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Imunologia- Hipersensibilidade do tipo I

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Hipersensibilidade 
Classificação das doenças imunes de acordo com a resposta imunológica 
As hipersensibilidades são distúrbios na resposta imunológica que causam doenças por acarretarem lesões teciduais que podem ser dos tipos I, II, III e IV.  
Fatores que influenciam na hipersensibilidade 
→ Tipo de alérgeno: que varia de importância de pessoa para pessoa 
→ Estado de reatividade do indivíduo: em determinado momento a hipersensibilidade causa uma resposta imune e em outros momentos podem não causar.
→ Predisposição genética 
→ Condições ambientes: interferem muito nas manifestações respiratória.
Influência da herança genética na hipersensibilidade 
Filhos de pai e Mãe alérgicos: 75% de chance de desenvolver. 
Pai ou mãe alérgico: 50% de chance de desenvolver. 
Pai e Mãe não alérgicos: 15% de chance de desenvolver. 
Hipersensibilidade do tipo I ou hipersensibilidade imediata 
→ A hipersensibilidade surge imediatamente após o contato com o antígeno. 
→ O alérgeno (antígeno) tem alta afinidade pela Imunoglobulina do tipo E.
→ Acontece uma retroalimentação negativa pois cada vez que a pessoa entra em contato com o antígeno ela produz mais IgE e são as IgEs que desencadeiam a manifestação dos sintomas.
→ A formação do complexo Ag-Ac na superfície dos mastócitos provoca uma ligação cruzada que causa a degranulação do mastócito. Com isso a pessoa tem que ter entrado em contato com o antígeno para provocar a reação.
→ Desencadeada/Mediada pelo LTh2 e IgE.
→ Os antígenos são fatores ambientais (como pólen, perfume) ou proteínas (como a do ovo, camarão) 
→ Efeitos rápidos (minutos após o contato) e diferenciados na pele ou mucosos (a alteração pode ser através de erupções na pele ou na mucosa respiratória, digestória ou em ambas). 
→ Sinonimia: hipersensibilidade imediata, alergias ou atopias. 
 
Características fisiológicas das alergias 
→ Atinge aproximadamente 20% ou mais da população Detectamos que a manifestação é alérgica quando se percebe altos níveis de IgE na corrente sanguínea (1000x)
→ Alérgenos induzem alto nível de ativação de LTh2 (indivíduos não alérgicos não ativam ou ativam pouco, tendo uma baixa resposta) 
→ Há grande predisposição genética (multigênica: vários genes) 
Alérgenos
Características
 → Moléculas de baixo peso molecular (pequenas)
 → Moléculas muito glicosiladas (proteicas) quanto maior essa caracteriza maior o potencial alérgico.
 → Alta solubilidade nos fluidos corporais 
→ A exposição repetitiva ao alérgeno é um fator necessário para o desenvolvimento da atopia.
Exemplos:
 → Proteínas do pólen
 → Proteínas de ácaros da poeira 
 → Proteínas de pelos de animais 
→ Proteínas de alimentos
 
Diferenças entre os mastócitos 
Mastócitos da mucosa 
A resposta será a mesma, porém eles secretam → mais proteoglicanas do tipo sulfato 
→menos histamina, mantendo o edema por mais tempo. 
Mastócitos da pele/cutânea 
A resposta será a mesma, porém eles secretam:
→ maior quantidade de histamina e heparina 
→ menor quantidade de sulfato 
Manifestação da hipersensibilidade do Tipo I
1- Cutânea 
→ Ativação de mastócitos da derme 
→ Liberação de citocinas (dos grânulos, instalando a manifestação alérgica) 
→ Manifestação através de pápulas (pontinhos inchados e vermelhos) ou eritema (placas inchadas e vermelhas)
Tratamento: anti-histamínico e corticoides tópicos. 
2- Alérgenos alimentares 
→ Ativação de mastócitos de mucosas e submucosas e no trato digestivo. 
→ Ativação de mastócitos da derme. 
→ Liberação de citocinas (dos seus grânulos, instalando a manifestação alérgica) 
→ Manifesta através de muito peristaltismo (dor de barriga), vômitos, urticárias concomitantes. 
Riscos: São maiores devido à desidratação e edema de glote (nas vias mais altas a glote incha e fecha a entrada do ar, dificultando a respiração)
Tratamento: hidratação, epinefrina, uso de anti-histamínico e corticoides tópicos.
3- Bronquite asmática 
→ Inalação de alérgenos 
→ Ativação dos mastócitos das mucosas que liberam suas citocinas 
→ Causam nas vias áreas: vasodilatação, hipersecreção de muco e bronco constrição, levando a dificuldade respiratória.  
Riscos: Muito mais grave que as demais, pois numa crise pode matar o indivíduo por asfixia (dificuldade de respiração pulmonar)
Eventos repetitivos causam lesão tecidual e fibrose no tecido pulmonar provocando uma destruição dos septos alveolares causando bronquite e enfisema (patologia irreversível). Prejudicando assim a respiração pulmonar mesmo fora das crises, e prejudicando a troca de oxigênio para sempre. 
A pessoa fica sem resistência para fazer exercícios, e em casos mais graves fica sem força para se levantar da cama. 
Com isso pessoas asmáticas devem cuidar das condições ambientais 
Tratamento: administração de beta-adrenérgicos (contém dentro das bombinhas asmáticas) que se ligam nos receptores beta adrenérgico da musculatura lisa das vias aéreas provocando o relaxamento dessa musculatura, gerando um alívio imediato para a pessoa.
Também é administrado concomitantemente corticosteroides para diminuir a reação alérgica, minimizando os efeitos da crise. 
4- Anafilaxia sistêmica 
→ É a mais perigosa delas 
→ Antígeno sistêmico (circula por todo o corpo) causando uma vasodilatação sistêmica e aumentando a permeabilidade vascular sistêmica, o que causa edema de glote (levando a morte por asfixia)  e queda brusca da pressão arterial (podendo levar a morte pelo choque anafilático) uma vez que o coração aumenta os batimentos e a respiração fica acelerada. 
Tratamento: urgência para reverter à queda da pressão arterial, administração a epinefrina por via intravenosa, uso também do anti-histamínico. 
Sintomas concomitantes: hipermotilidade intestinal
Grânulos dos mastócitos
01- Aminas vasoativas 
→Tem como representante principal a histamina
→ Ficam armazenadas nos grânulos
→ Possuem baixo peso molecular
→ Causam contração dos m.m viscerais: aumentando o peristaltismo e broncoespasmo
→ Provocam dilatação vascular: aumentando a permeabilidade do vaso levando ao edema e inchaço no local. 
→ Estimula a síntese de prostaciclinas e óxido nítrico pelo endotélio: mantém a vasodilatação
→ Efeito imediato de curta duração, o efeito prolongado é mantido pelos leucotrienos.
 
02- Enzimas e proteoglicanas 
Quimase
→ Converte angiotensina I em II: potente vasoconstritor
→ Degrada a membrana nasal epidérmica causando Rush cutâneo 
→ Aumenta a secreção de muco 
03- Heparina e sulfato de condroitina 
→ Presente no interior dos grânulos, evita a dispersão da histamina. 
→ Modula a capacitação fora dos grânulos 
04-citocinas:
→ TNF-alfa: ativam o endotélio e contribuem pra diapedese de células sanguíneas 
→ IL-1: “ “ “ “
→ IL-4: ativa LTh2
→ IL-5: “ “ e atrai eosinófilo 
→ IL-13: aumenta a produção de muco pelas células do epitélio, aumenta as imunoglobulinas do tipo E (retroalimenta a resposta alérgica) 
→ CSFs: estimula o aumento de células sanguíneas pela medula óssea 
Obs: Com isso a alta taxa de eosinófilos circulantes e altas taxas de IgE são marcadores da inflação, decorrentes da liberação da IL-13, IL-4 e IL-5 
Além disso, os mastócitos sintetizam medidores lipídeos, como:  
· Prostaglandina D (PGD)
→ Vasodilatação de longa duração 
→ Ação Bronquicontritora 
· Leucotrienos
→ Contração da m.m viscerais causando broncoespasmo
· Fator ativador de plaquetas (PAF)
→ Pessoas com predisposição genética a asma possuem baixa expressão da enzima que degrada o PAF e isso é ruim porque o efeito do ativador vai se manter por mais tempo, vai ser degradado mais lentamente

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