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Relatório com as principais ideias trabalhadas na palestra ministrada pela professora Leila Hernandez a respeito das exposições Universais

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Goiás, 20 de julho de 2021
Curso: Licenciatura plena em História
Disciplina: África II
Docente: Josi Campos
Discente: Carlos Vinícius Soares Costa 
Relatório: Palestra ministrada pela professora Leila Hernandez a respeito das exposições Universais.
No inicio da respectiva palestra Leila Hernandez já nos traz a informação acerca da abordagem que dará inicio a toda a discussão na palestra, sendo assim essa abordagem se trata dos estudos africanos e a ruptura da modernidade como construção histórica da Europa, e as iconografias produzidas entre meados do século XIX e meados do século XX como registro social desde contexto. 
O tema e desenvolvido a partir das exposições universais, onde Leila escolheu quatros exposições a qual ela irá se referir. A palestrante coloca em pauta que essas quatros exposições têm todo uma conotação que não é só discursiva, mais também magnética e que vai formando ideias e divulgando ideias sobre o racismo em relação aos outros, ou seja, os não europeus e mais especificamente aos negros africanos e africanas. 
Em suma Leila escolheu uma abordagem dos estudos africanos, abordagem essa que possibilita uma revisão da história da modernidade que foi gestado, foi criada e disseminada por europeus, ou seja, é uma história da modalidade escrita pelos europeus. A partir de 1950 temos o movimento bastante grande de africanos na diáspora europeia e também caribenha sobretudo europeia, os africanos vão concluir o seu terceiro grau nas capitais dos impérios e começam a pensar sob o lema da descolonização das mentes, da africanização do conhecimento, Leila enfatiza que esse é um momento importante e de inflexão que você vai pensar como todos os temas da identidade africana do nacionalismo africano e da arte africana podem ser pensados com o objetivo de provocar rupturas, ou pelo menos esgarçamento na estrutura ocidental do pensamento.
O segundo momento mais importante que mais adensadas, menos predominantemente ideológico, é a partir dos anos 1990 quando antropólogos historiadores, filósofos e africanos propõe então uma ruptura com o pensamento universal, retomando a história contada pelos europeus de uma forma crítica e engajada, para se perceber e se, portanto, em relevo a agência dos africanos. E a partir daí que o tema da palestra vai ser desenvolvido. 
Sobretudo, permanece a ideia de um protagonismo europeu praticamente absoluto, isto é, de que à partilha responsável pela definição das modernas fronteiras do continente africano seguiu-se a conquista, traduzida por inúmeras investidas pacificadoras com consequências inevitáveis para a África. 
Uns dos principais pontos abordado na palestra e de que a presença européia na conquista foi marcada pela violência, pelo despropósito e não poucas vezes, pela irracionalidade da dominação. Em nome de uma nobre missão civilizatória foram instaurados mecanismos de desapropriação da terra, cobrança de impostos e formas de trabalho compulsório, acrescidos da violência simbólica constitutiva do racismo, ferindo o dinamismo histórico específico dos africanos e violentando as suas cosmogonias.
Outro fator e a questão do etnocentrismo, onde Leila nos traz a informação de que na antropologia do século XIX, tentava-se associar o nível de desenvolvimento cultural com a raça, e nesse sentido que ela menciona que: A cor da pele é o tipo de cabelo as feições do rosto além de traços intelectuais e morais que permitem dividir os seres humanos em diferentes grupos, esta é uma ideia que tem como matriz a escala proposta pelo Lineu, ou seja quando ele dividi a humanidade em raças ele divide articulando características morfológicas a carácter homens intelectuais e características morais, é isso que faz ele acabar dizendo que o europeu era inventivo. Ele se pautava por leis, ele tinha um desenvolvimento da cultura ele era letrado, enquanto no lado oposto contra os países europeu, era o africano que era tido como frouxo, indolente, incapaz, primitivo como sem cultura e sem história. 
Essa ideia é uma ideia que é retrabalhada, mas que no seu fundamento na sua essência ela não se altera e assim aparece inclusive nas exposições, nos padrões coloniais onde a gente encontra os outros humanos. O etnocentrismo muito parecido com tudo isso é uma visão de um mundo que é característica de quem considera o seu grupo étnico, ou seja sua nação, nacionalidade, cultura e sua sociedade, mais importante que todas as demais. Então Leila diz que na verdade o que veremos é que nessas exposições gradativamente aparece menos o racismo em sua forma mais pura, porém mais articulado ao etnocentrismo, e o racismo em articulação entre antropologia colonial e a construção de estereótipos por conta dessa época toda. 
Leila exibe quatros imagens da exposição universal na qual essas exposições era um retrato composto de espetáculos nos campos da ciência, das artes, da arquitetura, dos costumes e da tecnologia, mas também do entrelaçamento entre imperialismo e cultura, contido o racismo nas seções dos zoológicos humanos. 
Ao fim da palestra e analisado a imagem do zoológico humano, onde uma criança e exposta a diversos olhares e cercado por uma cerca. Tais exibições eram exatamente o que o nome sugere a exposição de pessoas, em sua absoluta maioria africanos, em virtude dos fatos mencionados a palestra nós chama a atenção justamente para essa questão de que racismo era orgulhosamente aplaudido e celebrado por milhões de visitantes nessas exposições universais.

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