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Cefaleia

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Cefaleia
Cefaleia: É definida como uma dor que 
acomete o segmento cefálico, em 
qualquer região. 
É um caso extremamente frequente no 
departamento de emergência. Sendo 
98% dos casos mulheres e 95% dos 
casos homens. 
ETIOLOGIAS: 
 Sobre a etiologia, as mais 
frequentes são benignas. 
 Podem ser primárias ou 
secundárias. 
 A secundária é relacionada a 
alguma patologia existente, 
sendo que doenças graves são 
mais raras. 
 Causa mais comum de cefaleia é 
a migrânea. 
Precisamos ter atenção sempre a 
ANAMNESE e ao EXAME FÍSICO do 
paciente. 
Cefaleia primária (causas 
mais comuns): 
 Migrânea 
 Tensional 
 Trigemino-autonômicas 
Cefaleia secundária (causas 
mais comuns): 
 HSA 
 HIP 
 AVCi 
 Dissecção de artérias 
 Trombose venosa cerebral 
 Hipertensão e hipotensão 
liquórica 
Fisiopatologia: 
Migrânea: 
 
Trigemino-autonômicas: 
Temos uma disfunção hipotalâmica ou 
disfunção do sistema circadiano. 
Cefaleia secundária: 
Podemos ter o acometimento de 
estruturas extra cranianas e de 
estruturas intracranianas. 
Avaliando o paciente: 
Anamnese nota 10 
1) Determine o padrão e o início da 
dor 
2) O que estava fazendo quando 
iniciou a dor? 
3) Teve esforço? 
4) Teve história de trauma 
associado? 
5) Intensidade da dor de forma 
objetiva. (Escala de dor 0-10) 
6) Características da dor 
7) Localização 
8) Fatores de melhora e piora 
9) Sintomas associados 
10) História prévia de cefaleia 
SINAIS DE ALARME 
(REDFLAGS): 
1) Padrão: Mudança evidente no 
padrão de uma cefaleia 
preexistente, cefaleia em piora 
progressiva ou refratária ao 
tratamento. 
2) Início: Súbito, pico de 
intensidade em segundos 
(thunderclap), primeiro episódio 
de cefaleia intensa. 
3) Sintomas sistêmicos: Febre, 
toxemia, rash cutâneo, rigidez 
de nuca, emagrecimento, 
doenças reumatológicas, 
imunossupressão, neoplasia. 
4) Idade: Início após 50 anos. 
5) Sintomas neurológicos 
associados: Presença de déficit 
local, papiledema, rebaixamento 
do nível de consciência, 
convulsão. 
Vamos gravar tudo isso? 
C: cinquenta anos 
E: Esforços 
F: Febre 
A: Acorda o paciente 
L: Lancinante, pico em 1 min 
E: Exames neurológicos 
alterados 
I: imunossupressão 
A: Anticoagulação 
S: Severidade progressiva 
Se confirmarmos um sinal de alarme, 
precisaremos indicar um exame 
complementar para melhor 
investigação do paciente: 
Exames complementares: 
 Tc sem contraste 
 Punção lombar→ Suspeita de 
infecção ou hemorragia. 
Lembrar que existe uma 
contraindicação para punção 
lombar que é a hipertensão 
intracraniana, devido ao risco de 
hérnia. 
 AngioTC (venografia) ou RNM: é 
solicitado quando suspeita de 
trombose venosa cerebral. 
 VHS: Suspeita de arterite de 
células gigantes. 
 
 
Complementação da tabela: 
Se tivermos como sinal de alarme uma 
alteração do nível de consciência ou 
alteração neurológica focal, podemos 
ter como principais diagnósticos 
diferenciais HSA,AVCH, dissecção, 
infecção ou neoplasia. Precisamos 
solicitar exames complementares, 
como: Neuroimagem, estado de vasos 
cranianos e cervicais, punção lombar. 
 
Se tivermos como sinal de alarme uma 
história de traumatismo craniano, os 
principais diagnósticos diferenciais o 
hematoma subdural, hemorragia 
subaracnóide e dissecção arterial. 
Podemos solicitar a neuroimagem, 
estudo de vasos cranianos e cervicais. 
Cefaleia primárias: 
Características 
Migrânea ou enxaqueca: 
 Mais comum 
 Dor unilateral 
 Pulsátil 
 Presença de náuseas e vômitos 
 Foto e fonofobia 
 Piora com esforços 
 Moderada a forte intensidade 
 Duração de 4 a 72 horas. 
 Presença de aura: escotomas 
cintilantes e teicopsia, 
formigamento. 
Cefaleia tensional: 
 Leve a moderada 
 Bilateral ou holocraniana 
 Não pulsátil 
 Sem sintomas associados 
 Foto e fonofobia 
 Não piora com esforços 
 Não limita atividades diárias 
Cefaleia em salvas: 
 Sexo masculino entre 3-5 
décadas 
 Forte intensidade 
 Unilateral, região Peri orbitaria e 
temporal 
 Sintomas autonômicos 
ipsilaterais 
 Agitação e inquietação 
 Entre 15-180 minutos 
 Mais comum das trigemino 
autonômicas 
Conduta das cefaleias na 
emergência: 
Avaliação inicial: 
A→ Vias aéreas 
B→ Padrão respiratório 
C→Circulação 
D→ Exame neurológico 
 
Tratamento da Migrânea: 
 Reduzir a intensidade e duração 
dos episódios 
 Alívio rápido da dor 
 Reduzir recorrência da cefaleia 
 Restaurar capacidade funcional 
do paciente 
 Ambiente calmo e com pouca 
luminosidade 
 Acompanhamento com 
especialista para tratamento 
profilático. 
O que precisamos: 
Hidratação venosa 
Se o paciente tiver menos de 72 horas 
com dor: 
 Antiemético 
 Analgésico 
 Anti-inflamatório 
 Triptano 
 
 
 
Reavalie o paciente em 1hora. 
CASO ESPECIAL: Se não houver melhora 
com as condutas abordadas ou se esse 
paciente chegar relatando uma dor por 
mais de 72 horas, iremos solicitar: 
Dexametasona 10mg EV (irá ajudar na 
diminuição da recorrência das crises). 
Clorpromazina 0,1-0,25 mg/kg IM 
Se em uma hora persistir a dor, repetir 
clorpromazina por até 3x. 
Se atentar as reações extrapiramidal das 
medicações: 
 Rigidez nuca, inquietude, pânico. 
 Se sintomas, não repetir 
clorpromazina. 
NÃO USE OPIÓIDES PARA ENXAQUECA, 
ele pode cronificar a dor 
GATILHOS PARA ENXAQUECA: 
 Insônia 
 Jejum 
 Desidratação 
 Período menstrual 
 Estresse 
 Alimentação 
Tratamento da Cefaleia tensional: 
Podemos fazer uso de AINES, como: 
Cetoprofeno, Ibuprofeno, Nimesulida 
ou analgésicos comuns. 
Temos que ter atenção ao uso crônico 
de anti-inflamatório. Além disso, 
devemos orientar o paciente, investigar 
diagnósticos diferenciais e ter atenção 
as características fenotípicas das crises. 
Tratamento da Cefaleia em salva: 
Precisamos realizar oxigênio a 100% 
fluxo 10-12L/min em MNR por 10 a 20 
minutos. 
Podemos fazer também sumatriptano 
6mg via subcutânea ou 20mg spray 
nasal. Refratários: Lidocaína intranasal a 
4-10%. 
Encaminhar paciente para 
acompanhamento neurológico. 
Lembrar que: Analgésicos comuns e 
opioides não são eficazes. 
Após a melhora do quadro orientar 
paciente sobre fatores desencadeantes: 
 Bebidas alcóolicas 
 Tabagismo 
 Substâncias voláteis com odor 
intenso. 
Tratamento para cefaleias secundárias: 
Cada cefaleia secundária tratamos de 
uma forma diferente. 
Nos casos de HSA: tc de crânio tem 
sensibilidade de 98%, se for forte 
suspeita e TC negativa→ realize punção 
liquórica. 
Podemos realizar medidas de 
neuroproteção, como: 
 Cabeceira elevada a 30º (se não 
houver suspeita de lesão da 
coluna torácica). 
 Evite lações ou colarinhos 
apertados ao redor do pescoço 
 Evite hipóxia ou hiperóxia 
 Manter CO2 de final de exalação 
a 35cmH20. 
 Evite hipotensão e hipertermia 
 Prevenir e tratar a atividade 
convulsiva. 
Outras cefaleias secundárias: 
Cefaleia pós punção lombar 
 Repouso em decúbito 
 Hidratação 
 Analgesia + cafeína 
 Blood Patch epidural 
Dissecção de artéria: 
 Anticoagulação 
 Antiagregante plaquetário 
Infecção do SNC: 
 Antibioticoterapia 
Trombose venosa cerebral: 
 Anticoagulantes

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