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Aula 4 - Aspectos Econômicos de um Projeto

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ANÁLISE DE PROJETOS E 
ORÇAMENTO EMPRESARIAL 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Clecio Steinthaler 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Você sabia que o orçamento empresarial é um processo de extrema 
importância para as organizações? E que é a partir dele que os projetos são 
viabilizados e decisões que influenciarão o futuro das empresas são tomadas? 
Incorporar a filosofia do orçamento na gestão de uma empresa não é uma 
tarefa fácil, mas esse processo demonstra planejamento, buscando reduzir 
riscos e incertezas, projetando o futuro. 
O orçamento é um marco regulatório, que, de forma prática e realista, dita 
o que pode e o que não pode ser feito, sendo uma bússola orientadora no mundo 
dos negócios. 
Então, vamos conhecer esse imprescindível instrumento de trabalho para 
as empresas? 
CONTEXTUALIZANDO 
 Nesta aula, vamos estudar os aspectos econômicos de um projeto, como 
a relação da análise do mercado, a capacidade produtiva, a localização espacial 
e a escala de produção, bem como analisar os ciclos de um projeto, os quais 
compreendem desde sua fase de elaboração até sua conclusão final, sendo 
estruturados em: pré-projeto, planejamento, execução, monitoramento, 
encerramento. 
 O aspecto financeiro, que envolve a questão da composição do capital a 
ser investido, para analisar sua viabilidade, também será abordado, além dos 
principais indicadores utilizados no processo de análise de projetos, como 
payback, taxa interna de retorno, e valor presente líquido. 
 Por fim, vamos estudar as ferramentas para avaliação de projetos, como 
o fluxo de caixa descontado, o custo de capital e os principais indicadores. 
TEMA 1 – ASPECTOS ECONÔMICOS DE UM PROJETO 
 Os aspectos econômicos tratam da relação da análise do mercado, a 
capacidade produtiva e a localização espacial, conforme relacionado na Figura 
1 a seguir: 
 
 
 
3 
Figura 1 – Aspectos econômicos de um projeto 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: são fatores interdependentes a localização espacial e a escala 
de produção. 
1.1 Localização espacial 
A localização espacial de um projeto é uma decisão estratégica da 
empresa, pois é um de seus componentes da capacidade competitiva. A melhor 
localização de uma empresa é a que garante a diferença entre os benefícios 
maiores e os custos menores. 
Vamos contextualizar essa ideia? Imagine um centro de produção 
instalado em um local que fique distante da área de armazenamento e, para 
compensar isso, a organização decide criar uma área de distribuição, que 
também fica distante do mercado consumidor. 
Isoladamente, as decisões podem ter sido consideradas corretas, quer 
seja por custo de mão de obra, que seja por vias de acesso, etc. No conjunto 
operacional, porém, que custo isso representa? 
Figura 2 – Conjunto operacional 
Fabricação
Vendas
Distribuição
Depósito
MICROSOFT CORPORATION
Finanças
?
 
Aspectos 
econômicos
Localização 
espacial
Escala de 
produção
Análise de 
mercado
 
 
4 
 A esse conjunto de fatores Melnick (1981) chama de “forças locacionais”. 
Seu resultado pode levar a uma taxa ótima de lucro, com um custo mínimo, ou 
conduzir a um processo inverso, cujos custos inviabilizam todo o projeto. 
 Ainda segundo esse autor, é necessário que sejam considerados os 
seguintes componentes: 
 custos totais de transporte (desde a matéria-prima até o mercado 
consumidor); 
 custos relativos, como o da mão de obra; 
 custos ambientais, como odores, ruídos, destinação de resíduos, etc.; 
 custos complementares, como terreno, tributação, etc. 
 Atenção: O custo total da matéria-prima é um dos componentes com 
grande peso na estrutura econômica de um projeto, interferindo de forma 
expressiva na localização da empresa, como aquelas que 
 utilizam grandes quantidades de matéria-prima para produzirem 
pequenas quantidades de produto. Ex.: as indústrias açucareiras e 
siderúrgicas. 
 utilizam matéria-prima perecíveis, que exigem distâncias menores de 
transporte; 
 utilizam matérias-primas localizadas, como minérios. 
 necessitam de mão de obra intensiva, portanto, sua localização será onde 
esse fator for mais barato. 
1.2 Escala de produção 
 A escala de produção deve ser considerada sempre como o resultado final 
da equação entre a oferta e a demanda, pois é ela que determina o preço de 
venda e a disponibilidade do produto. A seguir, serão apresentados dois 
conceitos fundamentais, amplamente utilizados em economia. 
 A demanda estabelece que a procura de um produto tende a ser 
inversamente proporcional a seu preço, ou seja, quanto menor o preço maior a 
demanda; e quanto maior o preço menor a demanda. 
 Essa lei sofre algumas influências, como a renda do consumidor, a 
possibilidade de produtos similares com preços menores, etc. 
Vamos exemplificar? 
 
 
 
5 
Gráfico 1 – Demanda 
 
Observe que a curva da demanda representa todas as posições possíveis 
entre a quantidade demanda, representada por “Q”, e os níveis de preços, 
representados por “P”. 
Sendo a curva da demanda um gráfico inversamente proporcional entre 
preço e quantidade, podemos confirmar que a diminuição de preços (de P1 para 
P2) provoca um aumento na quantidade demandada (de Q1 para Q2). 
Portanto, o preço é um condicionante econômico importante, mas sofre 
forte influência da renda. 
Sabemos que o poder de compra influencia significativamente na 
demanda, pois quanto mais dinheiro disponível maior a possibilidade de se 
aumentar a demanda e, consequentemente, maior a receita da empresa. 
Atenção: O contrário também é verdadeiro – quanto menos dinheiro 
menos compras e menos receita para as empresas. 
Gráfico 2 – Receita 
 
Podemos, ainda, comentar sobre a lei da oferta, que, no mesmo sentido, 
esclarece, de forma simplificada, que quanto maior for o nível de preços mais as 
empresas estarão dispostas a ofertar seus produtos. 
Essa demonstração básica sobre a lei da oferta e da demanda objetivou 
mostrar a importância de uma análise prévia do mercado, para um 
 
 
6 
dimensionamento da produção e, consequentemente, a dimensão ideal do 
tamanho do projeto. 
Determinado o mercado, podemos dimensionar a escala do projeto, tendo 
por base a capacidade estimada e a capacidade nominal de produção. 
 Capacidade efetiva: representada pela utilização de toda a capacidade 
produtiva, descontando períodos parados por manutenção, falhas etc. 
 Capacidade nominal: representada pela utilização de toda a capacidade 
produtiva, sem descontar períodos parados por manutenção, falhas etc. 
“É a empresa operando a 100 o tempo todo”. 
Com esses dois conceitos, pode-se calcular o índice de utilização, que 
representa a oferta real da empresa, e efetivamente a escala limitadora do 
projeto. 
Nu = Ce 
 
 
Cn 
 
 
Onde: 
 
 
Nu = índice de utilização 
 
 
Ce = capacidade efetiva 
 
 
Cn = capacidade nominal 
 
 
Vamos contextualizar? Imagine que uma empresa tenha uma capacidade 
instalada nominal que diz que ela pode produzir 1 500 peças de um determinado 
produto por mês. Ao final do mês, porém, descobre que produziu apenas 1 280 
peças. 
Ao aplicar a fórmula (1 280 / 1 500), ela descobre que sua capacidade 
efetiva é 0,85333, ou seja, 85,33% da capacidade instalada. Portanto, calculou 
seu limite produtivo para determinar o tamanho do projeto. 
Para ultrapassar esse limite, deverão ser dispendidos novos 
investimentos, que aumentarão o custo previsto para o projeto. Portanto, uma 
economia de escala, o aumento dos custos significa diminuição dos lucros; por 
isso, o índice de utilização calculado representa o ponto de escala ideal para a 
empresa. 
 
 
 
7 
TEMA 2 – ASPECTOS TÉCNICOS E FINANCEIROS DE UM PROJETO 
Normalmente, os aspectos técnicos de um projeto estão relacionados com 
a capacidade humana para sua elaboração. Essa característica refere-se aos 
requisitos técnicos necessários para atingir o cronograma projetado, e o maisimportante ciclo é o de vida de um projeto. 
Esse ciclo compreende desde a fase de elaboração do projeto até sua 
conclusão final. Esse processo é chamado de ciclo de vida de um projeto e 
compreende as seguintes fases: 
 inicial ou de definição do projeto; 
 planejamento; 
 execução; 
 monitoramento; 
 encerramento. 
Todas essas fases exigem níveis diferentes de esforços. Na fase de 
execução, está concentrado o nível máximo de empenho. 
Gráfico 3 – Nível de esforço em relação ao tempo 
 
Fonte: Adaptado de Macedo; Corbari (2014). 
Observe que o nível de esforço inicia-se de forma muito branda no início 
do projeto, até atingir seu ponto máximo, onde são dispendidos os maiores 
esforços de insumos, quer sejam técnicos, quer sejam financeiros. 
Após atingir seu ponto máximo, tende a ter uma queda rápida no uso 
desses insumos, até seu encerramento. Essas fases fazem parte do ciclo de vida 
de um projeto. 
 
 
 
8 
Gráfico 4 – Ciclo de vida de um projeto 
E
s
fo
rç
o
Tempo de duração do projeto
P
ré
-p
ro
je
to
Fonte: Adaptado de Joel macedo, analise de projeto 
P
la
n
e
ja
m
e
n
to
E
x
e
c
u
ç
ã
o
E
n
c
e
rr
a
m
e
n
to
Monitoramento
 
Fonte: Adaptado de Macedo; Corbari (2014). 
A seguir, são descritas cada uma dessas fases. 
 Pré-projeto: fase embrionária do projeto, quando são identificados os 
objetivos do projeto e analisadas as estratégias a serem utilizadas. 
 Planejamento: nessa etapa, ocorre o detalhamento do projeto – é 
estabelecido o cronograma, feita a alocação de recursos, analisados os 
riscos e atribuídas as atividades entre os componentes do projeto. 
 Execução: trata-se da efetivação do planejamento, ou seja, representa o 
planejamento na prática. Nessa fase, ocorre uma subfase muito 
importante: a de monitoramento. 
 Monitoramento: objetiva acompanhar o que está sendo desenvolvido no 
projeto. Trata-se de uma fase que tem a qualidade da prevenção de riscos 
e das ações corretivas em casos de anormalidades. É a responsável pelo 
sucesso ou fracasso do projeto. 
 Encerramento: podemos chamar essa fase de “recicladora de 
processos”, pois é nela que ocorre o retrospecto de tudo o que foi feito. 
Analisam-se as falhas ocorridas e como foram solucionadas, permitindo 
criar um banco de dados com informações importantes para o 
gerenciamento do próximo projeto. Podemos chamar essa fase de “O 
que? Por quê? De que forma?”. 
 Vamos contextualizar esse tópico? 
 
 
 
 
 
O que 
ocorreu? 
Por que 
ocorreu? 
De que forma 
ocorreu? 
Solução 
 
 
9 
 O que ocorreu? Qual foi o problema ou o imprevisto ocorrido? 
 Por que ocorreu? Que fatores foram negligenciados, permitindo que o 
problema ocorresse? 
 De que forma ocorreu? Como o problema ocorreu sem ter sido detectado 
com antecedência? 
 Qual é a melhor solução encontrada e aplicada para o caso? 
Agora, você já conhece o ciclo de vida de um projeto. No entanto, cada 
um sempre estará envolvido com um produto, então, como esses ciclos se 
complementam? 
Figura 3 – Ciclos de um projeto 
 
 
Exemplificando, podemos dizer que o ciclo de vida de um produto é 
dividido em cinco estágios. 
Gráfico 5 – Ciclo de vida de um produto 
 
Fonte: Adaptado de Woiler, Mathias, 2008 p. 59. 
 As características que definem cada estágio estão descritas a seguir. 
 Introdução: caracterizada por ter vendas em níveis baixos, e o 
crescimento ainda é lento. Nessa fase, os lucros são baixos, pois a 
empresa ainda está com altos gastos em marketing, distribuição e 
tecnologia. 
Ciclo de vida do projeto
•Compreende o período da sua 
elaboração até a sua conclusão
Ciclo de vida do produto
Refere-se aos aspectos 
econômicos do produto
•Compreende se desenvolvimento, a sua 
fabricação, distribuição e comercialização
Descarte e reciclagem
•Atende aos quesitos de responsabilidade 
social e ambiental
 
 
10 
 Crescimento: caracterizada pela “aceitação”’ do produto pelo mercado, 
quando as vendas aumentam e os mercados se expandem. Nessa fase, 
a empresa recupera o investimento e os lucros passam a ter aumentos 
substanciais. 
 Maturidade: começa a ocorrer certo declínio das vendas em menor 
escala, e os lucros diminuem. Para reverter essa fase, normalmente as 
empresas fazem grandes campanhas de marketing, apregoando novas 
qualidades e utilidades para o mesmo produto. 
 Saturação: ocorre forte desaceleração nas vendas, levando produtores 
que têm altos custos a sair do mercado. Nessa fase, as empresas 
costumam relançar os mesmos produtos, mas agregando características 
diferenciadas de apresentação, tecnologia etc. 
 Declínio: as empresas costumam retirar o produto do mercado, pois os 
lucros praticamente deixam de existir, e as vendas atingem níveis 
mínimos. 
 Segundo Wernke (2004, p. 75), “o ciclo de vida real não termina quando 
o produto é fabricado, e sim quando o produto ou equipamento perde sua 
utilidade ou se desgasta totalmente para a finalidade que o consumidor o 
adquiriu”. 
 Vamos conversar sobre a questão financeira? Quanto ao aspecto 
financeiro, deve-se analisar a questão da composição do capital a ser investido, 
pois todo capital investido sempre terá um custo financeiro, mesmo que seja o 
capital próprio da empresa, que também deve ser remunerado. 
 A composição do capital leva em conta o cálculo do valor econômico 
agregado (VEA), o qual representa a média ponderada do custo dos capitais. 
Vamos exemplificar? Imagine uma empresa captando recursos para um 
investimento de R$ 800.000,00, que trará retornos anuais de R$ 120.000,00. As 
opções de captação foram: capital próprio de R$ 350.000,00 a ser remunerado 
a 12% aa e empréstimo bancário de R$ 450.000,00 a um custo de 17% aa. 
 Economicamente, há viabilidade nesse projeto? Vamos calcular! 
 Taxa de retorno anual do investimento: retorno anual de R$ 120.000,00 / 
total de investimento R$ 800.000,00 = 0,15. 
 Custo médio ponderado dos capitais a serem investidos. 
 R$ 350.000,00 / R$ 800.000,00 = 0,4375. 
 R$ 450.000,00 / R$ 800.000,00 = 0,5625. 
 
 
11 
 Temos então que: 
 43,75% do capital (capital próprio) serão remunerados a 12% aa; 
 56,25% do capital (terceiros) serão remunerados a 17% aa; 
 (12,00 × 43,75%) + (17,00 ×56,25%) = 14,81% aa de custo médio de 
capitais 
 Resultado: o investimento tem uma taxa de retorno de 15% com um custo 
de capital de 14,81%, portanto, economicamente é viável. 
Outras técnicas podem ser utilizadas, como as análises do grau de 
endividamento, a evolução do capital e do patrimônio etc. Elas se referem à 
análise de projeção do projeto e, normalmente, ocorrem nas fases em que o já 
está implantado. 
TEMA 3 – FERRAMENTAS PARA AVALIAÇÃO DE PROJETOS 
3.1 Fluxo de caixa e payback 
 Para analisar a viabilidade de um projeto ou investimento, como padrão, 
utiliza-se o fluxo de caixa. Os métodos mais utilizados, com base no fluxo de 
caixa, são o payback simples e descontado, a taxa interna de retorno e o valor 
presente líquido. 
 Vamos iniciar com o diagrama do fluxo de caixa, no qual as setas voltadas 
para cima representam a entrada de recursos, e as voltadas para baixo, as 
saídas dos recursos. Observe, a seguir, o diagrama de um fluxo de caixa. 
Figura 4 – Diagrama do fluxo de caixa 
 
 Supondo um investimento a ser feito por uma empresa em “n” períodos, 
a uma taxa nominal de 2% a.m. considerada para o projeto. Inicialmente, a 
empresa teve um desembolso de caixa, nos momentos 0, 3 e 5, mas, nos 
momentos 1, 2, 4 e 6, teve entrada de recursos, portanto, o fluxo de caixa 
representa a taxa efetiva entre os investimentos feitos e os retornos obtidos em 
um determinado período. 
 
 
12 
 Esse cálculo serve para determinar se a rentabilidade desejada para o 
projeto, no caso 2% a.m., foi atingida ou não. Esses métodos quantitativos 
levam em conta o valor do dinheiro no tempo, sendo denominado de fluxo de 
caixa descontado. 
 Agora que já sabemoso que é um diagrama de fluxo de caixa descontado, 
vamos conversar sobre o payback, que consiste na determinação do tempo 
necessário para que o dispêndio de capital seja recuperado por meio dos fluxos 
de caixa promovidos pelo investimento. 
Atenção: o payback é interpretado como um importante indicador do 
nível de risco de um projeto. 
Seu cálculo pode ser feito de duas formas: 
1. Payback médio: não considera o valor do dinheiro no tempo; 
2. Payback efetivo: considera o valor do dinheiro no tempo. 
Exemplificando: Uma empresa fará um investimento de R$ 300.000,00 e 
terá como retorno os valores estimados de: 
 1º ano – R$ 90.0000,00; 
 2º ano – R$ 50.000,00; 
 3º ano – R$ 60.000,00; 
 4º ano – R$ 50.000,00; 
 5º ano – R$ 250.000,00. 
Vamos estimar em quanto tempo o investimento será recuperado pelo: 
 payback médio 
Figura 5 – Exemplo de payback 
 
 
 
 
13 
Retornos estimados 
Cálculo: 
 retornos estimados = retorno médio 
total dos períodos 
Valor do investimento = payback médio (total de períodos 
 Retorno médio em que o investimento será recuperado) 
 
 Na prática: (90.000,00 + 50.000,00 + 60.000,00 + 50.000,00 + 250.000,00) 
/ 5 anos = 100.000,00, o que representa o retorno médio mensal. 300.000,00 / 
100.000,00 = 3 anos é a estimativa de retorno do investimento. 
 Payback efetivo 
 Considerando o mesmo exemplo, temos: 
Figura 6 – Retorno do investimento 
 
 Trata-se do cálculo do período de retorno para o investimento feito, mas 
considerando os efetivos retornos obtidos. Portanto, temos: 
 1º ano – R$ 90.000,00; 
 2º ano – R$ 50.000,00; 
 3º ano – R$ 60.000,00; 
 4º ano – R$ 50.000,00; 
 Total – R$ 250.000,00. 
Ainda faltam R$ 50.000,00 para completar o investimento feito, porém há 
uma última entrada de R$ 250.000,00. Portanto, quanto R$ 50.000,00 (que falta) 
representa de R$ 250.000,00 (da última entrada)? Calculando: 50.000,00 / 
250.000,00 = 0,20 ou 20%. 
Resposta: Pelo payback efetivo, o retorno do investimento ocorrerá em 
4,2 anos, ou seja, em 4 anos e mais 20% do período do 5º ano. 
 Atenção: trata-se de um cálculo que representa, de maneira realista, o 
período de retorno, portanto, é o mais utilizado. 
 
 
14 
 Fluxo de caixa descontado 
 Trata-se de um cálculo que traz ao valor presente (VP), considerando uma 
taxa financeira determinada, todos os retornos estimados. 
 Vamos imaginar o mesmo exercício anterior, mas supondo que ele tem 
um custo financeiro (que pode ser a própria rentabilidade desejada) de 25% 
embutida em cada período. 
 Nesse caso, devemos trazer o retorno estimado ao VP, considerando 
esse custo financeiro. 
 Vamos ver como é o cálculo? 
Figura 7 – Fluxo de caixa descontado 
 
 
 A fórmula que trata é 𝑉𝑃 =
𝑉𝐹
(1+𝐼)𝑁
 . 
 Onde: 
 VP = valor presente 
 VF = valor futuro 
 I = taxa de juros 
 N = período 
 
 
 
 
15 
Aplicando a fórmula, temos: 
90.000
1,25
+ 
50.000
1,252
+ 
60.000
1,253
+ 
50.000
1,254
+ 
250.000
1,255
 
72.000 + 32.000 + 30.720 + 20.480 + 81.920 = 237.120 
300.000
237.120
= 1,27 período 
 
 
 
 
 
 o 
 
 Portanto, se todo o retorno fosse recebido de uma parcela única, 
descontando o custo financeiro, teríamos recebido uma parcela de R$ 
237.120,00. Logo, o retorno do investimento ocorreria em 1,27 período. 
TEMA 4 – FERRAMENTAS PARA AVALIAÇÃO DE PROJETOS 
4.1 Valor presente líquido 
 Agora que você já estudou o que é fluxo de caixa descontado, vamos 
estudar o valor presente líquido (NPV), que expressa o resultado econômico 
(riqueza) atualizado do projeto de investimento. 
 Portanto, um NPV positivo demonstra uma rentabilidade superior à 
mínima aceitável, enquanto um NPV negativo indica um retorno inferior à taxa 
mínima requerida para o investimento 
 Vamos buscar o mesmo exemplo anterior, em que calculamos o fluxo de 
caixa descontado, mas, agora, considerando que os 25% do custo financeiro 
referem-se à taxa de retorno desejada para o investimento. 
 O cálculo do NPV segue praticamente a fórmula do fluxo de caixa 
descontado, apenas no final diminui-se o total investido. 
 
 
 
16 
NPV = (
FV
(1 + I)N
) − Investimento 
 
 Temos um valor negativo, portanto, nessa taxa de rentabilidade, o projeto 
é inviável. Ao estipular uma taxa de rentabilidade de 25% sobre o investimento 
inicial, e trazendo ao valor presente, o resultado é menor que o capital investido 
no projeto, portanto, não será alcançado o objetivo de rentabilidade desejada. 
 Agora, vamos supor esse mesmo investimento revendo a taxa de 
rentabilidade desejada para 15% em cada período: 
 
 Pronto, agora o projeto é viável, pois trará o retorno desejado. 
4.2 Índice de lucratividade 
 É determinado por meio da divisão do valor presente dos benefícios 
líquidos de caixa pelo valor presente dos dispêndios (desembolso de capital). 
Indica, em termos de valor presente, quanto o projeto oferece de retorno para 
cada unidade monetária investida. 
 Sua fórmula consiste em: 
caixa de sdesembolso dos VP
caixa de líquidos benefícios dos VP
 IL 
 
 Voltando ao nosso exemplo: o valor presente dos rendimentos é o 
montante de R$ 237.120,00, enquanto o valor presente do investimento é R$ 
300.000,00 (um único desembolso no início do projeto). 
 Calculando: Vamos calcular o índice de liquidez para o investimento, com 
o retorno estimado de 25% por período. 
IL = 237.120,00 / 300.000,00 = 0,7904 
 Isso quer dizer que, para cada R$ 1,00 investido, o retorno será de R$ 
0,7904 centavos. 
90.000,00 + 50.000,00 + 60.000,00 + 50.000,00 + 250.000,00 300.000,00 =
1,25
72.000,00 + 32.000,00 + 30.720,00 + 20.480,00 + 81.920,00 300.000,00 = 62.880,00- 
1,25 2 1,25 3 1,25 4 1,25 5
90.000,00 + 50.000,00 + 60.000,00 + 50.000,00 + 250.000,00 300.000,00 =
1,15
78.260,87 + 37.807,18 + 39.450,97 + 28.587,66 + 124.294,18 300.000,00 = 8.400,87 
1,15 2 1,15 3 1,15 4 1,15 5
 
 
17 
 Agora, vamos repetir o cálculo, com o retorno reajustado para 15% por 
período. 
IL = 308.400,87 / 300.000,00 = 1,028 
 Isso representa que, para cada R$ 1,00 investido, o retorno será de R$ 
1.028. Portanto, para o investimento de R$ 300.000,00, tendo os rendimentos 
estimados, a opção viável para o projeto é uma taxa de rentabilidade de 15% por 
período. 
 Alguns autores analisam de forma um pouco diferente, mas com o mesmo 
resultado final. O critério é estabelecer quanto o projeto oferece de retorno para 
cada unidade monetária investida. 
 Então, temos que: 
IL > 1: o projeto deve ser aceito (NPV > 0) 
IL = 1: indica um NPV = 0 
 Inicialmente, o projeto é considerado atraente, pois remunera o investidor 
em sua taxa requerida de atratividade. IL < 1: o projeto apresenta um NPV 
negativo (destrói valor), devendo, portanto, ser rejeitado 
 Por último, temos a Taxa Interna de Retorno (IRR ou TIR). Sua formulação 
é representada supondo-se a atualização de todos os movimentos de caixa para 
o momento zero, da seguinte forma: 
   
 
  



n
t
n
t
t
t
t
t
O
K
FC
K
I
I
1 1 11 
 Onde: 
 I0 = montante do investimento no momento zero (início do projeto); 
 It = montantes previstos de investimento em cada momento subsequente; 
 K = taxa de rentabilidade equivalente periódica (IRR); 
 FC = fluxos previstos de entradas de caixa em cada período de vida do 
projeto (benefícios de caixa). 
Exemplo ilustrativo 
 Investimento de R$ 300,00 com benefícios de caixa de R$ 100,00, R$ 
150,00, R$ 180,00 e R$ 120,00, respectivamente, nos próximos quatro anos 
       432 1
120
1
180
1
150
1
100
300
KKKK 







 
 
 
18 
 Com o auxílio de uma calculadora financeira, temos: K = 28,04% (na 
sequência, há um exemplo de uso na HP 12C). A rentabilidade totaldo projeto 
atinge 168,8%, ou seja: [(1,2804)4 – 1] × 100 = 168,8%. 
Figura 8 – Usando a HP 12C 
 
 Se a taxa interna de retorno exceder (ou igualar) o percentual mínimo 
desejado pela empresa, considera-se o investimento como economicamente 
atraente, devendo ser aceito. 
 O projeto pode até ser lucrativo, mas, se produzir uma taxa de retorno 
inferior à desejada pela empresa, será inviável. 
TEMA 5 – CUSTO DE CAPITAL E ANÁLISE DE INDICADORES 
 Conforme Assaf Neto (2009, p. 392), o “custo de capital de uma empresa 
reflete, em essência, a remuneração mínima exigida pelos proprietários de suas 
fontes de recursos (credores e acionistas)”. Portanto, o custo de capital terá 
sempre estas fontes: 
 capital interno (recursos próprios); 
 capital externo (recursos de terceiros). 
A resultante desses dois custos financeiros representa o custo total de 
capital da empresa. 
 
 
 
19 
Figura 9 – Capital da empresa 
 
O custo de capital de terceiros é composto de todas os débitos ou 
obrigações que a empresa tem com seus credores. Equivale a totalidade das 
obrigações da empresa (passivo circulante e passivo não circulante). 
 É importante destacar que somente uma parte do passivo (dívidas da 
empresa) é remunerada: aquela referente aos empréstimos e financiamentos. 
Há outros itens que participam do passivo e não tem remuneração, como salários 
a pagar, encargos sociais, impostos e tributos a pagar e outras contas. Itens, 
como fornecedores, têm sua remuneração embutida no custo das mercadorias. 
 O passivo oneroso representa as fontes de financiamento da empresa 
que apresentam custo financeiro, independentemente de sua fonte. 
Sabemos que todo projeto que envolve quantias significativas tem mais 
de uma fonte de recursos e, consequentemente, custos financeiros diferentes. 
O custo de capital de terceiros é definido de acordo com esses passivos, 
seus montantes e seus custos. Portanto, representa o custo médio total dos 
valores investidos. 
É importante destacar que, ao calcular a taxa média dos custos de capital 
de terceiros, devemos considerar o eventual “ganho extra” que a empresa obtém, 
em virtude da dedutibilidade fiscal permitida. 
E o que isso representa? Que a taxa nominal calculada pelo custo do 
capital de terceiros pode tornar-se uma taxa menor na contabilidade da empresa. 
 
Custo de capital de terceiros:
proveniente das fontes de
recursos de terceiros (credores) que 
financiam a empresa.
Custo de capital próprio: recursos
de capital próprio (de acionistas ou sócios) 
aportados na empresa.
Custo total de capital: é o custo médio 
ponderado de capital
de ambos os custos. 
 
 
20 
 
Vamos ver um exemplo? Uma empresa consegue viabilizar um projeto de 
investimentos no valor total de R$ 1.000.000,00 por meio da contratação de três 
empréstimos. 
1. Empréstimo bancário – R$ 500.000,00 a uma taxa de 15% a.a. 
2. Empréstimo de terceiros – R$ 200.000,00 a uma taxa de 17% a.a. 
3. Capital próprio a ser investido – R$ 300.000,00, que deve ser remunerado 
a 10% aa. 
Tabela 1 – Custo financeiro total 
 
 
Esse cálculo demonstra que o custo financeiro total da empresa para o 
total dos recursos obtidos é igual a 13,90% a.a. Portanto, o custo de uma dívida 
de R$ 1.000.000,00 a uma taxa de 13.90% a.a. é o mesmo que o custo para 
cada valor emprestado individualmente nas taxas em que foram contratados. 
E quanto à dedução extra dessa taxa? Se a empresa tem uma despesa 
financeira, tem redução em seu lucro e, consequentemente, paga menos 
impostos, e é assim que ela terá economia ou redução da taxa nominal. 
Vamos supor que a empresa, no exemplo acima, tenha uma carga 
tributária de Imposto de Renda de 30%. Que economia ela poderá obter? 
Total dos recursos obtidos: R$ 1.000.000,00. 
Custo financeiro (13,90%): R$ 139.000,00. 
Economia de Imposto de Renda (30%): R$ 41.700,00. 
Despesa financeira líquida: R$ 97.300,00. 
Relacionando as despesas financeiras com seu passivo gerador, temos: 
Custo de capital / Total empréstimos = 97.300,00 / 1.000,000,00 = 9,73%. 
Taxa nominal
Taxa efetiva
Investimento Valor dos Percentual Custo Custo
total emprest. Empres/Invest. empres. Ponderado
500.000,00 50,00% 15,00% 7,50%
1.000.000,00 200.000,00 20,00% 17,00% 3,40%
300.000,00 30,00% 10,00% 3,00%
 Custo financeiro do total dos recursos obtidos 13,90%
 
 
21 
 De uma taxa nominal de 13,90% a.a., quando considerarmos a economia 
no Imposto a pagar, essa taxa será reduzida para 9,73% a.a. 
Esse cálculo é importante, pois pode viabilizar projetos que possuam uma 
margem de rentabilidade muito reduzida, mas um ganho de mercado expressivo. 
Quanto aos indicadores financeiros, eles se referem à análise por meio 
das informações financeiras da empresa. São desenvolvidos com base nas 
demonstrações contábeis – Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e 
Balanço Patrimonial (BP). 
A análise das demonstrações contábeis está organizada em dois grandes 
grupos, conforme exposto a seguir. 
Figura 10 – Análise das demonstrações contábeis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A análise vertical possibilita o estudo da estrutura patrimonial da empresa 
nos aspectos qualitativos e quantitativos, pois destaca o percentual de um grupo 
patrimonial em relação ao total dos seus componentes. 
 
 
 
Exemplo:
Descrição Saldo Análise Vertical
Caixa 20.000,00R$ 1,21%
Bancos 180.000,00R$ 10,88%
Aplicações financ. 750.000,00R$ 45,32%
Dpls a Receber 230.000,00R$ 13,90%
Estoque 475.000,00R$ 28,70%
 Ativo Circulante 1.655.000,00R$ 100,00%
Análise das 
demonstrações 
contábeis 
Análise horizontal e 
vertical 
Análise dos 
indicadores 
contábeis 
 
 
22 
Fórmula: 
AV = Saldo da conta contábil / Total do grupo 
AV = 20.000,00 / 1.655.000,00 = 0,0121 ou 1,21% 
 
A análise horizontal consiste na comparação entre valores da mesma 
conta ou grupo de conta. 
 
AH = ((Saldo da conta do período 2 / saldo da conta do período 1) ×100) – 100 
AH = ((25.000,00 / 20.000,00) × 100) – 100 = 25,00% 
Quanto à análise dos indicadores contábeis, por tratar-se de assunto 
correlato à área da contabilidade gerencial, vamos, neste tópico, apenas 
comentar de forma resumida quais são. 
Figura 11 – Indicadores contábeis 
 
 Indicadores de liquidez: mostram a situação financeira da empresa em 
relação à sua capacidade de honrar seus compromissos de curto ou longo 
prazos, ou seja, a capacidade de solvência da empresa. 
 Indicadores de endividamento: revelam a situação financeira da 
empresa em relação ao seu passivo, ou seja, qual é a origem dos recursos 
investidos e sua proporção de capital próprio e de capital de terceiros. 
 Indicadores de rentabilidade: mostram a situação econômica da 
empresa em relação ao retorno de capital investido. Medem os resultados 
econômicos da empresa. 
Exemplo: Analise
Descrição Ano 1 Ano 2 Horizontal
Caixa 20.000,00R$ 25.000,00R$ 25,00%
Bancos 180.000,00R$ 210.000,00R$ 16,67%
Aplicações financ. 750.000,00R$ 640.000,00R$ -14,67%
Dpls a Receber 230.000,00R$ 195.000,00R$ -15,22%
Estoque 475.000,00R$ 560.000,00R$ 17,89%
 Ativo Circulante 1.655.000,00R$ 1.630.000,00R$ -1,51%
Indicadores ou 
quocientes
Indicadores de 
liquidez
Indicadores de 
endividamento
Indicadores de 
rentabilidade
Indicadores de 
atividade
 
 
23 
 Indicadores de atividade: revelam a situação da empresa com relação 
ao recebimento de suas vendas, aos seus pagamentos e em relação ao 
giro de seus estoques. 
TROCANDO IDEIAS 
Você sabia que o orçamento empresarial é conhecido como um 
instrumento de criação de cenários prospectivos? Com ele, tentamos prever o 
futuro. 
É comum ouvir dizer que o futuro das empresas é múltiplo, incerto e que 
muda a todo instante. Se isso é verdade, como minimizar o risco perante o futuro 
incerto e construir estratégias vencedoras? 
A utilização dos instrumentosorçamentários e sua análise quantitativa 
permite a construção de cenários prospectivos, sendo um extraordinário 
instrumento para o desenvolvimento da visão estratégica das empresas. 
Portanto, o orçamento permite construir cenários, que são visões 
consistentes daquilo que o futuro pode vir a ser. Que tal, a partir de hoje, 
construirmos cenários com base em processos orçamentários? 
NA PRÁTICA 
A discussão sobre novas formas organizacionais explora modelos de 
gestão flexíveis, caracterizados pela tomada de decisão mais frequente, rápida 
e complexa, pelo achatamento de níveis hierárquicos, pela contínua e ampla 
aquisição e compartilhamento de informações e pelo fomento à aprendizagem 
organizacional. Em paralelo, questiona elementos do paradigma modernista de 
organização, como a racionalidade instrumental, a produção em massa e o 
modelo fordista de organização do trabalho. 
Essas novas formas organizacionais são vistas pelos estudiosos de duas 
maneiras principais: 
1. como representação de uma lógica de ação diferente da instrumental, que 
é típica do modelo modernista de organização; 
2. como aperfeiçoamento da abordagem contingencial da administração. 
Os estudos realizados carecem, entretanto, de aprofundamento para que 
se possa considerar as chamadas organizações pós-modernas ou como 
expressão da ruptura qualitativa com a modernidade ou como versão 
 
 
24 
especificamente histórica de organizações modernas (Dellagnelo; Machado-da-
Silva, 2000). 
 
Considerando as ideias acima, avalie as afirmações a seguir. 
I. A abordagem contingencial, própria do projeto modernista de 
organização, procura discutir as novas alternativas organizacionais em 
um ambiente considerado turbulento e competitivo, com a preocupação 
de desenhar o melhor arranjo organizacional para o alcance de maior 
efetividade. 
II. De acordo com a compreensão sistêmica e comportamental da 
administração, as novas formas organizacionais revelam a ruptura com a 
racionalidade instrumental, caracterizando o paradigma pós-modernista. 
III. Na visão pós-modernista, as novas formas organizacionais podem 
representar a operacionalização de modos de racionalidade diferentes 
daquele descrito por Weber como típico do modelo burocrático. 
É correto o que se afirma em: 
a. I, apenas. 
b. II, apenas. 
c. I e III, apenas. 
d. II e III, apenas. 
e. I, II e III. 
FINALIZANDO 
 Nesta aula, estudamos a importância de conhecermos e analisarmos os 
aspectos econômicos de um projeto, sua capacidade produtiva, bem como a 
importância estratégica da localização espacial e da própria escala de produção 
como definidora do tamanho do projeto. 
 Analisamos o ciclo de um projeto, que compreende desde sua fase de 
elaboração até sua conclusão, sendo estruturado em: pré-projeto, 
planejamento, execução, monitoramento e encerramento. 
 Também abordamos o aspecto financeiro, que envolve a questão da 
composição do capital a ser investido, para analisar sua viabilidade. 
 Passamos a analisar os principais indicadores utilizados no processo de 
análise de projetos, como o payback, a taxa interna de retorno, e o valor 
presente líquido. 
 
 
25 
 
 Por fim, estudamos as ferramentas para avaliação de projetos, como o 
fluxo de caixa descontado, o custo de capital e os principais indicadores. 
RESPOSTAS 
Na prática 
C. 
 
 
 
26 
REFERÊNCIAS 
MACEDO, J. J; CORBARI, E. C. Análise de projeto e orçamento empresarial. 
Curitiba: Intersaberes, 2014. 
DELLAGNELO, E. L.; MACHADO-DA-SILVA, C. L. Novas formas 
organizacionais: onde se encontram as evidências empíricas de ruptura com o 
modelo burocrático de organizações? In: Organizações e Sociedade, v. 7, n. 
19, p. 19, set./dez. 2000 (adaptado). 
CARVALHO JUNIOR, M. R. Gestão de projetos – da academia à sociedade, 
Curitiba: Intersaberes, 2013.

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