Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR INTRODUÇÃO ♥ Definição: - Evolução dinâmica do ser humano; - Primeiros anos: maior vulnerabilidade e plasticidade; - Processo contínuo de acompanhamento; - Detecção precoce de desvios e atrasos dão melhores resultados; FATORES QUE PODEM COMPROMETER A NORMALIDADE - Ausência de pré-natal/gestação não desejada; - Intercorrências durante a gestação; - Intercorrências durante o parto; - Baixo peso ao nascer; - Prematuridade; RECÉM-NASCIDO ♥ Tônus flexor nos membros; - Em formação do SNC; ♥ Hipotonia de musculatura paravertebral; ♥ Movimentos reflexos; ♥ Reflexos primitivos; REFLEXO DA MARCHA ♥ Presente de 0 a 2 meses de vida; ♥ Se testa suspendendo o bebê e apoiando seus pés sobre uma superfície plana; - Visualizamos o reflexo do apoio, de apoiar o pezinho na superfície e fazer movimentos semelhantes a marcha do andar; REFLEXO DE COLOCAÇÃO DAS PERNAS ♥ Dura até os 2 meses de vida; TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR ♥ Testa-se suspendendo o bebê e apoiando o dorso do seu pé em uma superfície; - Visualizamos um movimento semelhante ao de subir escada; REFLEXO TÔNICO CERVICAL ASSIMÉTRICO ♥ Dura até os 4 meses de vida ♥ Testa-se com o bebê em DD, rotacionando sua cabeça cerca de 90º; - O membro superior ipsilateral a rotação faz uma extensão e o contralateral uma rotação e flexão (“como um esgrimista”); REFLEXO DE SUCÇÃO ♥ De 0 a 5 meses; ♥ Testa-se com a introdução de um dedo na boca do bebê; ♥ Pode ser testado juntamente com o reflexo da busca; REFLEXO DE MORO ♥ Dura até os 6 meses de vida; ♥ Pode ser testado: - Com o bebê sentado e fazer uma queda súbita da cabeça; - Com o bebê em DD e elevar subitamente a pelve; - Tapinha no abdome; - Susto no bebê; ♥ Duas fases do reflexo: - Abdução dos membros superiores com extensão dos dedos; - Adução dos membros superiores; REFLEXO DA PREENSÃO PALMAR E PLANTAR ♥ Até os 4 meses de vida a preensão palmar e até os 10 meses a preensão plantar; TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR SEQUÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO ♥ Crânio ➜ caudal; ♥ Próximo ➜ distal; ♥ Aquisições mais simples ➜ mais complexas; O QUE AVALIAR NO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR? ♥ Dividido em: motor grosseiro, motor fino, linguagem, cognitivo e crescimento social/emocional; ♥ Os estudos estabeleceram as médias de idades alcançadas por marcos específicos, bem como as faixas de normalidade. - Em uma criança normal, os progressos são variáveis dentro de diferentes domínios, como no caso da criança que começa a andar tarde, mas fala sentenças cedo. ♥ Influências ambientais, que variam da nutrição até a estimulação e do impacto da doença até os efeitos de fatores psicológicos, interagem com fatores genéticos para determinar o grau do progresso e padrão de desenvolvimento. ♥ A análise do desenvolvimento ocorre constantemente quando pais, profissionais da escola e médicos avaliam as crianças. Muitas são as ferramentas disponíveis para monitorar o desenvolvimento com mais especificidade. ♥ O Denver Developmental Screening Test II facilita a avaliação em vários domínios. - A ficha de pontuação indica a média das idades em que são adquiridas certas aptidões e demonstra com exatidão o conceito crítico da faixa de normalidade. Outras ferramentas também podem ser usadas. DESENVOLVIMENTO MOTOR ♥ Se divide em motor fino (p. ex., pegar pequenos objetos, desenhar) e capacidades motoras amplas (p. ex., andar, subir escadas). ♥ É um processo contínuo que depende do padrão da família, de fatores ambientais (p. ex., quando a atividade é limitada por uma doença prolongada) e disfunções específicas (p. ex., paralisia cerebral, retardo mental, distrofia muscular). ♥ Normalmente, as crianças começam a andar aos 12 meses, podem subir escadas mantendo-se firme aos 18 meses e correm bem aos 2 anos, mas a idade em que essas habilidades são adquiridas pelas crianças normais variam amplamente. ♥ O desenvolvimento motor não deve ser acelerado de modo significativo pela aplicação de estímulos aumentados. TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM ♥ A habilidade de compreensão da linguagem precede a habilidade da fala; crianças com poucas palavras geralmente podem compreender bastante. ♥ Embora atrasos de linguagem não sejam tipicamente acompanhados de outros de desenvolvimento, todas as crianças com excessivo atraso de linguagem deveriam ser avaliadas quanto à existência de outros atrasos de desenvolvimento. ♥ Crianças com atrasos das linguagens receptiva e expressiva apresentam, mais frequentemente, outros problemas de desenvolvimento. ♥ A avaliação de qualquer retardo deve ser iniciada com testes auditivos. ♥ A maioria das crianças que apresentam atraso de linguagem tem inteligência normal. ♥ Por outro lado, crianças com desenvolvimento acelerado da linguagem estão frequentemente acima da média de inteligência. ♥ Progressos de linguagem abrangem desde o modo de expressar os sons vogais (arrulhar) até a introdução de sílabas que se iniciam com consoantes (ba-ba-ba). ♥ A maioria das crianças pode dizer “Papa” e “Mama” aos 12 meses, usa várias palavras aos 18 meses e forma frases de 2 ou 3 palavras aos 2 anos. Aos 3 anos, em média, uma criança pode manter uma conversação. Aos 4 anos, ela pode contar histórias simples e envolver-se em uma conversa com adultos ou outras crianças. Aos 5 anos, a criança pode ter um vocabulário de várias milhares de palavras. ♥ Mesmo antes dos 18 meses, as crianças podem ouvir e compreender a história que é lida para elas. ♥ Aos 5 anos, as crianças são capazes de recitar o alfabeto e reconhecer palavras simples escritas. Todas essas habilidades são fundamentais para aprender a ler palavras, frases e sentenças simples. Dependendo da exposição a livros e habilidades naturais, a maioria das crianças começa a ler aos 6 ou 7 anos de idade. Esses limites são muito variáveis. DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL COMPORTAMENTAL ♥ Emoção e comportamento baseiam- se no temperamento e na fase de desenvolvimento da criança. ♥ Cada criança tem um temperamento ou humor individual. Algumas crianças podem ser alegres e adaptáveis e desenvolver facilmente rotinas regulares de dormir, acordar, comer e outras atividades diárias. ♥ Essas crianças tendem a responder TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR positivamente a novas situações. ♥ Outras crianças não são muito adaptáveis e podem ter grandes irregularidades em suas rotinas. Essas crianças tendem a reagir negativamente a novas situações. Contudo, outras crianças estão em algum ponto intermediário. ♥ O crescimento emocional e a aquisição de aptidões sociais são avaliados pela observação da interação da criança com outras, em situações diárias. Quando a criança começa a falar, a compreensão do seu estado emocional torna-se muito mais acurada. ♥ Assim como acontece com o intelecto, a função emocional pode ser delineada mais precisamente com ferramentas especializadas. MARCOS DO DESENVOLVIMENTO ♥ Orientações para pais e médicos; ♥ Pode sofrer discretas variações de acordo com estímulo; 2 MESES DE VIDA ♥ Segue um objeto por 180º; ♥ Sorri no contato social; ♥ Presta atenção a vozes; ♥ Colocando o bebê de bruços ele consegue levantar a cabeça e empurrarcom os bracinhos (não por muito tempo mas consegue); ♥ Ampliação do campo visual; 4 MESES DE VIDA ♥ Sorri espontaneamente e alto; ♥ Começa a balbuciar mais; ♥ De bruços o bebê equilibra melhor a cabeça; ♥ Pode conseguir rolar entre barriga para cima e para baixo; ♥ Consegue pegar objetos e levar em direção a boca; 6 MESES DE VIDA ♥ Podem sentar sem apoio (pode variar); ♥ Consegue transferir um objeto de uma mão a outra; ♥ Faz a preensão palmar; TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR ♥ Repete sons mais estruturados; ♥ Consegue rolar; 9 MESES DE VIDA ♥ Consegue bater palmas; ♥ Consegue falar “mama”, “papa”; ♥ Consegue se colocar sentada; ♥ Consegue se colocar de pé; ♥ Faz a pinça do polegar com o indicador; ♥ Consegue apontar com o indicador as coisas que ela quer; ♥ Medo de estranhos; 1 ANO DE VIDA ♥ Caminha apoiada ou sem apoio; ♥ Acuidade visual de um adulto; ♥ Consegue dar um objeto a outra pessoa; ♥ Acena, combina sílabas, segura o copo ou mamadeira; 18 MESES/ 1 ANO E MEIO DE VIDA ♥ Consegue comer sozinha com colher; ♥ Coloca seu sapato; ♥ Rabisca, obedece a ordens, nomeia objetos; ♥ Sobe escada; ♥ Fala mais de 10 palavras; ♥ Consegue identificar partes do seu corpo; 2 ANOS DE VIDA ♥ Corre bem sozinho; ♥ Diz o próprio nome; ♥ Reconhece o espelho, brinca de faz TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR de conta, tenta impor sua vontade; ♥ Sobe nos móveis; ♥ Consegue juntar 3 palavras; ♥ Consegue ouvir histórias para dormir; ♥ Ajuda a se despir; ♥ Imita muito o comportamento dos adultos; ♥ Tentar tirar a fralda e ensinar a usar o penico (2 a 3 anos); 4 A 6 ANOS DE VIDA ♥ Veste-se com auxílio; ♥ Conta ou inventa histórias; ♥ Comportamento egocêntrico; ♥ Passa a pensar com lógica; ♥ Memória e habilidades linguística aumentam; ♥ Autoimagem e autoestima se desenvolvem; ♥ Passa a entender constância de gênero; 7 ANOS ♥ Desenvolvimento de julgamento global de autovalor; ♥ Influência dos pares aumenta e a dos pais diminui; 10 ANOS ♥ Mudanças relacionadas à puberdade; ♥ Estirão no crescimento (11 anos nas meninas e 13 anos nos meninos); TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR PRINCIPAIS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS NA INFÂNCIA GRIPES X RESFRIADOS (RINOFARINGITES AGUDAS) Mais comuns na infância; ♥ O resfriado comum também pode ser chamado de coriza aguda ou síndrome gripal (SG); Transmissão via aérea (gotículas de tosse ou espirro) ou via contato (mãos contaminadas); Mais de 200 sorotipos diferentes causadores do resfriado comum (principalmente o rinovírus); Já a gripe é causada pelos vírus influenza (responsáveis por 5 – 15% da IVAS; Ambas são infecções virais agudas do trato respiratório superior; Na síndrome do resfriado comum, (rinofaringite aguda) a sintomatologia é mais discreta: - Cefaleia, espirros, calafrios e dor de garganta; - Não há a presença de febre e quando há, é febre baixa; - Em sintomas tardios: Coriza, obstrução nasal, tosse e mal estar; - A severidade dos sintomas aumenta rapidamente em 2-3 dias, com uma duração média de 7 – 10 dias; Na síndrome da gripe, o início dos sintomas é súbito: - Febre alta, cefaleia intensa, tosse, dor de garganta, mialgia, congestão nasal, cansaço, fraqueza e falta de apetite; ♥ Diagnóstico: - Avaliação clínica, teste rápido ou teste molecular, Oximetria de pulso e radiografia de tórax em pacientes com sintomas respiratórios graves; Tratamento clínico PNEUMONIA ♥ Infecção que se instala nos pulmões; ♥ Pode acometer a região dos alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e as vezes o interstício; ♥ Causadas geralmente pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (bactérias, vírus, fungos, reações alérgicas) no espaço alveolar; ♥ Os agentes infectantes da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente; - Bactérias mais comuns: - S. pneumoniae; TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR - H. influencae; - C. pneumoniaie; - M. pneumoniae; - Causas virais comuns: - VRS = vírus sincicial respiratório; - Adenovírus; - Metapneumovírus; - Vírus da para influenza; ♥ Sintomas: - Febre alta, tosse, dor torácica, alterações na PA, confusão mental, mal-estar generalizado, falta de ar, secreção de muco purulento de cor amarela ou esverdeada, toxemia (danos provocados pelas toxinas transportadas no sangue) e prostração (fraqueza); ♥ Diagnóstico: - Exame clínico, ausculta dos pulmões e radiografias de tórax; * Identificação do patógeno: hemoculturas, testes de escarro, testes de urina, teste do antígeno pneumocócico; ♥ Tratamento: - Uso de antibióticos e a melhora costuma ocorrer em três ou quatro dias. A internação hospitalar pode fazer-se necessária quando a pessoa é idosa, tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia, tais como: comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, dificuldade respiratória caracterizada pela baixa oxigenação do sangue porque o alvéolo está cheio de secreção e não funciona para a troca de gases. AMIGDALITES/TONSILITE/FARINGIT E Classificações: Amigdalites de origem viral correspondem a 75% das faringoamigdalite agudas (“infecção de garganta”); Faringite não estreptocócica: As com origem bacterianas correspondem a 20 – 40 % dos casos, principalmente causadas pelo TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR estreptococo beta-hemolítico do grupo A; ♥ Sintomas: - Dor local, rouquidão, dor para engolir; OTITE ♥ Média aguda: - Infecção bacteriana ou viral da orelha média, geralmente acompanhando infecção do trato respiratório superior; ♥ Sintomas: - Otalgia, febre, náuseas, vômitos, diarreia; -O sintoma inicial habitual é a otalgia, muitas vezes com perda auditiva. - Os lactentes podem simplesmente apresentar irritabilidade ou ter dificuldade para dormir. - Febre, náuseas, vômitos e diarreia ocorrem, com frequência, em crianças pequenas. - A otoscopia pode evidenciar abaulamento e hiperemia da membrana timpânica e perda do reflexo luminoso. - A insuflação de ar (otoscopia pneumática) mostra mobilidade diminuída da MT. - Perfuração espontânea da MT faz com que surja otorreia purulenta ou serossanguinolenta; ♥ Diagnóstico baseado na otoscopia; - Geralmente é clínico, baseado na presença de dor aguda (em 48 horas), abaulamento da membrana timpânica e, particularmente em crianças, a presença de sinais de efusão da orelha média na otoscopia pneumática. - Exceto para o líquido obtido no caso de indicar-se miringotomia, as culturas não são geralmente feitas. ♥ Tratamento feito com analgésicos e às vezes com antibióticos; RINOSSINUSITE ♥ Alterações nasais em que predominam prurido, gotejamento de secreção e obstrução nasal; ♥ Decorrente da irritação e inflamação da mucosa nasal e do aumento das suas secreções; ♥ Pode ser alérgica (sazonal, perene, ocupacional), infecciosa (aguda – viral ou bacteriana – crônica), específica (bacteriana, fúngica) ou inespecífica, associada a imunodeficiência, não https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/abordagem-ao-paciente-com-doen%C3%A7a-otol%C3%B3gica/otalgia https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/abordagem-ao-paciente-com-doen%C3%A7a-otol%C3%B3gica/otorreia TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTOINFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR alérgica (idiopática, eosinofílica) e outras formas (hormonal, gravidez, hipotireoidismo, fármaco-induzida, ácido acetilsalicílico, anti-hipertensivos, alimentar, gustativa, mediada por imunoglobulina E, entre outras causas); ♥ Sintomas: - Congestão nasal, secreção nasal purulenta, dor facial, hiposmia ou anosmia, sensação de pressão no ouvido; BRONQUITE ♥ Inflamação da árvore traqueobrônquica; ♥ Causa quase sempre viral; ♥ Patógeno raramente identificado; - Frequentemente, a bronquite aguda é um componente da infecção da via respiratória superior causada por rinovírus, parainfluenza, vírus da influenza A ou B, vírus sincicial respiratório, coronavírus ou metapneumovírus humano. - Causas menos comuns podem ser Mycoplasma pneumoniae, Bordetella pertussis e Chlamydia pneumoniae. Menos de 5% dos casos são provocados por bactérias, às vezes em surtos; ♥ Sintomas: - Tosse não produtiva por até 6 semanas, com ou sem febre, e possivelmente produção de escarro; - Dor torácica com a respiração; - Podem surgir roncos e sibilos esparsos; - O escarro pode ser claro, purulento ou conter sangue; - Febre prolongada ou alta é incomum; ♥ Diagnóstico baseado em achados clínicos e raio x de tórax; ♥ Tratamento de suporte para alívio dos sintomas (analgésicos, hidratação), antibióticos normalmente são desnecessários; ASMA ♥ Inflamação difusa das vias respiratórias, desencadeada por diversos estímulos deflagradores, que resulta em broncoconstrição parcial ou completamente reversível; ♥ Etiologia: - O desenvolvimento de asma tem múltiplos fatores e depende de interações entre múltiplos genes suscetíveis e fatores ambientais. - Mais de 100 genes de susceptibilidade à asma foram descritos. - Acredita-se que muitos pertençam à ampla categoria de células T- helper tipo 2 (TH2) e podem desempenhar um papel em inflamações. Exemplos são o gene FCER1B, que codifica a cadeia beta do receptor de IgE com alta afinidade; os genes que codificam certas interleucinas (IL), como a IL-4, a IL-13 e o receptor da IL-4; os genes https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/v%C3%ADrus-respirat%C3%B3rios/resfriado-comum https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/v%C3%ADrus-respirat%C3%B3rios/infec%C3%A7%C3%B5es-por-v%C3%ADrus-da-parainfluenza https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/v%C3%ADrus-respirat%C3%B3rios/influenza https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/v%C3%ADrus-respirat%C3%B3rios/influenza https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/pediatria/miscel%C3%A2nea-de-infec%C3%A7%C3%B5es-virais-em-lactentes-e-crian%C3%A7as/v%C3%ADrus-sincicial-respirat%C3%B3rio-vsr-e-infec%C3%A7%C3%B5es-humanas-por-metapneumov%C3%ADrus https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/pediatria/miscel%C3%A2nea-de-infec%C3%A7%C3%B5es-virais-em-lactentes-e-crian%C3%A7as/v%C3%ADrus-sincicial-respirat%C3%B3rio-vsr-e-infec%C3%A7%C3%B5es-humanas-por-metapneumov%C3%ADrus TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR responsáveis pela imunidade inata (HLA-DRB1, HLA-DQB1, CD14) e os genes que participam da inflamação celular [p. ex., genes que codificam o fator estimulador de colônias de granulócitos-monócitos (GM-CSF) e fator de necrose tumoral alfa (FNT-α)]. - Além disso, o gene ADAM33 pode estimular a proliferação e o remodelamento da musculatura lisa das vias respiratórias e dos fibroblastos; foi o primeiro locus identificado para o risco de asma em estudos de interrelação entre todo o genoma de famílias. - Mais recentemente, o mais replicado está no locus do cromossomo 17q21. - Esse locus contém o gene ORMDL3, que é um gene induzível por alergênios e citocinas (IL-4/IL-13) que participa do remodelamento das células epiteliais e do metabolismo de esfingolipídios que alteram a hiperreatividade brônquica. - Os fatores ambientais do risco de asma podem ser: Exposição a alergênios Dieta Fatores perinatais - As evidências implicam claramente alérgenos domésticos (p. ex., pó oriundo de ácaros, baratas e animais de estimação) e outros alérgenos ambientais no desenvolvimento da doença em crianças mais velhas e adultos. - Alimentação com baixo teor de vitaminas C, vitamina E e ácidos graxos ômega 3 foram relacionadas com a asma, bem como com a obesidade; entretanto, a complementação alimentar com essas substâncias parece não prevenir a asma. - A asma também é relacionada com fatores perinatais, como baixa idade materna, nutrição materna precária, prematuridade, baixo peso ao nascer e ausência de aleitamento materno. ♥ Fisiopatologia A asma envolve Broncoconstrição Edema e inflamação das vias respiratórias Hiper-reatividade das vias respiratórias Remodelamento das vias respiratórias - Em asmáticos, as células TH2 e outros tipos celulares — notavelmente, eosinófilos e mastócitos, mas também outros subtipos CD4+ e neutrófilos — formam um infiltrado inflamatório extenso, no epitélio e na musculatura lisa das vias respiratórias, levando ao remodelamento desta última (i.e., descamação, fibrose subepitelial e hipertrofia da musculatura lisa). - A hipertrofia da musculatura lisa obstrui as vias respiratórias e aumenta a reatividade a alergênios, infecções, irritantes, estimulação parassimpática (o que provoca a liberação de neuropeptídios pró-inflamatórios, como substância P, neurocinina A e peptídio relacionado geneticamente TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR à calcitonina) e outros deflagradores broncoconstritivos. - Contribuintes adicionais à hiper- reatividade da via respiratória envolvem a perda de inibidores da broncoconstrição (fator relaxante derivado do epitélio e prostaglandina E2) e de outras substâncias que metabolizam broncoconstritores endógenos (endopeptidases), em virtude da descamação do epitélio e do edema da mucosa. - O tamponamento mucoso e a eosinofilia sanguínea periférica constituem achados adicionais clássicos na asma e podem ser um epifenômeno da inflamação da via respiratória. Entretanto, nem todos os pacientes com asma têm eosinofilia. ♥ Sinais e sintomas: - Dispnéia, opressão torácica e desenvolvimento de sibilos; ♥ Diagnóstico baseado na história, no exame físico e nos testes de função pulmonar; ♥ Tratamento envolve controle dos fatores deflagrantes e terapia medicamentosa, mais comumente com a inalação de beta-2 agonistas e corticoides; MEDIDAS PREVENTIVAS E FATORES DE RISCO ÁS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS ♥ Os problemas respiratórios na primeira infância, normalmente são decorrentes de infecções que, na maioria das vezes, começam com infecções virais e se complicam com situações de complicação bacteriana. ♥ Com a volta as aulas e a chegada do outono e inverno, elas vêm com tudo. ♥ No nosso meio, no período de março a junho de todos os anos há considerável aumento da incidência de infecções respiratórias agudas em função das mudanças climáticas e alterações dos hábitos das pessoas que tendem a se aglomerar em ambientes fechados. ♥ Como consequência, a população como um todo, mas principalmente as crianças e idosos, costuma adoecer. ♥ As crianças até os 5 anos de idade TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR costumam apresentar de 4 a 8 infecções respiratórias ao ano, sendo a incidência maior nesta época do ano. ♥ Estas infecções são, em sua maioria, de etiologia virótica; ♥ E o que podemos fazer para evitá- las: - Lavar sempre as mãos; - Beber líquido; - Evitar que o seu filho adquira o hábito de levar a mão à boca ou ao nariz; - Evitar lugarespouco ventilados; - Evitar lugares fechados e aglomerados, como shopping e festas; - Manter o calendário vacinal adequado; - Manter uma alimentação saudável, já que dessa forma a criança se manterá nutrida; - Evitar trocas de utensílios com outras crianças; - Manter os níveis de vitamina D adequado: crianças com baixos níveis de vitamina D que passam a tomar suplementos do nutriente podem chegar a reduzir pela metade o risco de apresentar alguma infecção respiratória, especialmente nas estações mais frias do ano. - Lavar o nariz com soro fisiológico; - Descansar e fazer o seu filho descansar o suficiente; - Não fumar perto das crianças : a inalação passiva de fumo de cigarro aumenta a frequência e a seriedade das constipações, tosse, infecções de ouvido, infecções dos seios nasais, laringites e asma; - Evitar contato próximo com pessoas doentes; - Quando estiver doente, manter distância das outras pessoas para evitar a transmissão dos germes; - Mesmo quando aparentemente saudável, ter cuidado com os “beijinhos e abraços”! ♥ Os vírus e as bactérias podem transmitir-se por contato próximo, por vezes a partir de alguém assintomático. ♥ Se tiver contato com bebês muito pequenos, lave as mãos antes de pegar neles e evite um contato muito próximo, principalmente de outras crianças. - Lavar/desinfectar com regularidade os brinquedos; - Não partilhar copos nem talheres. ♥ O aleitamento reduz os índices de infecções respiratórias e gastrointestinais, sendo aconselhável o estímulo ao aleitamento exclusivo por, no mínimo, 4 meses, mas preferencialmente por 6 meses; dessa forma, salienta-se o efeito protetor contra otite média, pneumonia e diarreia, as principais causas de mortalidade infantil de causa infecciosa em países em desenvolvimento, como o Brasil. TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR ♥ Leite materno exerce efeito protetor pela presença de fator de crescimento epidérmico que induz a maturação do epitélio intestinal, imunoglobulina A e oligossacarídeos que previnem a adesão de patógenos, além da presença de lactoferrina cuja propriedade antimicrobiana induz a ruptura da membrana bacteriana. O uso de probióticos em crianças com infecções recorrentes do trato respiratório ainda necessita de estudos para definir os efeitos de diferentes cepas de probióticos, bem como dose e momento da suplementação, além do tempo de uso, com potencial de modificar a frequência e a gravidade de infecções respiratórias. O uso de probióticos resultou em redução do número e da duração de infecções do trato respiratório superior, do uso de antibióticos e de falta escolar, embora a qualidade da evidência tenha sido baixa. ♥ Em crianças com infecções de repetição, independentemente da causa, é importante adequar o esquema de imunização, conforme idade e recomendações específicas para cada diagnóstico. ♥ Praticar e incentivar a prática de exercício físico regular; ♥ Fatores de risco: - Fumo; - Álcool: por interferir no sistema imunológico e na capacidade de defesa do sistema respiratório; - Ar condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus ou bactérias; - Resfriados mal cuidados; - Mudanças bruscas de temperatura; SIBILÂNCIA (RELAÇÃO COM O QUADRO DE PNEUMONIA) ♥ Os sibilos são causados por um estreitamento das vias respiratórias; - A depender da causa, outros sintomas podem incluir tosse, febre e coriza; - O diagnóstico da causa se baseia em radiografias do tórax e, algumas vezes, outros exames; - O tratamento pode incluir broncodilatadores e corticosteroides. ♥ Os sibilos são causados por um estreitamento ou bloqueio (obstrução) das vias respiratórias. - O estreitamento pode ser causado por: Inchaço dos tecidos nas vias respiratórias; Espasmo dos músculos minúsculos nas paredes das vias respiratórias (broncoespasmo); Acúmulo de muco nas vias respiratórias; TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR ♥ Episódios recorrentes de sibilos são comuns nos primeiros anos de vida. - Até recentemente, os médicos diagnosticavam estes episódios como sendo asma porque, assim como a asma, os episódios podiam ser aliviados ao inalar medicamentos que abrem as vias respiratórias (broncodilatadores) e porque o desenvolvimento desses sintomas teve início na infância para a maioria dos adultos que tem asma. - No entanto, os médicos atualmente sabem que apenas alguns bebês e crianças pequenas que apresentam os referidos episódios de sibilos de fato vêm a ter asma mais tarde na infância ou na adolescência. - Contudo, na maioria das crianças, os episódios de sibilos param entre os seis e os dez anos de idade, e os médicos não diagnosticam essas crianças como tendo asma. - Essas crianças têm outros fatores que causam seus episódios recorrentes de sibilos. ♥ Causas menos comuns de sibilos recorrentes incluem dificuldade de deglutição crônica que causa a inalação recorrente de alimentos e líquido para dentro dos pulmões, refluxo gastroesofágico, um corpo estranho nos pulmões ou insuficiência cardíaca. Com frequência, a causa dos sibilos recorrentes é desconhecida. ♥ Tosse e sibilância são sintomas respiratórios muito comuns em crianças e podem ser a expressão clínica de uma grande variedade de problemas localizados nas vias respiratórias. - Crianças menores de dois anos de vida e que manifestam pelo menos três episódios de sibilância, em espaço de seis meses, são denominados "lactentes sibilantes". - Várias podem ser as causas de sibilância nessa faixa etária e, embora a asma seja a mais comum, deve ser sempre diagnóstico de exclusão. ♥ A fisiopatologia da sibilância recorrente ainda não está claramente definida. - Acredita-se que na criança predisposta o contato com vírus respiratórios, o uso indiscriminado de antibióticos e alta densidade populacional desencadeiam desequilíbrio no balanço da resposta dos linfócitos Th1 e Th2, levando ao processo inflamatório nas vias aéreas, onde e observam-se edema da parede brônquica, secreção de muco e contração da musculatura peribrônquica. - Esses três fatores levam à obstrução ao fluxo aéreo, de grau variável, responsável pela tosse, sibilos e esforço respiratório, notadamente expiratório. - Cabe ressaltar ainda que as características anatômicas e funcionais TUTORIA 4: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL P3/M1/Pr4 @MILEAGUIAR das vias aéreas dos lactentes favorecem o aparecimento de sinais de esforço respiratório como consequência da obstrução ao fluxo aéreo, considerando que apresentam: - Maior resistência nasal; - Vias aéreas de menor calibre; - Caixa torácica mais complacente; - Maior resistência nas vias aéreas periféricas; - Menor número de poros de Khon e canais de Lambert. ♥ Os lactentes sibilantes apresentam quadro clínico que sugere obstrução das vias aéreas inferiores, a saber, tosse, que pode ser seca ou secretora, sibilância e esforço respiratório. - Tais manifestações são inespecíficas e têm intensidade e frequência variáveis na dependência do grau de obstrução ao fluxo aéreo. Tempo expiratório prolongado, tiragens intercostais ou subdiafragmáticas também podem ser registradas nas exacerbações ou de forma persistente nos pacientes mais graves. A ausculta pulmonar pode ser normal ou exibir sibilos expiratórios ou crepitações.
Compartilhar