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Psicometria01

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Boa noite!
Começaremos em breve!
MEDIDAS EM PSICOLOGIA
INTRODUÇÃO A BASES DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Da Experimentação para a Avaliação Psicológica
Laboratório de Wundt “substitui experimentação fisiológica pela experimentação direta de eventos mentais através do método da introspecção”.
3
O Laboratório de Wundt em Leipzig, 1879
4
Augustusplatz em Leipzig em 1880
Autor desconhecido.
5
Prédio da Universidade de Leipzig, primeiro local do Instituto de Psicologia - Laboratório de Psicologia Experimental
6
Wilhelm Wundt em seu aniversário de 70 anos e seus colaboradores 
7
Wilhelm Wundt e seus colaboradores, 1908 
8
Experimentação e Teste
Experimentação: pretende descobrir a natureza de uma função psíquica (qual é seu mecanismo, quais são as leis que regem tal função...)
Teste: permite calcular em que medida um sujeito possui uma determinada função, a qual é comparada com a média do grupo dos indivíduos submetidos ao mesmo instrumento.
9
Testes
Um teste ou instrumento psicológico é essencialmente uma medida objetiva e padronizada de uma amostra de comportamento que auxilia o psicólogo a desenvolver suas atividades em diferentes campos de atuação. 
A função dos testes é medir diferenças entre indivíduos, ou entre as reações do mesmo indivíduo em diferentes ocasiões, sendo também muito úteis para pesquisa e para avaliações coletivas. (Anastasi e Urbina, 2000)
Avaliação psicológica não pode ser resumida a testes ou medidas!
Processo de coleta de dados cujos objetivos são:
identificação da queixa,
conhecimento do sujeito e a tomada de decisões,
sendo que o “sujeito” pode ser uma organização, uma sala de aula, um grupo de professores, um grupo de pacientes ou um único sujeito. 
Deve preceder grande parte das intervenções psicológicas e seus dados devem orientar o profissional na escolha da condução mais adequada.
A Avaliação Psicológica é um processo que pode, ou não, incluir o uso de testes padronizados como um dos recursos disponíveis para a obtenção de seus objetivos.
Origens e histórico da Psicometria
Séc. XX várias tendências epistemológicas procurando superar o status pré-científico. 
Tradicional diatribe de origem cartesiana, alma vs. corpo subsidiava estas tendências: 
Psicologia alemã: introspectiva - procedimentos mais descritivos (experiência subjetiva);
Psicologia inglesa e norte americana: empirista - procedimentos mais quantitativos (comportamento) ;
Psicometria Clássica
Base empirista, guiada pela concepção positivista do empirismo
Esta concepção foi responsável pelo descuido da Psicometria com a teoria psicológica
Predomínio em Psicometria da concepção estatística sobre a psicológica
Os precursores eram estatísticos de formação. 
Visão: Psicometria como ramo da estatística quando na verdade deve ser concebida como um ramo da Psicologia que tem interface com a Estatística.
Orientações: 
preocupação mais prática (psicólogos com preocupações psicopedagógica e cliníca) e 
mais teórica (desenvolvimento da teoria psicométrica – psicólogos de orientação estatística).
História da avaliação psicológica
1) A década de Galton: 1880. 
2) A década de Cattel: 1890.
Visava a avaliação das aptidões humanas através da medida sensorial. Grande impacto tanto na orientação mais prática (Cattel) quanto na teórica (Pearson e Spearman);
Desenvolveu suas medidas das diferenças individuais e apresentou pela 1ª vez a expressão “Teste Mental”;
3) A década de Binet: 1900.
Década onde predominou o interesse das aptidões humanas visando a predição na área acadêmica e da saúde. 
Spearman também se destacou nessa década, lançando os fundamentos da teoria da Psicometria clássica.
4) Era dos testes de inteligência: 1910-1930. 
Influência dos testes de inteligência de Binet-Simon (1905), 
o artigo de Spearman sobre o fator G (1904b), 
a revisão do teste de Binet para os EUA (1916) e
o impacto da 1ª guerra mundial e a necessidade de seleção rápida dos soldados;
5) A década da análise fatorial: 1930. 
Entusiasmo com os testes vinha caindo quando notou-se que eles eram dependentes da cultura, não apoiando a ideia de um fator geral universal, como proposto por Spearman. 
Thurstone (1935-1947) desenvolveu a análise fatorial múltipla e atuou no desenvolvimento da escalonagem psicológica – fundou em 1936 a Sociedade Psicométrica Americana.
6) A era da sistematização: 1940-1980. 
7) A era da Psicometria Moderna (TRI): 1980. 
Duas tendências opostas marcam esta época: os trabalhos de síntese e de crítica.
Esta teoria ainda não resolveu todos os problemas fundamentais para se tornar o modelo definitivo, e b) ela não veio substituir toda a Psicometria Clássica, mas apenas parte dela.
Os testes psicológicos
Cronbach (1996) “um teste é um procedimento sistemático para observar o comportamento e descrevê-lo com a ajuda de escalas numéricas ou categorias fixas”.
Origem: uso de técnicas de avaliação sistemática do comportamento para a seleção de funcionários chineses em 3000 a.C. 
Galeno (116-200 d.C.) elaborou a teoria dos temperamentos que serviu muito tempo como paradigma de classificação da personalidade.
A origem mais sistemática dos testes atuais pode ser associada desde a Idade Média com a questão do número
influenciou no fim do séc. passado na Alemanha, Inglaterra, França e EUA, onde se encontram as origens formais da Psicometria;
Tipos de preocupações na área da avaliação do psicológico:
23
1) Preocupação psicopedagógica e psiquiátrica na França (Esquirol, Seguin e Binet) 
psicometria desenvolveu para identificar o nível do retardo mental – Binet então desenvolveu um teste para avaliar esta doença;
2) Preocupação experimentalista (Alemanha, Inglaterra e EUA) – 
psicometria preocupada com a descoberta de uniformidades no comportamento dos indivíduos. Um enfoque mais individual foi trabalhado por Cattel.
Galton (1883) contribuiu para a psicometria em três áreas: 
1) medida da discriminação sensorial, onde desenvolveu testes, ainda hoje utilizados; 
2) escala de pontos, questionários e associação livre;
3) desenvolvimento e simplificação de métodos estatísticos para analisar quantitativamente os dados coletados;
Cattel: trabalhou com as diferenças individuais e usou pela primeira vez a expressão teste mental;
Binet e Henri (1896): crítica a todos os testes, pois ou eram muito sensoriais e não tinham importante relação com as funções intelectuais, ou se eram de conteúdo intelectual eram muito específicos (memoriazar, calcular) quando deveriam se orientar para medir funções mais amplas como a memória, imaginação, atenção compreensão.
Estes trabalhos mais cognitivos fizeram sucesso nos anos subseqüente (Binet e Simon – teste para expressar o nível intelectual do sujeito em termos de idade mental (QI);
Os testes se popularizaram com a I Guerra para a seleção de soldados. No campo das aptidões foi Thurstone (1938-41) quem deu impulso inovador a estas técnicas com o uso da AF. A área da personalidade também se desenvolveu com testes objetivos e projetivos.
Testes Objetivos
Instrumento que mensura quantitativamente um determinado comportamento, traço de personalidade, função cognitiva e/ou intelectual.
Seu resultado independe do julgamento subjetivo do avaliador.
29
Testes Objetivos
Tipos:
Testes de Inteligência
Testes de aptidão
Testes de interesse
Testes de personalidade
30
Testes de Inteligência
Hermann Ebbinghaus (1850-1909)
Sílabas sem sentido
Investigação precisa e experimental sobre a memória após ler Elementos de Psicofísica de Fechner.
Escreve artigo sobre a aplicação de testes de inteligência em escolas
Modelo: Provas de completar lacunas
31
31
Testes de Inteligência
Francis Galton (1822 - 1911)
Influência das descobertas de Charles Darwin
Análise das raças em termos de adaptação (dons especiais se perpetuam nas famílias - sugere aprimorar a linhagem do Homo Sapiens Sapiens)
Inclinação para a quantificação: inventa o Coeficientede Correlação (Karl Pearson será seu sucessor)
32
32
James McKeen Cattell
EUA: “movimento dos testes” 
Interesse em medir diferenças individuais
Pioneiro no uso do termo “Teste Mental”
Medidas da capacidade intelectual por meio de testes de tempo de reação e discriminação sensorial (Galton)
33
Alfred Binet
Laboratório de Psicologia Fisiológica na Sorbonne
Aluno de Charcot
Modelo de laboratório no Brasil
Criador da primeira escala psicométrica do desenvolvimento da inteligência - incentivo do governo francês.
Escala Binet-Simon (1905/08)- bateria de testes que permite a classificação de indivíduos em níveis distintos de desenvolvimento mental.
34
34
Escala Binet-Simon
As concepções teóricas de Binet que davam sustentação à sua escala foram totalmente ignoradas quando entraram nos EUA:
Recurso prático e aproximativo para identificar crianças com problemas de aprendizagem e/ou ligeiramente retardadas, com fins de indicar estudo especial e não de criar uma hierarquia para enquadrá-las;
A escala não mede inteligência, a qual não é definida como inata e tampouco se constitui como uma teoria do intelecto
Os resultados obtidos na escala servem para enfatizar possibilidades de aprimoramento das capacidades a partir de uma escola especial adequada.
35
Nível Intelectual Geral - Quociente de Inteligência
IC - IM = NIG (Nível Intelectual Geral da criança)
William Stern em 1912 modifica a escala e propõe quociente intelectual geral 
QI = IM/IC x 100
Henry Goddard nos EUA: criador do termo “débil mental” (feeble-minded), criou taxonomia hierarquizada a partir da escala de Binet: 
débeis mentais = indivíduos com IM de 8-12 anos
imbecis = IM de 3-7 anos
idiotas = IM < 3 anos.
36
Deslocamento de função da Escala de Binet
Finalidade em Binet: indicar nível médio de desenvolvimento mental da criança
Nova finalidade: concepção biológica de inteligência: QI como função de aptidão hereditária.
Retorno do pensamento de Galton: eugenia
37
Exemplos de testagem de Binet
Uma criança de 3 anos deveria estar apta a:
Mostrar nariz, olhos e boca;
Repetir dois algarismos;
Enumerar objetos de uma figura;
Dar nome e sobrenome;
Repetir uma frase de 6 sílabas.
Uma criança de 6 anos deveria estar apta a:
Comparar 2 objetos de memória;
Contar de 20 a 0;
Indicar omissões de partes de figuras;
Dizer o dia da semana e do mês;
Repetir 5 algarismos.
38
Cattell (EUA) x Binet (França)
39
Para Binet: a melhor maneira de fazer testagem dos processos mentais superiores era medindo-os direta e globalmente
Para Cattell: melhor fazê-lo através das faculdades sensoriais simples (como o tempo de reação e concentração)
Testes de Aptidão
Binet concebia inteligência como aptidão unitária e a media objetivamente para obter um escore.
Thurstone, nos EUA: estabelece inter-relações entre os testes de aptidões. 
Técnicas estatísticas de Análise Fatorial (Pearson em 1901 e Thurstone, posteriormente).
40
Atuação de psicólogos na seleção e classificação de pessoal militar: I Guerra Mundial
Diagnosticar capacidade da pessoa no desempenho de dada tarefa.
Ex: teste de aptidão mecânica: mensura rapidez nos movimentos, destreza manual, coordenação motora fina...
Os testes no Brasil
Cinco grandes fases:
Produção médico-científica acadêmica (1836-1930);
Estabelecimento e difusão da psicologia no ensino das universidades (1930-1962);
Criação dos cursos de graduação em psicologia (1962-1970);
Implantação dos cursos de pós-graduação em psicologia (1970-1987);
Emergência dos laboratórios de pesquisa (1987 em diante).
Aparecimento e o fortalecimento de abordagens mais sociais e humanistas – situações vexatórias;
IBAP;
Oferecimento de linhas de pesquisa em avaliação psicológica;
Resolução 02/2003.
TEORIA DA MEDIDA E MEDIDAS PSICOLÓGICAS
A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Busca-se desenvolver um conjunto de ferramentas e procedimentos, tanto quantitativos quanto qualitativos, para avaliar as características psicológicas humanas.
Da preocupação de se criarem instrumentos adequados para o estudo criterioso dos construtos psicológicos, desenvolveu-se a área de Avaliação Psicológica.
45
A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Em Psicologia, a avaliação corresponde ao emprego de um conjunto de métodos e técnicas quantitativos e qualitativos utilizados para a atribuição de qualidades aos atributos psicológicos.
Avaliação Psicológica: conjunto de procedimentos adotados para a investigação de um ou mais comportamentos ou traços latentes em sua amplitude.
46
A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
MODELOS DE AVALIAÇÃO ADOTADOS NA PSICOLOGIA
47
A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
O MODELO PSICOMÉTRICO ADOTADO NA PSICOLOGIA
48
PSICO
METRIA
Relativo a medidas, processos e técnicas de mensuração.
Relativo a PSICOLOGIA, fenômenos psicológicos.
PSICOMETRIA: MEDIDAS EM PSICOLOGIA
PSICOMETRIA
O campo da Testagem Psicológica também é conhecido como o ramo da Psicometria.
49
É o campo de estudo (conectado com a Psicologia e a Estatística), preocupado com a mensuração dos fenômenos psicológicos (construtos) de um indivíduo ou grupos, tais como inteligência, conhecimentos, habilidades, aptidões ou traços de personalidade. Expressa-se num conjunto de técnicas que permitem a mensuração criteriosa dos comportamentos.
O QUE É A PSICOMETRIA?
50
Para investigar os padrões de manifestação dos fenômenos psicológicos; 
para avaliar estes fenômenos e o próprio comportamento de forma sistemática; 
para produzir conhecimento técnico e científico.
POR QUE ESTUDAR PSICOMETRIA?
51
OBJETO DE INTERESSE DA PSICOMETRIA
O teste psicológico é uma medida objetiva e padronizada, estatisticamente representativa e comprovada de um grupo médio, que passa a servir como padrão (grupo normativo).
Fornecer subsídios para construção, administração, análise e interpretação de instrumentos de avaliação psicológica.
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FINALIDADES DA TESTAGEM PSICOLÓGICA
Finalidades
Medir as diferenças existentes, quanto a determinada característica, entre diversos sujeitos.
Diferença Inter-individual
Medir o comportamento do mesmo indivíduo em diferentes ocasiões.
Diferença Intra-individual
Deve possuir um valor diagnóstico ou preditivo.
Correspondência empírica entre os itens e o comportamento desejado.
53
ÁREAS DE APLICAÇÃO DA PSICOMETRIA
ÁREA INTERDISCIPLINAR
Psicologia
Estatística
Psicometria
Educação
Medicina
Sociologia
Antropologia
Informática
Biologia
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Teoria da medida e medidas psicológicas
O que é medir?
“Atribuir magnitudes a certa propriedade de um objeto ou classe de objetos, de acordo com certas regras pré-estabelecidas e com a ajuda do sistema numérico, de forma que sua validade possa ser provada empiricamente”.
56
Busca criar uma interface entre sistemas teóricos de saber diferentes e a utilização do símbolo matemático (o número) no estudo científico dos fenômenos naturais.
Objeto da teoria da medida: o uso do número na descrição dos fenômenos naturais.
Problema central da teoria da medida: justificar a legitimidade de se passar de procedimentos e operações empíricos (observação) para uma representação numérica destes procedimentos.
57
Símbolo: é o que representa o atributo medido. 
Ex.: número, letra, palavra, etc.
Principais Termos em Medida
2) Objeto: elemento para o qual a mensuração se dirige. 
Ex.: pessoas, empresas, etc.
3) Atributo: característica do objeto aferida pela mensuração. 
Ex.: atitude, aptidão, reação à mudança organizacional, etc.
4) Instrumento: meio utilizado para medir o atributo do objeto. 
Ex.: testes, telescópios, microscópios, questionários, etc.
58
6) Situação-padrão: diz respeito ao controle de variáveis que podem interferir no resultado da mensuração (medida). 
Ex.: dar instruções padronizadas quando da aplicação de um teste de seleção em empresas.
Principais Termos em Medida
5) Regras: Formulações, previamente estabelecidas, que indicam os procedimentos para a atribuição de símbolos aos atributos dos objetos que determinam as relações entre o objeto e o símbolo. 
Ex.: atribuiçãode um escore para uma variável de clima organizacional.
59
- O processo de mensuração é sempre quantitativo: implica sempre em um resultado numérico.
Características da Medida
- A medida apresenta-se em unidades relativamente constantes, desde que as condições de mensuração também o sejam.
Ex.: Metro (unidade constante) x pé, jarda, palmo (unidade não-constante).
- A medida, boa parte das vezes, é relativa (não dispõe de um ponto zero absoluto).
Ex.: Não existe ponto zero de habilidade para estudar Administração.
60
Sistema Teórico
Objeto
Atitude
Metodologia
Verdade
Certeza
Critério de Verdade
Ciência (empírica)
Matemática
Fenômenos naturais
Símbolos numéricos
Empírica
Transcen-dental
Observação e Controle
Dedução
Fato
Teorema
Relativa
Absoluta
Teste empírico
Consistência interna do argumento
Enfoque Epistemológico em Ciência e Matemática
61
Por que a mensuração na Psicologia?
Conhecer sistematicamente um determinado atributo ou traço psicológico.
Fins de diagnóstico e intervenção psicológicos.
Identificação do tipo e intensidade de uma desordem de caráter psicológico.
Promover a clareza nas soluções e guiar as decisões pautadas em fundamentos empíricos.
62
Por que a mensuração na Psicologia?
Possibilitar generalizações para momentos e/ou situações futuras (valor preditivo).
Permitir comparações de desempenho nas instâncias intra e inter-individual.
Subsidiar demais técnicas de coleta de informações, como a observação e a entrevista.
63
QUANTIFICAÇÃO 
Permite uma descrição precisa do fenômeno, bem como sua comparação com outros fenômenos.
COMUNICAÇÃO 
Condensa informações de maneira precisa e objetiva
OBJETIVIDADE 
Reduz as possíveis ambigüidades.
PADRONIZAÇÃO 
Assegura a equivalência entre objetos com características diversas.
Funções da Medida
64
O Uso da Medida
O uso do número na descrição dos fenômenos naturais, ou seja, o uso do número estatístico (medida) somente se justifica se responder afirmativamente a duas questões:
MENSURAÇÃO: teoria da medida
 É legítimo utilizar o número para descrever os fenômenos da ciência?
 É útil, vantajoso, utilizar o número para descrever os fenômenos da ciência?
65
São as diferentes formas de se atribuir números às propriedades dos objetos.
Formas de Medida
Medida Fundamental
Medida Derivada
Medida por Teoria
Medida por Lei
66
Formas de Medida
Medida Fundamental
São atributos que permitem uma medida direta e fundamental, dado que o instrumento utilizado para medi-los possui a mesma qualidade que se quer medir neles.
Permitem a concatenação: dois objetos podem ser associados, formando um terceiro objeto de mesma natureza.
Duração Temporal
Massa
Comprimento
67
Formas de Medida
Volume (m3)
Massa (kg)
Densidade (Kg/m3)
Medida Derivada
Produto de uma operação de mensuração baseada em indícios que supõe estarem relacionados com o atributo do objeto medido.
Mensuração indireta e inferencial.
Menor nível de certeza e maior número possível de erros.
Uma medida é derivada se finalmente pode ser expressa em termos de medidas fundamentais.
=
÷
Fundamental
Fundamental
Derivada
68
Formas de Medida
São atributos mensuráveis somente com bases em leis científicas.
Medida por Lei: É obtida indiretamente por meio da relação estabelecida entre duas ou mais variáveis. 
Ex: Lei do Reforço em Psicologia.
Medida por Lei
Lei: baseada em fatos empíricos.
69
Formas de Medida
São atributos mensuráveis somente com bases em teorias científicas.
Medida por Teoria
Medida por Teoria: Quando não existem sequer leis relacionando variáveis a medida pode ser obtida a partir de teorias que hipotetizam relações entre os atributos da realidade, ou seja, os atributos devem ser medidos através de fenômenos a eles relacionados via teoria. 
Ex: Efeito Doppler.
Teoria: axiomas e postulados.
Teoria: Uma fonte que se distancia do observador tem todos os comprimentos de onda de seu espectro deslocados para o vermelho, isto é, o efeito Doppler desloca os comprimentos de onda para valores maiores (menores se a fonte se aproxima).
70
A Medida Psicométrica
A medida psicométrica é uma medida por teoria e faz uso dos modelos matemáticos para a investigação dos processos comportamentais ou psíquicos do ser humano. 
Embora se encontre no limite entre a Psicologia e a Estatística, os modelos teóricos da Psicometria fundamentam-se em uma visão epistemológica do homem, concepção esta que não pode unicamente ser reduzida a parâmetros estatísticos per si.
71
A Medida Psicométrica
A TCT surgiu dentro da concepção monista materialista e defende que os desempenhos nas tarefas de um teste (medida) se definem em função de outros comportamentos presentes ou futuros (critério).
A TRI fundamenta-se em uma concepção dualista interacionista do ser humano e compreende que o desempenho nas tarefas de um teste são definidas pela aptidão ou traço latente.
72
Teoria Clássica dos Testes (TCT)
Teoria de Resposta ao Item (TRI)
A Medida Psicométrica
COMPORTAMENTALISTA
COGNITIVISTA
73
Teoria Clássica dos Testes (TCT)
Teoria de Resposta ao Item (TRI)
MODELOS PSICOMÉTRICOS
Teoria Clássica dos Testes (TCT)
Mede o escore global no teste (). 
Ou seja o comportamento manifesto é tomado como critério de verdade, sem considerar os traços latentes.
74
Teoria Clássica dos Testes (TCT)
Busca medir os comportamentos
Por isso, sua tarefa é elaborar estratégias (estatísticas) para controlar ou avaliar a magnitude do erro (E).
T = V + E
Nesta medição, a TCT presume a existência do ERRO DE MEDIDA.
Nesta equação, conhecendo-se o erro, também se conhece o escore verdadeiro. E vice-versa.
75
MODELOS PSICOMÉTRICOS
A TCT possui uma orientação mais COMPORTAMENTALISTA, pois tanto o teste quanto o critério são realidades físicas expressas através de comportamentos.
A TCT tem uma forte tradição POSITIVISTA.
Preocupa-se em construir testes de qualidade, que sejam estímulos adequados para eliciar comportamentos (variáveis) observáveis. A medida é feita a partir do comportamento ( = tau) manifesto no teste (um critério da medida). 
Teoria Clássica dos Testes (TCT)
76
MODELOS PSICOMÉTRICOS
Teoria da Resposta ao Item (TRI)
Medida: escore de cada item (Θ)
TCT vs TRI
77
MODELOS PSICOMÉTRICOS
Teoria da Resposta ao Item (TRI)
Critério: traço latente (aptidão), e não o comportamento expresso.
Tarefa da TRI: identificar os itens que deem informações mais seguras sobre as diferenças individuais.
TCT vs TRI
78
Teoria da Resposta ao Item (TRI)
Define a qualidade dos testes psicológicos (que são comportamentos ou variáveis observáveis) em termos de um critério que não é o comportamento, mas sim, variáveis hipotéticas [teóricas] (Θ = teta, ou um traço pessoal que é latente).
A TRI possui uma orientação COGNITIVISTA, pois o critério medido é uma estrutura mental, uma aptidão que será responsável pelo desempenho nas tarefas, em cada item do teste.
A Teoria de Resposta ao Item também é conhecida por ‘Teoria do Traço Latente’ ou Psicometria Moderna.
TCT vs TRI
79
Teoria da Resposta ao Item (TRI)
Diferente da TCT, que considera o escore TOTAL num teste, a TRI considera o escore de cada ITEM do teste.
Com isso, a TRI não faz referência ao comportamento manifesto, mas a uma “tendência” interna ao sujeito para um comportamento.
A TRI parte de uma FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA de um dado construto, para então formular itens que irão medi-lo.
TCT vs TRI
80
Teoria da Resposta ao Item (TRI)
Por este principio, a TRI propõe a VALIDAÇÃO de itens e não de testes. Isto favorece a composição de grandes bancos de itens, independentes, que podem servir para elaborar (ou customizar) diferentes testes para diferentes finalidades.
A resposta que o sujeito dá a um item depende do nível que o sujeito possui no traço latente, isto é, da magnitude (grandeza) do seu teta (aptidão).
TCT vs TRI
81
A TCT e a TRI apresentam não somente diferenças epistemológicas, mas fundamentalmente diferenças metodológicas, pois a TRI deriva o escore teta (Θ) de uma relaçãonão-linear com a probabilidade de acerto associada ao escore total do teste (poder informativo de cada item), enquanto a TCT faz uso unicamente de relações lineares entre o item e o escore total (poder informativo do teste como um todo).
TCT x TRI
TCT vs TRI
82
MODELOS PSICOMÉTRICOS
A forma como os testes são construídos e medidos pela TCT são estruturalmente diferentes dos métodos empregados pela TRI.
Utilizando-se de técnicas estatísticas mais modernas, A TRI é considerada um método mais avançado, que visa superar alguns vieses da TCT.
No entanto, a TRI não deve ser encarada como um substituto da TCT, mas um complemento ao processo de investigação de atributos psicológicos.
TCT vs TRI
83
O Uso da Medida
Há legitimidade no uso do número na descrição dos fenômenos naturais se, e somente se, as propriedades estruturais, tanto do número quanto dos fenômenos naturais, forem salvaguardadas.
Propriedades do sistema numérico
Identidade
Ordem
Aditividade
84
Um número é idêntico a si mesmo e somente a si mesmo.
Identidade
Axiomas:
Reflexividade: a = a ou a  b.
Simetria: se a = b, então b = a.
Transitividade: se a = b e b = c, então a = c.
85
Um número não é só diferente de outro, mas é maior ou menor do que outro.
Ordem
Axiomas:
Assimetria: se a > b, então b  a.
Transitividade: se a > b e b > c, então a > c.
Conectividade: ou a > b ou b > a.
86
Os números podem ser somados, isto é, podem ser concatenados de modo que a soma de dois números, excetuando o zero, produz um outro número diferente deles próprios.
Aditividade
Axiomas:
Comutatividade: a + b = b + a.
Associatividade: (a + b) + c = a + (b + c).
87
Natureza da Medida: problemas básicos
O problema da representação (isomorfismo).
Teorema da representação: representar com números (objeto da matemática) as propriedades dos fenômenos naturais (objeto da ciência).
Necessidade de preservação das propriedades estruturais do número e características próprias dos atributos dos fenômenos empíricos.
88
Natureza da Medida: problemas básicos
O problema da unicidade da representação.
O número, enquanto representação das propriedades dos objetos naturais, apresenta níveis diferentes de qualidade ou precisão, dependendo do tipo de característica dos objetos que se está focalizando.
Ex.: Medida de Peso: Quilograma.
 Medida de Inteligência (QI).
89
Natureza da Medida: problemas básicos
O problema do erro.
Corresponde ao tamanho do intervalo existente entre o objeto a ser medido e os pontos no instrumento responsável por medi-lo.
Estatística: estuda o número como representação de algo diferente dele, porque ele é uma descrição de fenômenos naturais e não mais um conceito original.
Matemática: estuda precisamente o número em sua própria identidade.
90
Natureza da Medida: problemas básicos
O problema do erro.
Matemática: o número 1 é somente 1. Possui identidade pontual e absoluta.
Medida: o número 1 pode ser mais ou menos 1, pode ter intersecção com o 2, etc. O número passa a ser um intervalo e, sendo um intervalo, possui variabilidade (variância), isto é, erro.
Número da matemática: número matemático.
Número da medida: número estatístico.
91
Natureza da Medida: problemas básicos
O problema do erro.
Tipos de Erro
Erros de observação
1º) Erros de inadequação do instrumento de observação.
2º) Erros pessoais relacionados a diferentes maneiras de cada pessoa reagir.
3º) Erros sistemáticos relacionados a algum fator sistemático não-controlado. Ex. Medir a temperatura em um nível diferente do nível do mar.
4º) Erros aleatórios, que não tem causa conhecida.
92
Natureza da Medida: problemas básicos
O problema do erro.
Tipos de Erro
5º) Erros de amostragem advindos de inferências errôneas sobre populações a partir de amostras.
Falta de representatividade.
93
Natureza da Medida: problemas básicos
Tipo
Causa
Controle
Instrumental
Aleatório
Instrumento
Diferenças individuais
Calibração
Atenção e treinamento
Erros de Medida: fontes e controle
Pessoal
Sistemático
Amostragem
Fator específico
Experimental ou estatístico
Não Conhecida
Teorias do erro (probabilidade)
Seleção da amostra
Representatividade da amostra (teoria estatística)
94
Natureza da Medida: problemas básicos
O problema do erro.
A teoria do erro
 Nunca é possível determinarem-se as causas de todos os erros possíveis numa medida.
 Baseada na teoria da probabilidade e dos eventos aleatórios (sua ocorrência não pode ser predita a partir dos eventos que ocorreram antes dele, ou seja, é independente do que aconteceu antes).
95
Natureza da Medida: problemas básicos
O problema do erro.
A teoria do erro
Erro Padrão da Medida
EPM = 
s2 
N - 1 
= 
DP
N - 1 
A medida verdadeira de um atributo se situa entre o valor médio das medidas efetuadas e um erro padrão em torno dele.
96
A Complexidade da Medida na Psicologia
 Em geral, a medida do fenômeno psicológico é do tipo “por teoria”.
 A medida do fenômeno psicológico é relativa, não dispondo do ponto zero absoluto (raro uso da escala de razão).
 Menor precisão do que as medidas das ciências exatas.
 Grande número de variáveis intervenientes.
 Na maior parte das vezes trabalham-se com construtos e não com conceitos.
97
A Complexidade da Medida na Psicologia
 Muitas vezes, os testes são utilizados como instrumento diagnóstico único.
 O objeto de estudo é, por vezes, isolado do seu contexto para a viabilidade da mensuração.
 Muitos construtos são sensíveis à influência do treinamento (efeito-prática).
 O valor preditivo da medida é influenciado pela modificabilidade do construto no tempo e espaço.
98
Variáveis e medidas de escalas
Construção de medidas psicológicas
130
O Processo da Testagem Psicológica
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
Elaboração de um Teste
Procedimentos 
teóricos
Procedimentos 
empíricos
Procedimentos 
estatísticos
De acordo com Pasquali (1999), são os três os procedimentos mais comumente utilizados para a construção de testes psicológicos de aptidão, inventários de personalidade e escalas de atitudes e diferencial semântico.
131
O Processo da Testagem Psicológica
O primeiro passo na construção de um teste é voltar-se a um estudo aprofundado da teoria sobre o construto que irá fundamentar a concepção do instrumento.
Esse procedimento teórico de elaboração é fundamental para garantir a futura validade do teste e, consequentemente, a sua qualidade psicométrica.
Procedimentos teóricos
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
132
O Processo da Testagem Psicológica
Corresponde à definição das etapas e técnicas de aplicação do instrumento piloto e da coleta válida da informação para proceder à avaliação da qualidade psicométrica da avaliação.
Procedimentos empíricos (experimentais)
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
133
O Processo da Testagem Psicológica
Estabelece os procedimentos estatísticos a serem efetuados sobre os dados no sentido de garantir a aferição de seus parâmetros psicométricos (validade, fidedignidade e normatização).
Procedimentos analíticos (estatísticos)
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
134
O Processo da Testagem Psicológica
Pela TCT, os procedimentos teóricos de elaboração são realizados pela coleta intuitiva e mais ou menos aleatória de uma amostra de itens que parecem cobrir o traço que deverá ser avaliado (face validity).
A TRI busca a operacionalização do traço latente, ao definir os tipos e características dos comportamentos que irão constituir a representação empírica dos traços latentes.
Procedimentos teóricos
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
135
O Processo da Testagem Psicológica
A operacionalização, ou seja, o levantamento das definições operacionais de um teoria é a tarefa mais crítica para a garantia do isomorfismo. 
Além disso, a operacionalização da teoria permite o conhecimento da dimensionalidade do atributo, isto é, da sua estrutura semântica constitutiva.
A dimensionalidade de um atributo iráapontar a qualidade e a quantidade de características discerníveis no construto avaliado.
Procedimentos teóricos
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
136
O Processo da Testagem Psicológica
Como a TRI parte de uma concepção dualista do homem, em que os comportamentos são elementos distintos do traço latente, ela assume o pressuposto de que somente uma habilidade é medida pelo modelo, isto é, o conjunto de itens deve estar medindo um único traço latente. 
Mesmo sabendo que exista uma variedade de habilidades responsáveis pelo processo de execução de uma tarefa, admite-se que haja uma habilidade dominante, responsável pelo conjunto de itens. A esse pressuposto dá-se o nome de unidimensionalidade do construto.
Procedimentos teóricos
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
137
O Processo da Testagem Psicológica
De um modo geral, o processo de testagem psicológica ocorre mediante uma série de etapas, como podem ser sintetizadas a seguir.
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
138
O Processo da Testagem Psicológica
Análise de Itens
Administração
Interpretação
Análise
Comunicação
Desenho do Teste
1
2
3
4
5
7
Seleção dos itens
1ª Aplicação do instrumento
Análise dos itens
Coleta de dados
Adoção dos padrões determinados 
Cálculo dos resultados
Fidedignidade
Validade
Contexto para generalização
Significado dos escores
Inferências a curto e longo prazo
Elaboração de laudo
Feedback da testagem
Etapas
Padronização
Normatização
Criação de padrões da testagem
6
2ª Aplicação do instrumento
Tabulação dos dados
Construção do manual técnico
Elaboração dos itens
Escolha do tipo de item ou escala
Fatores
Matriz de Especificações
Definição de Dimensões
Descritores
Validação preliminar
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
139
O Processo da Testagem Psicológica
Análise de Itens
Administração
Interpretação
Análise
Comunicação
Desenho do Teste
1
2
3
4
5
7
Seleção dos itens
1ª Aplicação do instrumento
Análise dos itens
Coleta de dados
Adoção dos padrões determinados 
Contexto para generalização
Significado dos escores
Inferências a curto e longo prazo
Elaboração de laudo
Feedback da testagem
Etapas
Padronização
Normatização
Criação de padrões da testagem
6
Normalização
2ª Aplicação do instrumento
Construção do manual técnico
Elaboração dos itens
Escolha do tipo de item ou escala
Fatores
Matriz de Especificações
Definição de Dimensões
Descritores
Validação preliminar
Cálculo dos resultados
Fidedignidade
Validade
Variáveis intervenientes
Erros de mensuração
Tabulação dos dados
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
140
Etapa 01: Desenho do Teste
1.1. Matriz de Especificações do Teste
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
141
Um dos procedimentos mais utilizados para o estudo de uma teoria e conseqüente operacionalização de um construto é o desenvolvimento de uma matriz de especificações de teste (também conhecida como blueprint test ou blueprint construction).
O desenvolvimento das especificações do teste é bastante comum quando são examinados construtos como habilidades ou aptidões, embora possam ser utilizadas para vários outros construtos, como personalidade, inteligência e atitudes.
Desenho do Teste
1
Matriz de Especificações
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
142
As especificações do teste indicam quais as dimensões (domínios/strands), sub-dimensões (sub-domínios/sub-strands) e descritores (standards) podem ser avaliados no teste e em que proporções.
Além disso, as especificações do teste fornecem o número de itens para cada descritor, os tipos de itens a serem incluídos, além de classificar os domínios e descritores em diferentes níveis de complexidade cognitiva.
Desenho do Teste
1
Matriz de Especificações
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
143
As especificações do teste também clarificam, definem e/ou limitam como os itens do teste serão redigidos para cada dimensão, fator e descritor.
Não existe um modelo padronizado de especificações de teste. A seguir, é exposto um exemplo de Matriz de Especificações para Exame de Avaliação de Aprendizagem de Produção Textual para a 8ª série.
Desenho do Teste
1
Matriz de Especificações
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
144
Exemplo de Matriz de Especificações para Exame de Avaliação de Aprendizagem de Produção Textual para a 8ª série.
Matriz de Especificações
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
145
A operacionalização de um conceito subjetivo possibilita a sua mensuração a partir de um conjunto de descritores, os quais representarão futuramente os itens que, por sua vez, servirão como a representação do comportamento que se busca avaliar.
Desenho do Teste
1
Matriz de Especificações
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
146
1.2. Dimensões (Fatores)
Etapa 01: Desenho do Teste
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
147
- Indicam ou constituem os descritores responsáveis pela construção dos itens.
Desenho do Teste
1
Dimensões (Matriz do Teste)
- Em Psicometria, as dimensões são os elementos que, em conjunto, constituem o construto psicológico e correspondem igualmente ao percentual de representatividade do traço latente.
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
- Pode haver fatores separados para cada dimensão de um construto e um mínimo de um descritor por fator.
148
Criação de Descritores
Desenho do Teste
1
- São as características significativas e importantes do construto que fornecem informações condensadas sobre o que deve ser avaliado.
- Descritor é a denominação atual para objetivo instrucional.
- Um descritor fornece uma frase objetiva e concisa que apresenta um comportamento observável do indivíduo tendo em vista o domínio de um conteúdo de aprendizagem, ou seja, o comportamento que demonstra a performance esperada. 
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
149
Criação de Descritores
Desenho do Teste
1
- Corresponde a uma variável diretamente associada a uma variável latente, sendo que, uma diferença nos valores da variável latente ocasiona modificações nos valores do descritor.
- Ele deve permitir avaliar a magnitude da variável latente de um sujeito ao longo do tempo ou de diferentes sujeitos.
- O descritor deve ser apresentado em termos comportamentais observáveis, indicando as competências necessárias ao domínio do conteúdo ao qual o sujeito foi exposto.
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
150
Desenho do Teste
1
Criação de Descritores
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
Verbos que Definem os Descritores
Objetivo: 
"O aluno deverá demonstrar conhecimento de pontuação", 
Demonstrar conhecimento de pontuação não é um produto de aprendizagem mensurável. 
“inserir vírgula apropriadamente em frases”
São necessárias algumas indicações que evidenciem essa demonstração.
Para indicar conhecimento de pontuação 
Comportamento
O verbo inserir indica uma ação mensurável.
151
Desenho do Teste
1
Criação de Descritores
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
A Estruturação do Descritor
O descritor deve conter:
 Um comportamento diretamente observável; e
 Um estímulo ou uma condição em que o aluno se baseia para demonstrar a competência esperada.
152
A quantidade de descritores dependerá, finalmente:
da complexidade conceitual;
da quantidade de provas empíricas que a validação requer.
A definição de descritores, que servirão como referência para a avaliação, tem de levar em consideração tudo o que está implícito na teoria sobre o construto sobre a qual o instrumento será desenvolvido.
Desenho do Teste
1
Criação de Descritores
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
153
Desenho do Teste
1
- Serem representativos e significativos para a mensuração do atributo. 
- Terem validade, objetividade e consistência.
- Serem centrados em aspectos claros, práticos e fáceis de entender.
Propriedades dos descritores (Camargo, 1996)
Criação de Descritores
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
154
Desenho do Teste
1
- Permitir enfoques integradores, ou seja, fornecer informações condensadas sobre vários aspectos do problema.
- Serem de fácil mensuração, baseado em informaçõesfacilmente disponíveis.
- Permitirem a relação com outros descritores, facilitando a interação entre eles.
Criação de Descritores
- Servirem de referência à construção dos itens.
Propriedades dos descritores (Camargo, 1996)
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
155
Criação de Descritores
Desenho do Teste
1
O traço latente é evidenciada pelo descritor através de um verbo, que expressa um comportamento observável e mensurável.
	AÇÕES DIRETAMENTE OBSERVAVEIS	AÇÕES NÃO-OBSERVÁVEIS
	 LISTAR	APRECIAR
	 CONSTRUIR	SABER
	 ESCREVER	LER
	 DESENHAR	COMPREENDER
	 MARCAR	COMPARAR
	 SUBILHAR	DAR
	 DIZER	ESCOLHER
	 COLOCAR	SENTIR
	 CONTAR	CRIAR
	 NUMERAR	SABER
	 NOMEAR	GOSTAR
	 RESUMIR	ENTENDER
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
156
Desenho do Teste
1
Itens
- São a unidade elementar do instrumento.
Definição
- É um mecanismo de avaliação de um construto por meio de um comando ou questão solicitada a um indivíduo.
- Busca avaliar as percepções, interesses, opiniões, atitudes, conhecimentos, habilidades e aptidões relacionados ao domínio de conteúdo do teste.
- Os itens podem ser analisados qualitativamente, a partir do seu conteúdo, e quantitativamente, por propriedades estatísticas que ditam sua forma e extensão.
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
157
O Processo de Elaboração de Itens
Desenho do Teste
1
CONTEÚDO
Visual
PRODUTOS
OPERAÇÕES
Avaliação
INTELECTO
Construto
Dimensões
Classes
1ª
2ª
3ª
Fatores
1.1.
2.1.
3.1.
D01
D02
D03
Descritores
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Itens
I01
I02
I03
I04
I05
D01
D02
D03
.
.
.
D01
D02
D03
.
.
.
I06
I07
I08
I09
I10
I11
I12
I13
I14
I15
I16
I17
I18
I19
I20
I27
I28
I21
I22
I24
I25
I26
I23
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
158
PADRONIZAÇÃO: uniformidade de procedimento na aplicação e na pontuação do teste.
1º
DISCRIMINAÇÃO: capacidade de discriminar as pessoas que possuem determinada característica, bem como a quantidade do atributo, em face das que não possuem ou possuem em quantidades diferentes.
3º
VALIDADE APARENTE: deve ser considerado adequado e interessante, provocando melhor cooperação e motivação por parte do examinando.
2º
PERTINÊNCIA: relevância e adequação ao comportamento do testando que se busca avaliar, e adaptabilidade ao nível do sujeito.
4º
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
6º
OBJETIVIDADE: aplicação, pontuação e interpretação dos escores devem ser independentes do julgamento subjetivo do examinador.
5º
VALIDADE: capacidade de o teste medir, através de amostras de comportamento, aquilo que se propõe, de modo a representar efetivamente o objeto em estudo.
7º
FIDEDIGNIDADE (confiabilidade ou precisão): capacidade de o instrumento, quando replicado, mostrar estabilidade e constância nos resultados obtidos.
NORMATIZAÇÃO: uniformidade na interpretação dos escores dos testes.
8º
CONSTRUÇÃO DE MEDIDAS PSICOLÓGICAS
ELABORAÇÃO DE ITENS
Representação comportamental do traço latente.
São as tarefas cognitivas e comandos por meio do qual o traço latente se manifesta.
Trabalha com o comportamento verbal ou motor.
Sendo a fase de elaboração de itens, uma das etapas do processo de elaboração de medidas psicológicas, os mesmos procedimentos adotados para o teste como um todo são válidos para os itens em específico.
- O item retrata fielmente um descritor.
Igor Menezes
161
ELABORAÇÃO DE ITENS
Fontes dos Itens
Teoria e Matriz de Especificações do Teste.
 Outras medidas do mesmo construto.
Entrevista: junto à população-meta.
Os itens são elaborados ou selecionados em função das definições constitutivas e operacionais do construto.
DEFINIÇÕES CONSTITUTIVAS – definições de dicionário.
DEFINIÇÕES OPERACIONAIS – atribui significado a um construto ou variável, especificando as atividades ou operações necessárias para medi-lo ou manipulá-lo.
Entrevista com expertises da área ou teoria.
Igor Menezes
162
Igor Menezes
ELABORAÇÃO DE ITENS
Critérios Específicos para a Construção dos Itens
	CRITÉRIO	DEFINIÇÃO
	Comportamental	O item deve expressar um comportamento, não uma abstração ou construto.
	Objetividade	Os itens devem cobrir comportamentos de fato, permitindo uma resposta certa ou errada.
	Simplicidade	Um item deve expressar uma única idéia, de modo a evitar ambigüidades.
	Clareza	O item deve ser inteligível até para o estrato mais baixo da população-meta. Utilização de frases curtas, com expressões simples e inequívocas.
163
ELABORAÇÃO DE ITENS
Critérios Específicos para a Construção dos Itens
	CRITÉRIO	DEFINIÇÃO
	Relevância	O item deve ser consistente com o traço (atributo, fator, propriedade psicológica) definido e com as outras frases que cobrem o mesmo atributo.
	Precisão	O item deve possuir uma posição definida no contínuo do atributo e ser distinto dos demais itens que cobrem o mesmo contínuo.
	Variedade	Variar a linguagem e a forma de elaboração de itens, em casos de escalas de preferências, formulando a metade dos itens em termos favoráveis e metade em termos desfavoráveis, para evitar erro da resposta estereotipada à esquerda ou à direita da escala de resposta.
164
ELABORAÇÃO DE ITENS
Critérios Específicos para a Construção dos Itens
	CRITÉRIO	DEFINIÇÃO
	Modalidade	Formular frases com expressões de reação modal, isto é, não utilizar expressões extremadas, como excelente, miserável, etc. A intensidade da reação da pessoa é dada na escala de resposta.
	Tipicidade	Formar frases com expressões condizentes (típicas, próprias, inerentes) com o atributo.
	Credibilidade (Face Validity)	O item deve ser formulado de modo que não apareça como ridículo, despropositado ou infantil.
Igor Menezes
165
Igor Menezes
ELABORAÇÃO DE ITENS
Critérios Referentes ao Conjunto dos Itens
O critério da amplitude, o qual afirma que o conjunto dos itens referentes ao mesmo atributo deve cobrir toda a extensão de magnitude do contínuo desse atributo. Um instrumento deve, por conseguinte, ser competente em discriminar entre indivíduos de diferentes níveis de magnitude do traço latente, diferenciando os que possuem um traço alto, dos que possuem um traço pequeno.
Traço maior
Traço menor
166
Igor Menezes
ELABORAÇÃO DE ITENS
Critérios Referentes ao Conjunto dos Itens
b) O critério do equilíbrio, em que os itens do mesmo contínuo devem cobrir igual ou proporcionalmente todos os segmentos (setores) do contínuo, devendo haver, portanto, itens fáceis, médios e difíceis. A quantidade final de itens de um teste dependerá da complexidade conceitual do construto, ou seja, uma grande quantidade de descritores irá demandar, conseqüentemente, uma grande quantidade de itens.
167
ELABORAÇÃO DE ITENS
Critérios Referentes ao Conjunto dos Itens
Além dos critérios expostos, os desenvolvedores de itens recebem orientações específicas voltadas a:
 Seleção do estímulo;
 Identificação dos descritores correspondentes aos estímulos que servem como referência para o item;
 Identificação das habilidades exigidas pelo descritor;
 Escolha do tipo de item a ser utilizado;
 Elaboração do enunciado;
Igor Menezes
168
ELABORAÇÃO DE ITENS
Critérios Referentes ao Conjunto dos Itens
- Elaboração das instruções;
 Elaboração das alternativas (distratores);
 Observações relativas à linguagem;
 Características mais gerais sobre a elaboração de itens;
 Revisão de itens (vieses).
Igor Menezes
169
Igor Menezes
ELABORAÇÃO DE ITENS
Quantidade de Itens
Boa representação do construto: cerca de 20 itens.
 Depende da complexidade do construto.
TEORIA CLÁSSICA DA MEDIDA
TEORIA DA RESPOSTA AO ITEM
● 3 vezes a quantidade que se deseja obter.
●“Pool of Items”.
60/3 = 20 itens
22-2 = 20 itens
● Validade teórica real.
● 10% além dos requeridos.
170
Igor Menezes
ELABORAÇÃO DE ITENS
Quantidade de Itens
A quantidade total de itens de um teste dependerá, basicamente:
a) Da quantidade de provas empíricas que o domínio avaliado requer, ou seja, da sua complexidade teórica;
b) Da quantidade de descritores definidos na matriz de especificações;
c) Do nível de importância de cada descritor na avaliação geral do domínio e dossub-domínios;
171
Igor Menezes
ELABORAÇÃO DE ITENS
Quantidade de Itens
d) Da complexidade cognitiva de cada descritor;
e) Do público-alvo (idade e série dos alunos avaliados); e
f) Do tempo de leitura mínimo de cada item, a depender do seu tamanho.
A quantidade de itens é definida, de modo relativamente “subjetivo”, mas com base no conjunto de todos esses critérios.
172
Igor Menezes
ELABORAÇÃO DE ITENS
Instruções e Restrições
 Os itens devem ser elaborados de modo a contemplar diferentes níveis de dificuldade ou complexidade.
 Os itens devem ser adaptados ao contexto do indivíduo, de modo a utilizar elementos culturalmente conhecidos, como vocabulário, situações e objetos.
 Os itens não devem possuir afirmações preconceituosas sobre etnia, religião ou gênero.
 Evitar a repetição de itens que possuam o mesmo conteúdo, salvos os casos de teste-reteste.
 Quando forem utilizadas palavras negativas, deve-se destacá-las para chamar a atenção do testando. 
173
Igor Menezes
ELABORAÇÃO DE ITENS
Instruções e Restrições
 A linguagem deve ser adequada aos sujeitos da avaliação, favorecendo a validade aparente.
 Os itens deverão levar em conta o tempo de leitura mínimo.
 Criar enunciados curtos, evitando palavras e expressões não-funcionais, ou seja, repetidas.
 Todos os distratores (alternativas) devem ser plausíveis.
 Devem ser evitados distratores escritos com frases longas.
174
Igor Menezes
ELABORAÇÃO DE ITENS
175
Igor Menezes
 Múltipla Escolha
Tipos de Itens
ELABORAÇÃO DE ITENS
 Verdadeiro-Falso (certo-errado)
 Complementação (de lacuna ou completamento)
 Associação (emparelhamento)
 Resposta Curta
 Escala Graduada (Likert, Thurstone, etc)
 Manchas de Tinta
 Pictórico
 Execução de Procedimentos
 Utilização de Objetos e Materiais
 Interpretação
 Gráfico
176
Igor Menezes
Itens de Múltipla Escolha
ELABORAÇÃO DE ITENS
São constituídos por um tronco comum e um conjunto de opções ou alternativas, uma correta e as restantes incorretas, designando-se estas por distratores.
177
Igor Menezes
ELABORAÇÃO DE ITENS
	Pontos Favoráveis	Pontos Desfavoráveis
	Facilidade e rapidez de aplicação, processamento e análise.	Demandam muito tempo e cuidado na elaboração das opções de respostas oferecidas.
	O maior número de opções reduz a probabilidade de que um item “chutado” esteja correto.	Reduz o número de alternativas que podem ser escolhidas.
	Pode-se utilizar análises estatísticas para identificar os pontos fortes e fracos do teste, dos sujeitos avaliados, além de tópicos que precisam ser repensados.	Limita a capacidade de resposta do indivíduo a um quantidade única de razões.
	A resposta não tem como ser ambígua. 	O respondente pode ser influenciado pelas alternativas apresentadas
	Opiniões e impressões pessoais do avaliador podem ser removidas do processo de atribuição de pontos	
Itens de Múltipla Escolha
Cada item admite uma e somente uma resposta exata.
Cada item só deve envolver um problema ou aspecto.
178
Igor Menezes
ELABORAÇÃO DE ITENS
Itens Verdadeiro-Falso
Itens de múltipla escolha são melhores que os itens verdadeiro-falso porque são mais fáceis de construir. 
(V)
(F)
Itens verdadeiro-falso possuem uma probabilidade maior de acerto do que os itens de múltipla escolha.
(C)
(E)
X
X
Certo-Errado
Apresenta-se um certo número de proposições (frases) e pede-se para indicar o valor lógico (verdadeiro ou falso) de cada uma delas.
179
Igor Menezes
ELABORAÇÃO DE ITENS
	Pontos Favoráveis	Pontos Desfavoráveis
	São os mais fáceis de construir.	Menos eficientes que os itens de múltipla escolha, pois oferecem 50% de chance de acerto.
	São bem adaptados para testar reconhecimento de informação técnica, afirmações de princípios ou leis, e informações sobre fatos. 	Aumentam as chances de acerto por “chute”.
	São mais fáceis na atribuição de escores.	Limitam as alternativas e razões da resposta.
	Podem ser utilizados muitos itens em uma avaliação, pela simplicidade da escolha da resposta.	
Itens Verdadeiro-Falso
As frases devem ser afirmações e tão simples quanto possível (curtas e diretas), não terem ambigüidade (apresentando uma só interpretação) e serem verdadeiras ou falsas 
 em absoluto.
180
Igor Menezes
ELABORAÇÃO DE ITENS
Itens de Complementação
Itens do Estudo de Frustração de Figuras de Rosenzweig (forma para crianças) - Teste de Personalidade
É apresentada uma frase, idéia ou situação nas quais são deixados alguns espaços em branco para que o examinando complete.
181
Igor Menezes
ELABORAÇÃO DE ITENS
	Pontos Favoráveis	Ponto Desfavorável
	Apresenta um conteúdo prévio que facilita a evocação das idéias sobre um tópico.	O examinando pode não se identificar com a situação ou personagens, prejudicando a projeção e, consequentemente, a avaliação das tendências de reação.
	Permite que o indivíduo se expresse livremente, sem a obrigatoriedade de alternativas para escolha. 	
Itens de Complementação
Devem requerer uma só designação (idéia, situação ou palavra) em cada um dos espaços da resposta.
182
Igor Menezes
Itens de Associação
ELABORAÇÃO DE ITENS
Instruções:
No espaço antes de cada elemento da coluna I, coloque o número da alternativa na coluna II com a qual ele se corresponde. Cada número pode ser usado apenas uma vez. Alguns números portanto, não serão usados.
	Coluna I
( ) Curvas conectando pontos com a mesma pressão atmosférica corrigida.
( ) Curvas conectando pontos com a mesma temperatura média de verão.
( ) Curvas conectando pontos à mesma altura acima do nível do mar.
( ) Curvas conectando pontos de igual latitude.
( ) Curvas conectando pontos com igual variação magnética.	 Coluna II
 1. Curvas de nível
 2. Isóbaras
 3. Isógonas
 4. Isóteras
 5. Isotermas
 6. Isótopos
 7. Meridianos
 8. Paralelos
 9. Linhas de prumo
Apresentam dois conjuntos de termos ou expressões para que os examinandos estabeleçam uma correspondência entre eles, de acordo com uma regra pré-estabelecida.
183
Igor Menezes
Itens de Associação
ELABORAÇÃO DE ITENS
	Pontos Favoráveis	Pontos Desfavoráveis
	Podem ser avaliados diferentes aspectos de um mesma tema em uma única questão.	Pode não avaliar o conhecimento real do examinando visto que as alternativas já estão todas sugeridas e são mutuamente excludentes.
	São fáceis de serem atribuídos escores.	O respondente pode ser influenciado pelas alternativas apresentadas.
Cada par de listas deve ser relativo a um só objetivo ou conceito. 
Cada coluna deve ser organizada numa ordem lógica.
184
Igor Menezes
Itens de Resposta Curta
ELABORAÇÃO DE ITENS
Indique dois critérios de classificação de itens de testes. _______________________________________________________________________________________________________________________________________
Uma questão simples é colocada ao aluno, o qual deve apresentar uma resposta curta.
185
Igor Menezes
Itens de Resposta Curta
ELABORAÇÃO DE ITENS
	Pontos Favoráveis	Pontos Desfavoráveis
	Permite avaliar o real conhecimento do indivíduo, além do nível de desenvolvimento da sua escrita.	Limita as respostas do sujeito a um número específico de possibilidades de resposta.
	Permite a criação prévia de indicadores e critérios de resposta centrais e periféricos a serem considerados na avaliação.	Consomem mais tempo que questões fechadas.
Sempre que for solicitado um número definido de elementos e a resposta ultrapassar esse número, serão considerados apenas os primeiros elementos de acordo com o número estabelecido, sob ameaça de penalização.
186
Igor Menezes
ELABORAÇÃO DE ITENS
Diz respeito a uma medida condizente com um padrão ordenado de respostas sobre um objeto ou uma série de escores que um examinando deve atingir em uma avaliação.
Itens de uma Escala Graduada
Para mim, esta é a melhor organização do mundo para se trabalhar:
	Discordo Totalmente	Discordo Levemente	Não concordo, nem discordo	Concordo Levemente	Concordo Totalmente
Itens da Escala Graduada Tipo Likert (5 pontos)
187
Igor Menezes
Itens de uma Escala Graduada
ELABORAÇÃO DE ITENS
	PontosFavoráveis	Pontos Desfavoráveis
	Possuem o aporte da teoria da medida e seguem as propriedades numéricas.	Boa parte das escalas são unidimensionais, avaliando somente uma característica do sujeito.
	A depender da complexidade do objeto medido, permitem análises estatísticas avançadas, como o uso da estatística paramétrica.	Guardam, em sua maioria, somente as propriedades de identidade e ordem.
	Favorecem a acurácia da medida, visto possuírem diferentes níveis ou graus para avaliar um mesmo atributo.	
Os conceitos das escalas graduadas estão baseados nas propriedades dos sistemas numéricos (identidade, ordem, aditividade)
188
Igor Menezes
Itens de Manchas de Tinta
ELABORAÇÃO DE ITENS
Itens do Teste de Personalidade Rorschach
Os itens são constituídos por cada lâmina do teste.
189
Igor Menezes
Itens de Manchas de Tinta
ELABORAÇÃO DE ITENS
	Ponto Favorável	Pontos Desfavoráveis
	Favorecem a livre evocação das idéias e conteúdos latentes associados às manchas.	Estão mais propensas às influências subjetivas do examinador.
		Os itens não se apresentam de forma clara e são avaliados pelo conjunto de respostas do examinando.
As manchas são entidades propositadamente ambíguas e destituídas de estrutura.
190
Igor Menezes
ELABORAÇÃO DE ITENS
Teste de Personalidade TAT – Teste de Apercepção Temática
Itens de Testes Pictóricos
Os itens são constituídos por cada lâmina do teste.
191
Igor Menezes
ELABORAÇÃO DE ITENS
	Categorias de Respostas
	Adaptação do sujeito ao meio 
	Percepção da realidade 
	Aspectos relacionados com a comunicação verbal 
	Aspectos relacionados à fantasias, a sociabilidade e ao controle do corpo 
	Relação entre os impulsos e autocontrole 
	Relação com a sexualidade 
	Aspectos relacionados à socialização 
	Aspectos relacionados à auto-imagem 
Itens de Testes Pictóricos
Teste de Personalidade TAT – Teste de Apercepção Temática
192
Igor Menezes
ELABORAÇÃO DE ITENS
	Pontos Favoráveis	Pontos Desfavoráveis
	A interpretação do teste se dá pela análise de conteúdo dos itens	Estão mais propensas às influências subjetivas do examinador.
	Favorecem a livre evocação das idéias e conteúdos latentes associados às figuras.	Os itens não se apresentam de forma clara e são avaliados pelo conjunto de respostas do examinando.
Itens de Testes Pictóricos
Apresenta estímulos altamente estruturados e requer respostas verbais mais complexas e significativamente organizadas.
193
Igor Menezes
ELABORAÇÃO DE ITENS
Itens de Testes Gráficos
Os itens são constituídos pelo desenho realizado pelo examinando.
Desenho da Figura Humana de Machover
194
Igor Menezes
ELABORAÇÃO DE ITENS
Itens de Execução de Procedimento
Escala Bayley de Desenvolvimento Infantil
Os itens são constituídos por cada etapa do teste. 
195
Igor Menezes
Itens de Utilização de Objetos e Materiais
ELABORAÇÃO DE ITENS
Descreve uma ampla variedade de escalas de brincar para a avaliação de problemas específicos – variando do autismo à hiperatividade – e para a avaliação do desenvolvimento de áreas, como competência, motivação e temperamento do bebê.
Materiais Padronizados do Scenotest
196
Igor Menezes
Itens de Interpretação
ELABORAÇÃO DE ITENS
Busca avaliar a capacidade de discernimento do examinando e a qualidade da resposta em relação a um objeto.
Teste de Acuidade Visual pelo Método dos Cartões de Teller
197
 DIMENSÃO – LEITURA (COMPREENSÃO) 
FATORES 
Idéias essenciais para 
compreensão e 
interpretação de textos 
DESCRITORES 
720 
Localizar a idéia principal do texto. 
634 
Inferir as informações explícitas. 
791 
Inferir informações implícitas. 
 
Reconhecimento de 
aspectos discursivos em 
textos literários e não-
literários. 
003 
Reconhecer características específicas 
de uma narrativa ficcional. 
832 
Articular as informações do texto 
com elementos paratextuais: verbais e 
não verbais. 
 
Percepção dos recursos 
lingüísticos como suporte 
de texto 
460 
Reconhecer o efeito de sentido 
conseqüente do uso expressivo da 
pontuação na frase. 
 
	
	DIMENSÃO – LEITURA (COMPREENSÃO)
	FATORES
	Idéias essenciais para compreensão e interpretação de textos
	DESCRITORES
	
	
	720
	Localizar a idéia principal do texto.
	
	
	634
	Inferir as informações explícitas.
	
	
	791
	Inferir informações implícitas.
	
	
	
	Reconhecimento de aspectos discursivos em textos literários e não-literários.
	003
	Reconhecer características específicas de uma narrativa ficcional.
	
	
	832
	Articular as informações do texto com elementos paratextuais: verbais e não verbais.
	
	
	
	Percepção dos recursos lingüísticos como suporte de texto
	460
	Reconhecer o efeito de sentido conseqüente do uso expressivo da pontuação na frase.
Exemplos: 
ESTÍMULO / CONDIÇÃO COMPORTAMENTO OBSERVÁVEL 
Dada uma lista de números... ...circular os números pares 
 
ESTÍMULO / CONDIÇÃO COMPORTAMENTO OBSERVÁVEL 
Dado um quadro de 
palavras... 
...pintar as dissílabas.

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