Buscar

Resumo - livro - Quando eu voltar a ser criança

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
CURSO DE PEDAGOGIA
Resumo do livro– “Quando eu voltar a ser criança”
São Paulo
9
2020
Janusz Korczak, um pseudônimo de Henryk Goldszmit, autor de “Quando eu voltar a ser criança"[footnoteRef:1], preocupado com a educação de crianças carentes, nasceu em Varsóvia, na Polônia, em Julho de 1878 - 1942 , sua família judia era composta por advogados e médicos e comungavam os ideias iluministas, seguindo o exemplo familiar cursou a Faculdade de Medicina entre 1898 a 1904, se especializando em Pediatria. 	 
 	Em 1901 – viajou para Zurique, para se aprofundar nas obras de Pestalozzi, conhecendo Stefania (filha da aristocracia judia de Varsóvia, estudante de Pedagogia), com sua influência adentra a Faculdade de Pedagogia e conhece os ideais dos pensadores da Escola Nova, nesse período publicou o livro, “ As Crianças de Rua”, posteriormente seu legado é identificado por meio de inúmeros artigos, palestras e livros, sendo reconhecido como visionário, dos direitos da criança e do adolescente. 	
 	Stefania abre um orfanato em Varsóvia e em 1911, ele deixa o hospital para trabalhar com crianças, transformando o orfanato em república de crianças, que viviam sob os princípios da justiça, fraternidade e igualdade de direitos e deveres. Nesse período, o autor tinha uma vida agitada, com muitas atribuições, pois assessorava outra instituição, que se dedicava a filhos de operários, como professor lecionava na faculdade de educação além de exercer o cargo de especialista em crianças no tribunal de Varsóvia. 	 
 	De 1935 a 1939 – Na Rádio Polonesa, dava palestras, sendo conhecido como “Velho Doutor”[footnoteRef:2]. 	 
 	Durante a segunda guerra, o orfanato foi transferido para o gueto de Varsóvia, nesse período “Ele escrevia à noite, dando o testemunho daqueles dias terríveis”[footnoteRef:3], registrando em um diário, que foi resgatado das ruinas após o término da guerra. E em 5 de agosto de 1942, Stefania, os professores e ele acompanharam as 200 crianças do orfanato, rumo ao trem que os conduziria ao campo de concentração de Treblinka, encontrando seus destinos em camarás de gás. [1: KORCZAK, Janusz 1878-1942 – Quando eu voltar a ser criança; {tradução de Yan Michalski; direção da coleção de Fanny Abramovich} - São Paulo: Summus 1981 ] [2: Texto – O Educomunicador Janusz Korczak - Disponível no site <https://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_comunicacao_inovacao/article/view/1320/971> p. 40] [3: Idem p. 38] 
O autor inicia, informando que inquietará aos leitores, sejam adultos ou jovens, pois cada um poderá se identificar no assunto exposto . Essa enxurrada de sentimentos, tem início com os devaneios de um adulto, professor, deitado em sua cama, tentando pegar no sono, lembrando-se que na infância, queria ser adulto e fazia inúmeros planos, sonhando e idealizando sua futura vida, porem descontente com a atualidade, idealiza a infância, pensando em como seria bom poder voltar e reviver os momentos, as dificuldades os sonhos e a convivência com os demais daquela época, nesse saudosismo, e como que, por mágica aparece um Gnomo apressado, dizendo que foi chamado pelo suspiro de saudade e quer saber qual é o pedido, ficando irritado com a demora, mas finalmente é verbalizado o desejo de voltar a ser criança, e se concretizou. 	 
 	Agora, como criança, o autor receia, que suas atitudes revelem sua verdadeira idade adulta, portanto tem que se policiar , deixando-se levar pelas circunstâncias, tendo um comportamento previsível para a idade, de manhã, aguarda que a mãe lhe corte o pão, pois a criança pequena, não pode realizar essa tarefa ainda. Quer se enturmar aproveitando intensamente essa segunda infância, com a possibilidade de vivenciar e analisar os sentimentos expressos por adultos ou crianças a cada situação. A alegria e a distração proporcionada pelo inverno, contagiam o caminho percorrido para a escola, e na rua um cavalo que não conseguia puxar a carreta, chama a atenção, ele e alguns garotos ficam olhando, curiosos com o cenário, na expectativa do que acontecerá, alguns adultos sobrecarregados com o seu dia, afastam as crianças dali por serem inconvenientes. 
 	Na escola, assistindo a aula, entrega adiantado o caderno para que a professora possa verificar se o que estava escrito, condiz com o solicitado, lembrando-se de que também não apreciava que um aluno terminasse as atividades bem antes do programado. Outra situação o coloca em choque com os sentimentos, pois ao entrar correndo no corredor vai de encontro ao “barrigão” do diretor, que o censura de forma agressiva. Ele se ressente do ocorrido, pois as crianças tem o direito de brincar e correr, os adultos deveriam tomar cuidado para não colidirem com elas. O autor reflete sobre as dificuldades encontradas na comunicação com o adulto, deixando nas crianças a sensação de que ao responderem qualquer coisa, só querem se ver livres do assunto, tendo em vista de que são de menores estaturas, necessitando se espichar para melhor compreender, tendo medo e vergonha de falar algo que não condiz com o assunto, formando barreiras as vezes intransponíveis. Esse obstáculo é refletido na suspeita levantada pelo adulto, ao ver uma criança machucada, favorecendo que então simulem ou ocultem o ocorrido.		 
	A neve caindo na noite passada faz com que o autor tenha pena da preocupação vivenciada como adulto, no entanto como criança sente alegria e se encanta com as diversas possibilidades de brincadeiras, que ela proporcionará, pois como a grama está toda coberta pelo espesso gelo, tudo favorece a diversão, mas tem horário certo para aproveitar. Na escola durante o recreio as crianças se esbaldam, mas em um último arremedo de liberdade, alguém acerta o vidro de uma janela, e ai sabiam que ia dar problema, elas deveriam ter o direito de quebrar pelo menos um vidro durante o ano, no entanto são confrontados, interrogados havendo necessidade de se encontrar o culpado, tendo em vista que a criança não recebe o mesmo tratamento que o adulto e sofre pela falta de justiça.					 
 	Na saída da escola, o autor pensa sobre a amizade, e se lembra de Mundinho, um garoto, que as vezes o acompanha no trajeto de volta, cujo pai é alcoólatra, e falam sobre a angústia causada na família por esse problema. Ao voltar para casa, encontra a mãe agitada, com a fala mais ríspida, pois havia chegado mais tarde para o almoço, mas o real motivo era o rasgo feito pelas traças em seu vestido de festa. Os adultos descontam seu desgosto, sendo injustas com as crianças, que por serem imaturas acabam aceitando a condição de culpada. O autor reflete que a sociedade só é civilizada e organizada para que o adulto sobreviva, a criança é subjugada, pois acham sua linguagem inadequada, seus pensamentos ínfimos e seus sentimentos desconsiderados, portanto podem se relacionar com elas de acordo com o humor, que esporadicamente é alegre.	 
 	O autor declara que acordou triste e esse estado de espírito é encarado como brando e delicado, com esse sentimento, se apressa para ir à escola, e avisa a mãe que quer passar na igreja, pois a religião faz parte de sua vida de maneira presente. Alonga o trajeto até a escola, e nesse percurso encontra um cachorrinho, abandonado no frio e o recolhe, levando-o consigo, e chamando-o de Malhado, na escola deixa-o com o continuo, enquanto está em sala de aula, mas agora há um sentimento de angustia, pois precisa em primeiro lugar de dinheiro para alimentar o cachorrinho, além de um lugar seguro para deixa-lo, até conseguir convencer os Pais a aceita-lo em casa. 	 
 	Distraído em sala de aula, falta-lhe a concentração necessária, pois está focado na tentativa de achar meios para conseguir o dinheiro e alimentar o Malhado, atormenta-se, pelo problema, no entanto um aluno chamado Roberto arruma o dinheiro para o leite e também se dispõe a levar o cachorrinho para sua casa, na despedida se magoa e pensa que alguns Pais são mais flexíveis do que outros,e nessa comparação sofre. 	 
 	 Em casa, reconhece o valor dos Pais, muito embora inquietem as crianças, mas sem eles é doloroso, e conversar com a mãe é muito bom, porem há sempre uma cobrança e o tratamento que as vezes é agressivo deveria ser mais agradável, pois o sentimento da criança é intenso, não deveriam só dar bronca e reclamar. Nesse interim se lembra da irmãzinha Irene, e declara não ser um bom irmão, comparando que o seu sentimento pelo cachorro é maior do que o que sente por ela, e com a visita da tia pensa sobre a convivência com o adulto e na forma como tratam as crianças, que se sentem inferiorizadas e poderiam ficar afastados uns dos outros, pois as crianças magoadas, castigam os adultos com rebeldia. 	 
 A ansiedade é demonstrada com o som de sirene, indicando que algo está acontecendo, mas ele só poderá sair de casa com o consentimento da mãe, que deixa-o ir, para ficar conversando com sua irmã, na volta para casa ainda teve a oportunidade patinar, mas na hora de dormir, estava tristonho, sentindo saudade e solidão, pois a vida não estava bem como queria, achou que teriam mais aventuras. 
 	Chegou o dia da festa, o vestido da mãe, que fora consertado pela tia estava muito bonito, a parentela apareceu e com eles “Mariazinha”, sua prima e por insistência de um Tio, dançou com ela, depois ficaram conversando, e as cidades de Varsóvia e Wilmo entraram na conversa, depois foram dormir na casa de um outro menino o Carlos, e na cama ele reflete que as crianças sempre são ridicularizadas, pois em todo lugar sempre tem medo de falar e virar motivos de chacotas, e dormiu pensando que teriam que fabricar um treno no dia seguinte. E na escola divaga e deixa a professora chateada, fica de castigo, depois tem vontade de chorar , mas as lagrimas não descem, ele pensa, que se a professora fosse Mariazinha, tão amada com seu sorriso lindo, cabelo macio e seu laço de fita, enfim sua atitude seria outra com relação a classe. 	 
 	No recreio nem brinca com seus colegas está triste, na volta para casa não consegue se entender e brincar com os meninos do prédio, mesmo assim as crianças se ajuntam para fazer um trenó, mas no final só da confusão e mais tristeza. Ao chegar em casa, Irene o recebe, mas percebe que ele não está bem, e fica ao seu lado quietinha, ele pensa em Mariazinha, e reflete que sente amor por ela, pois já foi adulto e reconhece que as crianças também amam. Os adultos fazem brincadeiras com as crianças, dizendo que são noivos ou casados, porem se esquecem que as crianças são sensíveis que elas não se sentem à vontade com palhaçadas, ficando sem jeito. Comparando -se a irmã e tendo em vista de que sabe como o adulto pensa, chega à conclusão de que crianças e adultos são semelhantes, e precisam aprender a conviver.			 
 	Chegou o dia em que Mariazinha vai voltar para sua casa e vem se despedir , ele se perturba, pois, a ama. Ela parte, e algum tempo depois ele recebe uma carta e a guarda com carinho. Então começa a refletir sobre a convivência com as meninas, porem a discriminação nasce com o adulto, ao dizer que não há diferenças entre eles, mas vivem defendendo a menina em detrimento ao menino. Além do sentimento de amor por Mariazinha, há um laço forte de amizade por Mundinho, que o acompanha sempre, e o autor chega a pensar que é pecado, pois o considera único, embora tenha Pai, mãe e irmã.	 
 	Na escola há problemas com o desaparecimento de pertences de alunos, nesse caso um boné, tendo que se averiguar quem é o culpado por tal delito, e o autor, reflete sobre a desonra de quem quer tirar proveito dessa situação e receber algo que não sumiu. A criança deveria ter uma mesada para então aprender a administrar seu dinheiro, comprando o que precisa, sem ser humilhada ao pedir , a dor causada pelos constrangimentos vividos ao perder algo, é humilhante, o autor se queixa, dizendo que queria ser criança para se livrar da inquietação e infelicidade sofrida como adulto, porem agora como criança sente muito mais outras aflições. 	 
 	Na escola o sentimento de compaixão é elevado, pois um professor rasga o caderno do Henrique, alegando falta de capricho, e o autor ao ver as lágrimas escorrendo no rosto do garoto, que além de tudo está passando por problemas em casa, se comove e reflete, pois quando era professor e dava um determinado castigo a alguém, logo teriam muitos em volta desse aluno consolando-o, agora como criança, entende que precisam advogar e defender os colegas, tendo em vista que o adulto quando precisa arruma advogado, além desse caso, ocorre outro, no qual alguém acha piolho na camisa do Alberto, humilhando-o, o adulto não consegue lidar com o problema de outra forma, e o garoto chora. 	 
 	Assumindo a dor e humilhação do outro, se lembra do seu casaco que é muito grande e de Mundinho que está com o sapato apertado e não pode pedir para comprarem outro. Além do problema de falta de empatia, o autor relata que está esquecendo o que já sabia e enfrentando dificuldades nas matérias, pensando se alguma parte do conhecimento ficou prejudicada pelo fato de retornar a infância, os adultos o sentenciam como mau aluno, sem conhecê-lo direito. 
 	Há uma confusão de sentimentos, o autor se sente traído pela sociedade, fica bravo com Mundinho, sentindo-se abandonado pela mãe, por Mariazinha e pelo Malhado, não consegue encontrar nada de bom nessa vida de criança, e, portanto, deseja voltar a ser adulto. Encontra o mesmo Gnomo, e como que por mágica, se vê atrás de sua mesa, com muitos cadernos a revisar, em um deles encontra uma palavra incorreta. Mas agora não pensa em voltar.
Referencias:
KORCZAK, Janusz 1878-1942 – Quando eu voltar a ser criança; {tradução de Yan Michalski; direção da coleção de Fanny Abramovich}- São Paulo: Summus 1981 
Texto – O Educomunicador Janusz Korczak – Disponível no site <https://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_comunicacao_inovacao/article/view/1320/971> pgs. 38 e 40
Texto - Perfil de Janusz Korczak – Disponível no site <http://www.periodicos.usp.br/rfe/article/view/33407>

Outros materiais