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Anny Caroline Gardnerella – Vaginose bacteriana Microorganismos presentes no meio vaginal: 90 % → Lactobacilos; 10 % → Streptoccocus, Staphyloccocus epidermidis, Escherichia coli, Gardnerella vaginalis, bactérias anaeróbicas. Os lactobacilos mantêm o pH vaginal normal que é entre 3,5 e 4,5. Ou seja, pH ácido fazendo parte dos mecanismos de defesa contra infecções. Fatores que desequilibram o pH: muco cervical, sêmen, antibióticos, duchas vaginais, infecções sexualmente transmissíveis, sangue menstrual, doenças sistêmicas, gravidez e menopausa. Vaginose bacteriana: É a desordem mais frequente do trato genital inferior em mulheres de idade reprodutiva e a causa mais comum de odor fétido no corrimento; Está relacionada ao desequilíbrio na flora vaginal, com perda de lactobacilos e aumento de bactérias como a Garnerella vaginalis. Sem lactobacilos, o pH ácido aumenta e a Gardnerella vaginalis produz aminoácidos, aumentando mais o pH e causando o odor desagradável. A vaginose bacteriana não é considerada uma IST e não está indicado o tto para o parceiro. Fatores de risco: − Tudo o que altera o pH vaginal; − Ducha vaginal; − Múltiplos ou novos parceiros; − Sexo sem preservativo, já que o sêmen é alcalino; − Sabonetes íntimos; − Protetor diário; − Sexo constante; − Uso de antibióticos; − Enfermidades crónicas que causam imunossupressão como: lúpus, artrites e diabetes. Quadro Clínico: Corrimento com odor fétido, piorando após o coito e menstruação, de característica bolhosa e branco acinzentado. Não há irritação ou inflamação vulvar ou vaginal. Complicações: São infrequentes, mas para evitá-las é importante fazer o tratamento correto. − Nascimento prematuro; − Torna as mulheres mais suscetíveis a contrair IST’S; − Risco de infecção após cirurgia ginecológica; − A vaginose bacteriana não tratada pode causar DIP, doença inflamatória pélvica. Anny Caroline Diagnóstico: Critérios de Amsel, dos quais devem estar presentes três para fechar o diagnóstico. 1. Corrimento vaginal homogêneo; 2. pH 4,5; 3. Presença de clue cells no exame citológico a fresco; 4. Teste de Whiff positivo (odor fético das aminas com a adição de KOH a 10%). Exames: Determinação do pH vaginal: baseia-se na mudança de cor do papel colorimétrico, indicando pH diferente do normal, nesse caso da vaginose bacteriana estará alcalino. Coloca-se uma fita em contato com a parede vaginal lateral, evitando o colo uterino. Teste das aminas/Teste de Whiff: coloca-se 1 a 2 gotas de KOH a 10% na superfície (espátula ou adesivo) com conteúdo vaginal, e sente-se o odor das aminas quando há alterações que aumentem a microbiota vaginal. Exame bacterioscópico: coleta-se o conteúdo da parede vaginal usando espátula de madeira ou cotonete. O material é colocado em três lâminas de vidro. Em uma lâmina coloca-se soro fisiológico a 0.9%, outra é usada para coloração Gram e outra uma gota de KOH a 10%. As clue cells é o achado mais importante na vaginose bacteriana. Tratamento: Metronidazol 500 mg, VO, 12 em 12 horas por 7 dias; Ou Clindamicina 300 mg VO por 7 dias; Ou Metronidazol gel a 0,75% 5g intravaginal 1 vez ao dia durante 5 dias; Ou Clindamicina creme a 2% 5g, intravaginal por 7 dias.
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