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Pesquisar e descrever resumidamente: 1. Estrutura molecular dos aminoácidos Aminoácidos: são moléculas orgânicas formadas por átomos de carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O) e nitrogênio (N) e são responsáveis por diversos processos metabólicos do nosso organismo, entre eles a formação de enzimas, de hormônios e de anticorpos. Os aminoácidos são compostos carbônicos. No centro, possuem um carbono, chamado carbono alfa. Este é, geralmente, um carbono quiral, possuindo isomeria óptica. Nesse carbono há quatro ligações: um hidrogênio, um grupo amina (NH2), um grupo carboxílico (COOH) e um grupo chamado radical (R). O Grupo R varia para cada aminoácido, ou seja, o grupo R que irá definir o aminoácido formado. Existem mais de 300 tipos diferentes de aminoácidos na natureza, mas apenas 20 deles estão presentes na formação das proteínas em mamíferos. Esses aminoácidos têm funções distintas e são importantes para a formação das proteínas – estas, por sua vez, indispensáveis a praticamente todos os processos vitais. Exemplo da importância dos aminoácidos: Os aminoácidos ajudam no metabolismo, que, por sua vez, promove a proliferação celular e melhora o desempenho do exercício. Além disso, eles são fonte de energia e reduzem o acúmulo de serotonina (substância de fadiga central). A concentração de creatina quinase e a de lactato desidrogenase no sangue são os indicadores que refletem o grau de dano muscular e a aptidão física da atividade física, a longo prazo. Atletas que usam BCAA na sua dieta têm níveis de creatina quinase e a de lactato desidrogenase menor, quando comparado a atletas que não fazem essa suplementação. Foi relatado que a ingestão de BCAA ajudou a evitar que o desempenho físico se deteriore, o que geralmente é causado pela depleção de glicogênio muscular nos estágios posteriores dos exercícios de resistência. (Fonte: Bioquímica humana, Carvalho). 2. Como ocorre a formação da ligação peptídica Os aminoácidos se ligam por meio de ligações peptídicas, liberando uma molécula de água. Isso ocorre quando um grupo amino de um aminoácido se liga a um grupo carboxílico de outro aminoácido, formando, assim, dipeptídeos, tripeptídeos e polipeptídeos. Dipeptídeo: cadeia com 2 aminoácidos. Tripeptídeo: cadeia com 3 aminoácidos. Tetrapeptídeo: cadeia com 4 aminoácidos. Polipeptídeo: cadeia com 10 ou mais aminoácidos. PEPTÍDEOS: a cadeia polipeptídica pode conter número variável de aminoácidos. Cadeias polipeptídicas que podem ser associadas a uma função: PROTEÍNAS. 3. Classificação dos aminoácidos (essenciais e não essenciais) Essenciais: aqueles que o organismo humano não é capaz de produzir, devendo ser ingeridos por meio da alimentação (sobretudo por meio de carne, leite, ovos e seus derivados). Exemplos: fenilalanina, leucina, treonina, triptofano e histidina. Não essenciais: são aqueles que o organismo humano é capaz de sintetizar, com base nos alimentos ingeridos. Exemplos: alanina, ácidos aspártico e glutâmico, cisteína, glicina, glutamina, tirosina. 4. Classificação dos aminoácidos (polares e apolares → 5 grupos) A classificação dos aminoácidos também é feita segundo a sua polaridade. Eles podem ser: Polares: apresentam os grupos R constituídos de cadeia hidrofóbicas, as quais não fazem ligações iônicas ou de hidrogênio e não doam prótons. As cadeias desses aminoácidos são encontradas no interior das proteínas, quando estão em meio aquoso. Aminoácidos e Proteínas encontradas na superfície da molécula da proteína, em ambientes hidrofóbicos (como membranas celulares); os grupos R permanecem na superfície da proteína e participam de interações hidrofóbicas. Polares: apresentam cadeias hidrofílicas e são encontrados basicamente na superfície das proteínas. Estes podem participar na formação de pontes de hidrogênio, ligações iônicas e forças de van der Waals. Apresentam carga elétrica negativa (ácidos): fazem pontes de hidrogênio e possuem grupo carboxil (COOH) na sua cadeia R; positiva (básicos): fazem pontes de hidrogênio e possuem o grupo amina e anel imidazol em sua cadeia R); neutra (polares sem carga): fazem pontes de hidrogênio, mas não doam ou recebem prótons. *Os aminoácidos podem ter características afóteras, ou seja, podem se comportar como substâncias ácidas ou básicas, dependendo do pH. Isso ocorre no grupo amino e carboxílico. A cadeia lateral em pH fisiológico, por sua vez, pode ser classificada como: Apolar: a glicina, o primeiro aminoácido identificado em hidrolisado de proteínas e presente em quantidade significava em gelatina, tem a menor cadeia lateral entre todos aminoácidos – apenas um átomo de hidrogênio. Outros aminoácidos, como valina, leucina, isoleucina, metionina, prolina e fenilalanina, possuem cadeias compostas por cadeias de hidrocarbonetos ou por átomos com eletronegatividades semelhantes, que praticamente se anulam. Polar sem carga elétrica: os aminoácidos pertencentes a esse grupo apresentam grupos hidroxila, amida ou tiol. Nesse grupo podemos citar seis aminoácidos: serina, treonina, asparagina, glutamina, tirosina e cisteína. Polar com carga elétrica: esses aminoácidos podem ser carregados positivamente ou negativamente. Os aminoácidos básicos – lisina, arginina e histidina – são carregados positivamente. Aspartato e glutamato são carregados negativamente. A histidina é neutra nos limites básicos dos valores fisiológicos de pH. Como consequência, as cadeias laterais de resíduos de histidina frequentemente participam das reações catalisadas por enzimas. (Fonte: Bioquímica humana, Carvalho). *Os aminoácidos apolares têm grupos R com caráter de hidrocarboneto, que não interagem com a água; por isso, frequentemente localizam-se no interior da molécula proteica. Pertencem a este grupo: glicina, alanina, valina, leucina, isoleucina, metionina, prolina, fenilalanina e triptofano. Os aminoácidos polares têm, nas cadeias laterais, grupos com carga elétrica líquida ou grupos com cargas residuais, que os capacitam a interagir com a água. São geralmente encontrados na superfície da molécula proteica. Estes aminoácidos são subdivididos em três categorias, segundo a carga apresentada pelo grupo R em pH 7: aminoácidos básicos, se a carga for positiva; aminoácidos ácidos, se a carga for negativa; e aminoácidos polares sem carga, se a cadeia lateral não apresentar carga líquida. Os aminoácidos básicos são lisina, arginina e histidina. O valor de pKa do grupo ionizável presente na cadeia lateral da lisina (amino, com pKa = 10,54) e da arginina (guanidino, com pKa = 12,48) mostra que, em pH neutro, esses grupos estão protonados e com carga positiva (Tabela 2.1). A cadeia lateral da histidina (grupo imidazólico, com pKa = 6,04) está muito menos ionizada em pH 7; como o valor de seu pKa está uma unidade abaixo deste pH, apenas 10% das moléculas de histidina estarão com o grupo R protonado (ver a equação de Henderson-Hasselbalch, Seção 1.3) e com carga positiva. Os aminoácidos ácidos são os dicarboxílicos: aspartato e glutamato. Os valores de pK a das carboxilas de suas cadeias laterais são 3,90 e 4,07, respectivamente, e em pH neutro, estão desprotonadas e com carga negativa. Os aminoácidos polares sem carga são serina, treonina e tirosina, com um grupo hidroxila na cadeia lateral; asparagina e glutamina, com um grupo amida; e cisteína, com um grupo sulfidrila. (Fonte: Bioquímica básica, Marzzoco). Os aminoácidos podem ser classificados em cinco tipos com base na polaridade e carga (em pH 7) de seus grupos R: • Grupos R apolares, alifáticos: os grupos R nesta classe de aminoácidos são apolares e hidrofóbicos. As cadeias laterais de alanina, valina, leucina e isoleucina tendem a se agrupar no interior de proteínas, estabilizando a estrutura proteica por meio de interações hidrofóbicas. • Grupos R apolares, aromáticos: fenilalanina,tirosina e triptofano, com suas cadeias laterais aromáticas, são relativamente apolares (hidrofóbicos). • Grupos R polares, não carregados: os grupos R desses aminoácidos são mais solúveis em água, ou mais hidrofílicos do que aqueles dos aminoácidos apolares, porque eles contêm grupos funcionais que formam ligações de hidrogênio com a água. • Grupos R polares carregados positivamente (básicos): os grupos R mais hidrofílicos são aqueles carregados positivamente ou negativamente. Seus resíduos facilitam muitas reações catalisadas por enzimas, funcionando como doadores/aceptores de prótons. • Grupos R polares carregados negativamente (ácidos): os dois aminoácidos que apresentam grupos R com carga negativa final em pH 7,0 são o aspartato e o glutamato, cada um dos quais tem um segundo grupo carboxila. 5. Estrutura da Proteína (primária, secundária, terciária e quaternária) As proteínas podem ser formadas por uma ou mais cadeias polipeptídicas e contém, geralmente, mais de 50 aminoácidos. Elas desempenham uma função específica e, com poucas exceções (colágeno), contém todos os 20 aminoácidos, em proporções que variam muito (entre diferentes proteínas). Cada proteína apresenta uma estrutura tridimensional definida e característica. Estrutura primária: estrutura linear que une resíduos de aminoácidos através de ligações peptídicas, formando uma sequência (cadeia peptídica linear) Estrutura secundária: sequência de aminoácidos que se enrolam de forma helicoidal, através de pontes de hidrogênio. Podem formar a estrutura alfa-hélice. Estrutura terciária: sequência de aminoácidos que se dobram formando a estrutura tridimensional, através de pontes dissulfeto (dissulfureto), ligações iônicas e ligações hidrofóbicas. Estrutura quaternária: cadeias polipeptídicas (estrutura terciária) que se associam formando a estrutura quaternária – duas ou mais subunidades. Funções das proteínas: Catalisadores (enzimas) Estruturais (colágeno, queratina) Reserva (albumina, caseína) Transporte (hemoglobina) Contráteis (actina e miosina) Protetoras (anticorpos) Hormônios (insulina) Receptores (permeases) Hereditariedade (histonas) As proteínas podem ser: Simples: formadas apenas de aminoácidos. Conjugadas: formadas por aminoácidos e algum outro elemento. 6. Função das enzimas A maioria das enzimas são proteínas com um poder catalítico extraordinário (muito maior do que os catalisadores sintéticos ou inorgânicos). As enzimas: Tem alto grau de especificidade para os seus respectivos substratos Aceleram as reações químicas e Atuam em soluções aquosas sob condições suaves de temperatura e pH. Fatores que afetam a atividade enzimática: Temperatura: a velocidade de uma reação aumenta com o aumento da temperatura. A maioria das enzimas exerce sua atividade entre 40-45 graus. Uma elevação da temperatura pode provocar perda da conformação da proteína e perda da atividade catalítica. pH: as enzimas exercem sua atividade numa faixa muito estreita de pH. Variações no pH alteram as características dos aminoácidos pela protonação ou desprotonação (modificando as ligações enzima-substrato). Grandes variações de pH provocam a desnaturação proteica, causando a perda da sua atividade. 7. Classe das enzimas Oxidorredutases: responsáveis pela transferência de elétrons Transferases: reações de transferência de grupos Hidrolases: responsáveis pelas reações de hidrólise Liases: clivagens entre carbonos, entre carbono e oxigênio, carbono e nitrogênio ou outras reações por eliminação, rompimento de ligações duplas ou adição de grupos a ligações duplas. Isomerases: transferência de grupos dentro de uma mesma molécula produzindo formas isoméricas. Ligases: responsáveis pela formação de ligações entre carbonos, entre carbono e oxigênio, carbono e nitrogênio, através de reações de condensação acopladas à hidrólise de ATP ou cofatores similares. 8. Desnaturação (Aumento de temperatura e variação do pH) Desnaturação proteica: relacionada ao aumento na temperatura e em variações de pH que promovem alterações na estrutura da proteína e, consequentemente, na sua atividade biológica.
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