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ANAMNESE CARDIACA

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HABILIDADE DE CARDIOLOGIA
Anamnese 
Identificação, antecedentes pessoais e familiares, hábitos de vida e as condições socioeconômicas e culturais do paciente 
I. Idade: jovens e crianças predominam as anomalias congênitas; doença de chagas e HA dos 20 aos 50 anos; angina de peito e infarto agudo do miocárdio é + comum acima da 5 década de vida 
II. Sexo: lesões mitrais como estenose ocorrem mais em mulheres jovens, enquanto a aterosclerose predomina no sexo masculino ate os 45 anos. Obs: após os 45 anos as incidências vão se tornando cada vez mais igual 
III. Cor da pele: HA mais presente nos negros e em faixas etárias + baixas, com evolução + grave 
IV. Profissão: profissões que exigem esforço físico + intenso, é + frequente a ocorrência de insuficiência cardíaca. Já as que acompanham de estresse emocional normalmente constituem um fator importante no aparecimento de HA e cardiopatia isquêmica 
V. Naturalidade e o local: relação com doenças endêmicas como chagas 
VI. Antecedentes pessoais: relação c/ infecções estreptocócicas, lesões orovalvares de etiologia reumática. Análise de relação entre alimentação rica em lipídios e aterosclerose e manifestações cardiovasculares de ansiedade e/ou depressão 
VII. Antecedentes familiares: influência de fatores genéticos
VIII. Hábitos de vida: tabagismo, etilismo, sedentarismo e suas relações com o aparecimento de aterosclerose e HA 
IX. Condições socioeconômicas e culturais: renda individual e familiar, seja atrelado à má alimentação, condições habitacionais precárias ou por falta de tratamento precoce 
Sinais e sintomas 
Doenças no coração manifestam-se por ≠ sintomas e sinais, alguns do próprio coração e outros em ≠ órgãos q/ repercutem c/ + intensidade as alterações do funcionamento cardíaco 
· DOR= dor precordial não é sinônimo de dor cardíaca, pois pode ter origem tanto no coração quanto em outros órgãos ou estrutura como pleura, aorta, mediastino, estomago e na própria parede torácica 
-A dor relacionada com o coração e a aorta compreende a de origem isquêmica, a pericárdica e a aórtica 
Estímulo doloroso no coração (miocárdio, endocárdio ou pericárdio) ou/e na adventícia das artérias coronárias ou aorta plexo cardíaco penetram em 4 ou 5 nervos simpáticos torácicos superiores (nn tem sinapse) por meio dos ramos comunicantes gânglios espinais correspondentes 
Fibras nervosas aferentes q/ conduzem o estímulo doloroso transitam tbm pelos nervos cardíacos superior, médio e inferior cadeias cervicais simpáticas gânglios cervicais inferiores e primeiro dorsal ramos brancos raízes dorsais 
+ parte das fibras sensoriais q/ nascem no coração gânglio simpático cervical inferior e pelos 2 ou 3 gânglios torácicos superiores. Os neurônios formam sinapse com neurônios de segunda ordem nos cornos superiores da medula espinal 
Na avaliação da dor precordidal tem-se as características importantes: 
Dor na isquemia miocárdica. 
Admite-se que a dor de origem isquêmica seja em razão de hipoxia celular. Sempre que houver desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio, vale dizer, quando há isquemia miocárdica, ocorre estimulação das terminações nervosas da adventícia das artérias e do próprio músculo por substâncias químicas liberadas durante a contração. Não se sabe se tais substâncias são produzidas somente durante a isquemia ou se são metabólitos normais que se acumulam até atingir concentrações capazes de determinar dor se houver inadequada irrigação sanguínea. É provável que as substâncias que estimulam ou aumentam a excitabilidade das terminações nervosas sensoriais sejam o ácido láctico, o potássio, as cininas, as prostaglandinas e os nucleotídios. A causa mais comum de isquemia miocárdica é a aterosclerose coronária, assumindo características especiais na angina de peito e no infarto agudo do miocárdio.
1. Localização: a mais típica é retroesternal, podendo ser sentida à esquerda ou mais raramente à direita da linha esternal. Podendo ser restrita a uma pequena área ou ocupar toda a região precordial. A dor perimamilar ou por debaixo do mamilo quase nunca é de causa cardíaca 
2. Irradiação: relacionada c/ sua intensidade, quanto + intensa + a probabilidade de se irradiar 
3. Caráter ou qualidade: dor anginosa é a sensação de que algo aperta o tórax ou região retroesternal, “peso, aperto, queimação, sufocação”. Pode ser tbm sensação de nó na garganta. Além disso pode ser sentido em áreas de irradiação da dor como um “aperto no braço” 
Outros tipos são a dor em queimação ou ardência no precordio, formigamento ou facada 
4. Duração: muito importante p/ avaliação clínica, analisando seu tempo de duração 
5. Intensidade: varia conforme o grau de comprometimento isquêmico, podendo ser classificada em leve, moderada e intensa. 
· Dor leve é uma sentida, mas o paciente não se fixa a ela, relatada como um peso ou desconforto 
· Dor moderada é quando incomoda bastante o paciente e agrava-se com os exercícios físicos 
· Dor intensa é aquela q/ inflige grande sofrimento, obrigando o paciente a ficar + quieto possível. Acompanha sudorese, palidez, angústia e sensação de morte iminente 
6. Fatores desencadeantes ou agravantes: ocorre quase invariavelmente após esforço físico, como tbm, emoções, taquicardia, frio ou refeição copiosa. Dependendo da situação costuma ter início com o paciente em repouso, como no caso do infarto agudo do miocardio 
· A dor retroesternal, que ocorre após vômitos intensos, deve-se à laceração da mucosa do segmento inferior do esôfago. 
· A dor torácica, em consequência das mudanças de decúbito ou de movimentos do pescoço, origina-se na coluna cervical ou dorsal (osteoartrite, hérnia de disco). 
· A dor retroesternal e epigástrica durante a deglutição é causada por espasmo esofágico ou esofagite.
· A dor que se agrava com a tosse pode ocorrer em virtude de pericardite, pleurite ou compressão de uma raiz nervosa
7. Fatores atenuantes da dor: alívio da dor pelo repouso (caract de angina de peito) como tbm, utilização de vasodilatadores coronários. Na pericardite aguda a dor é amenizada ou cessada quando o paciente inclina o tórax p/ frente ou comprime c/ um travesseiro 
8. Manifestações concomitantes: náuseas, vômitos e sudorese fria -infarto agudo do miocárdio-, dor precordial durante crise de palpitações pode decorrer de isquemia provocada por taquiarritmia 
Dor de origem pericárdica 
A dor da inflamação do pericárdio é + aguda, localiza-se na região retroesternal junto do rebordo esternal e irradia-se p/ costas e pescoço. Pode ser do tipo “constritiva”, “peso”, “opressão”, “queimação” e apresentar grande intensidade, costuma ser continua 
Não se relaciona c/ exercícios, se agrava c/ respiração, decúbito dorsal, mov na cama, movimentação de tórax e deglutição. A sensação de alívio normalmente vem quando o paciente inclina o tórax p/ frente ou ao se colocar na posição genupeitoral 
· Mecanismo da dor: é o atrito entre as membranas ou uma grande e rápida distensão do saco pericárdico por líquido. É provável q/ a irritação de estruturas como pleura mediastinal tbm participe 
Dor de origem aórtica 
Aneurismas da aorta geralmente nn provocam dor 
Dissecção aguda da aorta é um quadro doloroso, c/ início súbito, muito intensa, do tipo lancinante, de localização retroesternal com irradiação p/ o pescoço, região interescapular e ombro. Durante a crise dolorosa, paciente fica inquieto na busca por um alívio 
· A dor é determinada por conta da separação das camadas da parede arterial, particularmente da adventícia, com súbita distensão das terminações nervosas, as quais estimulam as terminações nervosas do plexo aórtico 
Dor de origem psicogênica
Aparece em indv c/ ansiedade e/ou depressão, podendo fazer parte da síndrome de astenia neurocirculatória ou “neurose cardíaca” 
A dor se limita à região da ponta do coração, costuma ser surda, persistindo por horas ou semanas e acentuando-se quando o paciente sofre contrariedades ou emoções desagradáveis. Não está relacionada c/ exercícios e pode ser acompanhada de hipersensibilidade do precórdio
Nas crisesde dor, ocorrem tbm palpitações, dispneia suspirosa, dormência, astenia, instabilidade emocional e depressão. O alívio da dor (parcial) está relacionado com repouso, analgésicos, tranquilizantes e placebos 
A preocupação de pacientes q/ possuem angina de peito ou q/ já sofreram infarto agudo do miocárdio, se alteram com qualquer tipo de dor torácica, dessa forma torna-se difícil de diferenciar dor precordial da dor psicogênica 
Palpitações
Percepções incomodas dos batimentos cardíacos, podendo ser relata de ≠ maneiras como: “batimentos + fortes”, “falhas”, “arrancos”, “paradas”, “tremor no coração”, “coração deixando de bater”, “coração aos pulos”. Necessário salientar que a percepção incomoda dos batimentos nem sempre significa alterações do ritmo cardíaco (arritmia) 
As palpitações são contrações cardíacas + fortes, intensas, lentas ou rápidas, rítmicas ou arrítmicas, decorrente de transtornos do ritmo ou da freq cardíaca, incluindo todas as manifestações de taquicardia, pausas compensadoras, aumento do débito cardíaco, estados hipercinéticos, hipertrofia ventricular, início súbito de uma braquicardia causada por bloqueio completo 
· Necessidade de se analisar algumas questões, visto que tbm aparecem em indv normais após exercício físico ou emoções
· Frequência 
· Ritmo 
· Horário de aparecimento 
· Modo de instalação 
· Desaparecimento 
· Indagar sobre o uso de chá, café, refrigerantes à base de cola, tabaco, drogas (princ cocaína e anfetaminas) 
· Existem 3 tipos principais de palpitação: 
· Palpitações de esforço: ocorrem durante a execução de esforço físico e desaparecem no repouso, sendo necessário escalonar a magnitude do esforço habitualmente em grandes, médios e pequenos esforços. Na insuficiência cardíaca, iniciam-se de modo súbito e desaparecem no repouso de maneira gradual e lenta. De maneira geral, os pacientes relatam batimentos rítmicos, enérgicos e rápidos 
· Palpitações decorrentes de alterações do ritmo cardíaco: expressada pelos pacientes de uma forma que o médico consegue presumir tal tipo de arritmia, por meio de “falhas”, “arrancos”, “tremor” indica quase sempre extrassístoles (em palavras populares e simples o famoso “disparo do coração” em curta duração). De outro modo, a sensação que o coração “deixa de bater” corresponde quase sempre à pausa compensadora 
Quando tem início e fim súbito costumam ser indicativos de taquicardia paroxística (normalmente uma frequência acima de 150 bpm), enquanto, que as de início súbito e término gradual sugerem taquicardia sinusal ou estado de ansiedade (freq cardíaca entre 110 e 150 bpm). O relato de taquicardia c/ batimentos irregulares podem levantar a suspeita de fibrilação atrial 
· Palpitações relacionadas a transtornos emocionais: pode estar presente tbm a precordialgia e a dispneia suspirosa, da síndrome de astenia neurocirculatória cuja origem reside nas agressões emocionais sofridas nos primeiros anos de vida (castigo, medo, ameaças) ou nas dificuldades e desajuste conjugal, problemas econômicos, insatisfação sexual 
A perda de um membro da família ou de um amigo por doença do coração pode desencadear o quadro de astenia neurocirculatória, principalmente em pacientes q/ sofrem de ansiedade ou depressão
Muitas das vezes estão acompanhadas de sudorese, desmaio, dormências 
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2 Elisa Almeida-T6

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