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SOLUÇÕES & CINÉTICA QUÍMICA Conceito de Soluto e de Solvente • Solução - mistura homogénea de duas ou mais substâncias, encontrando-se ambas na mesma fase • Solvente – fase dispersante • Soluto - fase dispersa ➢ Soluções sólidas, líquidas e gasosas Unidades de Concentração de Soluções • Molaridade (M) - número de moles do soluto por litro de solução Exemplo 1.1: Determine a molaridade de uma solução obtida pela dissolução de 43.785 g de NaCl em 1,5 litros de água. Exemplo 1.2: Determine a molaridade uma solução de K2CrO4 (cromato de potássio) preparado pela dissolução de 19.4 g em 1 litro de água. Molalidade (m) • número de moles do soluto por quilograma do solvente 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = número de moles do soluto massa do solvente Kg Exemplo 2.1: Calcule a molalidade de uma solução obtida pela dissolução de 43.785 g de NaCl em 1,5 litros de água. Exemplo 2.1: Calcule a molalidade de uma solução de K2CrO4 (cromato de potássio) preparado pela dissolução de 19.4 g em 1 litro de água. Fracção Molar (X) • fracção molar de um componente particular é definida como o número de moles deste componente particular dividido pelo número total de moles de todos os componentes na mistura (solução). 𝑋A = 𝑛A 𝑛A+𝑛B+𝑛C+⋯ Exemplo 3.1: Uma solução é obtida pela dissolução de 43.785 g de NaCl em 1,5 litros de água. Determine a fracção de cada componente. Exemplo 3.2: Uma solução de K2CrO4 (cromato de potássio) é preparado pela dissolução de 19.4 g em 1 litro de água. Determine a fracção de cada componente. Exemplo 3.3: Uma solução é formada por 1.00 mol de etanol, C2H5OH, dissolvido em 9.00 mol de água. Determine a fracção molar de etanol. Percentagem ponderal • representa a massa deste componente dividida pela massa total da solução, multiplicada por 100. • O valor não multiplicado por 100 representa a fracção em peso. %A = mA mA+mB+mC+⋯ × 100% Exemplo 3.1: Uma solução é obtida pela dissolução de 43.785 g de NaCl em 1,5 litros de água. Determine a percentagem ponderal de cada componente. Exemplo 3.2: Uma solução de K2CrO4 (cromato de potássio) é preparado pela dissolução de 19.4 g em 1 litro de água. Determine a percentagem ponderal de cada componente. CINÉTICA QUÍMICA Seja Bem-Vindo a Maputo Seja Bem-Vindo a Xai-Xai Partida: 09:00 Chegada: 11:00 Distância: 200 km tempo dispendido: 2 horas hkm h km t d Vm 100 2 200 == = Conceito físico de velocidade média ∆tempo = intervalo de tempo ∆C = módulo da variação da concentração do reagente ou do produto |∆C| ∆tempo Vm = velocidade da reacção Vm = Velocidade média da reacção Vm = velocidade de consumo/formação Velocidade das reacções químicas 2 NaN 3(s) 2 Na(s) + 3 N2(g) Gás que infla o airbag 2 Fe (s) + 3/2 O 2(g) Fe 2 O 3 (s) Ferrugem reacção rápida reacção lenta Velocidade média e estequiometria Considerando a reacção genérica: d V c V b V a V V DCBA m ==== aA + bB → cC + dD As letras minúsculas são os coeficientes (nº de mol) e as maiúsculas são as substâncias participantes da reacção. Velocidade média da reacção 2A B 2 mol de A são consumidas para a formação de 1 mol de B. Vm = [B] t Vm = - [A] t 1 2 2 A → 4B + C 2 → 4 + 1 0,02 mol/L.min 0,04 mol/L.min 0,01 mol/L.min Vm = 0,02 mol/L.min = 0,04 mol/L.min = 0,01 mol/L.min 2 4 1 Vm = 0,01 mol/L.min Velocidade média da reacção Tempo (min) N2O5 (M) NO2 (M) O2 (M) 0 0,112 0 0 5 0,08 0,064 0,016 10 0,056 0,112 0,028 20 0,028 0,168 0,042 30 0,014 0,196 0,049 a) Velocidade média de consumo do N2O5 entre t = 0 e t = 5 min: min.0064,0 min0min5 |112,008,0| )50( )50( LmolV LmolLmol V m m = − − = → → 2 N2O5(g) → 4 NO2(g) + O2(g) b) Velocidade média de consumo do N2O5 entre t = 10 e t = 20 min: min.0028,0 min10min20 |056,0028,0| )2010( )2010( LmolV LmolLmol V m m = − − = → → Velocidade de consumo e de formação a) Velocidade média de produção do NO2 entre t = 0 e t = 5 min: min.0128,0 min0min5 |0064,0| )50( )50( LmolV LmolLmol V m m = − − = → → b) Velocidade média de produção do NO2 entre t = 20 e t = 30 min: min.014,0 min10min30 |168,0196,0| )3020( )3020( LmolV LmolLmol V m m = − − = → → 2 N2O5(g) → 4 NO2(g) + O2(g) Tempo (min) N2O5 (M) NO2 (M) O2 (M) 0 0,112 0 0 5 0,08 0,064 0,016 10 0,056 0,112 0,028 20 0,028 0,168 0,042 30 0,014 0,196 0,049 Velocidade de consumo e de formação 0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16 0.18 0.2 0 5 10 15 20 25 30 C o n ce n tr aç ão ( m o l/ L ) Tempo (min) Representação Gráfica N2O5 (mol/L) NO2(mol/L) O2(mol/L) Tempo (min) N2O5 (mol/L) NO2 (mol/L) O2 (mol/L) 0 0,112 0 0 5 0,08 0,064 0,016 10 0,056 0,112 0,028 20 0,028 0,168 0,042 30 0,014 0,196 0,049 Ex: 2 N2O5(g)→ 4 NO2(g) + 1 O2(g) Representação gráfica da velocidade Lei de acção das massas (1864): “a velocidade de uma reacção é directamente proporcional ao produto das concentrações molares dos reagentes, elevadas aos expoentes, determinados experimentalmente”. Lei de Guldberg-Waage ou Lei da velocidade [C] = concentração molar dos reagentes v= k [C]n k = constante de velocidade n = ordem dos reagentes a A + b B → c C + d D V = k [A]n [B]m V = velocidade da reacção; k = constante da reacção; [A] e [B] = concentrações molares de A e B; n = coeficiente de A; ordem da reacção em relação a A; m= coeficiente de B; ordem da reacção em relação a B; n + m = ordem global da reacção. Lei de Guldberg-Waage ou Lei da velocidade Ordem da reacção • soma das potências dos termos de concentração que aparecem na equação de velocidade da reacção química. • número inteiro pequeno, • zero • fraccionário. • grandeza, normalmente, obtida experimentalmente. dt dC v a= dt dC v aa −=− Velocidade instantânea Importante (1): 1. A lei da velocidade deve ser aplicada para reacções elementares (reacções que ocorrem em uma única etapa). 2. No mecanismo de reacções (que ocorrem em várias etapas) devemos considerar a etapa lenta como a propulsora da expressão da lei da velocidade: etapa determinante da reacção. 2 NO + O2 2 NO2 Reacção com duas etapas 3. k é a constante de velocidade e depende fundamentalmente da temperatura. 4. Substâncias no estado sólido não participam da expressão de velocidade. Importante (2): Ex. 1: Na2O(s) + CO2(g) → Na2CO3(s) V = k [CO2] Alguns exemplos: Ex. 2: Dada a reacção elementar: N2 (g) + 3 H2 (g) → 2 NH3 (g) Lei da velocidade: V= k [N2] [H2] 3 Ordem da reacção: 1+3= 4 então 4ª ordem Ex. 3: Dado o mecanismo abaixo: H2(g) + 2NO(g) → N2O(g) + H2O(l) (lenta) H2(g) + N2O(g) → N2(g) + H2O(l) (rápida) 2H2(g)+2NO(g)→N2(g)+2H2O(l) (equação global) Então: V = k [H2] [NO] 2 Teoria de colisões 1. Para que ocorra reacção é necessário que as moléculas colidam entre si. 2. As moléculas que colidem devem ter valores mínimos de energia (Ea). 3. As moléculas que colidem devem estar favorável e apropriadamente orientadas. Teoria de colisões Reacção reversível e exotérmica (directa) As colisões devem ocorrer com energia minima (Ea) para atingirem o CA. Teoria de colisões Teoria de colisões reagentes complexo activado produtos Factores que influenciam a velocidade ❑ Natureza dos reagentes (rompimento e formação de ligações) ❑ Estado físico (gases>soluções>líquidos puros>sólidos) ❑ Temperatura (+Ec) ❑ Pressão ❑ Concentração dos reagentes (há excepções) ❑ Superfície de contacto ❑ Catalisador (ou inibidor) ❑ Luz Superfície de contacto Quanto maior a superfície de contacto entre os reagentes, ou seja, quanto mais pulverizado/fragmentado maior o número de colisões entre as partículas reagentes. Isso faz com que aumente o número de colisões eficazes, aumentando a velocidade da reacção. Ex: 40kg de lenha rachada (queima mais rápido) 40kgde toro de madeira (queima mais lento) Temperatura Aumento da temperatura, + Ec das moléculas reagentes, + no número de colisões e + moléculas com energia igual ou superior à Ea, aumentado a velocidade da reacção. Ex: lavar roupas em água fria (demora mais para retirar manchas) lavar roupas em água quente (retira as manchas mais rapidamente) Concentração (1-2) Aumento da concentração (quantidade ou até mesmo a pressão de um gás) aumento do número de choques entre as partículas reagentes, o que consequentemente aumenta a velocidade da reacção. Concentração (2-2) 4 colisões 6 colisões 9 colisões adicionando adicionando Catalisador • espécie química que promove o aumento da velocidade de uma reacção através da diminuição da Ea. • participa temporariamente no processo, formando com os reagentes um CA menos energético. No final da reacção é recuperado, sem sofrer alteração na sua composição ou massa. Ex.: N2(g) + 3H2(g) → 2NH3 ; V1 N2(g) + 3H2(g) 2NH3 ; V2 Fe(s) Catalisador (cont.) Catalisador (cont.) Catálise homogênea - catalisador e reagentes estão no mesmo estado físico (sistema monofásico). 2H2O2 (aq) 2H2O (l) + O2 (g)⎯⎯⎯ →⎯ − )(aqOH Catálise heterogênea - catalisador e reagentes se encontram em estados físicos diferentes (sistema polifásico). C2H4 (g) + H2 (g) C2H6 (g)⎯⎯→⎯ )( sNi Catálise enzimática Algumas reacções que ocorrem rapidamente dentro do corpo humano, demorariam muito tempo para ocorrer fora, isto porque no corpo humano temos enzimas que são catalisadores. A acção de uma enzima é altamente específica, ou seja, geralmente cada enzima catalisa uma única reacção. Ex.: C12H22O11 (aq) + H2O 2 C6H12O6 (aq) A decomposição do amido ocorre sob catalisação da enzima ptialina (encontrada na saliva), caso contrário levaria dias. maltase Catálise enzimática Catálise no processo Ostwald Fio quente de Pt numa solução de NH3Catalisadores de Pt-Rh usados no processo Ostwald 4NH3 (g) + 5O2 (g) 4NO (g) + 6H2O (g) Pt 2NO (g) + O2 (g) 2NO2 (g) 2NO2 (g) + H2O (l) HNO2 (aq) + HNO3 (aq)
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