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P3M1Pr4 - Doenças respiratórias na infancia

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TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
NEUROPSICOMOTOR 
INTRODUÇÃO 
♥ Definição: 
 - Evolução dinâmica do ser humano; 
 - Primeiros anos: maior 
vulnerabilidade e plasticidade; 
 - Processo contínuo de 
acompanhamento; 
 - Detecção precoce de desvios e 
atrasos dão melhores resultados; 
FATORES QUE PODEM 
COMPROMETER A NORMALIDADE 
 - Ausência de pré-natal/gestação não 
desejada; 
 - Intercorrências durante a gestação; 
 - Intercorrências durante o parto; 
 - Baixo peso ao nascer; 
 - Prematuridade; 
RECÉM-NASCIDO 
♥ Tônus flexor nos membros; 
 - Em formação do SNC; 
♥ Hipotonia de musculatura 
paravertebral; 
♥ Movimentos reflexos; 
♥ Reflexos primitivos; 
 
 
REFLEXO DA MARCHA 
 
♥ Presente de 0 a 2 meses de vida; 
♥ Se testa suspendendo o bebê e 
apoiando seus pés sobre uma 
superfície plana; 
 - Visualizamos o reflexo do apoio, de 
apoiar o pezinho na superfície e fazer 
movimentos semelhantes a marcha do 
andar; 
REFLEXO DE COLOCAÇÃO DAS 
PERNAS 
 
♥ Dura até os 2 meses de vida; 
 
TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR 
 
♥ Testa-se suspendendo o bebê e 
apoiando o dorso do seu pé em uma 
superfície; 
 - Visualizamos um movimento 
semelhante ao de subir escada; 
REFLEXO TÔNICO CERVICAL 
ASSIMÉTRICO 
 
♥ Dura até os 4 meses de vida 
♥ Testa-se com o bebê em DD, 
rotacionando sua cabeça cerca de 90º; 
 - O membro superior ipsilateral a 
rotação faz uma extensão e o 
contralateral uma rotação e flexão 
(“como um esgrimista”); 
REFLEXO DE SUCÇÃO 
 
♥ De 0 a 5 meses; 
♥ Testa-se com a introdução de um 
dedo na boca do bebê; 
♥ Pode ser testado juntamente com o 
reflexo da busca; 
REFLEXO DE MORO 
 
 
♥ Dura até os 6 meses de vida; 
♥ Pode ser testado: 
 - Com o bebê sentado e fazer uma 
queda súbita da cabeça; 
 - Com o bebê em DD e elevar 
subitamente a pelve; 
 - Tapinha no abdome; 
 - Susto no bebê; 
♥ Duas fases do reflexo: 
 - Abdução dos membros superiores 
com extensão dos dedos; 
 - Adução dos membros superiores; 
REFLEXO DA PREENSÃO PALMAR E 
PLANTAR 
 
♥ Até os 4 meses de vida a preensão 
palmar e até os 10 meses a preensão 
plantar; 
 
 
TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR 
 
SEQUÊNCIA DO 
DESENVOLVIMENTO 
♥ Crânio ➜ caudal; 
♥ Próximo ➜ distal; 
♥ Aquisições mais simples ➜ mais 
complexas; 
O QUE AVALIAR NO 
DESENVOLVIMENTO 
NEUROPSICOMOTOR? 
♥ Dividido em: motor grosseiro, motor 
fino, linguagem, cognitivo e 
crescimento social/emocional; 
♥ Os estudos estabeleceram as médias 
de idades alcançadas por marcos 
específicos, bem como as faixas de 
normalidade. 
- Em uma criança normal, os 
progressos são variáveis dentro de 
diferentes domínios, como no caso da 
criança que começa a andar tarde, mas 
fala sentenças cedo. 
♥ Influências ambientais, que variam da 
nutrição até a estimulação e do 
impacto da doença até os efeitos de 
fatores psicológicos, interagem com 
fatores genéticos para determinar o 
grau do progresso e padrão de 
desenvolvimento. 
♥ A análise do desenvolvimento ocorre 
constantemente quando pais, 
profissionais da escola e médicos 
avaliam as crianças. Muitas são as 
ferramentas disponíveis para monitorar 
o desenvolvimento com mais 
especificidade. 
♥ O Denver Developmental Screening 
Test II facilita a avaliação em vários 
domínios. 
- A ficha de pontuação indica a média 
das idades em que são adquiridas 
certas aptidões e demonstra com 
exatidão o conceito crítico da faixa de 
normalidade. Outras ferramentas 
também podem ser usadas. 
DESENVOLVIMENTO MOTOR 
♥ Se divide em motor fino (p. ex., 
pegar pequenos objetos, desenhar) e 
capacidades motoras amplas (p. ex., 
andar, subir escadas). 
♥ É um processo contínuo que 
depende do padrão da família, de 
fatores ambientais (p. ex., quando a 
atividade é limitada por uma doença 
prolongada) e disfunções específicas (p. 
ex., paralisia cerebral, retardo mental, 
distrofia muscular). 
♥ Normalmente, as crianças começam 
a andar aos 12 meses, podem subir 
escadas mantendo-se firme aos 18 
meses e correm bem aos 2 anos, mas a 
idade em que essas habilidades são 
adquiridas pelas crianças normais 
variam amplamente. 
♥ O desenvolvimento motor não deve 
ser acelerado de modo significativo 
pela aplicação de estímulos 
aumentados. 
TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR 
 
DESENVOLVIMENTO DA 
LINGUAGEM 
♥ A habilidade de compreensão da 
linguagem precede a habilidade da 
fala; crianças com poucas palavras 
geralmente podem compreender 
bastante. 
♥ Embora atrasos de linguagem não 
sejam tipicamente acompanhados de 
outros de desenvolvimento, todas as 
crianças com excessivo atraso de 
linguagem deveriam ser avaliadas 
quanto à existência de outros atrasos 
de desenvolvimento. 
♥ Crianças com atrasos das linguagens 
receptiva e expressiva apresentam, 
mais frequentemente, outros 
problemas de desenvolvimento. 
♥ A avaliação de qualquer retardo 
deve ser iniciada com testes auditivos. 
♥ A maioria das crianças que 
apresentam atraso de linguagem tem 
inteligência normal. 
♥ Por outro lado, crianças com 
desenvolvimento acelerado da 
linguagem estão frequentemente 
acima da média de inteligência. 
♥ Progressos de linguagem abrangem 
desde o modo de expressar os sons 
vogais (arrulhar) até a introdução de 
sílabas que se iniciam com consoantes 
(ba-ba-ba). 
♥ A maioria das crianças pode dizer 
“Papa” e “Mama” aos 12 meses, usa 
várias palavras aos 18 meses e forma 
frases de 2 ou 3 palavras aos 2 anos. 
Aos 3 anos, em média, uma criança 
pode manter uma conversação. Aos 4 
anos, ela pode contar histórias simples 
e envolver-se em uma conversa 
com adultos ou outras crianças. Aos 5 
anos, a criança pode ter um 
vocabulário de várias milhares de 
palavras. 
♥ Mesmo antes dos 18 meses, as 
crianças podem ouvir e compreender a 
história que é lida para elas. 
♥ Aos 5 anos, as crianças são capazes 
de recitar o alfabeto e reconhecer 
palavras simples escritas. Todas essas 
habilidades são fundamentais para 
aprender a ler palavras, frases e 
sentenças simples. Dependendo da 
exposição a livros e habilidades 
naturais, a maioria das crianças começa 
a ler aos 6 ou 7 anos de idade. Esses 
limites são muito variáveis. 
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL 
COMPORTAMENTAL 
♥ Emoção e comportamento baseiam-
se no temperamento e na fase de 
desenvolvimento da criança. 
♥ Cada criança tem um temperamento 
ou humor individual. Algumas crianças 
podem ser alegres e adaptáveis e 
desenvolver facilmente rotinas 
regulares de dormir, acordar, comer e 
outras atividades diárias. 
♥ Essas crianças tendem a responder 
TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR 
 
positivamente a novas situações. 
♥ Outras crianças não são muito 
adaptáveis e podem ter grandes 
irregularidades em suas rotinas. Essas 
crianças tendem a reagir 
negativamente a novas situações. 
Contudo, outras crianças estão em 
algum ponto intermediário. 
♥ O crescimento emocional e a 
aquisição de aptidões sociais são 
avaliados pela observação da interação 
da criança com outras, em situações 
diárias. Quando a criança começa a 
falar, a compreensão do seu estado 
emocional torna-se muito mais 
acurada. 
♥ Assim como acontece com o 
intelecto, a função emocional pode ser 
delineada mais precisamente com 
ferramentas especializadas. 
 
 
 
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO 
♥ Orientações para pais e médicos; 
♥ Pode sofrer discretas variações de 
acordo com estímulo; 
2 MESES DE VIDA 
♥ Segue um objeto por 180º; 
♥ Sorri no contato social; 
♥ Presta atenção a vozes; 
♥ Colocando o bebê de bruços ele 
consegue levantar a cabeça e empurrarcom os bracinhos (não por muito 
tempo mas consegue); 
♥ Ampliação do campo visual; 
 
 
4 MESES DE VIDA 
♥ Sorri espontaneamente e alto; 
♥ Começa a balbuciar mais; 
♥ De bruços o bebê equilibra melhor a 
cabeça; 
♥ Pode conseguir rolar entre barriga 
para cima e para baixo; 
♥ Consegue pegar objetos e levar em 
direção a boca; 
 
 
6 MESES DE VIDA 
♥ Podem sentar sem apoio (pode 
variar); 
♥ Consegue transferir um objeto de 
uma mão a outra; 
♥ Faz a preensão palmar; 
TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR 
 
♥ Repete sons mais estruturados; 
♥ Consegue rolar; 
 
9 MESES DE VIDA 
♥ Consegue bater palmas; 
♥ Consegue falar “mama”, “papa”; 
♥ Consegue se colocar sentada; 
♥ Consegue se colocar de pé; 
♥ Faz a pinça do polegar com o 
indicador; 
♥ Consegue apontar com o indicador 
as coisas que ela quer; 
♥ Medo de estranhos; 
 
1 ANO DE VIDA 
♥ Caminha apoiada ou sem apoio; 
♥ Acuidade visual de um adulto; 
♥ Consegue dar um objeto a outra 
pessoa; 
♥ Acena, combina sílabas, segura o 
copo ou mamadeira; 
 
18 MESES/ 1 ANO E MEIO DE VIDA 
♥ Consegue comer sozinha com 
colher; 
♥ Coloca seu sapato; 
♥ Rabisca, obedece a ordens, nomeia 
objetos; 
♥ Sobe escada; 
♥ Fala mais de 10 palavras; 
♥ Consegue identificar partes do seu 
corpo; 
 
 
2 ANOS DE VIDA 
♥ Corre bem sozinho; 
♥ Diz o próprio nome; 
♥ Reconhece o espelho, brinca de faz 
TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR 
 
de conta, tenta impor sua vontade; 
♥ Sobe nos móveis; 
♥ Consegue juntar 3 palavras; 
♥ Consegue ouvir histórias para 
dormir; 
♥ Ajuda a se despir; 
♥ Imita muito o comportamento dos 
adultos; 
♥ Tentar tirar a fralda e ensinar a usar o 
penico (2 a 3 anos); 
 
4 A 6 ANOS DE VIDA 
♥ Veste-se com auxílio; 
♥ Conta ou inventa histórias; 
♥ Comportamento egocêntrico; 
♥ Passa a pensar com lógica; 
♥ Memória e habilidades linguística 
aumentam; 
♥ Autoimagem e autoestima se 
desenvolvem; 
♥ Passa a entender constância de 
gênero; 
7 ANOS 
♥ Desenvolvimento de julgamento 
global de autovalor; 
♥ Influência dos pares aumenta e a dos 
pais diminui; 
10 ANOS 
♥ Mudanças relacionadas à puberdade; 
♥ Estirão no crescimento (11 anos nas 
meninas e 13 anos nos meninos); 
 
 
 
 
 
 
TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR 
 
PRINCIPAIS DOENÇAS 
RESPIRATÓRIAS NA INFÂNCIA 
GRIPES X RESFRIADOS 
(RINOFARINGITES AGUDAS) 
 Mais comuns na infância; 
♥ O resfriado comum também pode 
ser chamado de coriza aguda ou 
síndrome gripal (SG); 
 Transmissão via aérea (gotículas de 
tosse ou espirro) ou via contato (mãos 
contaminadas); 
  Mais de 200 sorotipos diferentes 
causadores do resfriado comum 
(principalmente o rinovírus); 
  Já a gripe é causada pelos vírus 
influenza (responsáveis por 5 – 15% da 
IVAS; 
 Ambas são infecções virais agudas 
do trato respiratório superior; 
 Na síndrome do resfriado comum, 
(rinofaringite aguda) a sintomatologia é 
mais discreta: 
 - Cefaleia, espirros, calafrios e dor de 
garganta; 
 - Não há a presença de febre e 
quando há, é febre baixa; 
 - Em sintomas tardios: Coriza, 
obstrução nasal, tosse e mal estar; 
 - A severidade dos sintomas aumenta 
rapidamente em 2-3 dias, com uma 
duração média de 7 – 10 dias; 
 Na síndrome da gripe, o início dos 
sintomas é súbito: 
 - Febre alta, cefaleia intensa, tosse, dor 
de garganta, mialgia, congestão nasal, 
cansaço, fraqueza e falta de apetite; 
 
♥ Diagnóstico: 
 - Avaliação clínica, teste rápido ou 
teste molecular, Oximetria de pulso e 
radiografia de tórax em pacientes com 
sintomas respiratórios graves; 
 Tratamento clínico 
 
PNEUMONIA 
♥ Infecção que se instala nos pulmões; 
♥ Pode acometer a região dos alvéolos 
pulmonares onde desembocam as 
ramificações terminais dos brônquios e 
as vezes o interstício; 
♥ Causadas geralmente pela 
penetração de um agente infeccioso ou 
irritante (bactérias, vírus, fungos, 
reações alérgicas) no espaço alveolar; 
♥ Os agentes infectantes da 
pneumonia não costumam ser 
transmitidos facilmente; 
 - Bactérias mais comuns: 
 - S. pneumoniae; 
TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR 
 
 - H. influencae; 
 - C. pneumoniaie; 
 - M. pneumoniae; 
 - Causas virais comuns: 
 - VRS = vírus sincicial respiratório; 
 - Adenovírus; 
 - Metapneumovírus; 
 - Vírus da para influenza; 
♥ Sintomas: 
 - Febre alta, tosse, dor torácica, 
alterações na PA, confusão mental, 
mal-estar generalizado, falta de ar, 
secreção de muco purulento de cor 
amarela ou esverdeada, toxemia 
(danos provocados pelas toxinas 
transportadas no sangue) e prostração 
(fraqueza); 
♥ Diagnóstico: 
 - Exame clínico, ausculta dos pulmões 
e radiografias de tórax; 
 * Identificação do patógeno: 
hemoculturas, testes de escarro, testes 
de urina, teste do antígeno 
pneumocócico; 
♥ Tratamento: 
 - Uso de antibióticos e a melhora 
costuma ocorrer em três ou quatro 
dias. A internação hospitalar pode 
fazer-se necessária quando a pessoa é 
idosa, tem febre alta ou apresenta 
alterações clínicas decorrentes da 
própria pneumonia, tais como: 
comprometimento da função dos rins e 
da pressão arterial, dificuldade 
respiratória caracterizada pela baixa 
oxigenação do sangue porque o 
alvéolo está cheio de secreção e não 
funciona para a troca de gases. 
AMIGDALITES/TONSILITE/FARINGIT
E 
 
 Classificações: 
 
 Amigdalites de origem viral 
correspondem a 75% das 
faringoamigdalite agudas (“infecção de 
garganta”); 
 
 Faringite não estreptocócica: 
 As com origem bacterianas 
correspondem a 20 – 40 % dos casos, 
principalmente causadas pelo 
TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR 
 
estreptococo beta-hemolítico do grupo 
A; 
♥ Sintomas: 
 - Dor local, rouquidão, dor para 
engolir; 
OTITE 
♥ Média aguda: 
- Infecção bacteriana ou viral da orelha 
média, geralmente acompanhando 
infecção do trato respiratório superior; 
♥ Sintomas: 
 - Otalgia, febre, náuseas, vômitos, 
diarreia; 
 -O sintoma inicial habitual é a otalgia, 
muitas vezes com perda auditiva. 
- Os lactentes podem simplesmente 
apresentar irritabilidade ou ter 
dificuldade para dormir. 
- Febre, náuseas, vômitos e diarreia 
ocorrem, com frequência, em crianças 
pequenas. 
- A otoscopia pode evidenciar 
abaulamento e hiperemia da 
membrana timpânica e perda do 
reflexo luminoso. 
- A insuflação de ar (otoscopia 
pneumática) mostra mobilidade 
diminuída da MT. 
- Perfuração espontânea da MT faz 
com que surja otorreia purulenta ou 
serossanguinolenta; 
 
 
♥ Diagnóstico baseado na otoscopia; 
 - Geralmente é clínico, baseado na 
presença de dor aguda (em 48 horas), 
abaulamento da membrana timpânica 
e, particularmente em crianças, a 
presença de sinais de efusão da orelha 
média na otoscopia pneumática. 
- Exceto para o líquido obtido no caso 
de indicar-se miringotomia, as culturas 
não são geralmente feitas. 
♥ Tratamento feito com analgésicos e 
às vezes com antibióticos; 
RINOSSINUSITE 
♥ Alterações nasais em que 
predominam prurido, gotejamento de 
secreção e obstrução nasal; 
♥ Decorrente da irritação e inflamação 
da mucosa nasal e do aumento das 
suas secreções; 
♥ Pode ser alérgica (sazonal, perene, 
ocupacional), infecciosa (aguda – viral 
ou bacteriana – crônica), específica 
(bacteriana, fúngica) ou inespecífica, 
associada a imunodeficiência, não 
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/abordagem-ao-paciente-com-doen%C3%A7a-otol%C3%B3gica/otalgia
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/abordagem-ao-paciente-com-doen%C3%A7a-otol%C3%B3gica/otorreia
TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTOINFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR 
 
alérgica (idiopática, eosinofílica) e 
outras formas (hormonal, gravidez, 
hipotireoidismo, fármaco-induzida, 
ácido acetilsalicílico, anti-hipertensivos, 
alimentar, gustativa, mediada por 
imunoglobulina E, entre outras causas); 
♥ Sintomas: 
 - Congestão nasal, secreção nasal 
purulenta, dor facial, hiposmia ou 
anosmia, sensação de pressão no 
ouvido; 
BRONQUITE 
♥ Inflamação da árvore 
traqueobrônquica; 
♥ Causa quase sempre viral; 
♥ Patógeno raramente identificado; 
- Frequentemente, a bronquite aguda 
é um componente da infecção da via 
respiratória superior causada 
por rinovírus, parainfluenza, vírus da 
influenza A ou B, vírus sincicial 
respiratório, coronavírus ou 
metapneumovírus humano. 
- Causas menos comuns podem 
ser Mycoplasma 
pneumoniae, Bordetella 
pertussis e Chlamydia pneumoniae. 
Menos de 5% dos casos são 
provocados por bactérias, às vezes em 
surtos; 
 
♥ Sintomas: 
 - Tosse não produtiva por até 6 
semanas, com ou sem febre, e 
possivelmente produção de escarro; 
 - Dor torácica com a respiração; 
 - Podem surgir roncos e sibilos 
esparsos; 
 - O escarro pode ser claro, purulento 
ou conter sangue; 
 - Febre prolongada ou alta é 
incomum; 
♥ Diagnóstico baseado em achados 
clínicos e raio x de tórax; 
♥ Tratamento de suporte para alívio 
dos sintomas (analgésicos, hidratação), 
antibióticos normalmente são 
desnecessários; 
ASMA 
♥ Inflamação difusa das vias 
respiratórias, desencadeada por 
diversos estímulos deflagradores, que 
resulta em broncoconstrição parcial ou 
completamente reversível; 
♥ Etiologia: 
- O desenvolvimento de asma tem 
múltiplos fatores e depende de 
interações entre múltiplos genes 
suscetíveis e fatores ambientais. 
 - Mais de 100 genes de 
susceptibilidade à asma foram 
descritos. 
- Acredita-se que muitos pertençam à 
ampla categoria de células T-
helper tipo 2 (TH2) e podem 
desempenhar um papel em 
inflamações. Exemplos são o 
gene FCER1B, que codifica a cadeia 
beta do receptor de IgE com alta 
afinidade; os genes que codificam 
certas interleucinas (IL), como a IL-4, a 
IL-13 e o receptor da IL-4; os genes 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/v%C3%ADrus-respirat%C3%B3rios/resfriado-comum
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/v%C3%ADrus-respirat%C3%B3rios/infec%C3%A7%C3%B5es-por-v%C3%ADrus-da-parainfluenza
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/v%C3%ADrus-respirat%C3%B3rios/influenza
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/v%C3%ADrus-respirat%C3%B3rios/influenza
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/pediatria/miscel%C3%A2nea-de-infec%C3%A7%C3%B5es-virais-em-lactentes-e-crian%C3%A7as/v%C3%ADrus-sincicial-respirat%C3%B3rio-vsr-e-infec%C3%A7%C3%B5es-humanas-por-metapneumov%C3%ADrus
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/pediatria/miscel%C3%A2nea-de-infec%C3%A7%C3%B5es-virais-em-lactentes-e-crian%C3%A7as/v%C3%ADrus-sincicial-respirat%C3%B3rio-vsr-e-infec%C3%A7%C3%B5es-humanas-por-metapneumov%C3%ADrus
TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR 
 
responsáveis pela imunidade inata 
(HLA-DRB1, HLA-DQB1, CD14) e os 
genes que participam da inflamação 
celular [p. ex., genes que codificam o 
fator estimulador de colônias de 
granulócitos-monócitos (GM-CSF) e 
fator de necrose tumoral alfa (FNT-α)]. 
 - Além disso, o gene ADAM33 pode 
estimular a proliferação e o 
remodelamento da musculatura lisa 
das vias respiratórias e dos 
fibroblastos; foi o 
primeiro locus identificado para o risco 
de asma em estudos de interrelação 
entre todo o genoma de famílias. 
- Mais recentemente, o mais replicado 
está no locus do cromossomo 17q21. 
- Esse locus contém o gene ORMDL3, 
que é um gene induzível por 
alergênios e citocinas (IL-4/IL-13) que 
participa do remodelamento das 
células epiteliais e do metabolismo de 
esfingolipídios que alteram a 
hiperreatividade brônquica. 
- Os fatores ambientais do risco de 
asma podem ser: 
 Exposição a alergênios 
 Dieta 
 Fatores perinatais 
- As evidências implicam claramente 
alérgenos domésticos (p. ex., pó 
oriundo de ácaros, baratas e animais 
de estimação) e outros alérgenos 
ambientais no desenvolvimento da 
doença em crianças mais velhas e 
adultos. 
 - Alimentação com baixo teor de 
vitaminas C, vitamina E e ácidos graxos 
ômega 3 foram relacionadas com a 
asma, bem como com a obesidade; 
entretanto, a complementação 
alimentar com essas substâncias 
parece não prevenir a asma. 
- A asma também é relacionada com 
fatores perinatais, como baixa idade 
materna, nutrição materna precária, 
prematuridade, baixo peso ao nascer e 
ausência de aleitamento materno. 
♥ Fisiopatologia 
A asma envolve 
 Broncoconstrição 
 Edema e inflamação das vias 
respiratórias 
 Hiper-reatividade das vias 
respiratórias 
 Remodelamento das vias 
respiratórias 
- Em asmáticos, as células TH2 e 
outros tipos celulares — notavelmente, 
eosinófilos e mastócitos, mas também 
outros subtipos CD4+ e neutrófilos — 
formam um infiltrado inflamatório 
extenso, no epitélio e na musculatura 
lisa das vias respiratórias, levando ao 
remodelamento desta última (i.e., 
descamação, fibrose subepitelial e 
hipertrofia da musculatura lisa). 
- A hipertrofia da musculatura lisa 
obstrui as vias respiratórias e aumenta 
a reatividade a alergênios, infecções, 
irritantes, estimulação parassimpática 
(o que provoca a liberação de 
neuropeptídios pró-inflamatórios, 
como substância P, neurocinina A e 
peptídio relacionado geneticamente 
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à calcitonina) e outros deflagradores 
broncoconstritivos. 
- Contribuintes adicionais à hiper-
reatividade da via respiratória 
envolvem a perda de inibidores da 
broncoconstrição (fator relaxante 
derivado do epitélio e prostaglandina 
E2) e de outras substâncias que 
metabolizam broncoconstritores 
endógenos (endopeptidases), em 
virtude da descamação do epitélio e 
do edema da mucosa. 
- O tamponamento mucoso e a 
eosinofilia sanguínea periférica 
constituem achados adicionais 
clássicos na asma e podem ser um 
epifenômeno da inflamação da via 
respiratória. Entretanto, nem todos os 
pacientes com asma têm eosinofilia. 
 
 
♥ Sinais e sintomas: 
 - Dispnéia, opressão torácica e 
desenvolvimento de sibilos; 
♥ Diagnóstico baseado na história, no 
exame físico e nos testes de função 
pulmonar; 
♥ Tratamento envolve controle dos 
fatores deflagrantes e terapia 
medicamentosa, mais comumente com 
a inalação de beta-2 agonistas e 
corticoides; 
 
 
 
MEDIDAS PREVENTIVAS E 
FATORES DE RISCO ÁS DOENÇAS 
RESPIRATÓRIAS 
♥ Os problemas respiratórios na 
primeira infância, normalmente são 
decorrentes de infecções que, na 
maioria das vezes, começam com 
infecções virais e se complicam com 
situações de complicação bacteriana. 
♥ Com a volta as aulas e a chegada do 
outono e inverno, elas vêm com tudo. 
♥ No nosso meio, no período de 
março a junho de todos os anos há 
considerável aumento da incidência de 
infecções respiratórias agudas em 
função das mudanças climáticas e 
alterações dos hábitos das pessoas que 
tendem a se aglomerar em ambientes 
fechados. 
♥ Como consequência, a população 
como um todo, mas principalmente as 
crianças e idosos, costuma adoecer. 
♥ As crianças até os 5 anos de idade 
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costumam apresentar de 4 a 8 
infecções respiratórias ao ano, sendo a 
incidência maior nesta época do ano. 
♥ Estas infecções são, em sua maioria, 
de etiologia virótica; 
♥ E o que podemos fazer para evitá-
las: 
- Lavar sempre as mãos; 
- Beber líquido; 
- Evitar que o seu filho adquira o hábito 
de levar a mão à boca ou ao nariz; 
- Evitar lugarespouco ventilados; 
- Evitar lugares fechados e 
aglomerados, como shopping e festas; 
- Manter o calendário vacinal 
adequado; 
- Manter uma alimentação saudável, já 
que dessa forma a criança se manterá 
nutrida; 
- Evitar trocas de utensílios com outras 
crianças; 
- Manter os níveis de vitamina D 
adequado: crianças com baixos níveis 
de vitamina D que passam a tomar 
suplementos do nutriente podem 
chegar a reduzir pela metade o risco 
de apresentar alguma infecção 
respiratória, especialmente nas 
estações mais frias do ano. - Lavar o 
nariz com soro fisiológico; 
- Descansar e fazer o seu filho 
descansar o suficiente; 
- Não fumar perto das crianças : a 
inalação passiva de fumo de cigarro 
aumenta a frequência e a seriedade 
das constipações, tosse, infecções de 
ouvido, infecções dos seios nasais, 
laringites e asma; 
- Evitar contato próximo com pessoas 
doentes; 
- Quando estiver doente, manter 
distância das outras pessoas para evitar 
a transmissão dos germes; 
- Mesmo quando aparentemente 
saudável, ter cuidado com os “beijinhos 
e abraços”! 
♥ Os vírus e as bactérias podem 
transmitir-se por contato próximo, por 
vezes a partir de alguém assintomático. 
♥ Se tiver contato com bebês muito 
pequenos, lave as mãos antes de pegar 
neles e evite um contato muito 
próximo, principalmente de outras 
crianças. 
- Lavar/desinfectar com regularidade 
os brinquedos; 
- Não partilhar copos nem talheres. 
♥ O aleitamento reduz os índices de 
infecções respiratórias e 
gastrointestinais, sendo aconselhável o 
estímulo ao aleitamento exclusivo por, 
no mínimo, 4 meses, mas 
preferencialmente por 6 meses; dessa 
forma, salienta-se o efeito protetor 
contra otite média, pneumonia e 
diarreia, as principais causas de 
mortalidade infantil de causa infecciosa 
em países em desenvolvimento, como 
o Brasil. 
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♥ Leite materno exerce efeito protetor 
pela presença de fator de crescimento 
epidérmico que induz a maturação do 
epitélio intestinal, imunoglobulina A e 
oligossacarídeos que previnem a 
adesão de patógenos, além da 
presença de lactoferrina cuja 
propriedade antimicrobiana induz a 
ruptura da membrana bacteriana. O 
uso de probióticos em crianças com 
infecções recorrentes do trato 
respiratório ainda necessita de estudos 
para definir os efeitos de diferentes 
cepas de probióticos, bem como dose 
e momento da suplementação, além 
do tempo de uso, com potencial de 
modificar a frequência e a gravidade 
de infecções respiratórias. O uso de 
probióticos resultou em redução do 
número e da duração de infecções do 
trato respiratório superior, do uso de 
antibióticos e de falta escolar, embora 
a qualidade da evidência tenha sido 
baixa. 
♥ Em crianças com infecções de 
repetição, independentemente da 
causa, é importante adequar o 
esquema de imunização, conforme 
idade e recomendações específicas 
para cada diagnóstico. 
♥ Praticar e incentivar a prática de 
exercício físico regular; 
 
♥ Fatores de risco: 
 - Fumo; 
 - Álcool: por interferir no sistema 
imunológico e na capacidade de 
defesa do sistema respiratório; 
 - Ar condicionado: deixa o ar muito 
seco, facilitando a infecção por vírus ou 
bactérias; 
 - Resfriados mal cuidados; 
 - Mudanças bruscas de temperatura; 
 
 
 
SIBILÂNCIA (RELAÇÃO COM O 
QUADRO DE PNEUMONIA) 
♥ Os sibilos são causados por um 
estreitamento das vias respiratórias; 
- A depender da causa, outros 
sintomas podem incluir tosse, febre e 
coriza; 
- O diagnóstico da causa se baseia em 
radiografias do tórax e, algumas vezes, 
outros exames; 
- O tratamento pode incluir 
broncodilatadores e corticosteroides. 
♥ Os sibilos são causados por um 
estreitamento ou bloqueio (obstrução) 
das vias respiratórias. 
- O estreitamento pode ser causado 
por: Inchaço dos tecidos nas vias 
respiratórias; Espasmo dos músculos 
minúsculos nas paredes das vias 
respiratórias (broncoespasmo); 
Acúmulo de muco nas vias 
respiratórias; 
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♥ Episódios recorrentes de sibilos são 
comuns nos primeiros anos de vida. 
- Até recentemente, os médicos 
diagnosticavam estes episódios como 
sendo asma porque, assim como a 
asma, os episódios podiam ser 
aliviados ao inalar medicamentos que 
abrem as vias respiratórias 
(broncodilatadores) e porque o 
desenvolvimento desses sintomas teve 
início na infância para a maioria dos 
adultos que tem asma. 
- No entanto, os médicos atualmente 
sabem que apenas alguns bebês e 
crianças pequenas que apresentam os 
referidos episódios de sibilos de fato 
vêm a ter asma mais tarde na infância 
ou na adolescência. 
- Contudo, na maioria das crianças, os 
episódios de sibilos param entre os seis 
e os dez anos de idade, e os médicos 
não diagnosticam essas crianças como 
tendo asma. 
- Essas crianças têm outros fatores que 
causam seus episódios recorrentes de 
sibilos. 
♥ Causas menos comuns de sibilos 
recorrentes incluem dificuldade de 
deglutição crônica que causa a inalação 
recorrente de alimentos e líquido para 
dentro dos pulmões, refluxo 
gastroesofágico, um corpo estranho 
nos pulmões ou insuficiência cardíaca. 
Com frequência, a causa dos sibilos 
recorrentes é desconhecida. 
♥ Tosse e sibilância são sintomas 
respiratórios muito comuns em crianças 
e podem ser a expressão clínica de 
uma grande variedade de problemas 
localizados nas vias respiratórias. 
- Crianças menores de dois anos de 
vida e que manifestam pelo menos três 
episódios de sibilância, em espaço de 
seis meses, são denominados "lactentes 
sibilantes". 
- Várias podem ser as causas de 
sibilância nessa faixa etária e, embora a 
asma seja a mais comum, deve ser 
sempre diagnóstico de exclusão. 
♥ A fisiopatologia da sibilância 
recorrente ainda não está claramente 
definida. 
- Acredita-se que na criança 
predisposta o contato com vírus 
respiratórios, o uso indiscriminado de 
antibióticos e alta densidade 
populacional desencadeiam 
desequilíbrio no balanço da resposta 
dos linfócitos Th1 e Th2, levando ao 
processo inflamatório nas vias aéreas, 
onde e observam-se edema da parede 
brônquica, secreção de muco e 
contração da musculatura 
peribrônquica. 
- Esses três fatores levam à obstrução 
ao fluxo aéreo, de grau variável, 
responsável pela tosse, sibilos e esforço 
respiratório, notadamente expiratório. 
- Cabe ressaltar ainda que as 
características anatômicas e funcionais 
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das vias aéreas dos lactentes favorecem 
o aparecimento de sinais de esforço 
respiratório como consequência da 
obstrução ao fluxo aéreo, considerando 
que apresentam: 
- Maior resistência nasal; 
- Vias aéreas de menor calibre; 
- Caixa torácica mais complacente; 
- Maior resistência nas vias aéreas 
periféricas; 
- Menor número de poros de Khon e 
canais de Lambert. 
♥ Os lactentes sibilantes apresentam 
quadro clínico que sugere obstrução 
das vias aéreas inferiores, a saber, 
tosse, que pode ser seca ou secretora, 
sibilância e esforço respiratório. - Tais 
manifestações são inespecíficas e têm 
intensidade e frequência variáveis na 
dependência do grau de obstrução ao 
fluxo aéreo. Tempo expiratório 
prolongado, tiragens intercostais ou 
subdiafragmáticas também podem ser 
registradas nas exacerbações ou de 
forma persistente nos pacientes mais 
graves. A ausculta pulmonar pode ser 
normal ou exibir sibilos expiratórios ou 
crepitações.

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