois, se torna bastante susceptível a fratura e essa característica influência em muitos aspectos do preparo cavitário para esse material. PROPRIEDADES MECÂNICAS (CREEP) O creep é uma propriedade viscoelástica de materiais que sofrem deformação plástica sob a aplicação de forças estáticas ou dinâmicas; Sob tensões sofre deformações plásticas e se protrui além das margens cavitárias; Não suportado por estrutura dentária, pode ser fraturar e levar à formação de uma fenda marginal. > 2mm fratura com facilidade A fratura ocasiona áreas de retenção, o que possibilita acumulo de alimentos, ainda que por serem de difícil higiene, ocasionam cárie secundárias. FATORES QUE ALTERAM A RESISTÊNCIA DO AMÁLGAMA Formato e tamanho das partículas: Partículas esféricas tendem a ser mais resistentes que aqueles na forma de limalha. Com relação ao tamanho, o ideal é que haja excelente compactação de partículas que pode ser atingida mesclando-as com diferentes tamanhos. Ligas de amálgama com partículas pequenas necessitam de mais mercúrio para molhar a superfície. Além disso, grande percentual dessas partículas é dissolvido, transformando a fase Y mais resistente nas fases menos resistentes da matriz (Y1, Y2). Microestrutura: Quanto maior a proporção das fases Y e Y1, maior a resistência do amálgama. A presença da fase y resultante da reação da fase Y2 com o eutético prata-cobre e também aumenta a resistência, pois reduz o deslizamento dos grãos da fase Y1 quando o amálgama é submetido a tensões oclusais. Quanto maior a quantidade de fase Y2, menores as propriedades mecânicas do amálgama. Porosidades no amálgama: em qualquer material, a presença de porosidade reduz a resistência do amálgama. Isso pode ser evitado realizando-se trituração adequada e pressão de condensação, principalmente para as ligas com partículas de limalha. Proporção Hg/Liga: Quanto menor a proporção de Hg/Liga maior a resistência. Tempo de Trituração: Supertrituração resulta em cristalização rápida que, durante a condensação, ocorre fratura das novas fases formadas. Subtriturado haverá particulas não “molhadas” pelo mercúrio diminuindo a resistência. CORROSÃO “Degradação progressiva de um metal por reação quimica ou eletroquimica” Aumento da porosidade, redução das propriedades mecânicas e liberação de produtos metálicos dentro do ambiente bucal; Estrutura heterogênea suscetível ao processo de corrosão; A fase Y2 se decompõe para produzir produtos de corrosão à base de Sn e Hg, que pode ser capaz de combinar com a liga não reagida (fase Y) ou formar cloretos ou óxidos; O polimento das superfícies do amálgama reduz significativamente a corrosão desse material no ambiente bucal, pois ao deixar a superfície mais lisa, há redução do acúmulo de restos alimentares e bacterianos no fundo de uma fissura, que por sua vez geraria diferença na concentração de eletrólitos. Responsável pelas alterações estéticas nos dentes que não podem ser revertidas por nenhum procedimento de clareamento. Isso se deve à penetração da prata nos túbulos dentinários e consequente escurecimento do dente. Essa descoloração indesejada pode ser prevenida pelo uso de um agente de selamente entre os substratos dentários e o amálgama; Um amálgama com baixa resistência à corrosão também possui pior desempenho clínico, pois essa propriedade está diretamente relacionada à fratura marginal; O amálgama é um material que não se adere às paredes cavitárias e, por mais que esteja bem condensado, há formação de uma fenda com uma largura aproximada de 10 a 15 μm. Acredita-se que os produtos de corrosão sejam capazes de selar essa interface entre o dente e a restauração gradualmente, o que previne a microinfiltração. Os amálgamas com baixo teor de cobre contêm um substancial quantidade dafase Y2, que gradualmente se transtorna em produtos de corrosão ametálicos, como óxidos ou cloretos de estanho. PROPRIEDADES TÉRMICAS Como pode se esperar de um material restaurador metálico, o amálgama possui alto valor de condutividade e difusividade térmica em comparação com as estruturas dentárias e, portanto, transmite de forma rápida e eficaz o calor dos alimentos e líquidos ingeridos na boca para a polpa. Isso gera desconforto para o paciente, caso uma restauração extensa seja confeccionada sem a insercão de nenhum tipo de proteção em uma restauração profunda. O amálgama possui um coeficiente de expansão térmico linear bem maior que o das estruturas dentárias, sendo aproximadamente três vezes maior que o da dentina. Quanto maior o valor de difusividade térmica, maior a potencialização das diferenças entre o coeficiente de expansão térmico linear do material e o das estruturas dentárias. Essa falta de combinação do comportamento de expansão térmica pode causar uma fenda ao redor das restaurações, uma vez que não há nenhuma adesão entre o amálgama e as estruturas dentárias, propiciando a ocorrência de defeitos nas margens da restauração. No caso do amálgama, tanto o coeficiente de expansão térmico linear quanto o valor de difusividade térmica são altos, facilitanto a expansão ou contração e ainda a transmissão de estímulos térmicos. PROPRIEDADES BIOLÓGICAS A forma mais significante de absorção de mercúrio é através dos vapores de mercúrio que entram facilmente na corrente sanguínea através dos pulmões e se depositam preferencialmente no cérebro e nos rins, onde pode causar alterações neurológicas e falha da função renal, respectivamente. Foi demonstrado que o vapor de mercúrio pode ser liberado das restaurações de amálgama devido ao efeito abrasivo da escova dental, do bolo alimentar ou pelo próprio processo fisiológico da mastigação. Um grande número de estudos demonstra que a dose de mercúrio liberada na saliva por pacientes com restaurações de amálgama, aproximadamente 13,5 μg de Hg por dia, é relativamente maior que aquela de pacientes sem restaurações de amálgama. Porém, apenas 10% da quantidade ingerida de mercúrio (1,3 μg de Hg por dia) é absorvida pelo TGI na forma de íons de mercúrio. Armazenamento incorreto do Hg ou restos de amálgama; O excesso deve ser armazenado em água ou solução química adequada em recipiente fechado. Os vernizes, funcionam como selamento dos túbulos dentinários, evitando o escurecimento do dente pelo amalgama. Pode ser utilizado o OZE, porém se fosse de resina não pode utilizar. K
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