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ESTUDO ORIENTADO - O POVO BRASILEIRO de Darcy Ribeiro

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
CENTRO DE HUMANIDADES
CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
Disciplina: Antropologia III 
Prof.ª: Gustava Bezerril
Obra: O Povo Brasileiro
Autor: Darcy Ribeiro
Estudo Orientado
1. Segundo o autor quais eram as características dos índios do Brasil no período da chegada dos portugueses?
Que apesar de serem da mesma etnia, a indígena, eram diferentes entre si dependendo de onde se localizavam, seja no litoral ou no meio do país. Assim como conseguiam dominar a natureza ao seu favor, com o plantio de alimentos que se desenvolve de maneira difícil, a localização dentro da mata, como chegar, assim como usufruir os rios, considerando estarem na fase de revolução agrícola.
Ribeiro fala de como esses povos indígenas teriam se desenvolvido sem a intervenção dos invasores, os brancos. Pela diferença étnica dentro desse grande povo, alguns eram considerados bárbaros, outros eram considerados guerreiros, etc., e há tantas etnias indígenas que algumas não eram significantes para os rumos da sociedade brasileira.
Falando em sociedade, a própria estrutura social dos índios e brancos eram muito distintas, nos povos indígenas essa sociedade era igualitária, claro que regida por uma imagem de poder como curandeiros, mas igualitário entre si até na divisão do trabalho de cada um.
Na questão do bárbaro, isso se dava pelas práticas de antropofagismo em busca das qualidades de quem foi comido, que era visto como pura falta de razão, mas na verdade era cheio de significados culturais para esses indígenas.
Então não podiam se generalizar todos os índios pois possuíam diversas culturas, considerando que viviam em lugares diferentes, assim como alguns desses indígenas conseguiam comer e viver bem durante todo o ano, enquanto outros tinham o ano dividido em excesso e escassez, assim como a prática de antropofagismo que não acontecia em todas as tribos.
2. Explique os conflitos vivenciados pelos índios e os europeus nos níveis biótico, ecológico, econômico, social e étnico-cultural.
Houveram diversos problemas nessa relação vivida entre os indígenas e os homens europeus, conflitos que se deram mesmo de maneira inconsciente, mesmo na obra Darcy Ribeiro disse que a dizimação que aconteceu com os índios não foi planejada, mas não poderia ter acontecido assim mesmo que tivesse sido.
No nível biótipo se pode falar da questão das doenças como uma guerra biológica, na obra o autor fala que mesmo as cáries dentárias vieram com os portugueses, e doenças mais fortes para quem não tinha qualquer resistência àquele tipo de doença, como varíola, gripe, caxumba, etc., fazendo com que os índios não sobrevivessem ao lidar com elas.
Na questão econômica foi como os portugueses enxergavam as coisas como se tudo fosse parte de um mercantilismo, já que tudo deveria ser acumulado para ser vendido, para gerar fortuna, enquanto o indígena só se importava com o que precisaria naquele momento – se precisasse comer, ele comeria naquele momento, etc.
Isso também traz a questão ecológica, já que os portugueses queriam usar a natureza como uma fonte quase inesgotável de recursos, já o índio se via como uma parte da natureza, numa relação de benefício dada pelos deuses.
Na questão étnico-cultural é por tudo que se dá para a perca cultural desse povo diferente, exemplo disso é a catequização, em que diminuía a fé, e aí eu poderia colocar a questão da mudança de seus hábitos derivados da fé fazendo seu costume ser igual ao do homem branco.
3. O autor destaca que em poucas décadas desapareceram as povoações indígenas encontradas no Brasil no período da invasão. Em seu lugar, se instalaram três tipos novos de povoações. Quais foram?
A primeira e principal foi formada pela concentração de escravos de engenhos e portos, o outro disperso pelos vilarejos, formado por mamelucos e brancos pobres, e por último que esteve constituído por índios incorporados à empresa colonial como escravos de outras partes ou concentrados em aldeias.
4. Qual era a visão que os colonos tinham do índio?
Os colonos enxergavam os índios como inocentes até mesmo em seres explorados, e também como bárbaros por seus rituais de canibalismo – antropofagismo. Enxergavam os índios como possuidores e boas relações com a natureza, de tal forma que eram considerados até vadios por não trabalharem como os portugueses costumavam fazer (como o suficiente para acumular riquezas).
Apesar disso ou mesmo com isso, da “preguiça” e “vadiagem”, os viam como mãos de obra baratas para os homens e as mulheres como bons úteros para reprodução – de maneira violenta essa reprodução – criando mais mão de obra barata.
Claro que essa era uma visão compartilhada pelos colonos e pela Igreja.
5. Explique os motivos dos conflitos que ocorreram entre jesuítas e colonos.
Completando o que eu dizia na questão anterior, por um tempo a visão dos colonos e da Igreja sobre os indígenas era a mesma, mas com o tempo os jesuítas que cuidavam da evangelização e catequização dos índios começaram a ver que estes sofriam muitas violências apesar de serem um povo pacífico.
Além disso, também havia a questão de como os índios estavam morrendo, então como salvariam somente a alma quando o corpo estava morrendo de maneira desenfreada? Com isso surgiu uma diferença de pensamentos, apesar de ambos – colonos e jesuítas – servirem a Coroa.
No começo ambos se utilizaram de métodos violentos com os indígenas, mas com o passar do tempo somente os jesuítas enxergaram aquele povo de outra maneira, já que aquela primeira tentativa de colonização não teve humanidade nenhuma com o outro, mesmo com a ideia de salvar pela evangelização.
Quando isso aconteceu começou a segunda tentativa de colonização, inclusive nela houve uma integração dos índios sem tribos. Claro que para os colonos isso não era bom, pois com a evangelização os índios não poderiam mais servir no mercantilismo, já não tinham utilidade, e os negros custavam muito para serem comprados.
Com o incentivo da Coroa para sim haver escravização e exploração, os jesuítas se sentiram traídos e enganados.
6. Tendo como base o capítulo “O enfretamento dos mundos”, escreva sobre as visões de mundo opostas de índios e brancos.
Nessa questão em que falamos do que é a visão do branco e do que é a visão do índio, há diversas coisas que podem considerar.
Quando olhamos para a religiosidade, o branco carrega a culpa cristã e essa ideia da necessidade de propagar sua religião, como quando forçam a evangelização e catequização de outros povos, na ideia de trazer civilização a esses povos.
Já a religiosidade indígena era apresentada de outras formas, não só pelo politeísmo, mas por uma relação igualitária entre eles e os deuses, uma relação muito boa; de tal maneira que se apresentava quase como a ideia do paraíso cristão, e viviam em naturalismo, apreciando a natureza como um dos próprios deuses.
A sua relação com a terra também era uma relação sagrada, não a explorava, não a usufruía sem medida, apenas em necessidade, enquanto isso os portugueses a exploravam e acumulava suas riquezas baseadas nela.
Um exemplo disso é na obra quando falam da conversa de um índio com um branco em relação ao acúmulo de riquezas, enquanto o branco acreditava que deveria deixar riqueza para seus filhos, e o indígena acreditava que a própria terra se encarregaria de dar aos seus filhos o que era necessário para sobreviverem, isso acontecia por sua integração com a natureza desde sempre, já fazendo parte de sua cultura. E a vivendo de maneira contemplativa.
7. Qual é a tese principal de Darcy Ribeiro em relação a quem é o brasileiro hoje?
De maneira resumida, ele fala da evolução das situações da sociedade para o que se torna o brasileiro, no caso, o brasileiro é um novo povo e sua formação se dá pela descaracterização de três outras etnias: os índios, negros e brancos.
Sendo a junção dessas três, o brasileiro se transforma numa nova etnia. Isso acontece pela perda identitária e de tradições dessas outras etnias ao longo do tempo e se misturaram.
Com isso, já que derivamos da mistura,somos um estado “uniétnico” derivado de forças diversificadoras.

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