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Marcelle Souza – MED 118 Diencéfalo O cérebro é composto pelo diencéfalo e telencéfalo. O diencéfalo é mediano e ímpar, sendo subdivido em: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo. Essas estruturas possuem relações com o III ventrículo. III VENTRÍCULO É uma cavidade mediana e ímpar. Comunica-se inferiormente com o aqueduto cerebral e superiormente com os forames interventriculares direito e esquerdo – ventrículos laterais. • Assoalho: quiasma óptico, infundíbulo, túber cinéreo, corpos mamilares; • Teto: estrias medulares do tálamo, tela e plexo corioide; • Parede lateral: sulco hipotalâmico, que vai desde o aqueduto cerebral até os forames interventriculares e delimita, superiormente, o tálamo e inferiormente o hipotálamo; • Parede anterior: lamina terminal (pertence ao telencéfalo e está situada entre o quiasma óptico e a comissura anterior); • Parede posterior: epitálamo • Recessos: recesso do infundíbulo, óptico, pineal e supra pineal. TÁLAMO Duas massas ovoides de substância cinzenta unidas pela aderência intertalâmica (ausente em 30% das pessoas). São perpassadas por um feixe de fibras que forma a lâmina medular interna. Sua extremidade anterior é composta pelo tubérculo anterior do tálamo e sua porção posterior pelo pulvinar, o qual mantém relações com os corpos geniculados medial e lateral. É separado do telencéfalo pela cápsula interna. HIPOTÁLAMO Importante, dentre outras funções, para regulação do Sistema Nervoso Autônomo e de glândulas endócrinas, sendo o principal responsável pela homeostase. Formado por: quiasma óptico, infundíbulo, túber cinério e corpos mamilares (núcleos mamilares). O fórnix é um feixe de fibras que parte do hipocampo e vai até os corpos mamilares, de forma que divide o hipotálamo em medial e lateral. O hipotálamo medial contém os núcleos hipotalâmicos, enquanto que o lateral é formado pelo feixe prosencefálico medial. EPITÁLAMO • Glândula pineal (epífise) • Comissura posterior • Comissura das habênulas – continua anteriormente formando as estrias medulares do tálamo SUBTÁLAMO É delimitado medialmente pelo hipotálamo e lateralmente pela capsula interna. Não possui relações diretas com as paredes do III ventrículo por se situar profundamente ao hipotálamo. Lâmina terminal Corpo mamilar Túber cinéreo Infundíbulo Quiasma óptico Forame interventricular Marcelle Souza – MED 118 MICROSCOPIA DO HIPOTÁLAMO O hipotálamo é um órgão predominantemente visceral. Ele é dividido pelo fórnix em hipotálamo medial, que contém os núcleos hipotalâmicos, e hipotálamo lateral, que contém fibras longitudinais, sendo local de passagem do feixe prosencefálico medial (liga a área septal do telencéfalo à formação reticular do mesencéfalo). HIPOTÁLAMO MEDIAL 1. Hipotálamo supra-óptico – do quiasma óptico para cima • Núcleo supraquiasmático • Núcleo supra-óptico • Núcleo paraventricular 2. Hipotálamo tuberal – do infundíbulo/túber cinéreo para cima • Núcleo arqueado (infundibular) • Núcleo ventromedial • Núcleo dorsomedial (+ superior) 3. Hipotálamo mamilar – dos corpos mamilares pra cima • Núcleos mamilares (circuito de Papez) • Núcleo tuberomamilar (SAA) • Núcleo posterior Há ainda uma divisão por um feixe de fibras que determina a divisão do hipotálamo em anterior (hipotálamo supra-óptico e tuberal) e posterior (hipotálamo mamilar). FUNÇÕES • Regulação do Sistema Nervoso Autônomo O hipotálamo anterior (destaque para os núcleos dorsomedial e ventromedial) tem ação parassimpática, enquanto que o posterior (núcleo posterior) tem ação simpática. • Regulação da temperatura corporal O hipotálamo anterior contém o centro de perda de calor (vasodilatação, sudorese, etc.) enquanto que o posterior contém o centro de conservação de calor (promove vasoconstrição, calafrios, etc.). Lesões no hipotálamo anterior levam à não dissipação do calor, o que acarreta a febre central (é letal). • Saciedade, fome e sede O hipotálamo anterior (também medial), no seu núcleo ventromedial, contém o centro da saciedade. O hipotálamo lateral contém o centro da fome e o da sede. Se há lesão desses centros no hipotálamo lateral, deixamos de comer e há morte por inanição, deixamos de ter sede e há morte por desidratação. Ele está de alguma forma relacionado ao equilíbrio hidrossalino, pois se há demanda de reter água e aumentar a PA, há comandos para comer comida salgada e beber mais água. Marcelle Souza – MED 118 • Regulação do sistema endócrino - Relações do hipotálamo com a neurohipófise Nos núcleos supra-óptico e paraventricular há presença de neurônios neurossecretores que produzem ADH (vasopressina, hormônio antidiurético) e ocitocina (estimula contração muscular lisa do útero e ejeção do leite). Esses hormônios, através do trato hipotalâmico-hipofisário, passam à neurohipófise, onde são liberados para a corrente sanguínea. - Relações do hipotálamo com a adenohipófise No núcleo arqueado há produção de hormônios que vão para a adenohipófise a fim de inibir ou estimular a liberação de hormônios adenohipofisários. Os hormônios produzidos no núcleo arqueado vão para o trato túbero-infundibular, passam ao sistema porta hipofisário e chegam na adenohipófise. Alguns hormônios da adenohipófise são: ACTH, GH, FSH, GH, LH, MSH, prolactina. - O hipotálamo é sensível à ação dos hormônios circulantes que, por retroalimentação, regulam sua secreção. • Regulação dos ritmos circadianos O núcleo supraquiasmático é capaz de regular os ritmos circadianos do corpo com ou sem luminosidade. Quando há o ciclo claro-escuro, ele adapta os ritmos à presença ou ausência de luminosidade. Nesse sentido, recebe informações da retina a partir do trato retino-hipotalâmico. Esse núcleo também influencia na regulação do ciclo sono e vigília. Poucos antes do período de sono iniciar, o núcleo supraquiasmático mantém conexões com o núcleo pré-óptico ventrolateral, o qual tem ação inibitória sobre o SAA. Pouco antes de acordar, ele tem conexões com neurônios do hipotálamo lateral, que possuem a orexina (hipocretina) como neurotransmissor, a qual estimula o SAA. • Regulação do comportamento emocional Sistema límbico/área pré-frontal • Integração do comportamento sexual Sistema límbico/área pré-frontal SNA Prazer MICROSCOPIA DO TÁLAMO É um órgão predominantemente somático. A aderência intertalâmica une os dois tálamos e cada tálamo é dividido pela lâmina medular interna, a qual o divide em núcleos. O tálamo possui uma porção anterior, tubérculo anterior, e uma porção posterior, pulvinar. Marcelle Souza – MED 118 1. GRUPO ANTERIOR • Circuito de Papez • No tubérculo anterior, protegido pela bifurcação da lâmina medular interna 2. GRUPO MEDIANO • Próximo à aderência intertalâmica • Tende mais a funções viscerais 3. GRUPO MEDIAL • Entre o grupo mediano e a lâmina medular interna • Núcleos interlaminares (SAA) – dentro da lâmina medular interna • Núcleo dorsomedial – conexões com a área pré-frontal 4. GRUPO POSTERIOR • Pulvinar – atenção seletiva • Corpo geniculado medial – conecta-se com o colículo inferior e faz parte da via auditiva • Corpo geniculado lateral – conecta-se com o colículo superior e faz parte da via óptica 5. GRUPO LATERAL • Núcleo reticular (SAA) • Núcleo ventral anterior (VA) – relaciona-se com o globo pálido, ligado à motricidade • Núcleo ventral lateral (VL) – relaciona-se com o cerebelo via dento-tálamo-cerebelar e interpósito-tálamo-cortical, ligado à motricidade • Núcleo ventral posteromedial – lemnisco trigeminal – sensibilidade geral da cabeça • Núcleo ventral posterolateral – lemniscos medial (propriocepção consciente, tato epicrítico) e espinhal (tratos espinotalâmicos lateral e anterior – dor, temperatura, tato protopático e pressão)MICROSCOPIA DO EPITÁLAMO É posterior no diencéfalo, superior ao hipotálamo e inferior ao tálamo. • Glândula pineal • Comissura posterior • Trígono das habênulas – habênulas (prazer) FUNÇÕES DA PINEAL • Secreção de melatonina – induz o sono • Sincronização do ritmo circadiano – menos luz → estimula supraquiasmático → estimula pineal • Função antigonadotrópica – inibe as gônadas • Regulação da glicemia • Regulação da morte celular • Ação antioxidante • Regulação do sistema imunitário MICROSCOPIA DO SUBTÁLAMO – Núcleo subtalâmico → conexões com o globo pálido
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