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1) Aparelho Motor e Generalidades - Tutoria de Anatomia

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Maria Raquel Laurindo - Tutoria de Anatomia Uniro (transcrição) 
Curso de Extensão em Aparelho Locomotor 
Tutoria de Anatomia da Unirio 
Prof. Dr. Marco Aurélio Montes 
 
1) Aparelho Motor e Generalidades 
 
 Osteologia → do grego osteo / logia → osso (esqueleto) / estudo 
A osteologia é a parte da anatomia que estuda os aspectos gerais das estruturas que 
compõem as estruturas do esqueleto do corpo humano. 
Esqueleto: estruturas formadas pelo conjunto de ossos e cartilagens que, articulados 
constituem o arcabouço do corpo humano. 
O esqueleto humano é classificado como um endoesqueleto constituído por 206 ossos e 
algumas cartilagens – as mais constantes ficando representadas pelas cartilagens costais. 
 
❖ Subdivisões do esqueleto: 
Maria Raquel Laurindo - Tutoria de Anatomia Uniro (transcrição) 
- Axial 
- Apendicular: superior e inferior 
- Cíngulos: dos membros superiores e inferiores 
• A parte do esqueleto que une os ossos do esqueleto axial com o apendicular → 
clavícula e escápula (MS), e quadril (MI). 
 
❖ Classificação dos ossos quanto à forma: 
1- Ossos longos: comprimento bem maior que sua largura e espessura, as quais 
se equivalem → C > L~E. 
• Ex: ossos do esqueleto apendicular. 
• A região central do osso é chamada de diáfise e a região distal é chamada de 
epífise. 
 
2- Ossos planos, laminares ou chatos: a espessura é muito menor do que a largura 
e o comprimento, que se equivalem → E < L~C. 
• Ex: escápula, frontal, etc. 
 
3- Ossos curtos: as três dimensões são aproximadamente iguais → C~L~E. 
• Ex: ossos do carpo (mão) e do tarso (pé). 
 
4- Ossos irregulares: apresentam forma que não consegue ser comparada a 
nenhuma forma geométrica conhecida ao se analisar suas dimensões 
geométricas. 
• Ex: vértebras, esfenoide, zigomático, escápula, etc. 
 
5- Ossos sesamoides: encontram-se situados ou dentro de cápsulas articulares ou 
no interior de extremidades musculares (tendões). 
• Ex: patela. 
 
6- Ossos pneumáticos: apresentam no seu interior cavidades denominadas seios; 
só existem nos ossos do crânio. 
• Ex: frontal, etmoide, esfenoide e maxilar 
O tecido ósseo apresenta uma composição de dois tipos de matrizes: orgânica e inorgânica. 
A matriz orgânica de constituída por mucopolissacarídeos (tipo de proteína) que se dispõe 
de forma trabeculada e é responsável pela elasticidade do osso. 
A matriz inorgânica é constituída por sais minerais, principalmente fosfato de cálcio 
(pertencem ao grupo mineral da apatita), e que se encontram depositados sobre o 
trabeculado formado pela matriz orgânica. É a responsável pela resistência característica 
dos ossos. 
 
Maria Raquel Laurindo - Tutoria de Anatomia Uniro (transcrição) 
❖ No tecido ósseo encontramos três tipos de células ósseas: 
- Osteoblastos (célula jovem) 
- Osteócitos (célula madura) 
- Osteoclastos → Reabsorção do tecido ósseo 
 
Os ossos são estruturas rígidas e elásticas ao mesmo tempo. Quando em calcinação 
(retirada de água e matriz orgânica) o osso torna-se friável (mais enrijecido). Quando em 
descalcificação (retirada da matriz orgânica) o osso torna-se flexível (menos resistente). 
As células de osteócitos, osteoclastos e osteoclastos convivem harmonicamente 
produzindo e reabsorvendo tecido ósseo nos espaços trabeculados, até um determinado 
momento da vida humana quando, após a menopausa / andropausa, passa-se a ter uma 
maior ativação dos osteoclastos em detrimento dos osteoblastos e dos osteócitos. Nesse 
contexto, evolui-se para um quadro de osteopenia primeiramente, seguindo de um quadro 
de osteoporose. 
Essa relação harmônica entre as células dos tecidos ósseos é o que permite a consolidação 
óssea, quando em caso de fratura. Ao se tirar um raio x logo após uma fratura é possível 
perceber a espessura do osso um pouco maior do que a usual, justamente devido a ação 
intensa de osteócitos e osteoblastos no local → após a consolidação essa espessura se 
normaliza pois os três tipos de células voltam a atuar harmonicamente. 
Síntese de tecido ósseo 
Maria Raquel Laurindo - Tutoria de Anatomia Uniro (transcrição) 
 
Ao conjunto constituídos pela soma das matrizes orgânica e inorgânica e células ósseas 
denomina-se lamela óssea, a qual pode apresentar formas diferentes (triangular, 
arredondada, hexagonal ou quadrangular). 
Quando o tecido ósseo for constituído pela superposição de lamelas 
ósseas com a mesma forma, observa-se um espaçamento mínimo entre 
elas (presente em todos os ossos, normalmente é encontrado na 
superfície externa) → osso compacto. 
Quando as lamelas ósseas que se superpõem apresentam formatos 
diferentes, o espaço entre elas será maior – tem-se a mesma 
quantidade de tecido ósseo ocupando um espaço maior (presente 
predominantemente nas epífises ósseas) → osso esponjoso. 
Essa mistura de tipo compacto e esponjoso 
num mesmo osso permite uma diminuição do 
peso do esqueleto. 
O osso esponjoso não é menos resistente ou 
menos elástico que o osso compacto, pois a 
estrutura da lamela óssea é a mesma, o que 
muda é a forma e a organização dessa lamela. 
Nos indivíduos que ainda não completaram o 
seu desenvolvimento estrutural, entre a diáfise 
e as epífises, é possível observar os discos ou 
cartilagens epifisiais constituídos por cartilagem hialina e responsáveis pelo crescimento do 
osso em comprimento. 
O desaparecimento destas cartilagens epifisárias 
acontecerá por volta dos 21 anos no sexo masculino e dos 
18 no sexo feminino – esse desaparecimento mais cedo 
nas mulheres é devido aos hormônios sexuais femininos. 
Envolvendo externamente a diáfise dos ossos longos há 
uma lâmina dupla de tecido conjuntivo: o periósteo. Em seu 
folheto interno será o responsável pelo crescimento do 
osso em espessura (extremamente importante para o 
processo de consolidação das fraturas). No folheto externo 
há receptores para dor que, em última análise, têm por 
objetivo impedir que as fraturas aconteçam. 
Na região central da diáfise observa-se tecido conjuntivo 
(com peso menor que o osso esponjoso), o que permite a 
diminuição ainda mais acentuada do peso do esqueleto. 
Esse tecido de denominado de medula óssea amarela. 
Maria Raquel Laurindo - Tutoria de Anatomia Uniro (transcrição) 
Etimologicamente, medula é “aquilo que está dentro”. Enquanto a medula óssea amarela 
(ou flava) tem como função principal a diminuição do peso do esqueleto, a medula óssea 
vermelha (ou rubra) além de diminuir o peso do esqueleto, é responsável pela produção 
das células sanguíneas – glóbulos vermelhos (hemácias) e glóbulos brancos (leucócitos) e 
plaquetas. Encontramos este tipo de medula óssea no esterno, nas costelas, nas vértebras 
e nos ossos do quadril (também é presente em ossos longos como o fêmur). 
 
❖ Histologia óssea: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osso compacto Osso esponjoso 
 
Maria Raquel Laurindo - Tutoria de Anatomia Uniro (transcrição) 
 
Medula vermelha Medula amarela 
 
 Artrologia → do grego artro / logia → articulação (ou juntura) / estudo 
A artrologia é a parte da anatomia que estuda os aspectos gerais das articulações 
encontradas no esqueleto humano (ossos e cartilagens). 
 
❖ Tipos de articulações: 
- Fibrosas: são caracterizadas por apresentarem tecido conjuntivo fibroso entre as partes 
que conectam o esqueleto. 
1- Suturas: apresentam pequena quantidade de tecido 
conjuntivo fibroso entre as peças que se articulam. 
• Ex: articulações entre os ossos do crânio. 
2- Sindesmoses: apresentam maior quantidade de tecido 
conjuntivo fibroso entre as partes do esqueleto que se 
conectam. 
• Ex: articulação tíbio-fibular distal. 
3- Gonfoses: articulações entre os dentes e os alvéolos. 
• Maxila (superior) e mandíbula (inferior). 
- Cartilagíneas: nestas junturas o tecido que se interpõe entre as partesdo esqueleto é o 
tecido cartilagíneo. 
1- Sincondroses ou junturas cartilagíneas primárias: cartilagem do tipo hialina. 
• Temporárias → os discos epifisiais presentes 
entre a diáfise e a epífise dos ossos longos, 
existentes até o término do crescimento em 
estatura das pessoas. 
• Permanentes → articulação esfenoccipital – 
localizada na base do crânio entre o osso 
esfenoide e o osso occipital. 
Maria Raquel Laurindo - Tutoria de Anatomia Uniro (transcrição) 
2- Sínfises ou junturas cartilagíneas secundárias: cartilagem do tipo fibrosa 
(fibrocartilagem), por ser compressiva permite que a 
sínfise absorva impactos. 
• Ex: articulação entre a região anterior dos 
ossos do quadril (sínfise púbica) e os discos 
intervertebrais que separam os corpos das 
vértebras. 
- Sinoviais: todas as demais articulações do corpo que não foram descritas como fibrosas 
ou cartilagíneas são classificadas como sinoviais, as quais apresentam, obrigatoriamente: 
 
Cartilagens articulares entre os 
meniscos e os ligamentos 
cruzados intracapsulares do 
joelho. 
 
• Cápsula articular → delimita externamente a articulação. 
• Membrana sinovial → reveste internamente a cápsula articular e produz o 
líquido sinovial. 
• Líquido sinovial → de consistência viscosa, lubrifica internamente a 
articulação diminuindo assim o impacto entre as partes articulares. 
• Cartilagens articulares → a exemplo do líquido sinovial, funciona no sentido 
de amortecer impactos entre as peças que se articulam. 
• Ligamentos → ajudam a impedir a ruptura da cápsula articular. 
Dependendo da importância funcional de uma articulação sinovial, é possível observar em 
seu interior componentes que, juntamente com o líquido sinovial e com as cartilagens 
articulares, irão amortecer impactos → discos (articulações temparomandibular (ATM) e 
esternoclavicular) e meniscos (joelho). 
Maria Raquel Laurindo - Tutoria de Anatomia Uniro (transcrição) 
❖ Tipos de junturas sinoviais: 
Essas articulações podem ser classificadas quanto à forma das estruturas que se 
contactam (classificação anatômica) ou de acordo com as características das extremidades 
articulares poderão realizar movimentos em torno de um, dois ou três eixos de movimento 
(classificação funcional) – não axial, uniaxial, biaxial ou triaxial. 
 
- Planas: as superfícies articulares que se conectam são planas ou ligeiramente abauladas, 
permitindo apenas movimentos de deslizamento de um osso sobre o outro e, por isso, são 
classificadas funcionalmente como articulações não axiais. 
- Gínglimo ou em dobradiça: as superfícies articulares se conectam e encaixam-se como 
uma dobradiça de porta; permitem a realização de movimentos em um único eixo → 
articulações uniaxiais → permitem dois movimentos: extensão e flexão. 
- Trocoidea ou em pivô: observa-se uma articulação de um processo redondo de um osso 
em um soquete osteo-ligamentoso do outro osso; permitem a realização dos movimentos 
Maria Raquel Laurindo - Tutoria de Anatomia Uniro (transcrição) 
de rotação (medial e lateral) → articulações uniaxiais → permitem dois movimentos: 
extensão e flexão. 
- Condilar ou bicondilar: as superfícies articulares dos ossos consistem em estruturas 
abauladas denominadas de côndilos; permitem a realização de movimentos em torno de 
dois eixos, normalmente sendo: rotação medial e lateral, flexão e extensão → articulações 
biaxiais → permitem quatro movimentos: extensão, flexão, rotação medial e lateral. 
- Selares: as superfícies articulares encaixam-se perfeitamente, pois se apresentam como 
formas côncavas e convexas, permitindo dois tipos de movimentos (ainda que com menor 
amplitude que as junturas condilares, por exemplo) → articulações biaxiais → permitem 
quatro movimentos: extensão, flexão, rotação medial e lateral. 
- Elipsoides: as superfícies articulares possuem um eixo longo que lhes fornece um formato 
elíptico → articulações biaxiais → permitem quatro movimentos: extensão, flexão, rotação 
medial e lateral. 
- Esferoides: neste tipo, uma extremidade óssea de formato esférico é ajustada dentro de 
uma cavidade do outro osso, o que permite a realização de movimentos em torno de três 
eixos → articulação triaxial → permite seis tipos de movimentos: extensão, flexão, rotação 
medial e lateral, abdução e adução; além de permitir a combinação destes movimentos: 
circundução. 
 
❖ Eixos: 
São linhas que surgem quando há o cruzamento de dois planos (quer estes sejam de 
delimitações ou de secção). Em torno destes eixos que irão acontecer os movimentos do 
aparelho locomotor (aparelho locomotor). 
Azul: eixo latero-lateral 
• Movimentos de flexão e extensão 
Vermelho: eixo súpero-inferior 
• Movimentos de rotação medial e lateral 
Verde: anteroposterior 
• Movimentos de abdução e adução 
 
Na articulação esferoide, quando todos esses movimentos são englobados, cria-se um 
sétimo movimento chamado circundução. 
 
Maria Raquel Laurindo - Tutoria de Anatomia Uniro (transcrição) 
❖ Classificação funcional das articulações: 
Levam em conta o grau de movimento que as articulações capacitam: 
- Sinartrose: articulação imóvel → fibrosa 
- Anfiartrose: articulação levemente móvel → cartilaginosa 
- Diartrose: articulação livremente móvel → sinovial 
 
A perda da continuidade óssea é chada de fratura. Do mesmo modo, a ruptura das cápsulas 
articulares é chamada de luxações. A fim de se evitar esse tipo de lesão, dentro das 
cápsulas sinoviais há ligamentos, sejam esses extracapsulares ou intracapsulares. 
 
 Miologia → do grego mio / logia → músculo / estudo 
Os músculos são células que, em resposta a um estímulo, produzem uma contração. A 
miologia é a parte da anatomia que estuda os aspectos gerais sobre os músculos 
encontrados no corpo humano (em especial os músculos estriados esqueléticos). 
 
❖ Tipos de músculos: 
- Músculo estriado esquelético: constituído por células longas, multinucleadas, estriadas e 
que se encontram fixadas no esqueleto; são um tecido de controle voluntário. 
- Músculo cardíaco: constituído por células pequenas, unicelulares e com estriações no seu 
citoplasma; constituem a camada principal da parede do coração (o que permite que este 
desempenhe a função de uma bomba); são um tecido de controle involuntário. 
- Músculo liso: constituído por células pequenas, unicelulares e sem estriações no 
citoplasma; encontram-se presentes nas paredes dos órgãos e, à exemplo das células 
musculares cardíacas, são de controle involuntário. 
Maria Raquel Laurindo - Tutoria de Anatomia Uniro (transcrição) 
❖ Músculos estriados esqueléticos 
Estes músculos, majoritariamente, encontram-se fixados a estruturas do esqueleto (por 
intermédio de tendões), e ao cruzarem as articulações, são capazes de produzir 
movimentos por meio de suas contrações. Como exceções a essa característica de fixação 
dos músculos estriados esqueléticos, temos alguns músculos que se fixam à pele 
(músculos cutâneos), a órgãos (músculos do globo ocular) e a mucosa (músculos 
intrínsecos da língua). 
Ao se analisar a ultra estrutura óssea, denomina-se fibra muscular a célula muscular. Cada 
fibra muscular é envolvida externamente por uma bainha de tecido conjuntivo (endomísio). 
Os grupos de células musculares (fibras musculares) são contidas dentro de um segundo 
tipo de envoltório de tecido conjuntivo (peremísio). A esse conjunto de fibras musculares 
contidas dentro de um peremísio, caracteriza-se o fascículo muscular. Externamente a esse 
fascículo, há um terceiro revestimento de tecido conjuntivo chamado epimísio. Além disso, 
existe ainda um quarto revestimento de conjuntivo, chamado fáscia muscular, que envolve 
o epimísio e separa um músculo de outro vizinho. 
 
Tal conformação das bainhas de tecido conjuntivo mais externas (epimísio e fáscia 
muscular) viabilizam a o isolamento elétrico, além de organizarem a estrutura do músculo. 
Essa disposição das fibras faz com que essemúsculo esquelético esteja organizado de tal 
forma que a contração muscular consegue ser bem seletiva. 
A unidade funcional de um músculo que vai permitir que ele se contraia é constituída por 
um neurônio motor e as fibras musculares que esse neurônio motor enerva. O músculo 
estriado esquelético apresenta uma região central vermelha carnosa que é chamada de 
ventre muscular → região funcional, contrátil. As extremidades do músculo estriado 
esquelético podem ser tendão ou aponeurose, e constituem a parte mais esbranquiçada do 
músculo. Quando a extremidade muscular tiver uma forma de fita ou cilíndrica → tendão. 
Quando a extremidade muscular com forma plana ou laminar → aponeurose. 
Maria Raquel Laurindo - Tutoria de Anatomia Uniro (transcrição) 
A fáscia muscular é o revestimento mais externo dos músculos estriados esqueléticos, 
constituída por um tecido conjuntivo que funciona como isolante elétrico, além de contribuir 
para dar forma (organização) aos grupamentos musculares e permitir o deslizamento entre 
músculos vizinhos. Em algumas situações não é possível distinguir a fáscia do epimísio. 
 
❖ Conceitos de origem e inserção: 
Quando na realização de um movimento, uma das extremidades musculares permanece 
fixa enquanto a outra se movimenta. A extremidade que permanece fixa durante o 
movimento é denominada origem, enquanto aquela que se move é denominada inserção. 
A depender do tipo de movimento esses referenciais podem mudar. 
 
❖ Classificações do músculo esquelético 
Os músculos estriados esqueléticos podem ser classificados de acordo com vários critérios: 
o número de ventres, origens ou inserções, quanto à forma de suas fibras, entre outros. 
Mas a principal classificação é aquela que diz respeito à importância de um músculo na 
execução de um determinado movimento → classificação funcional. 
- Quanto ao número de origens: 
o Bíceps: duas cabeças de origem 
o Tríceps: três cabeças de origem 
o Quadríceps: quatro cabeças de origem 
- Quanto ao número de inserções: 
o Bicaudado: duas inserções 
o Tricaudado: três inserções 
o Policaudados: quatro inserções 
- Quanto ao número de ventres: 
o Monogástrico 
o Digástrico → músculo digástrico do pescoço 
o Poligástrico → músculo reto do abdômen 
- Classificação funcional: 
o Agonistas: músculo (ou grupo de músculos) responsável pela execução do 
movimento desejado. 
Maria Raquel Laurindo - Tutoria de Anatomia Uniro (transcrição) 
o Antagonista: músculo (ou grupo de músculos) que se opõe ao movimento que se 
deseja executar, a fim de que este ocorra de maneira precisa e suave. 
Por exemplo, o momento de flexão de antebraço é realizado por três músculos: bíceps, 
braquial e braqueoradial → músculos agonistas. Porém, para a execução desse movimento 
de maneira correta e eficiente, o músculo tríceps “controla” a extensão do antebraço 
(movimento contrário ao de flexão) → músculo antagonista. 
o Fixador: músculo (ou grupo de músculos) que atua estabilizando as articulações para 
que um movimento, executado pelo agonista, possa acontecer de maneira mais 
precisa. 
o Sinergista: músculo (ou grupo de músculos) que age quando um músculo agonista 
atravessa duas ou mais junturas, impedindo movimentos indesejáveis nas 
articulações intermediárias durante o movimento.

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