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Introdução à história da aviação

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História da aviação 
 
A conquista do ar sempre foi sonho e desafio para o ser humano. Existem registros 
muito antigos sobre máquinas voadoras que povoavam o universo das artes e das lendas 
como, por exemplo, as Vimanas (carruagens aladas do Oriente) ou uma das mais famosas 
histórias sobre o voo, o mito grego de Dédalo e Ícaro, prisioneiros do rei Minus da Ilha de 
Creta. 
Algumas pesquisas afirmam que os Incas já dispunham de materiais para a construção de 
balões e existem registros de tentativas de voo que datam de milhares de anos antes de Cristo. 
Os projetos de máquinas voadoras tinham como inspiração principal o voo dos pássaros ou de 
outros animais voadores. 
 Muitas foram as tentativas e muito tempo se passou desde a primeira vez que o homem olhou 
para o céu e ansiou a liberdade do voo até finalmente a realização deste sonho, que veio 
apenas com o homem moderno. Esta realização não foi fruto de um único pensamento ou 
pensador, mas sim do conhecimento adquirido ao longo dos anos, pois muitos deram a vida 
em prol deste sonho. 
Um dos precursores da aviação foi o famoso artista Leonardo da Vinci (1492-1519), que 
desenhou um dos primeiros projetos de helicóptero, um projeto de paraquedas e também um 
projeto de avião conhecido por ornitóptero. 
 
Ornitóptero. Crédito da imagem: Fonte: www.querosaber.sapo.pt 
Da Vinci produziu mais de 400 desenhos relativos à cerca de 150 diferentes aparelhos 
voadores que não chegou a construir; alguns de seus registros ficaram escondidos durante 
séculos. 
http://www.querosaber.sapo.pt/
Outro nome de bastante destaque dentre os precursores da aviação é o do brasileiro 
Bartolomeu de Gusmão (1685-1724) padre, nascido na cidade de Santos-SP, que teria sido o 
primeiro homem a perceber que o ar quente sobe naturalmente, uma vez que é mais leve que 
o ar frio e o ar natural. Bartolomeu teria apresentado para o rei Dom João V, na corte de 
Lisboa em 1709, um experimento comprovando a sua teoria sobre o ar quente e, 
posteriormente teria construído uma máquina voadora denominada Passarola. Muito dos 
registros de suas pesquisas foram perdidos ao longo do tempo e o próprio padre também fora 
obrigado a queimar suas anotações quando perseguido pela Inquisição. 
 
 
Passarola. Crédito da imagem: https://www.vortexmag.net/ 
 
Cerca de oitenta anos depois, em Annonay, na França, surge o primeiro balão que 
realmente funcionou. Ele foi construído por dois irmãos: Joseph e Etienne Montgolfier, que 
fizeram o primeiro voo em 1783 atingindo cerca de 2.000 mil metros de altitude. Depois da 
experiência bem sucedida dos irmãos Montgolfier, os balões e, posteriormente os dirigíveis, 
tornaram-se realidade. 
 
 
Por mais de um século, o balão e os dirigíveis reinaram como as principais máquinas voadoras 
existentes, e Paris, dentro do espírito da "Belle Époque", que marcou o início do século 20, 
tornou-se a capital do mundo e também a capital do conhecimento sobre o voo. Construir, 
voar e competir em balões e dirigíveis era febre, e estas máquinas foram usadas para os mais 
diversos fins: transporte, uso militar e de maneira comercial. 
Foi somente na primeira década de 1900 que os aviões funcionais começaram a surgir. Os 
primeiros vôos ocorreram mais precisamente em 1903 com os irmãos Orville e Wilbur Wright 
e 1906 com o brasileiro Santos Dumont. A experiência de voo pioneira com o avião Flyer, dos 
irmãos Wright teria acontecido em 17 de dezembro de 1903, porém sem testemunhas. Este 
teria sido o primeiro voo de um objeto mais pesado que o ar, impulsionado por uma força 
externa (uma catapulta). O primeiro voo de Santos Dumont com o 14 Bis ocorreu em 1906, em 
Paris, e sagrou-se como o primeiro voo de uma máquina mais pesada que o ar, sem qualquer 
ajuda externa. 
Balão dos irmãos 
Montgolfier. Créditos da 
imagem: 
http://blog.hangar33.com.
br/jacques-charles-e-os-
irmaos-montgolfier-os-
precursores-do-voo-mais-
leve-do-que-o-ar/ 
 
 
Santos Dumont no 14 Bis. Créditos da imagem: https://adslatin.com/conheca-a-historia-do-14-bis/ 
Em 1909, apenas três anos após o primeiro vôo de Santos Dumont, o francês Louis Blériot 
(1872-1936) atravessou o canal da mancha, tornando-se o primeiro piloto a cruzar o oceano 
em um avião. 
No Brasil, o primeiro vôo aconteceu em 1910, na cidade de Osasco, com o avião São Paulo, 
construído pelo frances naturalizado brasileiro Dimitri Sensaud de Lavoud. O São Paulo foi 
inteiramente construído com materiais nacionais e seu voo teria durado apenas seis segundos 
por um problema em seu motor. 
As duas primeiras décadas de 1900 foram marcadas pela inventividade e ousadia dos 
construtores dos primeiros aviões e pela coragem e confiança dos homens e mulheres que se 
aventuravam a testar essas novas máquinas, buscando incessantemente a superação de 
velocidades e distancias, desfiando o ar e seus medos. Entretanto, foi com a utilização do avião 
durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), que a industria da aviação começou a tomar 
corpo e desenvolver-se. 
No inicio da guerra os aviões carregavam apenas uma pessoa (o piloto) e seu armamento era 
restrito a carabinas e fuzis, mas logo, muitos deles tornaram-se capazes de carregar um 
passageiro extra e passaram a ser equipados com metralhadoras. Engenheiros criaram 
motores mais poderosos e aeronaves cuja aerodinâmica era sensivelmente melhor do que as 
aeronaves pré-guerra. No começo da guerra, os aviões não passavam de 120 km/h, no final 
muitos já alcançavam 200 km/h, ou até mais. 
A partir do desenvolvimento técnico deste período que proporcionou aviões com maiores 
capacidades tanto para o transporte de cargas quanto para o transporte de passageiros e a 
profissionalização e treinamento dos pilotos surgiram as primeiras grandes companhias aéreas 
mundiais, suas entidades regulamentadoras e os correios aéreos nacionais. 
No Brasil, o pós-guerra foi marcado por grandes conquistas e aventuras aéreas. Em 1922, 
dois oficiais da Marinha Portuguesa, Gago Coutinho e Sacadura Cabral, em uma aventura de 79 
dias e com três diferentes aviões atravessaram o oceano saindo de Lisboa, fazendo várias 
escalas e pousando no Rio de Janeiro. Em 1927 o brasileiro João Ribeiro de Barros, natural da 
cidade de Jaú- SP sagrou-se como o primeiro piloto que atravessou o Atlântico sem escalas, 
abordo do hidroavião “Jahú”, saindo de Cabo verde e pousado em Fernando de Noronha em 
12 horas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Jahú. Créditos da imagem: https://forum.contatoradar.com.br/index.php?/topic/121349-hidroavi%C3%A3o-
jah%C3%BA-vive-meses-de-reclus%C3%A3o/ 
Os anos que se seguiram foram marcados pelo surgimento de novas tecnologias, pela 
produção de inúmeros modelos de aviões particulares e comerciais e grandes competições de 
corrida, velocidade, altitude e desempenho. Em nosso país temos o surgimento das primeiras 
empresas de aviação e a primeira fabrica produtora de aviões do país, a Companhia Nacional 
de Navegação Aérea, CNNA. 
O final da década de 1930 marcou o inicio da Segunda Guerra Mundial (1939-1945),e, em 
contraste com o horror causado pela guerra, os avanços no campo tecnológico foram grandes, 
os aviões passaram a atingir velocidades nunca antes imagináveis, as técnicas de vôo foram 
aperfeiçoadas e os equipamentos atingiram um grau de eficiência muito superior, a exemplo 
da criação dos motores a jato. 
Com o fim da guerra os aviões, principalmente na Europa, foram utilizados para interligar as 
regiões por meio do transporte de cargas. Ao mesmo tempo, nos Estados Unidos, viu-se o 
crescimento de grandes empresas aéreas comerciais. 
Em 14 de Outubro de 1947, pela primeira vez na história, um avião quebra a barreira do som, 
pilotado pelo Capitão norte americano Charles “Chuck” Elwood Yeager, atingindo uma 
velocidade acima de Mach 1 (é a denominação utilizada para representar uma velocidade 
equivalente a 340 metros por segundo, ou seja, é a velocidade que o som percorre em um 
segundo).Charles “Chuck” Elwood Yeager. Créditos da imagem: https://www.edrotacultural.com.br/chuck-yeager-mundo-se-
despede-de-pioneiro-do-voo-supersonico/ 
A partir deste momento foram desenvolvidas aeronaves supersônicas tanto para uso 
militar quanto para uso comercial, o Concorde, avião utilizado até 2003 chegava a Mach 2. 
Algum tempo depois, o objetivo a ser conquistado não era apenas o céu e sim o espaço, com a 
Guerra Fria, tecnologias ligadas à área aeroespacial foram desenvolvidas e o homem que antes 
sonhava com o céu, chegou à lua. Hoje em dia, o ser humano domina o conhecimento 
aeronáutico e busca aperfeiçoar o desempenho e eficiência de suas máquinas desenvolvendo 
aviões com maior capacidade, testando combustíveis renováveis ou até mesmo 
desenvolvendo ônibus espaciais para levar civis ao espaço.

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