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A carboxiterapia é uma técnica que consiste na aplicação injetável de gás carbônico medicinal nos tecidos cutâneos e subcutâneos. É usada nos tratamentos de: Flacidez; Estrias; Linhas de expressão; Queda capilar; Gordura localizada; Celulites; A carboxiterapia pode ser de administração intradérmica ou subdérmica de anidro carbônico medicinal (CO2 puro) para fins terapêuticos. Vantagens: Segurança Eficácia Baixo custo operacional Fácil aplicação DIÓXIDO DE CARBONO O dióxido de carbono (CO2) é um gás utilizado nas sessões de carboxiterapia. É o produto endógeno natural do metabolismo das reações oxidativas celulares, produzido no organismo diariamente em grandes quantidades e eliminado pelos pulmões durante a respiração. Gás atóxico; Não embólico; Não inflamável; Presente no organismo como intermediário metabólico. Produção de CO2: Corpo em repouso = 200mL/min Exercício físico: 10x CO2 O tratamento com carboxiterapia possibilita a melhora do fluxo sanguíneo e linfático, concede o acréscimo da oxigenação cutânea e a melhora nutricional celular. Ajuda na eliminação de produtos do metabolismo; Aumenta a produção de colágeno; Redução da quantidade de tecido adiposo; Melhora o tônus da pele. CARACTERÍSTICAS DO CO2 Dióxido de carbono medicinal padrão USP (United States Pharmacopy) – Grau de pureza (rótulo) Principais características Inodoro Gás liquefeito Não inflamável Atóxico Pureza mínima de 99,99% TRANSPORTE DO CO2 O dióxido de carbono é transportado pela corrente sanguínea em diversas formas: Na sua grande maioria como molécula livre dissolvida interagindo com a água na forma de ácido carbônico; Combinado com a hemoglobina; Acoplado a proteínas plasmáticas; Na hemácia, ação catalizadora da anidrase carbônica acelera a velocidade da reação do CO2 com a água em cerca de 5000 vezes, formando grandes quantidades de ácido carbônico e como consequência, de hidrogênio iônico em frações de segundo = aumento da acidez intracelular. PH O CO2 vai se dissociar em H + e HCO3. O H + nos tecidos e sangue, diminui o pH da região e induz uma resposta inflamatória. Essa alteração do pH vai promover a correção dos acúmulos de gordura localizada e melhorar o contorno corporal. carboxiterapia TRATAMENTO ESTÉTICOS introdução A alteração do pH estimula a fibrinogênese e a neovascularização da derme, restabelecendo a elasticidade e a resistência da pele. EFEITOS FISIOLÓGICOS A infusão de CO2 promove: EFEITO BOHR O efeito Bohr é um fenômeno que acontece quando a hemoglobina (Hb) perde afinidade pelo oxigênio em ambientes ácidos (e ganha em ambientes mais alcalinos). A afinidade da hemoglobina pelo oxigênio que depende do pH do meio. A acidez estimula a liberação de oxigênio da hemoglobina, diminuindo assim está afinidade. O aumento da concentração de dióxido de carbono (CO2) no meio também abaixa a afinidade da hemoglobina por oxigênio. A presença de níveis mais altos de CO2 e prótons (H+) nos capilares de tecidos promove a liberação de O2 da hemoglobina, o efeito recíproco ocorre nos capilares dos alvéolos do pulmão, a alta concentração de O2 libera CO2 e H+ da hemoglobina. Essas relações são conhecidas como efeito Bohr; Há um consenso entre autores que há um aumento significativo da concentração de oxigênio local após a infusão subcutânea de CO2, consequentemente há um aumento da pressão parcial de O2; Os autores relataram ainda que há diminuição da afinidade da hemoglobina pelo O2 na presença de gás carbônico disponibilizando mais oxigênio as células, o que favoreceria o metabolismo dos tecidos da região tratada (potencialização do efeito Bohr). AÇÃO BIOQUÍMICA Com a infusão do gás, ocorre uma distenção tecidual, com um importante aumento da concentração de oxigênio local. Além disso, provoca ativação de barorreceptores devido a esta distinção tecidual e consequente liberação de substâncias “alógenas”. Corpúsculos de Rufini Paccini Estimulam receptores beta-adrenérgicos ativando a Adenilciclase, promovendo assim aumento do AMPc tissular e consequente quebra dos triglicérides. CARBOLIPÓLISE Adipócito recebe os ácidos graxos que foram acondicionados em quilomícrons. Estes quilomícrons entram na circulação venosa e são eliminados na periferia pela hidrólise do triacilglicerol catalisado pela enzima lipoproteína lípase. A hidrólise do triacilglicerol armazenado é ativada pelos hormônios lipolíticos (Adrenalina Diminuição do pH Inflamação Angiogênese Fibriongênese Celular Permeabilidade Vascular Vasodilatação Estímulo Circulatório Sanguíneo Efeito Bohr Ação bioquímica Ação no tecido conjuntivo Carbolipólise e Noradrenalina) que por sua vez ativam a Adenil-ciclase, para formar AMP cíclico (AMPc) que irá ativar a lípasehormônio-sensível na hidrólise do triacilglicerol para então liberar ácidos graxos livres e glicerol do adipócito e caírem na circulação capilar. A prática de carboxiterapia no tratamento de gordura localizada também envolve a injeção de soro fisiológico no local a ser tratado antes da injeção do gás. O soro fisiológico em contato com o gás carbônico forma uma reação química (CO2 + H2O H2CO3 H+ + HCO3), com liberação de íons H+, proporcionando um meio ácido no local da aplicação. Essa acidez tecidual confere um aumento da oxidação lipídica através da ativação das lipoproteínas lípases (LPL), potencializando o poder de queima da gordura. ESTÍMULO DE COLÁGENO Após a ação mecânica ocorrida na carboxiterapia, provocada pelo “trauma” da agulha e pela introdução do gás, há a produção de um processo inflamatório e consequente migração de fibroblastos para a região da agressão e sua posterior proliferação estimulando a síntese de colágeno e de outras moléculas do tecido conjuntivo. Estudo histológico com a Carboxiterapia comprovou um aumento da espessura da derme, evidenciando estímulo à neocolagenase. LIPODISTROFIA GINÓIDE O gás carbônico no tecido subcutâneo atua na microcirculação e está ligado a ação lipolítica oxidativa. Por melhorar a microcirculação arterial da pele e subcutâneo, por aumentar a perfusão tecidual e a pressão parcial de oxigênio (PO2), a carboxiterapia é indicada para o tratamento da lipodistrofia ginóide, tratando principalmente o tecido celular subcutâneo que se encontra congestionado por retenção de líquido e toxinas CONTRAINDICAÇÃO Insuficiências respiratórias; Insuficiência renal; Insuficiência cardíaca congestiva; Hepatite crônica; Anemia; Inibidores da anidrase carbônica ex. Acetazolamida Problemas de coagulação; Gestante e Lactação.
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