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Roteiro/ Estudo Dirigido Anatomia I

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DISCIPLINA DE ANATOMIA I 
PROFESSORES ODALÍCIO SIQUEIRA, RAFAEL RODRIGUES e REGINA CAUDURO 
 
 
AO ESTUDANTE DE MEDICINA “NOVIÇO” (CALOURO) 
 
A instrução médica é apenas uma parcela da educação médica; esta é essencialmente uma autoeducação, pois também aqui 
se aplica o princípio de que “cada Homem consciente é, antes de tudo, ainda que orientado, o resultado do que fez, ele mesmo 
para si próprio”. 
 
Importa mais a atitude que o êxito; mais o que se pretende ao que se consegue, porque o que se pretende e a atitude 
depende de nós, muito mais que o próprio êxito. 
 
Vocação médica envolve um complexo imponderável de atributos, componentes de uma particular motivação interior, que 
é a busca e a pergunta a si mesmo sobre o que deseja ser; é possuir a denominada atitude caritativa, quem a sente e a adota, 
não vive para si e para os outros, mais do que isso, nas palavras do psicólogo, “vive em si e nos demais”, cujas alegrias e tristezas 
passam a estruturar as próprias. Motivação interior que completa e ultrapassa (e vem antes) a motivação exterior que é 
vegetativa e digestiva da simples aplicação prática. 
 
A atmosfera dos estudos médicos deve ser de liberdade intelectual, como todo estudo; mas de liberdade disciplinada pelo 
respeito mútuo, porque todos os atos universitários se caracterizam pela liberdade e disciplina individuais que se encerram. 
 
O estudo médico é um compromisso que parte do âmbito individual e alcança o meio social. Por isso, a medicina deve visar 
mais a pessoa que a doença, baseado no postulado que a “saúde é função e força social”. Em outras palavras, a medicina não 
anula ou não esquece no doente à pessoa e sim antepõe essa à doença, pois o doente não é mera unidade estatística, mas inclui 
um mundo afetivo. A medicina humana, pois, não é fria medicina experimental, mas sendo humana, é ao mesmo tempo 
individual, familiar, social e universal. 
 
A vida do médico, como toda vida útil e boa, deve ser guiada pelo conhecimento, mas inspirada no amor; do contrário, será 
o médico um Homem tecnicamente evoluído, mas espiritualmente atrofiado. 
 
A cultura exclusivamente científica não satisfaz e incute o pavor. É natural nos bem formados, indagar sobre as relações de 
conhecimento com problemas da vida integral, que culmina no drama da morte, experiência a que estamos todos subordinados 
e pela qual passamos uma só vez, de modo irreversível. 
 
O futuro médico deve ser honesto, mas também competente; porque a ignorância de hoje favorece a desonestidade de 
amanhã. O ser honesto em medicina requer também competência, cuja falta é muitas vezes causa de desonestidade, ainda 
quando, os incultos não percebam suas responsabilidades e incompetência. Pelo fato de ser um estudante, não se exime de suas 
responsabilidades de Homem, lembrando que o renome e prestígio de uma Faculdade dependem também dos alunos e ex-
alunos, na sua atuação e competência. O próprio erro deve ser visto como desafio para aceitá-lo e vencê-lo. 
 
Medicina é provação, renúncia, serenidade, bondade, tolerância, compreensão, competência, honestidade e respeito à vida 
humana, física e espiritual, mas requer ainda sensibilidade moral e social. Semanticamente a profissão envolve o “físico 
(natureza a conhecer), o médico (medicar, curar) e o doutor (ensinar)”. 
 
A formação da personalidade médica ciente e consciente principia no estudo anatômico, no cadáver indigente, do 
abandonado, sem lar, que nada teve e tudo dá no anonimato, e se completa no vivo doente e humilde; plasma-se assim, na 
morte e no sofrimento de indivíduos unidos, antes e depois da morte, na fraternidade da Família Humana. Morto ou doente, 
traduzindo o profundo significado espiritual e humano da Medicina, fundamentado numa filosofia moral mais sentida que 
codificada. 
 
Esperamos que cada aluno, futuro médico, perceba e compreenda intimamente o severo compromisso que assumiu para 
consigo mesmo, seus familiares, a sociedade e a própria humanidade. Se assim for, não haverá decepções de sua e de nossa 
parte. 
 
Texto do Prof. Dr. Renato Locchi (1961) 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA 
 
A etimologia da palavra anatomia tem origem grega: ana (corpo), tomé (cortar). Dissecar é seu correspondente em latim: 
dis (em partes), secare (cortar). O conhecimento da Anatomia é obtido de diversas maneiras como: dissecação, exames de 
imagens, palpação, anatomia de superfície, observações de peças e cadáveres dissecados e, em alguns casos modelos artificiais. 
 Contudo, devemos lembrar que a morte, junto aos fixadores (formaldeído ou glicerina), modifica em maior ou menor 
proporção a aparência normal dos órgãos. Fato relevante, pois no estudo da Anatomia, os materiais confeccionados pelo 
homem, que simbolizam de maneira didática o corpo humano (como por exemplo, os modelos plásticos de ossos, articulações, 
vísceras e etc.), devem apenas ter o caráter de complemento didático, e não ser utilizado como a base total do aprendizado, 
levando em consideração que o cadáver já apresenta alterações estruturais em relação ao vivente. Os modelos plásticos não 
exaltam de maneira fidedigna o corpo humano. 
Como ciência, a Anatomia é a área que estuda a constituição e desenvolvimento dos seres organizados, ou de maneira 
ampla, tratada como uma ciência morfológica (morfo – forma, logia - estudo), relacionando a forma estrutural com a função. 
Atualmente, a microscopia é estudada por disciplinas específicas (Biologia Celular e a Histologia), que se originaram da 
Anatomia. A macroscopia se tornou um sinônimo da Anatomia nos cursos da Saúde. 
Para o estudo morfológico do corpo humano, o material utilizado é o cadáver ou as peças cadavéricas. Esse material 
merece todo nosso respeito e cuidado, sendo insubstituível e de grande valia para o aprendizado da Anatomia. 
Carl von Roktanski (1804-1878), médico e estudioso da anatomia patológica, dissector obsessivo da época, chegando a 
uma marca histórica de 60.000 necropsias, deixou-nos uma das máximas da anatomia: a meditação ao cadáver desconhecido. 
 
AO CADÁVER DESCONHECIDO: 
“Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que esse corpo nasceu do amor de 
duas almas; cresceu embalado pela fé e esperança daquela que em seu seio agasalhou, sorriu e sonhou os mesmos sonhos das 
crianças e dos jovens. Por certo amou e foi amado e sentiu saudades de outros que partiram, esperou um amanhã feliz, e agora 
jaz na fria lousa, sem que por ele se derramasse uma lágrima si quer, sem que houvesse uma só prece, seu nome só Deus o sabe, 
mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir a humanidade que por ele passou indiferente.” 
Carl von Roktanski (1804-1878) 
 
Devido ao conceito amplo da Anatomia, o ser organizado pode ser estudado empregando diversos métodos, tais como: 
Anatomia sistêmica ou descritiva: estuda as estruturas que contribuem para a formação dos sistemas orgânicos. 
Anatomia topográfica ou regional: estuda as estruturas situadas em uma determinada região do corpo, englobando 
diferentes sistemas. A riqueza de informações permite o estudante relacionar os diversos sistemas encontrados em cada região. 
Essas informações são valiosas para o exame físico (inspeção e palpação) e aplicações cirúrgicas. O método de estudo utilizado é 
a dissecção. 
Anatomia da imagem: estuda as estruturas por meio de exames de imagem (radiografia, ultrassonografia, tomografia, 
ressonância magnética). Esse conhecimento é importante para interpretação dos exames complementares, que servem como 
subsídios para o diagnóstico. 
Anatomia de superfície: procura identificar as estruturas anatômicas localizadas abaixo da pele. Importante para o 
exame físico do paciente: identificação de pulso arterial, trajeto das veias e nervos, localização de estruturas 
musculoesqueléticas e vísceras. Os recursos utilizados são: inspeção, palpação, percussão e ausculta. 
Anatomia do desenvolvimento:estuda a constituição do ser organizado nas diversas fases do desenvolvimento, 
apresentando as características anatômicas de cada período. 
Anatomia clínica: relaciona as estruturas anatômicas com aplicações clínicas, preparando o estudante para estabelecer 
uma analogia dos processos fisiopatológicos das doenças com os aspectos anatômicos. 
 
 
CONCEITO DE NORMAL, VARIAÇÃO ANATÔMICA, ANOMALIA E MONSTRUOSIDADE 
 
O conceito de normal em anatomia significa uma constância da forma, posição, relação e frequência de estruturas 
corpóreas (exemplo: o pulmão direito normalmente apresenta três lobos: superior, médio e inferior). Convém ressaltar que o 
termo normal é empregado pelos profissionais da saúde, referindo-se ao indivíduo sem doença. 
Diferenças morfológicas são encontradas entre os organismos de uma forma geral e as alterações das estruturas 
corpóreas normais podem, ou não acarretar prejuízos funcionais. 
Sendo assim, a variação anatômica é uma alteração do padrão normal, que não acarreta prejuízo funcional (e.g: 
aproximadamente 1% da população apresenta uma variação do pulmão direito, este se encontra dividido em quatro lobos, 
tendo o acréscimo do lobo ázigo, resultado da curva que a veia ázigo faz sobre o ápice do pulmão e não sobre o hilo pulmonar). 
Alguns fatores estão relacionados com as variações anatômicas: idade (anatomia do desenvolvimento); dimorfismo 
sexual (a quantidade de gordura subcutânea se acumula em regiões distintas nos gêneros); etnia (o comprimento da medula 
espinal nos afrodescendentes é maior em comparação com a dos caucasianos) e biótipo (são diferenças físicas, geralmente 
hereditárias, que podem ser alteradas por fatores ambientais). Os biótipos são classificados em: 
Longilíneo: apresenta pescoço longo, tórax estreito e predominante sobre o abdome, membros delgados e compridos; 
Brevelíneo: pescoço curto, tórax largo, sendo menor que o abdome, e membros grossos e curtos; 
Mediolíneo: apresenta características intermediárias entre os dois tipos anteriores. 
As alterações do padrão normal que causam prejuízo à função, no entanto compatíveis com a vida, são denominadas de 
anomalias. Exemplos: a fenda palatina, resultado do desenvolvimento inadequado do palato ósseo (não ocorrendo fusão entre 
as maxilas e os ossos palatinos); a ausência dos membros (amelia). 
As monstruosidades são alterações do padrão normal tornando o organismo incompatível com a vida ou apenas com 
sobrevida. Exemplos: anencefalia (ausência do cérebro), ciclopia (as vesículas ópticas se fundem), o recém-nascido apresenta 
apenas um olho. O campo de estudo das monstruosidades é denominado de Teratologia (do grego terato – monstro). 
 
DIVISÃO DO CORPO HUMANO 
 
O corpo humano pode ser dividido em regiões, facilitando a localização dos órgãos, descrições de ferimentos e aparelhos 
acoplados ao corpo. 
Cabeça: dividida em áreas relacionadas com a proteção do encéfalo: fronte (parte anterior), área occipital (parte 
posterior), área temporal (lateralmente); áreas relacionadas com a face: olhos, bochechas, nariz, boca e mento (queixo); e 
região das orelhas; 
Pescoço: sua parte anterolateral é dividida em trígonos e, a parte posterior é referida como nuca (região nucal); 
Tronco: relativo à grande área corpórea, dividida em: tórax (peito, parte compreendida entre o pescoço e o abdome), 
abdome (parte entre o tórax e a pelve), pelve (porção inferior ao abdome, transição entre tronco e membros inferiores), períneo 
(área inferior à pelve, entre as coxas) e dorso (região posterior do tronco entre o pescoço e as nádegas); 
Membros superiores: divido em raiz e parte livre. A raiz é a região fixada ao tronco, representada pelo ombro e axila. A 
parte livre é representada pelo braço, cotovelo, antebraço, punho e mão. A mão é dividida em carpo, metacarpo e dedos 
(artelhos, nas mãos são denominados de quirodáctilos – quiro: mão, dactilo: dedo). A palma da mão (ou região volar) é 
subdividia em regiões tenar e hipotenar (áreas lateral e medial da palma da mão, respectivamente), a parte posterior da mão é 
denominada de dorso; 
Membros inferiores: também dividido em raiz e parte livre. A raiz compreende a articulação do quadril e as nádegas. A 
parte livre é representada pela coxa, joelho, perna (sura ou crura), tornozelo e pé. O pé é dividido em tarso, metatarso e dedos 
(artelhos, nos pés são denominados de pododáctilos – podo: pé, dactilo: dedo). A planta do pé está em contato com o solo e o 
dorso é a parte superior; 
Além dessa divisão, encontramos no corpo humano cavidades, sendo: craniana, torácica e a abdominopélvica (cavidade 
abdominal e pélvica). A tabela -1 ilustra sinteticamente o conteúdo das cavidades. 
 
Tabela 1 - Cavidades do corpo humano 
CAVIDADE CONTEÚDO 
Craniana 
Encéfalo, nervos cranianos, vasos sanguíneos, meninges e 
líquido cerebrospinal. 
Torácica 
Pulmões, pleuras, coração, pericárdio, vasos sanguíneos e 
linfáticos, linfonodos, nervos, traqueia, esôfago e timo. 
Abdominal 
Esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso, pâncreas, 
fígado, vesícula biliar, baço, vasos sanguíneos e linfáticos, 
linfonodos, rim e ureter. 
Pélvica 
Ureter, bexiga urinária, uretra, órgãos genitais masculinos e 
femininos internos e parte do intestino grosso. 
 
 
POSIÇÃO FUNDAMENTAL PARA ESTUDO E DESCRIÇÃO E TERMINOLOGIA ANATÔMICA (POSIÇÃO ANATÔMICA) 
 
A posição fundamental para estudo e descrição é a posição anatômica. É utilizada universalmente para a descrição das 
estruturas no cadáver e no vivente e é caracterizada como: 
• Indivíduo em posição ortostática com o tronco ereto; 
• Cabeça voltada anteriormente com o olhar dirigido para o horizonte (plano órbito-meático ou plano de Frankfurt, linha 
imaginária traçada abaixo da margem infra orbital até a margem superior do meato acústico externo); 
• Membros superiores pendentes lateralmente ao tronco, com as palmas das mãos voltadas anteriormente; 
• Membros inferiores justapostos, com os dedos dos pés voltados anteriormente. 
Para normatizar o estudo é necessária, além da posição anatômica, a utilização de uma terminologia universal. A 
terminologia anatômica padroniza os termos utilizados para a descrição de todas as estruturas corpóreas. O idioma oficial é o 
latim, e sua tradução é permitida. Cerca de 5000 termos são empregados. Os termos contêm informações que auxiliam a 
memorização, podendo indicar a forma (martelo, bigorna e estribo), localização (músculo tibial anterior, tuba auditiva, tuba 
uterina), função (músculo flexor longo dos dedos), ou critérios mistos (forma e localização – músculo orbicular do olho, músculo 
orbicular da boca). A utilização de epônimos (nomes de pessoas) foi abolida, não se utiliza termos como: tendão de Aquiles, 
ângulo de Louis, trompa de Eustáquio, e sim: tendão do calcâneo, ângulo do esterno, tuba auditiva, respectivamente. 
Entretanto, clinicamente os epônimos ainda são utilizados, para as estruturas corpóreas, instrumentais e técnicas de tratamento 
ou operatórias. 
 
PLANOS DE DELIMITAÇÃO E SECÇÃO DO CORPO HUMANO 
 
Tendo como referência a posição anatômica, tangenciam-se à superfície corpórea, planos que demarcam o corpo ou 
parte desse, esses planos são denominados planos de delimitação. Encontramos seis planos: quatro verticais e dois horizontais. 
Os planos verticais são: 
Plano anterior, tangente à parte anterior do corpo. 
Plano posterior, tangente à parte posterior do corpo. 
Plano lateral direito e plano lateral esquerdo,tangentes às partes laterais do corpo. 
Os planos horizontais são: 
Plano superior e plano inferior tangentes à parte superior e inferior do corpo, respectivamente. 
 
 
 
PLANOS DE SECÇÃO DO CORPO HUMANO 
 
Os planos de secção (ou de corte) dividem o corpo humano e são paralelos aos planos de delimitação. São quatro os 
planos de secção: dois planos sagitais, um plano horizontal e um plano frontal. 
Os planos sagitais, divididos em: plano sagital mediano e planosagital paramediano. O plano sagital mediano é paralelo 
aos planos laterais de delimitação, divide o corpo humano ao meio, em duas metades semelhantes (direita e esquerda). O plano 
sagital paramediano é paralelo ao plano sagital mediano, dividindo o corpo em metades distintas. Os cortes sagitais 
paramedianos se estendem do plano sagital mediano até o plano lateral (direito ou esquerdo). 
O plano horizontal (transversal ou axial) é paralelo aos planos superior e inferior de delimitação, divide o corpo humano 
em partes superior e inferior. Os cortes horizontais se estendem entre os planos superior e inferior. 
O plano frontal (coronal) é paralelo aos planos anterior e posterior de delimitação, dividindo o corpo humano em partes 
anterior e posterior. Os cortes frontais se estendem entre os planos anterior e posterior. 
 
 
EIXOS DO CORPO HUMANO 
 
 Os eixos do corpo humano são linhas imaginárias que ligam os planos de delimitação. Quando esses eixos atravessam 
uma articulação permitem movimentos específicos. Podemos dividir os eixos em duas categorias: eixo homopolar (que tocam 
pontos correspondentes no corpo), denominado de eixo transversal; e eixos heteropolares (que tocam pontos distintos no 
corpo), representados pelos eixos longitudinal e sagital. 
O eixo transversal (látero-lateral) se estende entre os planos laterais direito e esquerdo. Esse eixo permite movimentos 
de flexão e extensão. 
O eixo longitudinal (súpero-inferior) é o maior eixo do corpo, estende-se do plano superior ao plano inferior. Permite 
movimentos de rotações medial e lateral. 
O eixo sagital (anteroposterior) se estende entre os planos anterior e posterior. Esse eixo permite os movimentos de 
abdução e adução. 
 
TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO DO CORPO HUMANO 
 
A localização, descrição e a relação que um órgão tem com o outro (sintopia) é descrita por meio de termos 
padronizados. Podemos analisar a distribuição de órgãos, suas partes ou relações nos três eixos (sentidos). Para cada sentido 
utilizamos termos específicos: 
Estruturas medianas são aquelas situadas sob o plano de secção sagital mediano. Exemplo: o esterno, as vértebras, a 
traqueia, o nariz, a sínfise púbica são estruturas localizadas sob o plano sagital mediano. 
No eixo transversal, podemos observar e comparar as estruturas utilizando os termos: medial, intermédio e lateral. 
Medial: é a estrutura mais próxima do plano sagital mediano (consequentemente mais afastada do plano lateral). 
Lateral: é a estrutura mais próxima do plano lateral (consequentemente mais afastada do plano sagital mediano). 
Intermédio: é a estrutura que está posicionada entre uma lateral e outra medial (esse termo só é utilizado quando 
comparamos três estruturas). Exemplo: na região anterior da coxa temos o feixe vasculonervoso (composto por uma artéria, 
uma veia e um nervo). O nervo femoral é lateral (mais próximo do plano lateral), a veia femoral é medial (mais próxima do plano 
sagital mediano) e a artéria ocupa a posição intermédia (está entre o nervo e a veia); no tarso (pé), os ossos cuneiformes estão 
dispostos no eixo transversal, denominados de cuneiforme medial, cuneiforme intermédio e cuneiforme lateral. 
No eixo sagital, podemos observar e comparar as estruturas utilizando termos: anterior, médio e posterior. 
Anterior: é a estrutura que está mais próxima do plano anterior (consequentemente mais distante do plano posterior). 
Posterior: é a estrutura que está mais próxima do plano posterior (consequentemente mais distante do plano anterior). 
Médio: é a estrutura que está posicionada entre uma anterior e outra posterior (esse termo só é utilizado quando 
comparamos três estruturas). 
Exemplos: se compararmos o osso esterno, o coração e a coluna vertebral, teremos: o esterno é anterior (mais próximo 
do plano anterior), a coluna vertebral é posterior (mais próxima do plano posterior) e o coração ocupa a posição média (entre o 
esterno e a coluna vertebral); se observarmos a bexiga, o útero e o reto, teremos a seguinte relação: a bexiga é anterior, o reto 
posterior e o útero médio. 
Para o eixo longitudinal utilizamos termos específicos para a cabeça, pescoço e tronco (superior, médio e inferior); e 
termos específicos para os membros superiores e inferiores (proximal, médio e distal). 
Superior: é a estrutura que está mais próxima do plano superior (consequentemente mais distante do plano inferior). 
Para estruturas encontradas na cabeça, pescoço e tronco o sinônimo utilizado para superior é cranial. 
Inferior: é a estrutura que está mais próxima do plano inferior (consequentemente mais distante do plano superior). Para 
estruturas encontradas na cabeça, pescoço e tronco o sinônimo utilizado para inferior é caudal. 
Média: é a estrutura que está posicionada entre uma superior e outra inferior (esse termo só é utilizado quando 
comparamos três estruturas). Exemplo: três projeções ósseas são encontradas na cavidade nasal, denominadas de conchas 
nasais superior, média e inferior. O pulmão direito é dividido em três lobos (partes), o lobo superior, lobo médio e lobo inferior. 
Proximal: é a estrutura que está mais próxima da raiz (ombro para os membros superiores e quadril para os membros 
inferiores). 
Distal: é a estrutura que está mais distante da raiz dos membros. 
Médio: é a estrutura posicionada entre uma proximal e outra distal. 
E.g: as falanges estão dispostas no eixo longitudinal, por serem ossos pertencentes aos membros, são denominadas de 
falanges proximal, média e distal; se compararmos o cotovelo, o antebraço e a mão teremos: o cotovelo proximal (mais próximo 
da raiz), a mão distal (mais distante da raiz) e o antebraço em posição média. 
Termos especiais, não associados aos eixos do corpo humano, são utilizados para descrição: 
Superficial: são estruturas mais próximas à superfície do corpo humano (acima da fáscia muscular). Exemplo: a veia 
cefálica é uma veia superficial do membro superior. 
Profundo: é empregado para estruturas que estão localizadas mais distantes da superfície corpórea (abaixo da fáscia 
muscular). Exemplo: a veia braquial é uma veia profunda do braço. 
Interno: designado para uma estrutura localizada dentro de uma cavidade ou, a parte de um órgão voltada para o 
interior desta cavidade (e.g: o músculo papilar do coração está localizado na parte interna dos ventrículos; a face interna da 
costela está voltada para o conteúdo da cavidade torácica). 
Externo: utilizado para as estruturas localizadas fora de uma cavidade ou, a parte do órgão voltada para o exterior desta 
cavidade (e.g: o epicárdio é a camada externa do coração; a face externa da costela está em contato com os músculos do tórax). 
Para estruturas do sistema digestório, podem ser utilizados termos como oral ou aboral, próximo ou distante da boca, 
respectivamente. 
No embrião o temo rostral é utilizado para indicar as estruturas que estão próximas à extremidade frontal 
(correspondente à região esternal, e nos estágios pós-embrionários é representado pela boca e nariz). 
No sistema circulatório, utilizam-se termos como montante de um vaso (parte de origem do vaso) e jusante de um vaso 
(parte terminal do vaso). 
Com as informações básicas deste capítulo podemos dar início ao estudo da anatomia propriamente dita. 
 
 
OSTEOLOGIA 
(estudo dos ossos) 
 
 Ossos são estruturas esbranquiçadas do nosso corpo. São rígidos (característica conferida pela substância óssea 
compacta), e flexíveis (conferido pela substância óssea esponjosa). Os ossos são vascularizados, o sangue transporta uma grande 
quantidade de cálcio para o osso (o que o difere da cartilagem), tornando-o calcificado (mineralizado). 
 Os ossos são revestidos internamente e externamente por membranas de tecido conjuntivo, especializadas, 
denominadas respectivamente de endósteo e periósteo. Essas membranas participam de diversas funções, que veremos 
posteriormente. Uma das funções é conferir sensibilidade. 
 Oconjunto de ossos e cartilagens unidos (articulados) forma o esqueleto. O esqueleto possui diversas funções, entre 
elas: 
- proteção de órgãos vitais; 
- sustentação do corpo; 
- armazenamento de íons como cálcio e fósforo; 
- atua como alavancas, movimentada pelos músculos, deslocando segmentos do corpo; 
- hematocitopoiese, formação de células do sangue, por meio da medula óssea (vermelha). 
 
 
DIVISÃO DO ESQUELETO 
 
 O esqueleto humano adulto é formado em média por 206 ossos. Didaticamente o esqueleto é dividido em: esqueleto 
axial e esqueleto apendicular. 
 O esqueleto axial (do latim axis = eixo) é formado pelos ossos que estão no eixo do corpo. São eles: ossos do crânio (28 
ossos); ossos da coluna vertebral (26 ossos); costelas (24 ossos), esterno (1 osso) e hióide (1 osso). No esqueleto axial 
totalizamos 80 ossos. 
 O esqueleto apendicular (apêndice, do latim appendix = o que pende), forma o esqueleto dos membros superiores e 
inferiores. 
 Os ossos dos esqueletos apendiculares superiores são: nos braços - úmero (2), nos antebraços – rádio (2) e ulna (2), nas 
mãos e dedos – carpo (16), metacarpo (10) e falanges (28). 
 Os ossos dos esqueletos apendiculares inferiores são: nas coxas – fêmur (2), nas pernas – tíbia (2) e fíbula (2), nos 
joelhos – patelas (2), nos pés e dedos – tarso (14), metatarso (10) e falanges (28). 
 O esqueleto axial é unido com os esqueletos apendiculares pelos cíngulos. Os cíngulos são constituídos por ossos que 
estabelecem esta ligação, além de outras estruturas como músculos e ligamentos. São eles: o cíngulo do membro superior, 
formado pelas escápulas (2) e clavículas (2); e o cíngulo do membro inferior, formado pelos ossos do quadril (2). 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS 
 
 Podemos estabelecer critérios para classificar os ossos de acordo com sua forma, levando em consideração suas 
dimensões (comprimento, largura e espessura). A classificação quanto à forma segue abaixo: 
 - Ossos longos: possuem o comprimento maior que a largura e espessura. Ex: úmero, rádio, ulna, fêmur, metacarpos, 
falanges. Os ossos longos apresentam características anatômicas específicas. Observa-se nesses ossos duas extremidades, 
unidas por uma haste central. As extremidades são denominadas de epífises (proximal e distal), e a haste é denominada de 
diáfise ou corpo do osso. No interior das epífises encontra-se substância óssea esponjosa, enquanto que na diáfise, essa 
substância é escassa, formando um canal, denominado de canal medular, canal este que abriga a medula óssea. 
 - Ossos curtos: nenhum das dimensões é predominante, o comprimento, a largura e a espessura são semelhantes. Ex: 
ossos do carpo e do tarso. 
 - Ossos laminares: apresentam o comprimento e largura equivalente e predominante sobre a espessura. Ex: escápula e 
osso do quadril. 
 - Ossos alongados: possuem o comprimento maior que a largura e espessura, são semelhantes aos ossos longos, porém 
não possuem canal medular. Ex: clavículas e costelas. 
 Alguns ossos apresentam características particulares, não se encaixando no tipo de classificação quando sua forma. São 
eles: 
 - Ossos irregulares: apresentam forma complexa, com diversas projeções, não possuindo uma forma geométrica bem 
definida. Ex: vértebras, maxila, temporal, mandíbula. 
 - Ossos pneumáticos: são ossos que apresentam em seu interior uma cavidade, que é preenchida por ar. Essas 
cavidades são revestidas por mucosa, recebendo o nome de seios (do latim sinus = bolso). Os ossos pneumáticos são: frontal, 
maxila, esfenóide, etmóide e temporal. 
 - Ossos sesamóides (do grego sesamen = semente): desenvolvem-se entre tendões e ligamentos. Ex: patela. 
TIPOS DE SUBSTÂNCIAS ÓSSEAS 
 
 O tecido ósseo se dispõe de uma maneira particular, para garantir a rigidez e a flexibilidade. Desta forma, os ossos são 
capazes de suportar forças de tração, compressão e cisalhamento. Esse arranjo é conferido pelas substâncias ósseas que 
formam os ossos: substância compacta e esponjosa. A substância compacta é externa, o tecido ósseo forma lâminas fortemente 
unidas, sem deixar espaços (rigidez). Na substância óssea esponjosa, o tecido ósseo se organiza formando espaços entre suas 
lâminas (criando o aspecto de esponja), garantindo a flexibilidade. Na substância óssea esponjosa encontramos a medula óssea 
vermelha, produtora das células do sangue. 
 Nos ossos longos a substância óssea esponjosa é predominante no interior das epífises, enquanto que na diáfise 
predomina a substância compacta. Nos ossos curtos a substância compacta forma a camada externa e, internamente o osso é 
preenchido por substância esponjosa. 
 Nos ossos laminares do crânio, encontramos duas lâminas de substância óssea compacta (interna e externa), e entre 
essas lâminas a substância óssea esponjosa, denominada de díploe. 
 
MEDULA ÓSSEA 
 
 A medula óssea pode ser: vermelha (ou rubra), encontrada nas substâncias esponjosas dos ossos, essa medula é 
produtora das células do sangue; ou amarela (flava), encontrada apenas no canal medular dos ossos longos (no interior da 
diáfise). 
 
CRESCIMENTO ÓSSEO 
 
 O crescimento do osso ocorre em comprimento e em espessura. Os ossos começam a se formar na vida fetal, 
primeiramente são moldes de cartilagens. Com a chegada do vaso sanguíneo, esse molde de cartilagem começa a receber cálcio 
e a se ossificar. No nascimento, durante a infância e até o final da puberdade, os ossos mantêm áreas com cartilagem (formada 
no embrião). Essa cartilagem é denominada de cartilagem epifisial, que promove o crescimento em comprimento dos ossos. 
 O crescimento em espessura é realizado pelo periósteo. O periósteo é a membrana que reveste a face externa dos 
ossos. Possui duas lâminas, uma interna e outra externa. 
 A lâmina interna do periósteo é denominada de osteogênica (formadora de osso). As células ósseas criadas pela lâmina 
interna do periósteo são incorporadas na superfície do osso, provocando seu espessamento. Ocorre uma constante produção e 
absorção do tecido ósseo, esse estudo é realizado com maiores detalhes na histologia. 
 A lâmina externa, ou fibrosa, do periósteo recebe a fixação dos tendões, os vasos sanguíneos e nervos. 
 
OSSIFICAÇÃO 
 
No embrião membranas conjuntivas ou modelos de cartilagem dos futuros ossos encontram-se em desenvolvimento. 
Com a chegada de sangue, esses modelos de cartilagem iniciam o processo denominado de ossificação óssea. O processo de 
ossificação dos ossos ocorre no início da idade fetal (começo do terceiro mês de gestação). O primeiro osso a iniciar o processo 
de ossificação é a clavícula. Podemos classificar o processo de ossificação dos ossos em dois tipos: ossificação 
intramembranácea e ossificação endocondral. 
- ossificação intramembranácea: denominada desta maneira por surgir no interior de membranas de tecido conjuntivo. 
Os ossos: frontal, parietal, parte do occipital, temporal, maxila e mandíbula sofrem o processo de ossificação 
intramembranácea. A região destes ossos que contém o tecido conjuntivo é denominada de centro de ossificação primária e, 
neste local as células se diferenciam em osteoblastos, que sintetizam o osteóide. No crânio do recém-nascido as regiões de 
tecido conjuntivo constituem os fontículos (fontanelas). 
- ossificação endocondral: modelos de cartilagem hialina sofrem esse processo de ossificação, com a chegada dos vasos 
sanguíneos (centros de ossificações), dividida em duas etapas. A ossificação endocondral é um processo complexo, faremos 
apenas uma descrição sucinta do assunto. Na primeira etapa os condrócitos (células cartilagíneas) hipertrofiam e sua matriz 
cartilagínea é reduzida, levando a apoptose. Na segunda etapa ocorre invasão por capilares e células osteoprogenitoras nos 
espaços deixados pelos condrócitos. As células osteoprogenitoras se diferenciam em osteoblasto, depositando posteriormente o 
osteóide. Desta maneira, o tecido ósseo é formado onde havia tecido cartilagíneo.TERMINOLOGIA UTILIZADA NO ESTUDO DA OSTEOLOGIA 
 
O estudo dos detalhes anatômicos de cada osso requer tempo e paciência. Muitas estruturas se relacionam com o 
esqueleto. A musculatura esquelética fixa-se nos ossos; vasos e nervos transitam próximos de sua superfície; ligamentos 
prendem-se nas extremidades ósseas; algumas vísceras usam os ossos como ponto de apoio. Devido a isso os ossos apresentam 
marcações, elevações, protuberâncias, áreas abertas para passagens de feixes vasculonervosos, sendo denominado de acidentes 
ósseos. Para facilitar o estudo e a compreensão dos acidentes ósseos, abaixo temos uma lista com os principais termos 
utilizados em osteologia: 
 
• Linha – margem óssea suave; 
• Crista – margem óssea proeminente; 
• Tubérculo – pequena saliência arredondada; 
• Tuberosidade – média saliência arredondada; 
• Trocanter – grande saliência arredondada; 
• Maléolo – saliência óssea semelhante à cabeça de um martelo; 
• Espinha – projeção óssea afilada; 
• Processo – projeção óssea; 
• Ramo – processo alongado; 
• Faceta – superfície articular lisa e tendendo a plana; 
• Fissura – abertura óssea em forma de fenda; 
• Forame – abertura óssea arredondada; 
• Fossa – pequena depressão óssea; 
• Cavidade – grande depressão óssea; 
• Sulco – depressão óssea estreita e alongada; 
• Meato – canal ósseo; 
• Côndilo – proeminência elíptica que se articula com outro osso; 
• Epicôndilo – pequena proeminência óssea situada acima do côndilo; 
• Cabeça – extremidade arredondada de um osso longo, geralmente separada do corpo do osso por meio de uma região 
estreitada, denominada colo. 
 
ROTEIRO PRÁTICO 
 
ESQUELETO AXIAL 
COLUNA VERTEBRAL 
Canal vertebral 
 Forames intervertebrais 
 
CARACTERÍSTICAS DE UMA VÉRTEBRA TÍPICA 
Corpo vertebral 
Forame vertebral 
Arco vertebral 
 Pedículo do arco vertebral 
 Lâmina do arco vertebral 
Processo espinhoso 
Processo transverso 
Processo articular superior 
Processo articular inferior 
 
VÉRTEBRAS CERVICAIS (CI-CVII) 
Forame transversário 
 
ATLAS (CI) 
Face articular superior 
Face articular inferior 
Arco anterior do atlas 
 Tubérculo anterior 
Arco posterior do atlas 
 Tubérculo posterior 
 
ÁXIS (CII) 
Dente do áxis 
 
VÉRTEBRA PROEMINENTE (CVII) 
 
VÉRTEBRA TORÁCICA (TI-TXII) 
Fóvea costal superior 
Fóvea costal inferior 
Fóvea costal do processo transverso 
 
VÉRTEBRAS LOMBARES (LI-LV) 
 
SACRO (SI-SV) 
Base do sacro 
Promontório 
Asa do sacro 
Processo articular superior 
Parte lateral do saro 
 Face auricular 
 Tuberosidade do sacro 
Face pélvica 
 Forames sacrais anteriores 
Face dorsal 
 Crista sacral mediana (resultado da fusão dos 
processos espinhosos) 
 Forames sacrais posteriores 
Canal sacral 
Hiato sacral 
CÓCCIX (COI-COIV) 
ESQUELETO DO TÓRAX 
 
COSTELAS (I-XII) 
Costelas verdadeiras (I-VII) 
 Costelas falsas (VIII-X) 
 Costelas flutuantes (XI-XII) 
 Cartilagem costal 
 
Cabeça da costela 
Colo da costela 
Corpo da costela 
Tubérculo da costela 
Ângulo da costela 
Sulco da costela (situado junto à margem inferior da 
costela) 
 
ESTERNO 
Manúbrio do esterno 
Ângulo do esterno 
Corpo do esterno 
Processo xifóide 
 
CAIXA TORÁCICA 
Defina cavidade torácica 
Abertura superior do tórax 
Abertura inferior do tórax 
Espaço intercostal 
Ângulo infraesternal 
 
CRÂNIO 
 
NEUROCRÂNIO 
Calvária 
 Lâmina externa 
 Díploe 
 Lâmina interna 
Cavidade do crânio 
Base interna do crânio 
 Fossa anterior do crânio 
 Fossa média do crânio 
 Fossa posterior do crânio 
 
Fontículos 
 Fontículo anterior 
 Fontículo posterior 
 Fontículo ântero-lateral 
 Fontículo póstero-lateral 
 
OSSOS 
Frontal (1) 
Occipital (1) 
Esfenóide (1) 
Etmóide (1) 
Parietal (2) 
Temporal (2) 
 
VISCEROCRÂNIO 
Nasal (2) 
Lacrimal (2) 
Zigomático (2) 
Maxila (2) 
Concha nasal inferior (2) 
Palatino (2) 
Vômer (1) 
Mandíbula (1) 
 
SEIOS PARANASAIS 
Seio frontal 
Seio maxilar 
Seio esfenoidal 
Células etmoidais 
 
BASE INTERNA DA CAVIDADE DO CRÂNIO 
 
FOSSA ANTERIOR DO CRÂNIO 
Crista etmoidal 
Lâmina cribriforme do etmóide 
 
FOSSA MÉDIA DO CRÂNIO 
Sela turca (Fossa hipofisária aloja a hipófise) 
Canal óptico 
Fissura orbital superior 
Forame redondo 
Forame oval 
Forame espinhoso 
Canal carótico 
 
FOSSA POSTERIOR DO CRÂNIO 
Forame magno 
Canal do nervo hipoglosso 
Forame jugular 
Fossa cerebelar 
Meato acústico interno 
 
BASE EXTERNA DO CRÂNIO 
Côndilo do occipital 
Processo pterigóide 
Forame oval 
Forame espinhoso 
Processo estilóide 
Forame estilomastóideo 
Processo mastóide 
Meato acústico externo 
Forame jugular 
 
VISCEROCRÂNIO 
Órbita 
Margem supra-orbital 
Margem infra-orbital 
Canal lacrimonasal 
 
Parte óssea do septo nasal 
Lâmina perpendicular do etmóide 
Vômer 
 
Conchas nasais superior, média (partes do osso etmóide) e 
inferior 
 
Parte óssea do palato duro 
 Processo patatino da maxila 
 Lâmina horizontal do palatino 
 
MANDÍBULA 
Corpo da mandíbula 
 Ramo da mandíbula 
 Ângulo da mandíbula 
 Processo coronóide 
 Processo condilar 
 
OSSÍCULOS DA AUDIÇÃO 
Martelo, Bigorna e Estribo. 
 
OSSO HIÓIDE 
 
ESQUELETO APENDICULAR 
 
OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR 
 
ESCÁPULA 
Margens medial, lateral e superior 
Ângulo inferior 
Fossa subescapular 
Espinha da escápula 
Fossa supra-espinal 
Fossa infra-espinal 
Acrômio 
Cavidade glenoidal 
Processo coracóide 
 
CLAVÍCULA 
Extremidade esternal 
Corpo da clavícula 
Extremidade acromial 
Tubérculo conóide 
 
ÚMERO 
Cabeça do úmero 
Colo anatômico 
Tubérculo maior 
Tubérculo menor 
Sulco intertubercular 
Colo cirúrgico 
Corpo do úmero 
Tuberosidade do músculo deltóide 
Côndilo do úmero 
Tróclea do úmero 
Capítulo do úmero 
Fossa do olécrano 
Fossa coronóidea 
Epicôndilo medial 
Sulco do nervo ulnar 
Epicôndilo lateral 
 
RÁDIO 
Cabeça do rádio 
Circunferência articular 
Colo do rádio 
Corpo do rádio 
Tuberosidade do rádio 
Processo estilóide do rádio 
Incisura ulnar 
Face articular carpal 
 
ULNA 
Olécrano 
Incisura troclear 
Processo coronóide 
Tuberosidade da ulna 
Incisura radial 
Corpo da ulna 
Cabeça da ulna 
Processo estilóide da ulna 
 
OSSOS CARPAIS 
Fileira proximal: 
Escafóide 
Semilunar 
Piramidal 
Pisiforme 
 
Fileira distal: 
Trapézio 
Trapezóide 
Capitato 
Hamato (hâmulo do hamato) 
 
OSSOS METACARPAIS (I-V) 
Base metacarpal 
Corpo metacarpal 
Cabeça metacarpal 
 
OSSOS DOS DEDOS (I-V) 
Falanges proximal, média e distal 
 
OSSOS DO MEMBRO INFERIOR 
 
OSSO DO QUADRIL 
Acetábulo 
Fossa do acetábulo 
Incisura do acetábulo 
Face semilunar 
Forame obturado 
Ramo isquiopúbico 
 
ÍLIO 
Asa do ilío 
Crista ilíaca 
Tubérculo ilíaco 
Espinha ilíaca ântero-superior 
Espinha ilíaca ântero-inferior 
Espinha ilíaca póstero-superior 
Espinha ilíaca póstero-inferior 
Fossa ilíaca 
Linha arqueada 
Face auricular 
Tuberosidade ilíaca 
 
ÍSQUIO 
Corpo do ísquio 
Túber isquiático 
Espinha isquiática 
 
PÚBIS 
Corpo do púbis 
Tubérculo púbico 
Face sinfisial 
Ramo superior do púbis 
Eminência iliopúbica 
Linha pectínea do púbis 
 
FÊMUR 
Cabeça do Fêmur 
Fóvea da cabeça do Fêmur 
Colo do fêmur 
Trocanter maior 
Trocanter menor 
Crista intertrocantérica 
Corpo do Fêmur 
Linha áspera 
tuberosidade glútea 
Face poplítea 
Côndilo medial 
Epicôndilo medial 
Côndilo lateral 
Epicôndilo lateral 
Face patelar 
Fossa intercondilar 
 
PATELA 
Base da patela 
Ápice da patela 
Face articular 
 
TÍBIA 
Côndilo medial 
Côndilo lateral 
Face articular superior 
Eminência intercondilar 
Tubérculos intercondilares lateral e medial 
Corpo da tíbia 
Tuberosidade da tíbia 
Margem anterior 
Maléolo medial 
Incisura fibular 
 
FÍBULA 
Cabeça da fíbula 
Ápice da cabeça da fíbula 
Colo da fíbula 
Corpo da fíbula 
Maléolo lateral 
Face articular do maléolo lateralFossa do maléolo lateral 
 
OSSOS TARSAIS 
TÁLUS 
Cabeça do tálus 
Colo do tálus 
Tróclea do tálus 
Processo lateral do tálus 
Processo posterior do tálus 
CALCÂNEO 
Tuberosidade do calcâneo 
Sustentáculo do tálus 
NAVICULAR 
CUNEIFORMES (medial, intermédio e lateral) 
CUBÓIDE 
Tuberosidade do cubóide 
 
OSSOS METATARSAIS (I-V) 
Base metatarsal 
Corpo metatarsal 
Cabeça metatarsal 
Tuberosidade do primeiro metatarsal 
Tuberosidade do quinto metatarsal 
 
OSSOS DOS DEDOS (I-V) 
Falanges proximal, média e distal. 
 
PELVE ÓSSEA (OSSOS DO QUADRIL + SACRO + CÓCCIX) 
Abertura superior da pelve 
Abertura inferior da pelve 
Ângulo subpúbico 
Pelve maior 
Pelve menor 
Cavidade pélvica 
Articulação sacroilíaca 
Sínfise púbica 
ARTROLOGIA 
 
Articulação, do latim (articulatio = junção), é o local onde ocorre a união morfofuncional dos tecidos rígidos (ossos, 
cartilagens e dentes) do esqueleto. A união é estabelecida pelo tecido interposto. Este tecido confere a característica anatômica 
e funcional da articulação, podendo permitir ou não movimentos, ou seja, articulações não são sinônimos de movimento. 
Três tipos de tecido interposto conferem a união do esqueleto. São eles: tecido fibroso, tecido cartilagíneo e o líquido 
sinovial. Dessa forma, podemos classificar as articulações em três tipos, sempre associadas ao tecido interposto: 
 
Tecido interposto Tipo de articulação Mobilidade 
Fibroso Fibrosas (sinartroses) Imóveis (micro movimentos) 
Cartilagíneo Cartilaginosas (anfiartroses) Semimóveis 
Líquido sinovial Sinoviais (diartroses) Móveis 
 
CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS ESPECÍFICAS DOS DIFERENTES TIPOS DE ARTICULAÇÕES 
 
ARTICULAÇÕES FIBROSAS 
 
São formadas pela presença do tecido fibroso interposto às peças rígidas do esqueleto. Sinartrose foi um termo bastante 
utilizado para descrever essa categoria articular, levando em consideração sua mobilidade, imóvel (ou apenas micro-
movimentos de ajuste, não perceptíveis ou visíveis). Os tipos de articulações fibrosas são divididos em duas classes: suturas e 
sindesmoses. 
Suturas (= costura) são articulações fibrosas encontradas exclusivamente no crânio. O contato entre os ossos é quase que 
direto, com uma pequena interposição de tecido fibroso. As suturas podem ser classificadas quanto sua forma: sutura serrátil, 
quando as margens dos ossos são unidas por uma série de saliências em forma de serra (ex: suturas sagital, coronal e 
lambdóide); sutura plana, quando a união é realizada por superfícies ósseas interpostas de forma retilínea (ex: suturas 
internasal, palatina mediana e palatina transversa); sutura escamosa, formada pela sobreposição dos ossos, encaixe ósseo em 
forma de bisel, (ex: sutura temporoparietal). 
As suturas conferem resistência ao crânio, pois permitem micro movimentos que auxiliam a dissipar forças aplicadas ao 
crânio. Também estão envolvidas com o processo de crescimento craniano. Ao passar dos anos, as suturas se calcificam, da face 
interna para a face externa do crânio, esse processo é denominado de sinostose. 
No crânio do recém-nascido, em locais específicos, há grande quantidade de tecido conjuntivo fibroso, formando os 
fontículos (“moleiras”). Essa formação confere flexibilidade ao crânio do recém-nascido, que durante o parto normal, permite a 
aproximação e até mesmo a sobreposição dos ossos da calota craniana, diminuindo o diâmetro cefálico. Seis fontículos, 
normalmente, estão presentes ao nascimento. Dois são medianos (anterior e posterior) e quatro são laterais (ântero-lateral e 
póstero-lateral). Em mais de 90% das crianças normais, o fontículo anterior está fechado por volta dos dois anos de idade. Os 
fontículos póstero-laterais estão também obliterados por volta do segundo ano; contudo, os fontículos posterior e ântero-
laterais se obliteram por volta do início do sexto mês, após o nascimento. O fechamento precoce dos fontículos e das suturas 
confere uma condição clínica, de caráter genético, denominado de craniossinostose. 
Sindesmoses (do grego: syn = junto; desmós = ligamento): são articulações fibrosas, que apresentam grande quantidade 
de tecido conjuntivo fibroso, formando verdadeiras membranas entre os ossos. São encontradas entre os ossos do antebraço, 
sindesmose radioulnar; e entre os ossos da perna, sindesmose tibiofibular. A disposição do tecido fibroso que forma as 
sindesmoses é em ziguezague, permitindo assim uma distribuição de forças de impacto e compressão entre os ossos da perna e 
do antebraço. 
 A articulação entre o alvéolo dental e o dente é uma sindesmose (dentoalveolar) com pouca quantidade de tecido 
conjuntivo fibroso, conhecida anteriormente com gonfose (do grego: gomphos = prego), sendo o dente uma estrutura cônica 
encaixada em uma cavidade. 
 
ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS 
 
São formadas por tecido interposto cartilagíneo entre as peças ósseas. São articulações semi-móveis, que antigamente, 
eram conhecidas como anfiartroses. O tecido cartilagíneo interposto pode ser de dois tipos: cartilagem hialina, que forma as 
articulações do tipo sincondroses e; tecido fibrocartilagíneo, formando as articulações do tipo sínfise. 
Sincondroses (do grego: syn = junto; chondros = cartilagem): são articulações temporárias, com o avançar da idade, a 
cartilagem hialina que realiza a união das peças ósseas é substituída integralmente por osso. São divididas em intraósseas e 
interósseas. As intraósseas são encontradas nos ossos longos, nas metáfises (cartilagem epifisial). As interósseas estão 
localizadas no crânio, sendo a maior e principal a esfenocciptal. As sincondroses permitem o crescimento dos ossos, sendo 
articulações temporárias do corpo. 
Sínfises (do grego: syn = junto; physis = sulco, crescimento): são articulações formadas pela união de ossos por meio de 
tecido fibrocartilagíneo. Observadas entre os ossos púbicos e os corpos vertebrais, formando respectivamente as: sínfise púbica 
e sínfises intervertebrais. 
Sínfise púbica, ou disco interpúbico, é uma fibrocartilagem espessa, interposta entre as faces sinfisiais dos ossos 
púbicos. Essa articulação é reforçada por dois ligamentos: púbico superior e inferior. Confere uma pequena mobilidade entre os 
ossos púbicos, garantindo melhor distribuição de forças compressivas. Durante a gestação, o hormônio relaxina está circulante. 
Esse hormônio provoca alterações na estrutura ligamentar e, aumenta a mobilidade da sínfise púbica, tornando possível, 
durante o parto normal, o afastamento dos ossos ilíacos, promovendo o aumento transversal da abertura inferior da pelve. 
Sínfise intervertebral, ou disco intervertebral, são fibrocartilagens que unem os corpos vertebrais entre o áxis e o sacro. A sínfise 
intervertebral possui uma estrutura complexa, sua parte externa é formada por lamelas fibrosas dispostas em várias camadas 
oblíquas, denominada de anel fibroso. Internamente, encontra-se uma gelatina, formada quase que totalmente por água, o 
núcleo pulposo. A sínfise intervertebral aumenta de espessura de superior para inferior, garantindo absorção do impacto na 
coluna vertebral. O núcleo pulposo, desliza durante a inclinação produzida pelas vértebras, produzindo boa parte do movimento 
vertebral. 
A hérnia de disco afeta a integridade da sínfise intervertebral, geralmente ocorre por movimento inadequado entre as 
vértebras, de forma repetitiva. O anel fibroso pode ser protraído (protrusão discal) ou, pode romper e o núcleo pulposo 
extravasar (hérnia exclusa). Ambos, geralmente, afetam os nervos espinais, causando sintomas neurológicos como 
formigamento (parestesia) e diminuição da força muscular (paresia). 
 
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS (DIARTROSES) 
 
A estrutura anatômica das articulações sinoviais é extremamente complexa quando comparada com qualquer outro tipo 
de articulação. Por envolver um tecido interposto líquido, a articulação sinovial necessita de estruturas que mantenham esse 
líquido entre as peças óssease, outras estruturas que tornem estáveis esses meios de união, já que o líquido sinovial confere 
grande mobilidade. 
O líquido sinovial, ou sinóvia (do grego: syn = junto; oón = ovo), é um líquido viscoso e transparente, que confere a união 
entre as peças ósseas, tornando móvel a articulação. Sua composição (que inclui um ultrafiltrado do sangue, o ácido 
hialurônico), evita o atrito. O líquido sinovial possui a função de nutrir a cartilagem articular das articulações sinoviais por 
embebição. 
Os componentes das articulações sinoviais, além do líquido sinovial, são: face articular, cartilagem articular, cápsula articular e 
cavidade articular. 
Face articular: é a superfície lisa e polida do osso, que entre em contato com o outro osso, formando a articulação 
sinovial (ex: na articulação do ombro, as faces articulares são: a cavidade glenoidal da escápula e a cabeça do úmero). 
Cartilagem articular: cartilagem hialina que recobre as faces articulares. Desempenham o papel de amortecer o impacto. Nas 
áreas de maior impacto das articulações, a cartilagem torna-se mais espessa. São estruturas avasculares, dependendo quase que 
exclusivamente do líquido sinovial para receber nutriente. 
A condromalácea (amolecimento da cartilagem) é uma doença que afeta principalmente a articulação do joelho, causada pelo 
excesso de pressão entre a patela e o fêmur, essa doença avança para o desgaste da cartilagem, podendo em estágios mais 
avançados afetar a estrutura óssea articular. 
Cápsula articular: é uma membrana de dupla camada que envolve os ossos que participam da articulação sinovial. Sua 
camada externa é denominada de membrana fibrosa, esta envolve completamente os ossos da articulação. Pode apresentar 
reforços ligamentares. É bastante inervada e vascularizada. Durante os movimentos articulares a membrana fibrosa sofre 
deformação, as terminações nervosas encontradas nesta membrana enviam estímulos proprioceptivos para o sistema nervoso, 
informando a posição da articulação, ou a velocidade do movimento articular. 
Membrana sinovial, reveste a face interna da membrana fibrosa e a parte óssea que se localiza no interior da cápsula articular, 
com exceção da cartilagem articular. Extremamente vascularizada, a membrana sinovial possui a função de produzir e absorver 
o líquido sinovial, constantemente. O estímulo para a produção do líquido é o movimento articular. Nas imobilizações das 
articulações sinoviais, ocorre à diminuição na produção do líquido sinovial devido à ausência de movimento. 
Cavidade articular: é o espaço potencial existente no interior da cápsula articular (em exames de imagem como a radiografia é 
denominada de espaço articular). A cavidade articular é preenchida pelo liquido sinovial, em certas articulações pode apresentar 
elementos fibrocartilagíneos como os discos ou meniscos. 
 
Ligamentos: são feixes fibrosos, inelásticos, que se estendem entre os ossos envolvidos na articulação sinovial, 
conferindo união, estabilidade articular e limitando movimentos indesejáveis. Os ligamentos são divididos em categorias de 
acordo com sua localização em relação à cápsula articular, sendo: intracapsulares (no interior da cápsula, ex: ligamentos 
cruzados do joelho); capsulares (entrelaçado com a própria estrutura da cápsula, ex: ligamentos glenoumerais); e 
extracapsulares (por fora da cápsula, ex: ligamento colateral tibial). Os ligamentos recebem suprimento sangüíneo de artérias 
que circundam a articulação e, contém numerosos receptores proprioceptivos. 
Elementos acessórios das articulações sinoviais (meniscos, discos e lábios articulares): são estruturas de fibrocartilagens, 
encontradas em articulações sinoviais específicas, que devido a sua configuração óssea, necessitam de elementos que 
promovam a congrüência e estabilidade. Meniscos ou discos articulares: localizados na cavidade articular, interpostos aos ossos 
da articulação. A forma os difere, o disco é uma estrutura circular completa, sem apresentar orifício, enquanto que o menisco 
possui a forma de meia lua. Os meniscos são encontrados na articulação do joelho (dois em cada joelho), eles conferem a 
congrüência das faces articulares do fêmur (convexas), com as da tíbia (planas), garantindo estabilidade e participando na 
distribuição de cargas. Os discos são encontrados nas articulações: temporomandibulares, esternoclaviculares, 
acromioclaviculares (em algumas vezes) e radiocarpal. 
Lábios articulares: são estruturas fibrocartilagíneas encontradas nas margens da cavidade glenoidal (lábio glenoidal) e do 
acetábulo (lábio do acetábulo), que promovem o aumento das referidas cavidades, melhorando o encaixe e congrüência da 
articulação. 
 
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA E FUNCIONAL DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS: 
 
As articulações sinoviais apresentam grande liberdade de movimento, entretanto, o movimento específico de cada 
articulação ocorre devido ao formato geométrico das faces articulares, esse critério de classificação é o morfológico, com a 
seguinte nomenclatura empregada para as faces articulares: 
Planas: as faces articulares em contato são planas (não apresentam eixo de movimento), seu movimento é de deslizamento. Ex: 
entre os ossos do carpo (articulações intercarpais), entre os processos articulares das vértebras. 
Gínglimo: uma superfície articular possui o formato de carretel e, a outra e um arco escavado (incisura). Apresenta um 
eixo de movimento (monoaxais). Ex: na articulação do cotovelo, entre o úmero e a ulna (articulação umeroulnar), entre os 
ossos: tíbia, fíbula e tálus (articulação talocrural = tornozelo). 
Trocóidea: uma das superfícies articulares é circular, enquanto que a outra é uma incisura. Apresenta um eixo de 
movimento (monoaxiais). Ex: na articulação do cotovelo, entre a ulna e o rádio (articulação radioulnar proximal). 
Elipsóidea ou condilar: as superfícies possuem forma elíptica (ovóide) ou de côndilo (arredondada). Apresentam dois 
eixos de movimento (biaxiais). Ex: na articulação radiocarpal, entre o rádio e os ossos do carpo (escafóide e semilunar) é do tipo 
elipsóidea; no joelho, entre o fêmur e a tíbia (articulação tibiofemoral) é do tipo condilar. 
Selar: em forma de sela, uma superfície é côncava, a outra é convexa. Apresenta dois eixos de movimento (biaxiais). Ex: 
articulação carpometacarpal do polegar (entre o osso trapézio e o primeiro osso metacarpal), articulação esternoclavicular 
(entre o esterno e a clavícula). 
Esferóidea: uma das superfícies é em forma de esfera, enquanto que a outra é uma cavidade. Apresenta três eixos de 
movimento (triaxiais). Ex: articulação do ombro, entre o úmero e a escápula; articulação do quadril, entre o osso do quadril e o 
fêmur. 
 
MOVIMENTOS E EIXOS DO CORPO 
 
Os movimentos do corpo humano são conferidos pelos eixos do corpo. Os eixos estão presentes nas articulações 
sinoviais. Cada eixo possibilita dois movimentos (antagônicos), a mobilidade de cada articulação dependerá de quantos eixos ela 
possuir, estabelecendo assim a classificação funcional. As articulações que não possuem eixo são as não axiais, apresentando 
um eixo as monoaxiais, dois eixos biaxiais e, três eixos triaxiais. 
 
Movimentos articulares: recebem nomes específicos de acordo com o tipo de deslocamento dos ossos, denominados de: 
 
Flexão: movimento angular, caracterizado pela aproximação das partes ósseas. Esse movimento ocorre no eixo 
transversal. 
Extensão: movimento angular, caracterizado pelo afastamento das partes ósseas. Esse movimento ocorre no eixo 
transversal. 
Abdução: movimento angular, sendo que o seguimento do corpo se afasta do plano sagital mediano. Esse movimento 
ocorre no eixo sagital. 
Adução: movimento angular, em que o seguimento do corpo se aproxima do plano sagital mediano. Esse movimento 
ocorre no eixo sagital. 
Rotação: o osso se desloca em torno do eixo central. Se a face do osso girar em direção ao plano sagital mediano, temos 
uma rotação medial,se girar em direção ao plano lateral essa é chamada de rotação lateral. Esses movimentos são realizados no 
eixo longitudinal 
Circundução: é a somatória dos movimentos de flexão, extensão, abdução e adução. 
Pronação e supinação: movimentos realizados no antebraço. Dependem da mobilidade das articulações radioulnares 
proximal e distal. A pronação (do latim pronare = virar para baixo) é o movimento em que as palmas das mãos são direcionadas 
posteriormente (referente à posição anatômica). Supinação (do latim supinare = suplicar) é o movimento em que as palmas das 
mãos estão voltadas anteriormente. 
Flexão dorsal e flexão plantar: são termos empregados para os movimentos da articulação talocrural (tornozelo). A 
flexão dorsal é a aproximação do dorso do pé em relação à parte anterior da perna (ponta dos pés para cima). Flexão plantar é o 
afastamento do dorso do pé em relação à parte anterior da perna (ponta dos pés para baixo). 
Inversão e eversão: movimentos realizados entre as articulações intertarsais (principalmente entre as articulações: 
talocalcânea e talocalcaneonavicular). O movimento de inversão ocorre quando a margem medial do pé é elevada e a planta do 
pé volta-se para o plano sagital mediano. Na eversão, ocorre a elevação da margem lateral do pé, direcionando a planta do pé 
para o plano lateral. 
ARTICULAÇÕES 
 
ARTICULAÇÕES FIBROSAS – TIPO SINDESMOSE 
Coluna Vertebral 
Ligamento longitudinal anterior 
Ligamento longitudinal posterior 
Ligamento supra-espinal 
Ligamentos interespinais 
Ligamentos intertransversários 
Ligamentos amarelos (entre as lâminas vertebrais) 
Ligamento nucal (ver no Atlas) 
 
Crânio 
Sutura coronal (tipo serrátil) 
Sutura sagital (tipo serrátil) 
Sutura lambdóidea (tipo serrátil) 
Sutura escamosa (tipo escamosa) 
Sutura frontonasal (tipo plana) 
Sutura internasal (tipo plana) 
Sutura intermaxilar (tipo plana) 
Sutura palatina mediana (tipo plana) 
 
ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS 
Coluna Vertebral 
Sínfise intervertebral 
Discos intervertebrais 
Anel fibroso 
Núcleo pulposo 
Esterno 
Sínfise manubrioesternal 
Sínfise xifoesternal 
 
Crânio 
Sincondrose esfenoccipital 
Sincondroses intraoccipitais 
 
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
Crânio e Coluna vertebral 
Articulação atlantoaxial mediana (Tipo trocóide) 
Ligamento transverso do atlas 
Articulações entre os processos articulares (Tipo plana) 
Articulação lombossacral (Tipo plana) 
Ligamento iliolombar 
 
Articulação temporomandibular (=ATM) 
Articulação atlantoccipital 
 
ARTICULAÇÕES DO MEMBRO SUPERIOR 
 
ARTICULAÇÕES DO CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR 
Ligamento coracoacromial (art. fibrosa – tipo sindesmose) 
Articulação acromioclavicular (Art. sinovial plana) 
Ligamento acromioclavicular 
Ligamento coracoclavicular 
Articulação esternoclavicular (Art. sinovial selar) 
 
ARTICULAÇÕES DA PARTE LIVRE DO MEMBRO SUPERIOR 
Articulação do ombro (Art. sinovial esferóide) 
Cápsula articular 
Ligamentos glenoumerais 
Ligamento coracoumeral 
Lábio glenoidal 
 
Articulação do cotovelo (Art. sinovial gínglimo) 
Articulação umeroulnar 
Articulação umerorradial 
Cápsula articular 
Ligamento colateral da ulna 
Ligamento colateral do rádio 
Articulação radiulnar proximal (Art. sinovial trocóide) 
 Ligamento anular do rádio 
Membrana interóssea do antebraço (Art. fibrosa – 
sindesmose) 
 
Articulação radiulnar distal (Art. sinovial plana) 
 
Articulação radiocarpal (Art. sinovial elipsóide) 
 Ligamento colateral ulnar do carpo 
 Ligamento colateral radial do carpo 
 
Articulação carpometacarpal do polegar (Art. sinovial selar) 
 
Articulações metacarpofalângicas (Arts. sinoviais elipsóide) 
 
Articulações interfalângicas da mão (Arts. sinoviais 
gínglimo) 
 
ARTICULAÇÕES DO MEMBRO INFERIOR 
 
ARTICULAÇÕES DO CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR 
 
Sínfise púbica (Art. cartilagínea – sínfise) 
 
Articulação sacroilíaca (Art. sinovial plana) 
Ligamento sacroilíaco anterior 
 Ligamento sacroilíaco posterior 
Ligamento sacrotuberal 
Ligamento sacroespinal 
Forame isquiático maior 
Forame isquiático menor 
 
ARTICULAÇÕES DA PARTE LIVRE DO MEMBRO INFERIOR 
 
Articulação do quadril (Art. sinovial esferóide) 
 Cápsula articular 
 Ligamento iliofemoral 
 Ligamento isquiofemoral 
 Ligamento pubofemoral 
 Ligamento da cabeça do Fêmur 
 Lábio do acetábulo 
 
Articulação do joelho (Art. sinovial condilar) 
 Menisco lateral 
 Ligamento meniscofemoral posterior 
 Menisco medial 
 Ligamento cruzado anterior 
 Ligamento cruzado posterior 
 Ligamento colateral fibular 
 Ligamento colateral tibial 
 Ligamento da patela 
 Corpo adiposo infrapatelar 
 
Articulação tibiofibular (Art. sinovial plana) 
 
Membrana interóssea da perna (Art. fibrosa – sindesmose) 
 
Sindesmose tibiofibular (Art. fibrosa - sindesmose) 
 Ligamento tibiofibular anterior 
 Ligamento tibiofibular posterior 
 
Articulação talocrural (=Tornozelo) (Art. sinovial gínglimo) 
 
 Ligamento colateral medial 
 Parte tibionavicular 
 Parte tibiotalar anterior 
 Parte tibiocalcânea 
 Parte tibiotalar posterior 
 Ligamento colateral lateral 
 Ligamento talofibular anterior 
 Ligamento talofibular posterior 
 Ligamento calcaneofibular 
 
Articulação talocalcânea (Art. sinovial plana) 
 
Articulações interfalângicas do pé (Arts. sinoviais gínglimo) 
 
MÚSCULOS DO MEMBRO SUPERIOR 
 
Músculos do Ombro 
 M. deltóide 
M. supra-espinal 
M. infra-espinal 
M. redondo maior 
M. redondo menor 
M. subescapular 
 
Músculos do braço 
Compartimento anterior do braço 
 M. bíceps braquial 
 Cabeça longa 
 Cabeça curta 
 M. braquial 
 M. coracobraquial 
 
Compartimento Posterior do braço 
 M. tríceps braquial 
 Cabeça longa 
 Cabeça lateral 
 Cabeça medial 
 
Músculos do Antebraço 
Compartimento Anterior do antebraço 
 Músculos Superficiais 
 M. pronador redondo 
 M. flexor radial do carpo 
M. palmar longo 
 M. flexor ulnar do carpo 
 M. flexor superficial dos dedos 
 Músculos Profundos 
 M. flexor profundo dos dedos 
 M. flexor longo do polegar 
 M. pronador quadrado 
 
Compartimento Posterior do antebraço 
 Músculos Superficiais 
 M. braquiorradial 
 M. extensor radial longo do carpo 
 M. extensor radial curto do carpo 
 M. extensor dos dedos 
 M. extensor do dedo mínimo 
 M. extensor ulnar do carpo 
 
 Músculos Profundos 
 M. supinador 
M. abdutor longo do polegar 
 M. extensor curto do polegar 
 M. extensor longo do polegar 
 M. extensor do indicador 
 
Músculos da Mão 
 Mm. interósseos palmares 
 Mm. interósseos dorsais 
 Mm. lumbricais 
 
Região Tenar 
 M. abdutor curto do polegar 
 M. flexor curto do polegar 
 M. oponente do polegar 
 M. adutor do polegar 
 
Região Hipotenar 
 M. abdutor do dedo mínimo 
 M. flexor curto do dedo mínimo 
 M. oponente do dedo mínimo 
 
Retináculo dos músculos flexores 
Retináculo dos músculos extensores 
Aponeurose palmar 
 
MÚSCULOS DO MEMBRO INFERIOR 
 
Músculos da Coxa 
Compartimento Anterior 
M. sartório 
M. iliopsoas 
 M. psoas maior 
 M. ilíaco 
M. quadríceps femoral 
 M. reto da coxa 
 M. vasto medial 
 M. vasto lateral 
 M. vasto intermédio 
 
Compartimento Medial 
M. pectíneo 
M. grácil 
M. adutor longo 
M. adutor curto 
M. adutor magno 
 
Compartimento Posterior 
M. bíceps femoral 
 Cabeça longa 
 Cabeça curta 
M. semitendíneo 
M. semimembranáceo 
 
Músculos da Região Glútea 
 M. glúteo máximo 
 M. glúteo médio 
Fáscia lata 
M. glúteo mínimo 
 M. tensor da fáscia lata 
 M. piriforme 
 M. gêmeo superior 
M. gêmeo inferior 
 M. obturador interno 
 M. quadrado femoral 
 M. obturador externo 
 
Músculos da perna 
Compartimento Anterior 
M. tibial anterior 
M. extensor longo dos dedos 
M. extensor longo do hálux 
Compartimento Lateral 
M. fibular longo 
M. fibular curto 
Compartimento Posterior 
Músculos Superficiais 
M. tríceps sural 
M. gastrocnêmio– Cabeça medial 
M. gastrocnêmio – Cabeça lateral 
M. sóleo 
Tendão calcâneo 
Músculos Profundos 
M. plantar 
M. poplíteo 
M. tibial posterior 
M. flexor longo dos dedos 
M. flexor longo do hálux 
 
MÚSCULOS DO PÉ 
 
Músculos do dorso do pé 
M. extensor curto dos dedos 
M. extensor curto do hálux 
Mm. interósseos dorsais 
 
Músculos da planta do pé 
Aponeurose plantar 
 
Grupo medial 
M. Abdutor do hálux 
M. flexor curto do hálux 
M. adutor do hálux 
 
Grupo lateral 
 M. abdutor do dedo mínimo 
 M. flexor curto do dedo mínimo 
 M. oponente do dedo mínimo 
 
Grupo Intermédio 
M. flexor curto dos dedos 
M. quadrado plantar 
Mm. lumbricais 
Mm. interósseos plantares 
 
MÚSCULOS DA FACE (MÍMICA) 
 M. occipitofrontal 
 Ventre frontal 
 Ventre occipital 
 M. orbicular do olho 
 M. orbicular da boca 
 M. abaixador do ângulo da boca 
 M. abaixador do lábio inferior 
 M. zigomático maior 
 M. levantador do lábio superior 
 M. levantador do lábio superior e da asa do nariz 
 M. bucinador 
 
MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO 
 M. masseter 
 M. temporal 
 M. pterigóideo lateral 
M. pterigóideo medial 
 
MÚSCULOS DO PESCOÇO 
 M. platisma 
 M. esternocleiomastóideo 
 M. escaleno anterior 
 M. escaleno médio 
 M. escaleno posterior 
 
 
 Mm. suboccipitais 
 M. reto posterior maior da cabeça 
 M. reto posterior menor da cabeça 
 M. oblíquo superior da cabeça 
 M. oblíquo inferior da cabeça 
 
MÚSCULOS DO DORSO 
 M. trapézio 
 M. latíssimo do dorso 
 M. rombóide maior 
 M. rombóide menor 
 M. levantador da escápula 
 M. serrátil posterior superior 
 M. serrátil posterior inferior 
 M. eretor da espinha 
 M. iliocostal 
 M. longuíssimo 
 M. espinal 
 Aponeurose toracolombar 
 M. esplênio da cabeça 
 M. esplênio do pescoço 
 M. semiespinal da cabeça 
 
MÚSCULOS DO TÓRAX 
 M. peitoral maior 
 M. peitoral menor 
 M. serrátil anterior 
Mm. intercostais externos 
Mm. intercostais internos 
M. diafragma 
Parte lombar do diafragma 
 Pilar direito 
 Pilar esquerdo 
Parte costal do diafragma 
Parte esternal do diafragma 
Hiato aórtico 
Hiato esofágico 
Centro tendíneo 
Forame da veia cava inferior 
 
MÚSCULOS DO ABDOME 
M. reto do abdome 
 Intersecções tendíneas 
 Bainha do músculo reto do abdome 
 Lâmina anterior da bainha 
 Lâmina posterior da bainha 
M. oblíquo externo do abdome 
 Ligamento Inguinal 
M. oblíquo interno do abdome 
M. transverso do abdome 
Linha Alba 
Canal inguinal 
M. quadrado do lombo
 
NARIZ E CAVIDADE NASAL 
Ossos nasais 
Maxilas 
Cartilagem alar maior 
Septo nasal (partes óssea, cartilagínea e membranácea) 
Lâmina perpendicular do etmóide 
Vômer 
Cartilagem do septo nasal 
Narinas 
 Vestíbulo nasal 
 Limiar nasal 
Concha nasal superior 
 Meato nasal superior 
Concha nasal média 
 Meato nasal médio 
 Bolha etmoidal 
 Hiato semilunar 
Concha nasal inferior 
 Meato nasal inferior 
Cóanos 
 
SEIOS PARANASAIS 
Seio frontal 
Seio maxilar 
Seio esfenoidal 
Células etmoidais 
 
FARINGE 
Parte nasal da faringe 
Toro tubário 
Prega salpingofaríngea 
Prega salpingopalatina 
 Óstio faríngeo da tuba auditiva 
Tonsila faríngea 
 
Parte oral da faringe 
Pregas glossoepiglóticas mediana e laterais 
Valécula epiglótica 
 
CARTILAGENS DA LARINGE 
Cartilagem tireóidea 
Proeminência laríngea 
Lâminas direita e esquerda 
Incisura tireóidea superior 
Cornos superior e inferior 
Cartilagem cricóidea 
Arco da cartilagem cricóidea 
Lâmina da cartilagem cricóidea 
Cartilagem aritenóidea 
Cartilagem epiglótica 
 
ARTICULAÇÕES DA LARINGE (identificar localização) 
Articulação cricotireóidea 
Articulação cricoaritenóidea 
 
MEMBRANAS E LIGAMENTOS DA LARINGE 
Membrana tireo-hióidea 
Ligamento cricotireóideo mediano 
Ligamento cricotraqueal 
 
MÚSCULOS INTRÍNSECOS DA LARINGE 
M. cricotireóideo 
M. cricoaritenóideo posterior 
M. aritenóideo oblíquo 
M. aritenóideo transverso 
 
CAVIDADE DA LARINGE 
Ádito da laringe 
Prega ariepiglótica 
Vestíbulo da laringe 
Prega vestibular 
Ventrículo da laringe 
 Prega vocal 
Glote e rima da glote 
Cavidade infraglótica 
 
TRAQUÉIA 
Partes cervical e torácica 
Cartilagens traqueais 
Ligamentos anulares 
Parede membranácea 
Carina da traquéia 
 
ÁRVORE BRONQUIAL 
Brônquio principal direito 
Brônquio lobar superior 
 Brônquio lobar médio 
 Brônquio lobar inferior 
 Brônquios segmentares 
Brônquio principal esquerdo 
 Brônquio lobar superior 
 Brônquio lobar inferior 
Brônquios segmentares 
 
PULMÃO 
 Base do pulmão 
 Ápice do pulmão 
 Face costal 
 Face mediastinal 
 Impressão cardíaca (pulmão esquerdo) 
 Impressão da aorta (pulmão esquerdo) 
 Face diafragmática 
 Face interlobar 
 Hilo do pulmão 
 Raiz do pulmão 
 Lobo superior 
 Língula do pulmão esquerdo 
 Lobo médio do pulmão direito 
 Lobo inferior 
 Fissura oblíqua 
 Fissura horizontal do pulmão direito 
 Segmentos broncopulmonares 
 
PLEURA 
 Pleura visceral 
 Pleura parietal 
 Cúpula da pleura 
 Parte costal 
 Parte mediastinal 
 Parte diafragmática 
 
CAVIDADE PLEURAL 
 Recesso costodiafragmático 
 
 
 
CORAÇÃO 
 
CONFIGURAÇÃO EXTERNA 
Base do coração 
Ápice do coração 
Face esternocostal 
Face pulmonar 
Face diafragmática 
Margem direita 
Sulco coronário ou atrioventricular 
Sulco interventricular anterior 
Sulco interventricular posterior 
Parede do átrio direito 
 Aurícula direita 
Parede do átrio esquerdo 
 Aurícula esquerda 
Parede do ventrículo direito 
Parede do ventrículo esquerdo 
 
VASOS DA BASE 
Veia cava superior 
Veia cava inferior 
Seio coronário 
Tronco pulmonar 
 Artéria pulmonar direita 
 Artéria pulmonar esquerda 
Veias pulmonares direitas 
Veias pulmonares esquerdas 
Aorta ascendente 
 
PERICÁRDIO 
Pericárdio fibroso 
Pericárdio seroso 
 Lâmina parietal do pericárdio seroso 
 Lâmina visceral do pericárdio seroso (=epicárdio) 
 Cavidade do pericárdio 
 
CONFIGURAÇÃO INTERNA 
Septo interatrial 
Septo interventricular 
 
ÁTRIO DIREITO 
Músculos pectíneos 
Crista terminal 
VENTRÍCULO DIREITO 
Valva atrioventricular direita 
Cordas tendíneas 
Músculos papilares 
Trabécula septomarginal 
Trabéculas cárneas 
Valva do tronco pulmonar 
 
ÁTRIO ESQUERDO 
Músculos pectíneos (interior da aurícula esquerda) 
Válvula do forame oval 
 
VENTRÍCULO ESQUERDO 
Valva atrioventricular esquerda 
Cordas tendíneas 
Músculos papilares 
Trabéculas cárneas 
Valva da aorta 
 
PRINCIPAIS ARTÉRIAS 
Aorta é a maior e principal artéria do corpo humano, já que direta e indiretamente (através de ramos de seus ramos 
diretos) é responsável pela irrigação (nutrição) dos nossos tecidos. 
 A aorta origina-se no ventrículo esquerdo, assume de início, direção ascendente e para a direita (aorta ascendente), 
volta-se a seguir para a esquerda e para trás, traçando uma curva (arco da aorta). Coloca-se então, por diante da coluna 
vertebral a qual acompanha até ao nível de L4 (aorta descendente), quando emite seus ramos terminais: artérias ilíacas comuns 
direita e esquerda. 
 
PARTE ASCENDENTE DA AORTA 
Artéria coronária direita 
Artéria coronária esquerda 
ARCO DA AORTA 
Tronco braquiocefálico 
Artéria carótida comum direita 
Artéria subclávia direita. 
Artéria carótida comum esquerda 
Artéria subclávia esquerda 
Artéria carótida interna 
Artéria carótida externa 
Artéria tireóidea superior 
Artéria lingual 
Artéria facial 
Artéria maxilar 
Artéria temporal superficial 
Artéria tireóidea superior 
Artéria vertebral 
Artéria torácica interna 
Artéria axilar 
Artéria toracoacromial 
Artéria torácica lateral 
Artéria subescapular 
Artéria circunflexa da escápula 
Artéria toracodorsal 
Artérias circunflexas anterior e posterior do úmero 
Artéria braquial 
Artéria. profunda do braço 
colateral ulnar superior 
Artéria radial 
Artéria ulnar 
Arco palmar superficial (formação = artéria. ulnar e ramopalmar superficial da artéria radial). 
Artérias digitais palmares comuns 
Artérias digitais palmares próprias 
Arco palmar profundo (formação = artéria radial e ramo palmar profundo da artéria ulnar) 
Artérias metacarpais palmares. 
Arco dorsal (formação = ramos carpais dorsais das artérias radial e ulnar) 
Artérias metacarpais dorsais 
Artérias digitais dorsais 
PARTE DESCENDENTE DA AORTA 
AORTA TORÁCICA 
AORTA ABDOMINAL 
Artéria frênica inferior 
Tronco celíaco 
Artéria gástrica esquerda 
Artéria esplênica 
Artéria hepática comum 
Artéria hepática própria 
Artéria mesentérica superior 
Artéria gonadal 
Artéria renal 
Artéria mesentérica inferior 
Artéria ilíaca comum 
Artéria ilíaca interna 
Artéria glútea superior 
Artéria obturatória 
Artéria glútea inferior 
Artéria pudenda interna 
Artéria ilíaca externa 
Artéria epigástrica inferior 
Artéria circunflexa profunda do ílio 
Artéria femoral 
Artéria femoral profunda. 
Artéria femoral profunda 
Artéria poplítea 
Artéria tibial anterior 
 Artéria dorsal do pé 
Tronco tibiofibular. 
Artéria fibular 
Artéria tibial posterior 
Artéria plantar lateral 
Artéria plantar medial. 
 
 
 
 
ARTÉRIAS DO COROÇÃO 
Prof. Dr. Nader Wafae 
 
As artérias do coração procedem das artérias coronárias que frequentemente são duas: artérias coronárias direita e 
esquerda. Há relatos excepcionais na literatura, de uma e até quatro artérias coronárias; segundo alguns autores, uma terceira 
artéria coronária pode ser encontrada entre 30 e 54% dos casos, a maioria delas refere-se à artéria do cone emergindo 
diretamente da aorta. 
As artérias coronárias originam-se no início da parte ascendente da aorta, em regiões denominadas seios da aorta, 
situados entre a parede da artéria e as partes livres das válvulas semilunares. 
 
ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA 
A artéria coronária esquerda, única, origina-se no seio da aorta esquerdo, excepcionalmente seus ramos terminais 
podem se originar separadamente no mesmo seio. Segundo FORTE 1972, a origem da artéria coronária esquerda situa-se no 
terço médio do seio (95%), está incluso no seio (88%) e acima da margem livre da válvula semilunar (12%). Seu comprimento 
varia de 2 a 40mm e seu diâmetro está em torno de 5 a 10mm. Segundo BAPTISTA et al. 1991, a artéria coronária esquerda, de 
início coloca-se superficialmente no sulco coronário para terminar, após curto trajeto, dividindo-se em dois ramos (54%), três 
ramos (38%) ou quatro ramos (7%). Seus ramos terminais são: interventricular anterior (descendente anterior) e circunflexa; nos 
demais casos com 3 ou 4 ramos terminais, temos os ramos diagonais. 
 
Artéria Interventricular Anterior 
É um dos ramos terminais da artéria coronária esquerda, contorna lateralmente o tronco pulmonar para se colocar no 
sulco interventricular anterior, que percorrerá até o ápice; segundo JAMES 1961, a artéria pode terminar em sua parte anterior 
(17%), em sua parte posterior (23%) ou no terço distal do sulco interventricular posterior (60%). Para BAPTISTA e DIDIO 1990, 
seus ramos laterais distribuem-se pela parede do ventrículo direito (1 a 4), na seguinte seqüência: região do cone (71%), terço 
superior (21%) e terço médio (28%); pela parede do ventrículo esquerdo (4 a 6), na seguinte seqüência: terço superior (58%); 
terço médio (58%) e terço inferior (50%) e pela porção anterior do septo interventricular, os ramos septais (4 a 10). Em cerca de 
12% dos casos observados, a artéria interventricular anterior supre o nó atrioventricular. 
As anastomoses entre seus ramos com àqueles originados da artéria coronária direita ocorrem na região do cone 
arterioso, do ápice, do septo interventricular e em alguns outros pontos da parede anterior do ventrículo direito. 
 
Artéria Circunflexa 
É o outro ramo terminal e constante da artéria coronária esquerda (99%) que, após sua origem, segue pelo sulco 
coronário posteriormente à aurícula esquerda, e dentro deste sulco, contorna a base do coração posicionando-se 
posteriormente, entre átrio e ventrículo esquerdos. Segundo JAMES 1961 sua terminação é variável: é considerada uma artéria 
curta quando termina na face esquerda (20%) ou no sulco coronário antes da cruz do coração (=cruzamento dos sulcos 
interatrial, coronário e interventricular posterior) (69%); uma artéria longa quando ultrapassa a cruz do coração (10%). 
Seus ramos são atriais, entre os quais segundo DIDIO 1995, encontramos a artéria do nó sinoatrial (30%) e 
ventriculares, que podem ser anteriores, posteriores e artéria marginal esquerda. Para JAMES 1961, em 10% dos casos 
observados o ramo terminal da artéria circunflexa foi a artéria interventricular posterior, originariamente ramo da artéria 
coronária direita. 
As anastomoses entre a artéria circunflexa e ramos da artéria coronária direita ocorrem ao nível do ápice e parede 
posterior do ventrículo esquerdo. 
 
ARTÉRIA CORONÁRIA DIREITA 
A artéria coronária direita origina-se no seio da aorta direito, é única mas pode ser dupla em 23% dos casos estudados 
(FORTE 1972). Segundo FORTE a artéria situa-se no terço médio do seio (74%), estando inclusa no seio (97%) e em 3% acima da 
margem livre da válvula semilunar. Logo após sua origem ocupa o lado direito do sulco coronário, contorna a margem direita e 
continua na parte posterior do sulco coronário, podendo terminar de várias maneiras: no sulco coronário antes da cruz do 
coração, continuar pelo sulco coronário atingindo a cruz do coração ou ultrapassar este limite, avançando portanto, no sulco 
entre átrio e ventrículo esquerdos ou até mesmo descer pelo sulco interventricular posterior. Desta forma, JAMES 1961 
descreve que a artéria coronária direita termina na margem direita (2%), entre a margem direita e a cruz do coração (7%), ao 
nível da cruz do coração (9%), entre a cruz do coração e a face esquerda (64%) ou em plena face esquerda (18%). 
Artéria Interventricular Posterior 
É ramo terminal da artéria coronária direita em 90% dos casos (JAMES 1961), emite 2 a 3 ramos ventriculares 
posteriores e ramos septais; pode terminar na metade superior do sulco interventricular posterior (27%), na metade inferior 
desse sulco (37%) ou no ápice (26%). As anastomoses com a artéria interventricular anterior ocorrem no ápice ou entre seus 
ramos septais e com as artérias marginais somente no ápice. 
 
DRENAGEM VENOSA 
 Prof. Dr. Nader Wafae 
DRENAGEM CARDÍACA 
A drenagem venosa do coração é efetuada de três formas: 
 
1. Seio coronário: 
 Localização: parte posterior e esquerda do sulco coronário ou atrioventricular (entre átrio e ventrículo esquerdos). 
 Formação: É formado pela união das veias interventricular anterior (=cardíaca magna) e marginal 
esquerda. 
 Tributárias: Vv. posterior do ventrículo esquerdo, interventricular posterior (=cardíaca média), oblíqua do átrio 
esquerdo e cardíaca parva (=marginal direita). 
 Desembocadura: no átrio direito, próximo à desembocadura da veia cava inferior. 
 
2. Veias cardíacas anteriores: 
 Localização: na face esternocostal, à direita do sulco interventricular anterior. 
 Formação: na parede anterior do ventrículo direito. 
 Número e desembocadura: de 3 a 4 veias que desembocam diretamente no átrio direito. A veia marginal direita é uma 
destas, porém, pode desembocar no seio coronário, neste caso, percorre posteriormente o sulco atrioventricular ou coronário 
entre átrio e ventrículo direitos, sendo denominada nesta localidade de veia cardíaca parva. 
 
3. Veias cardíacas mínimas: 
 Localização: nas paredes das 4 câmaras cardíacas. 
 Formação: na espessura das paredes das câmaras cardíacas. 
 Desembocadura: na própria câmara em que se localizam. 
 
PRINCIPAIS VEIAS 
 
CABEÇA 
Veia temporal superficial 
Veia facial 
Veia maxilar 
Veia retromandibular 
Veia jugular externa 
Veia jugular interna 
Veia vertebral 
Veia tireóidea inferior 
 
MEMBRO SUPERIOR 
Veias superficiais 
 
Rede venosa dorsal da mão 
Veia cefálica 
Veia basílica

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