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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS INSTITUTO DE BIOLOGIA - IB CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DISCIPLINA DE ZOOLOGIA V Diversidade de baleias no Brasil Elisa Teixeira Aires Pelotas, 2017. Ancestrais das baleias - As baleias surgiram aproximadamente há 60 milhões de anos, no Eoceno. - Os ancestrais das baleias atuais eram terrestres. Fonte: Google ImagensRepresentação evolutiva - Quadrúpede; - Possuía cascos; - Carnívoro; - Pesava cerca de 200 quilos; - Media cerca de 1,5 metros; - Encontrados em sedimentos fluviais. - Mar de Tétis, Paquistão. Pakicetus Fonte: Google Imagens Semelhanças com cetáceos modernos: - Orelha interna - Primeiro cetáceo de água salgada; - Possuía pernas chatas e dedos com pequeno casco; - Acredita-se que ele se alimentava de peixes; - Encontrado no Paquistão; - Pesava cerca de 350 quilos; - Media cerca de 3 metros. Ambulocetus Fonte: Google Imagens Semelhanças com cetáceos modernos: - Completamente aquático; - Morfologia torácica semelhante; - Não tinha ouvidos externos; - Focinho longo; - Olhos voltados para os lados e para cima do crânio; - Adaptação no nariz para engolir debaixo d’água. - Focinho extremamente estreito; - Membros curtos; - Cauda longa; - Quatro vértebras sacrais fundidas que provavelmente foram articuladas ao osso do quadril; - Vértebras da cauda eram robustas e alongadas; - Encontrados na fronteira costeira de Paquistão e Índia. Fonte: Google Imagens Semelhanças com cetáceos modernos: - Locomoção; - Ausência de pelos. Kutchicetus - Carnívoro; - Focinho longo e fino; - Corpo aerodinâmico; - Media cerca de 2,5 metros; - Pequenas nadadeiras traseiras. - Protocetus atavus ("primeira baleia"). - Egito. Protocetus Fonte: Google Imagens Semelhanças com cetáceos modernos: - Locomoção; - Ouvido interno; - Corpo aerodinâmico e sem pelos. - Forma basal de Mysticeti; - Possuía dentes grandes; - carnívoro. - Media cerca de 3,5 metros. - Janjucetus hunderi - Austrália. Janjucetus Semelhanças com cetáceos modernos: - Anatomia do crânio; - Morfologia dos dentes; - Locomoção; - Não possuíam nadadeiras traseiras. Fonte: Google Imagens - Odontocetos endêmicos do Oligoceno ao Mioceno; - Dentes similares aos de tubarão: - triangulares e serrilhados; - carnívoro. - Encontrados na América do Norte, Nova Zelândia e Argentina. Squalodon Fonte: Google Imagens Semelhanças com cetáceos modernos: - Anatomia do crânio; - Locomoção; - Não possuíam nadadeiras traseiras. Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Mammalia Ordem: Cetacea Subordem: Mysticeti Família Neobalaenidae Família Balaenidae Família Balaenopteridae Família Eschrichtiidae Subordem: Odontoceti Família Monodontidae Família Physeteridae Família Kogiidae Família Ziphiidae Cetáceos modernos (Projeto Baleia Jubarte, 2017) Cetáceos - 78 espécies de baleias, golfinhos e toninhas que existem. - Atualmente, existem cerca de 40 espécies de baleias e metade delas é considerada rara. - A causa principal da diminuição dessas espécies é a caça excessiva, que faz com que o número de baleias capturadas seja maior que o de baleias nascidas. (Greenpeace, 2014) Odontocetos (orca e cachalote) - São os cetáceos que possuem dentes permanentes, aparecem após o final da lactação e, na maioria das espécies, os dentes são todos iguais e cônicos. - A alimentação dos Odontocetos consiste basicamente em peixes, lulas e crustáceos, embora algumas espécies, como a Orca, possuam uma dieta mais variada, incluindo tartarugas, aves e até outros mamíferos. - Os dentes não são usados para a mastigação, apenas para a captura do alimento, que é engolido inteiro. - Possuem um sistema acústico (ecolocalização) que possibilita a localização de presas e objetos, determinando sua forma, tamanho, textura e distância do mesmo. - A maioria não costuma realizar grandes migrações entre áreas reprodutivas e de alimentação. (Greenpeace, 2014) Misticetos (baleia-franca, baleia-jubarte, baleia-azul) - São na sua maioria grandes baleias que não apresentam dentes, possuem compridas fileiras de cerdas - as "barbatanas" - que pendem do céu da boca em posição lateral para a retenção de alimentos. - A alimentação consiste de organismos planctônicos, especialmente pequenos crustáceos do gênero Euphasia e algumas espécies costumam predar sobre cardumes de peixes e moluscos de pequeno porte. - No ato da alimentação, o animal enche a boca de água, "filtrando" o alimento ao expelir a água através das cerdas já mencionadas. - Quase todas espécies são migratórias reproduzindo-se em águas tropicais no inverno e rumando para águas temperadas ou polares no verão. (Greenpeace, 2014) Quais espécies de baleias que migram para o Brasil para se reproduzir? Baleia-jubarte Baleia-franca Baleia de BrydeBaleia Minke Fonte: Google Imagens BALEIA JUBARTE (Megaptera novaeangliae) - Distribuição da espécie no Brasil - Possíveis silhuetas visíveis na superfície da água Fonte: Instituto Baleia Franca Período de visita ao Brasil: Anualmente, nos meses de inverno e primavera (de julho a novembro, principalmente entre setembro e outubro). Tempo de gestação: 12 meses. Reprodução na costa: Geram em média 1,5 mil filhotes na costa brasileira. Expectativa de vida: De 45 a 50 anos. Comprimento: Em média, 15 metros na idade adulta e 4 metros quando filhotes. Peso: Em média, 30 mil quilos. Alimentação: Krill. Características: Têm coloração escura no dorso e clara no ventre. A nadadeira dorsal é pequena e as nadadeiras peitorais chegam a medir metade do comprimento total, até 5 metros. (Instituto Baleia Franca, 2016) BALEIA FRANCA (Eubalaena australis) - Distribuição da espécie no Brasil - Possíveis silhuetas visíveis na superfície da água Fonte: Instituto Baleia Franca Período de visita ao Brasil: Migram para águas brasileiras anualmente entre os meses de julho a novembro. Tempo de gestação: 12 meses. Reprodução na costa: Geram em média 40 filhotes na costa brasileira. Expectativa de vida: 70 anos. Comprimento: 15 metros na idade adulta e 4 metros quando filhotes. Peso: De 50 mil a 80 mil quilos. Alimentação: Krill e Copépodes. Características: São escuras no dorso e brancas no ventre. Têm nadadeiras peitorais em forma de trapézio e não possuem nadadeira dorsal. Apresentam calosidades na cabeça, como verrugas, que permitem aos pesquisadores distinguir diferentes indivíduos da espécie. (Instituto Baleia Franca, 2016) BALEIA DE BRYDE (Balaenoptera brydei) - Distribuição da espécie no Brasil - Possíveis silhuetas visíveis na superfície da água Fonte: Instituto Baleia Franca Período de visita ao Brasil: Migram para o Brasil anualmente nos meses de primavera e verão (de setembro a março). Tempo de gestação: 11 meses. Expectativa de vida: De 50 a 70 anos. Comprimento: 15,5 metros na idade adulta e 3,5 metros quando filhotes. Peso: Em média 16 mil quilos. Alimentação: Peixes que formam cardumes, plânctons e crustáceos. Características: Têm coloração azul acinzentada e três quilhas (como nadadeiras) na porção dorsal da cabeça. (Instituto Baleia Franca, 2016) BALEIA MINKE (Balaenoptera acutorostrata) - Distribuição da espécie no Brasil - Possíveis silhuetas visíveis na superfície da água Fonte: Instituto Baleia Franca Período de visita ao Brasil: Migram anualmente para o Brasil entre o outono e a primavera, principalmente entre junho e setembro. Tempo de gestação: 10 meses. Expectativa de vida: 47 anos. Comprimento: De 6 a 7 metros na idade adulta e 2,8 metros quando filhotes. Peso: Em média 9,2 mil quilos. Alimentação: Plâncton e peixes de diversas espécies. Características: Têm uma mancha branca na porção dorsal da nadadeira peitoral. (Instituto Baleia Franca, 2016) Preservação - Existem atualmente um total de 19 legislações que visam proteger e conservar as espécies de cetáceos que ocorrem em águas brasileiras e outras normativas que auxiliam e a beneficiam a conservaçãodos cetáceos seja direta ou indiretamente. - A carência de financiamentos e equipamentos adequados para a realização de pesquisas, o número ainda insuficiente de pessoal qualificado e as dificuldades em monitorar e fiscalizar a extensa área aquática sob jurisdição nacional são um dos principais motivos que fazem com que as legislações existentes falhem em protegê-las adequada e integralmente e que sejam realizados mais estudos com as baleias. Referências Greenpeace, Portal Brasil, 2014. Disponível em <http://www.greenpeace.org/brasil/pt/> Acesso em 08/08/2017. Instituto Baleia Franca,, LABCMA (Laboratório de Biologia da Conservação de Mamíferos Aquáticos - IOUSP), American Cetacean Society e OBIS-SEAMAP, 2016. Disponível em <http://www.baleiafranca.org.br/> Acesso em 08/08/2017. Projeto Baleia Jubarte, Petrobrás, Aquasis, ICMBio e IBAMA, 2017. Disponível em <http://www.baleiajubarte.org.br/> Acesso em 09/08/2017. Obrigada!
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