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SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO COMPONENTES: · Músculos · Inervação · Glândulas salivares · Ossos · Dentes · Periodonto · ATM · Vascularização UNIDADES FISIOLÓGICAS: · Sistema Neuromuscular (músculos e nervos) · Articulações Temporomandibulares · Oclusão dentária · Periodonto O Sist. Estomatognático cumpre uma série de funções, entre as quais se podem citar quatro principais: mastigação, deglutição, respiração e fonação. Cavidade Oral - Limites: bochechas, lábios, arcos ou pregas palatoglosso e palatofaríngeo e úvula Rima bucal (comunica a cavidade com o meio]0 e istmo das fauces (comunica com o meio interno, orofaringe). CAVIDADE ORAL LIMÍTES: · VESTÍBULO ORAL: ÁREA ENTRE DENTES E LÁBIOS OU PORÇÃO JUGAL · CAVIDADE ORAL PROPRIAMENTE DITA: ÁREA INTERNA DOS DENTES MÚSCULOS CONTEÚDO FORMAÇÃO ÓSSEA PALATO DURO RECOBERTO POR MUCOSA PRESENÇA DO FORAME INCISIVO PAPILA INCISIVA RUGAS PALATINAS RAFE PALATINA LÂMINA HORIZONTAL DO PALATINO PROCESSO PALATINO DA MAXILA PALATO MOLE TENSOR DO VÉU PALATINO LEVANTADOR DO VÉU PALATINO PALATOGLOSSO PALATOFARÍNGEO MM DA ÚVULA ARCO PALATOGLOSSO ARCO PALATO FARÍNGEO OBS: AJUDA A FECHAR A PARTE NASAL DA FARINGE DURANTE A DEGLUTIÇÃO, FORMANDO UM ESFINCTER PALATOFARINGEO ( CRISTA DE PASSAVANT) - Palato duro: teto, junto com o palato mole (possuem glândulas palatinas) - Arco palatoglosso e palatofaríngeo: entre os arcos existe a fossa tonsilar onde abriga a tonsila palatina. - Comunicações da cavidade oral pelo istmo das fauces: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. Músculos da Mastigação MÚSCULOS MASTIGATÓRIOS SÃO MÚSCULOS QUE SE ORIGINAM NO CRÂNIO E SE INSEREM NA MANDÍBULA SÃO INERVADOS PELO RAMO MANDIBULAR DO NERVO TRIGÊMIO(MOTORA) SÃO DERIVADOS DO 1º ARCO FARÍGEO MOVIMENTOS DA MANDÍBULA: ELEVAÇÃO-DEPRESSÃO- PROTUSÃO- RETRAÇÃO- DESLOCAMENTO LATERAL MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO E VASCULARIZAÇÃO AÇÃO TEMPORAL LINHA TEMPORAL INFERIOR PROCESSO CORONÓIDE DA MANDÍBULA ( DESCE AO LONGO DO APICE, BORDA ANTERIOR, POSTERIOR E SUPERFICIE MEDIAL E ESTENDE-SE INFERIORMENTE NA BORDA ANTERIOR DO RAMO DA MANDÍBULA ( NA CRISTA TEMPORAL) ATÉ O 3ºMOLAR - NERVOS TEMPORAIS PROFUNDOS (ANTERIOR E POSTERIOR) RAMOS DA DIVISÃO MANDIBULAR DO NERVO TRIGÊMIO - ARTÉRIAS TEMPORAIS PROFUNDAS (ANTERIOR E POSTERIOR) DA ARTÉRIA MAXILAR E O RAMO TEMPORAL MÉDIO DA ARTÉRIA TEMPORAL SUPERFICIAL PRINCIPAL MÚSCULO POSTURAL (MANTÉM A MAND. NAPOSIÇÃO DE REPOUSO)/ PRIMARIAMENTE UM LEVANTADOR DA MANÍBULA/ ALGUMAS FIBRAS AGEM NA RETRAÇÃO MASSETER CRIS: OSSO ZIGOMÁTICO NETTER: · PARTE SUPERFICIAL- BORDA INFERIOR DOS 2/3 ANTERIORES DO ARCO ZIGOMÁTICO; · PARTE PROFUNDA: BORDA MEDIAL E 1/3 DA BORDA INFERIOR POSTERIOR DO ARCO ZIGOMÁTICO CRIS: PARTE SUPERFICIAL= ÂNGULO E RAMO DA MANDÍBULA/PARTE SUPERFICIAL= PARTE INTERNA (?) DO RAMO DA MANDÍBULA NETTER: · PARTE SUPERFICIAL: NO ÂNG. DA MANDÍBULA E PARTE INFERIOR E LATERAL DO RAMO DA MANDÍBULA · PARTE PROFUNDA:PORÇÃO SUPEROLATERAL DO RAMO DA MAND. E PROCESSO CORONÓIDE - RAMO MASSETÉRICO DA DIVISÃO MANDIBULAR DO NERVO TRIGÊMIO - RAMO MASSETÉRICO DA ARTÉRIA MAXILAR PODEROSO LEVANTADOR DA MANDÍBULA PTERIGOIDEO LATERAL – CABEÇA SUPERIOR ASA MAIOR DO OSSO ESFENOIDE E CRISTA INFRATEMPORAL FACE ANTERIOR DO DISCO ARTICULAR E CAPSULA ARTICULAR RAMOS PTERIDOIDEO LATERAL DA DIVISÃO MANDIBULAR DO NERVO TRIGÊMEO - RAMOS DA ARTÉRIA MAXILAR CABEÇA SUPERIOR: ESTABILIZA A MANDIBULA PTERIGOIDEO LATERAL – CABEÇA INFERIOR FACE LATERAL DA LÂMINA LATERAL DO PROCESSO PTERIGOIDEO DO OSSO ESFENÓIDE FÓVEA TROCLEAR NO COLO DO PROCESSO CONDILAR DA MANDÍBULA RAMOS PTERIDOIDEO LATERAL DA DIVISÃO MANDIBULAR DO NERVO TRIGÊMEO - RAMOS DA ARTÉRIA MAXILAR ABAIXADOR DA MANDÍBULA/LIGEIRA PROTUSÃO E INICIA A ABERTURA DA BOCA PTERIGOIDEO MEDIAL- CABEÇA PROFUNDA FACE MEDIAL DA LÂMINA LATERAL DO PROCESSO PTERIGOIDE DO OSSO ESFENÓIDE TUBEROSIDADE PTERIGÓIDEA ( FACE MEDIAL DO RAMO DA MANDÍBULA) NERVO PTERIGOIDEO MEDIAL DA DIVISÃO MANDIBULAR DO NERVO TRIGÊMIO RAMO DA ART. MAXILAR PRIMARIAMENTE UM LEVANTADOR DA MANDÍBULA/ ELEVA A MAND./ LEVE PROTAÇÃO E MOVIMENTO DE LATERALIDADE PTERIGOIDEO MEDIAL- CABEÇA SUPERFICIAL TUBEROSIDADE DA MAXILA E PROCESSO PIRAMIDAL DO OSSO PALATINO TUBEROSIDADE PTERIGÓIDEA ( FACE MEDIAL DO RAMO DA MANDÍBULA) NERVO PTERIGOIDEO MEDIAL DA DIVISÃO MANDIBULAR DO NERVO TRIGÊMIO RAMO DA ART. MAXILAR PRIMARIAMENTE UM LEVANTADOR DA MANDÍBULA/ ELEVA A MAND./ LEVE PRPOTAÇÃO E MOVIMENTO DE LATERALIDADE Músculos da Língua Língua - Ajuda a formar o bolo alimentar. Elabora os sons, tem funções gustativas (papilas filiformes, fungiformes, circunvaladas e foleadas). - Partes da língua: ápice, corpo, raiz. No sulco terminal encontramos o forame cego e as papilas circunvaladas. MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DA LÍNGUA MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÕES NERVO (MOTORA) MÚSCULO GÊNIOGLOSSO ESPINHA GENIANA A MANDÍBULA FIBRAS EM FORMA DE LEQUE PARA O CORPO DA LÍNGUA/ALGUMAS SEGUEM PARA O OSSO HIOIDE PROTUSÃO E ABAIXAMENTO NERVO HIPOGLOSSO MÚSCULO HIOGLOSSO CORNO MAIOR E MENOR DO CORPO DO OSSO HIOIDE FACE LATERAL DA LÍNGUA/SUAS FIBRAS SE FUNDEM C O MM ESTILOGLOSSO ABAIXAMENTO NERVO HIPOGLOSSO MÚSCULO ESTILOGLOSSO EXTREMIDADE DO PROCESSO ESTILOIDE FACE LATERAL DA LINGUA ONDE SUAS FIBRAS SE FUNDEM COM O MÚSCULO HIOGLOSSO RETRAÇÃO E ELEVAÇÃO NERVO HIOGLOSSO MÚSCULO PALATOGLOSSO APONEUROSE PALATINA FACE LATERAL DA LÍNGUA ONDE SUAS FIBRAS SE FUNDEM C MÚSCULOS INTRÍNSECOS ELEVAÇÃO E ESTREITAMENTO DO ISTIMO PARA DEGLUTIÇÃO PLEXO FARÍNGEO ( PORÇÃO MOTORA DO NERVO VAGO E PARTE CRANIANA DO NERVO ACESSÓRIO) MÚSCULOS INTRÍNSECOS DA LÍNGUA MÚSCULOS ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO INERVAÇÃO LONGITUDINAL SUPERIOR SEPTO FIBROSO MEDIANO PROXIMO A EPIGLOTE AO LONGO DA BORDA DA TUNICA SUBMUCOSA DA LÍNGUA ENCURTA (RETRAI) A LÍNGUA / CURVA O ÁPICE LONGITUDINALMENTE PARA CIMA NERVO HIPOGLOSSO LONGITUDINAL INFERIOR RAIZ DA LÍNGUA NO CORPO DO OSSO HIÓIDE TUNICA SUBMUCOSA NO ÁPICE DA LÍNGUA ENCURTA (RETRAI) A LÍNGUA / CURVA O ÁPICE LONGITUDINALMENTE PARA BAIXO NERVO HIPOGLOSSO TRANSVERSO SEPTO FIBROSO MEDIANO TECIDO FIBROSO NA TÚNICA SUBMUCOSA NA LATERAL DA LÍNGUA ESTREITA A LINGUA/ALONGA (ESTENDE) A LINGUA NERVO HIPOGLOSSO VERTICAL TÚNICA SUBMUCOSA DA CAMADA SUPERIOR DO DORSO DA LINGUA TUNICA SUBMUCOSA DA CAMADA VENTRAL DO DORSO DA LÍNGUA ALARGA E ACHATA A LÍNGUA NERVO HIPOGLOSSO - Irrigação: Artéria lingual (acompanha o nervo hipoglosso): art. dorsal, profunda da língua e sublingual. - Drenagem: veia lingual - Inervação: sensitiva (nervo lingual, glossofaríngeo e faríngeo interno), motora e gustação. COMPONENTES DA ATM PARTES DURAS: · CONDILO MANDIBULAR: - relação entre o côndilo e as fraturas em traumas desferidos na mandíbula; - Forma a superfície articular · FOSSA MANDIBULAR: - Chamada de cavidade glenóide; - Posterior ao tubérculo articular; - Dividida pela fissura tímpano escamosa em parte timpânica do temporal e parte escamosa do temporal. · TUBÉRCULO ARTICULAR: - Faz parte da superfície articular; - Raiz inferior do arco-zigomático; PARTES MOLES: · CARTILAGEM ARTICULAR: tecido fibroso avascular apropriado para receber as forças mastigatórias. · DISCO ARTICULAR: promove a relação de contato entre as superfícies articulares do temporal e a mandíbula. Possui uma superfície superior e uma inferior, divide a articulação em duas – temporodiscal e mandibulodiscal. a) Região anterior: inserção tendínea dos feixes do músculo pterigoideo lateral; b) Região posterior: tecido retrodiscal (vai preencher o espaço vazio que se forma durante o movimento – o sistema fechado não pode tolerar o vácuo – repõe o volume do côndilo), lâmina retrodiscal superior (liga o disco ao temporal –possui muitas fibras elásticas- permite o retorno do disco juntamente com o côndilo) e lâmina retrodiscal inferior (liga o disco fixa o disco a borda posterior do côndilo – fibras colágenas). c) Região medial e lateral do disco: ligamento colateral medial e ligamento colateral lateral – bordas do disco que se dobram para baixo e se fixam aospolos do côndilo e a cápsula (dividindo a articulação em dois compartimentos: temporodiscal e mandibulodiscal). · MEMBRANA SINOVIAL: tecido conjuntivo que produz o líquido sinovial · LÍQUIDO SINOVIAL: líquido viscoso (rico em polissacarídeos e ácido hialurônico) que fundamentalmente lubrificam o interior da articulação. a) Função do Líquido sinovial: -lubrificação da atm; Proteção biológica; Nutrição da atm (principalmente do disco) · CÁPSULA ARTICULAR: tecido fibroso que recobre toda articulação e retém o líquido sinovial. É bem inervada e possui estímulos proprioceptivos que auxiliam nos movimentos da articulação. LIGAMENTOS 1. LIGAMENTOS INTRA-ARTICULARES (ligamento colateral medial e ligamento colateral lateral) - restringem o movimento do disco para fora do côndilo. - limitam o movimento latero-lateral. 2. LIGAMENTOS EXTRA- ARTICULARES: - LIGAMENTO LATERAL DA ATM : o feixe interno limita o movimento posterior do côndilo e do disco e protege o tecido retrodiscal de trauma causado pelo deslocamento posterior do côndilo/ feixe externo impede a queda excessiva do côndilo e limita a abertura da boca); - LIGAMENTO MEDIAL DA ATM - LIGAMENTOS ACESSÓRIOS: A) LIGAMENTO ESFENO-MANDIBULAR: · Lâmina fibrosa que vai da espinha do esfenoide e se insere na língula da mandíbula; b) LIGAMENTO ESTILO-MANDIBULAR: · Lâmina fibrosa que vai do processo estiloide até a borda posterior do ramo e ângulo da mandíbula. Limita o movimento de protrusão. c) RAFE PTERIGOMANDIBULAR: · VAI DO HÂMULO DO PTERIGÓIDE AO TRIGONO RETROMOLAR IRRIGAÇÃO -ramos da artéria carótida externa. INERVAÇÃO - Sensitiva geral: pelos ramos do nervo aurículo-temporal; - Proprioceptiva: nervo massetérico (indica ao SNC o posicionamento das estruturas intra-articulares). MOVIMENTOS DA MANDÍBULA 1. Sentido Ântero-posterior - RETRUSÃO (para trás): fibras posteriores do músculo temporal; - PROTRUSÃO (para frente): contração simultânea dos músculos pterigoideos laterais. 2. Sentido supero-superior - ABAIXAMENTO: · Abertura bucal inicial = ventre anterior do mm. Digástrico + mm. gênio-hioide. · Abertura total da boca= atuação dos dois músculos pterigoideos laterais. - ELEVAÇÃO: músculo masseter, pterigoideo medial e temporal. 3. Sentido latero-lateral - LATERALIDADE: contração dos músculos pterigoideos lateral e pterigoideos medial (no lado de balanceio) com o auxílio das fibras posteriores do mm. Temporal (no lado de trabalho). LUXAÇÃO DA MANDÍBULA O operador deve colocar seus polegares na linha obliqua e os outros dedos junto a borda inferior da mandíbula. Pressiona então o polegar em direção inferior, abaixando a parte posterior da mandíbula e elevando o mento com os outros dedos (para que os condilos contornem a superfície articular. PRINCÍPIOS DA OCLUSÃO Oclusão Normal dos Dentes Permanentes Conceito: Podemos definir a oclusão normal como dentes corretamente ordenados no arco e em harmonia com todas as forças estáticas e dinâmicas que sobre eles atuam; ou antes, a oclusão normal é uma oclusão estável, sã e esteticamente atrativa. a) Oclusão Estática: corresponde a posição fisiológica de repouso. Na oclusão estática a mandíbula está entre 2-3mm separada da maxila, dependente da contração muscular necessária para resistir a gravidade. b) Oclusão dinâmica: corresponde as várias posições da mandíbula em movimento: protrusão, retrusão e lateralidade. c) Relação cêntrica: é a relação em que o côndilo está em posição mais SUPERIOR E ANTERIOR na cavidade articular, onde há possibilidade de se realizar movimentos mandibulares, sem exigir esforço pelo paciente. d) Oclusão cêntrica ou Máxima Intercuspidação Habitual (MIH): corresponde a mandíbula estática (sem movimento). Ocorre quando as cúspides vestibulares dos dentes superiores (de balanceio) estão em contato máximo com as cúspides vestibulares dos dentes inferiores (de trabalho) bilateralmente e os côndilos estão em seu eixo terminal de rotação. Máxima intercuspidação habitual (MIH) é simplesmente ocluir os dentes superiores com inferiores (sucintamente falando). Oclusão durante os movimentos mandibulares: Protrusão: · Guia incisiva: durante o movimento de protrusão os dentes posteriores não devem ser tocados. Lateralidade: · O côndilo vai se deslocar para baixo e para frente, sendo seguido pela contração do ventre superior do músculo pterigoideo lateral; · Lado de balanceio: a força está na vertente vestibular da cúspide lingual dos dentes superiores e na vertente lingual da cúspide vestibular dos dentes inferiores; · Lado de trabalho: a cúspide vestibular dos dentes inferiores vai estar em oclusão com os dentes superiores. · Movimento de Bennet (ângulo de 150): durante o movimento de lateralidade as cabeças da mandíbula (côndilo mandibular) rotacionam com um ligeiro desvio lateral indo na direção do movimento, sendo esse desvio avaliado em 15 graus (ângulo de bennet). Retrusão: · Movimento bordeante: é considerado o limite máximo interposto pela ATM, pelas superfícies oclusais e pelo ligamento periodontal Princípios da oclusão: 1) ATM em relação normal; durante abertura e fechamento 2) Contatos bilaterais e simultâneos em RC e MIC; 3) Carga axial; ao longo eixo do dente que são bem tolerados pelo periodonto nos movimentos expulsivos 4) Lado de trabalho sem interferência; 5) Lado de balanceio sem interferência; 6) Protrusão com desoclusão posterior; 7) Guia anterior harmônico com os movimentos mandibulares. 1) ATM em relação normal: · Fossa mandibular · Disco articular: formato bicôncavo, e atrás do disco tem a zona bilaminar (tecido retrodiscal) que não deve ser comprimida · Côndilo mandibular Anatomicamente, o disco articular se mistura com estruturas que são altamente vascularizadas e inervadas conhecidas como tecido retrodiscal que refere-se a zona bilaminar responsável pela produção do fluido sinovial. É um tecido que deve ser preservado sem que haja compressão, evitando dor e acometimento da ATM. Em sua biomecânica a mandíbula é capaz de realizar movimentos livres e complexos, sendo destacados dois tipos de movimento: rotação e translação. Durante a função normal, esses dois movimentos ocorrem simultaneamente, permitindo a faixa livre de movimentação durante a fala e mastigação. Iniciando-se com o movimento de rotação, durante o afastamento de cerca de 2,4-2,5cm da borda incisal dos dentes anteriores, o condilo continua o movimento para frente e anterior para em seguida deslizar sobre a eminência articular. - Na parte anterior tem o músculo pterigóideo lateral com o ventre inferior e superior, importantes para a articulação, quando um trabalha o outro se mantém em repouso e vice-versa. - Nos primeiros 24 mm (2,4mm-2,5mm) só ocorre movimento de rotação do côndilo, quando abre um pouco mais o côndilo a partir daí passa a ter movimento de translação. - Apresenta o líquido sinovial que preenche os espaços. 2) Contatos bilaterais e simultâneos em RC e MIH: RC=MIH; Ideal O ideal seria que RC fosse igual a Oclusão cêntrica/Máxima intercuspidação habitual. - Para entender um pouquinho melhor: em um paciente com dimensão vertical de repouso, em relação Centrica, pedimos que ele oclua (feche os dentes), se o contato dos dentes na hora que fechou coincidiu com o máximo de contato dos dentes (máxima intercuspidação habitual/oclusão cêntrica), a gente diz que a RC=Oclusão cêntrica, seria o ideal. RC≠MIC: - cêntrica longa: pequeno movimento para frente em torno de 1mm - cêntrica larga: desvio para lateral em torno de 1 mm - Então, o que acontece com esse paciente? Nesse caso se houve uma pequena movimentação para frente, a gente diz que o paciente tem uma cêntrica longa que é um movimento dos côndilos fisiologicamente aceito em torno de 1mm, se desviou para lateral em torno de 1 mm, a gente diz que ele tem uma cêntrica larga que também é fisiologicamente aceita. Definição de RC: · Relação central é a posição mais antero-superior dos côndilos nas fossas articulares com os discos corretamente interpostos. · Anatomicamente e Fisiologicamente: Relação central é uma posição posturalmaxilo-mandibular independente do contato de dentes, onde os músculos mastigatórios em seu tônus normal, orientam os côndilos para uma posição de conforto na ATM, mais para frente ou para trás, não importa, o que importa é o conforto. 3) Carga axial: · Devem ser paralelas ao longo eixo do dente, que é fisiologicamente aceita e essas cargas são amortecida pelo periodonto. Para que essas cargas sejam paralelas ao longo eixo dos dentes: · Cúspides vestibulares inferiores contactam com fundo de fossa ou crista marginal superior. · Cúspides palatinas superiores contactam com fundo de fossa ou crista marginal inferior. · Contatos: · Monopodismo: ponta de cúspide contactando com uma superfície plana e lisa em apenas um ponto. · Dipodismo: ponta de cúspide contactando em 2 vertentes, em dois pontos, e se anulam. · Tripodismo: ponta de cúspide contactando em 3 vertentes, em três pontos, e se anulam. 4) Lado de trabalho Sem interferência 5) Lado de balanceio · Lado de trabalho: lado que corta, tritura os alimentos · Ciclo mastigatório: · Guia canino · Função de grupo: total ou parcial a) Guia canino: - Quando faz movimento de lateralidade e apenas os caninos se tocam. O canino inferior com a cúspide distal contactando com a cúspide mesial superior, e a resultante vai levar a mandíbula para frente e não vai comprimir a zona bilaminar que é uma região inervada e vascularizada e que nunca deve ser comprimida. O guia canino é um padrão oclusal decorrente do contato unilateral do canino superior com o inferior de um único lado, quando realizado movimentos excursivos de lateralidade. O guia canino pode contactar também o incisivo lateral, mas para obter padrão oclusão do tipo canino puro, apenas o canino inferior contacta o superior. b) Função de grupo: total e parcial - A função de grupo parcial é um padrão oclusal decorrente do contato unilateral do canino e dos pré-molares inferiores com os superiores, de forma initerrupta, de um único lado. Neste tipo de padrão oclusal, pode tocar apenas o canino e o 1º pré-molar, ou o canino, 1º pré-molar e 2º pré-molar, sempre nesta sequência. Caso toque o canino e o 2º pré-molar, ou canino e um molar contactanto, não é função de grupo parcial e sim uma interferência. - A função de grupo total é um padrão oclusal decorrente do contato unilateral do canino, dos pré-molares e molares inferiores com os superiores, de forma initerrupta, de um único lado. Neste tipo de padrão oclusal, pode tocar apenas o canino, os pré-molares e o 1º molar, ou o canino, os pré-molares, o 1º molar e 2º molar, sempre nesta sequência. Caso toque o canino e o 2º molar, não é função de grupo total e sim uma interferência. · Lado de balanceio: No lado de balanceio não deve ter contato, mas as literaturas mais recentes diz que pode até ter contato desde que não atrapalhe o lado de trabalho. 6) Protrusão com desoclusão posterior: Princípio de proteção mútua: “Os dentes posteriores protegem os anteriores e os dentes anteriores protegem os posteriores”. O princípio de Proteção Mútua elucida que os dentes posteriores protegem os anteriores e os anteriores protegem os posteriores. Sabendo-se, de acordo com o 2º Princípio de oclusão, que as cargas devem ser paralelas ao longo eixo, logo a direção da carga nos posteriores é diferente da dos anteriores, devido a maior inclinação destes, portanto no momento em que os anteriores se tocam os posteriores não o fazem, justamente para se preservar e, assim, os posteriores, da mesma forma, quando ocluem fazem com os anteriores não o façam. 7) Guia anterior : (incisivo/canino) · Em protrusão devem tocar o bordo incisal dos incisivos superiores com os dos inferiores. (Os dois centrais superiores com os centrais inferiores) · Deve haver uma harmonia com a eminência articular e a altura cuspídea. · Na ausência da guia incisiva (mordida aberta) o disco e a eminência poderão ter desgaste (com dor ou não) O guia anterior representado pelo canino e incisivos devem ser harmônicos com os movimentos da mandíbula, relacionando-se com o sistema neuromotor. Quando faz o movimento protrusivo, a parte muscular também será alterada, não é só movimento dos dentes, é um movimento geral e deve ser retilíneo para facilitar o movimento. O músculo pterigóideo lateral contrai e puxa a mandíbula para frente. Se só um lado do músculo contrai, empurra a mandíbula para o lado oposto. OCLUSÃO NORMAL DOS DENTES PERMANENTES Características necessárias para analise da oclusão normal: 1. NÚMERO, FORMA E TAMANHO DOS DENTES: · Quanto ao número: existem 32 dentes dispostos em dois arcos curvos, com inclinação axial e em harmonia funcional (a natureza proporciona ou é necessário eliminar dentes). · Quanto a forma: Forma característica para cada grupo de dentes -> desempenham diferentes funções fisiológicas. · Quanto ao tamanho: parece ter forte influência genética e nenhuma ambiental. No arco superior, os incisivos centrais são mais largos que os laterais, os primeiros pré-molares e primeiros molares são mais largos que os conseguintes nos grupos dentários. No arco inferior, incisivos laterais são mais largos que centrais, os segundos pré-molares são mais largos que os primeiros pré-molares e os primeiros molares mais largos que os demais molares. 2. FORMA DOS ARCOS: existem três formas básicas de face e de crânio, são elas: Tipos faciais · Dolicocéfalo - possui um eixo vertical maior, então tem uma face longa. A arcada é longa e estreita, podendo ser triangular também. · Mesocéfalo - equilíbrio dos eixos vertical e horizontal. A arcada é parabólica. · Braquicéfalo - eixo horizontal maior, rosto mais largo. A arcada é larga, com aspecto quadrático. Normalmente esse pacientes tem uma musculatura forte, tem uma força de mastigação maior. 3. CONTORNO DOS ARCOS 4. CHAVE DE OCLUSÃO: cúspide mesiovestibular do 1º molar superior em contato com o sulco ocluso-vestibular do 1º molar inferior. 5. CURVA DE SPEE E DE WILSON: · a curva de Spee é uma curvatura das superfícies oclusais no plano sagital ou ântero-posterior, de concavidade superior, passando pelas pontas das cúspides dos caninos e superfícies vestibulares dos pré-molares e molares. - Objetivos da curva de Spee: · Estabelecer uma correta sobremordida da porção anterior da arcada; · Se o paciente tem uma sobremordida exagerada podemos observar como está a curva de Spee, pois a mesma pode estar profunda e a correção da curva pode levar a uma sobremordida normal. · Proporcionar poder de corte aos dentes anteriores; · Compensar durante os diferentes movimentos excursivos mandibulares, as trajetórias condílicas, eliminando interferências oclusais (Permitir a manutenção de uma superfície oclusal uniforme quando a mandíbula se desloca pra frente). · A curva de Wilson também é uma curva das superfícies oclusais, mas no plano transversal. É importante lembrar que ambas as curvas só existem em resposta às inclinações axiais dos dentes. A sua função é facilitar os movimentos de lateralidade da mandíbula. 6. SOBREMORDIDA (overbite) E SOBRESALIÊNCIA (overjet): · Overjet ou sobressaliência: Trespasse horizontal dos incisivos. - Overjet normal: 1-2mm (tem que estar justaposto) · Overbite ou sobremordida: Trespasse vertical dos incisivos. - Overbite normal: Incisivos superiores cobrem 1/3 dos incisivos inferiores (ou 30%) Possibilidades de alteração da sobremordida: · Quando não há trespasse - mordida aberta: Quando a criança chupa muito dedo ou chupeta na dentição decídua, dentição mista, e às vezes, até na dentição permanente, mas pode ser por um problema esquelético também; - Sobremordida exagerada – trespasse maior que 1/3; - Sobremordida profunda – incisivo inferior toca na papila incisiva, geralmente cobre completamente o incisivo inferior ou mostra muito pouco. 7. INCLINAÇÃO AXIAL DOS DENTES: · Dentes superiores DENTE SENTIDO VESTÍBULO-LINGUAL SENTIDO MÉSIO-DISTAL Incisivos centrais vestibular ligeiramente mesial Incisivos laterais vestibular mesial Caninos ligeiramente vestibular(porém é um dente bem variável) ligeiramente mesial 1º PM vestibular mesial 2º PM vestibular mesial 1º M vestibular mesial 2º M vestibular mesial 3º M vestibular mesial · Dentes inferiores DENTE SENTIDO VESTÍBULO-LINGUAL SENTIDO MÉSIO-DISTAL Incisivos centrais ligeiramente vestibulares vertical Incisivos laterais ligeiramente vestibulares vertical Caninos ligeiramente vestibulares ligeiramente mesial 1º PM lingual vertical 2º PM lingual vertical 1º M lingual mesial 2º M lingual mesial 3º M lingual mesial 8. RELACIONAMENTO PROXIMAL DOS DENTES · Funções: · Equilíbrio de forças mésio-distais; · Manutenção do espaço; · Proteção da papila gengival. · Localização: DENTES OCLUSO-CERVICAL VESTIBULO-LINGUAL Incisivos superiores entre o terço incisal e o terço médio metade da face proximal Incisivos inferiores próximo à incisal metade da face proximal Caninos metade da coroa clínica metade da face proximal Posteriores Altura da crista mais pra vestibular 9. RELACIONAMENTO OCLUSAL DOS DENTES: é um sistema de engrenagem onde é preciso que tenha todas as características precedentes presentes. 10. SEQUÊNCIA FAVORÁVEL DE ERUPÇÃO.
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