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Saúde da mulher no climatério

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1 Sanndy Emannuelly – 4° Período 2020.1 
iesc - saúde da mulher no climatério 
- PAISM – 1984 Política de atenção à saúde integral da 
mulher: foi quando começou a se entender a necessidade de 
atender a mulher de forma integral, mas era muito vista a 
mulher durante a fase reprodutiva, nada muito específico 
depois dessa fase da sua vida. 
- 2003 – Houve a decisão de integrar o cuidado ao PAISM o 
cuidado à mulher no climatério. 
DEFINIÇÃO 
- Climatério: segundo a OMS, é a fase biológica da vida que 
compreende a transição entre o período reprodutivo e o não 
reprodutivo da vida da mulher. 
- Menopausa: é um marco dessa fase e corresponde ao 
último ciclo menstrual espontâneo da mulher. Só pode se 
afirmar que entrou em menopausa após um ano em 
amenorreia. 
CLASSIFICAÇÃO CLIMATÉRIO 
- Dos 35 aos 45 anos: menacne ou pré-menopausa (processo 
fisiológico de diminuição hormonal) 
- Dos 45 aos 55 anos: menopausa 
- Dos 55 aos 65 anos: pós menopausa 
- Menopausa precoce: antes dos 45 anos. Deve ser 
investigadas outras causas de ausência de ciclo menstrual. 
- Menopausa tardia: após os 55 anos. 
OBS: Climatério se caracteriza pela progressiva redução da 
produção de hormônios ovarianos, particularmente do 
estrogênio e da progesterona, resultando em modificações 
substanciais que, por vezes, resultam em alterações físicas e 
psíquicas contundentes para a qualidade de vida da mulher. 
- Mulheres apresentam fogachos, sudorese elevada, 
irritação fácil, desânimo excessivo, cansaço. Todos esses 
sintomas afetam muito a vida da mulher. 
SINTOMAS ASSOCIADOS COM A REDUÇÃO DOS 
NÍVEIS DE ESTRADIOL 
- Fogachos e sudorese 
- Distúrbios do sono (insônia) 
- Palpitações, tonturas, fadiga e cefaleia 
- Transtornos humorais: irritabilidade, ansiedade, labilidade, 
melancolia 
- Sintomas depressivos 
- Transtornos da libido e da sexualidade (diminuição) 
- Alterações menstruais 
- Retenção de líquido, inchaço 
- Esquecimento 
 
RISCO DE EVENTOS ADVERSOS PARA A SAÚDE DA 
MULHER (MULHER ESTÁ MAIS SUSCEPTÍVEL À) 
- Distúrbios urogenitais (incontinência urinária) 
- Perda de massa óssea (osteoporose, osteopenia) 
- Doenças cardiovasculares (aumento dos níveis de 
colesterol, devido redução dos hormônios) 
- Neoplasias 
- Alterações cognitivas e doença de Alzheimer 
- HAS e diabetes 
 
AGRAVOS PARA A SAÚDE DA MULHER E IMPACTO 
PARA O SISTEMA DE SAÚDE 
- 15% das mulheres no climatério estão propensas a 
desenvolver osteoporose. 
- 30% das mulheres com 65 anos ou mais sofrem fraturas por 
osteoporose. 
- 20% das mulheres com fratura em bacia morrem nos 
primeiros 3 meses. 
- 20% das mulheres com fratura da bacia não conseguem 
retornar a andar. 
- Custos com danos e agravos da osteoporose alcançam 10 
bilhões por ano. 
IMPACTOS E IMPLICAÇÕES SOCIOCULTURAIS 
- Parte dos sintomas e dos problemas da saúde da mulher no 
climatério refletem circunstâncias sociais e individuais não 
apenas eventos biológicos da menopausa. Não só impacto 
físico, mas de vida social, trabalho. 
- A desigualdade de gênero que interfere nas relações sociais 
e culturais, pode fazer com que as mulheres no climatério e 
menopausa venham a se sentir limitadas ou incapazes de 
desempenhar normalmente suas atividades ou de 
empreenderem novos projetos de vida. 
ABORDAGEM CLÍNICA 
- Deve ser voltada ao seu estado atual e também pregresso, 
envolvendo equipe multidisciplinar (nutricionista, psicólogo) 
- A atenção precisa abranger além da promoção da saúde, 
prevenção de doenças, assistência aos sintomas e possíveis 
dificuldades dessa fase. 
- O apoio psicológico também é importante e faz com que as 
mulheres se sintam compreendidas e acolhidas. 
CONSULTA 
- Anamnese bem feita. 
- Exame físico geral e ginecológico detalhados. 
- Solicitação de exames 
 
2 Sanndy Emannuelly – 4° Período 2020.1 
- Laboratoriais: hemograma, THS, glicemia, colesterol total, 
HDL, triglicérides, TGO, TGP (para avaliar riscos de 
problemas cardiovasculares, hepáticos) 
- Mamografia (rastreio de câncer de mama) 
- Citologia (mesmo que a paciente não tenha mais relações 
sexuais) 
- USG transvaginal 
- Densitometria óssea (osteoporose) 
- Sumário de urina (sintomas renais) 
- Outros exames podem ser pedidos em relação ao avaliado 
na anamnese 
 
TRATAMENTO 
 Indicação terapia hormonal: 
- Correção da disfunção menstrual na perimenopausa (ciclos 
muito espaçados, antes de entrar em menopausa). 
- Melhoria dos sintomas do climatério. 
- Prevenção e melhoria da osteoporose. 
- Prevenção e tratamento da atrofia urogenital e 
ressecamento vaginal. 
 Contraindicações absolutas à TH: 
- Câncer de mama 
- Câncer de endométrio 
- Doença hepática grave 
- Sangramento genital não esclarecido 
 Contraindicação relativa (depende da avaliação e 
evolução das doenças): 
- HAS e DM não controlados 
- Endometriose 
- Miomatose uterina (mioma uterino) 
OBS: encaminhar para especialista. 
- Acompanhar a mulher em terapia hormonal uma vez por 
mês, pedir exames, avaliar. 
 Tratamento não hormonal: 
- Fitoterapia 
- Alimentação 
- Atividade física 
- Cessação tabagismo e bebida alcóolica 
- Atividades psicoeducativas 
- Acupuntura 
 
OBS: Climatério não é uma doença e sim uma fase da vida da 
mulher e muitas passam por ele sem queixas ou necessidade 
de medicamentos. Outras têm sintomas que variam na sua 
diversidade e intensidade. Em ambos os casos, é 
fundamental um acompanhamento sistemático visando à 
promoção da saúde, o diagnóstico precoce, o tratamento 
imediato dos agravos e a prevenção de danos. 
CLIMATÉRIO NA ATENÇÃO BÁSICA 
 
 Para que a atenção à saúde da mulher no climatério se 
concretize é necessário: 
- Decisão política do gestor 
- Sistema de informação para medir o desempenho com 
critérios de avaliação e monitoramento. 
- Estabelecimento de rotinas, fluxos e protocolos para 
otimizar o atendimento e a utilização dos recursos do SUS.

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