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Apresentação de Patologia I

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Calcificação Distrófica
· A calcificação distrófica, também conhecida como local, afeta tecidos lesionados e não depende dos níveis plasmáticos de cálcio e fósforo. A hipercalcemia, nível elevado de cálcio no sangue, pode favorecer a deposição de cálcio nos tecidos lesados, intensificando a calcificação distrófica. 
· Esse é o tipo mais frequente de calcificação e ocorre de maneira mais localizada nos tecidos conjuntivos fibrosos hialinizados em lenta ou prolongada degeneração, como na parede de vasos esclerosados, em tendões, válvulas cardíacas e em alguns tumores, como os carcinomas mamários. 
· A calcificação distrófica ocorre também nas áreas de necroses antigas e não reabsorvidas, como áreas de infartos antigos e na necrose enzimática das gorduras da pancreatite. 
· Essa calcificação geralmente não tem efeitos deletérios no organismo, exceto quando afeta válvulas cardíacas, complicando ateroscleroses ou potencializando a ocorrência de litíases. Quando ocorre nos granulomas tuberculosos, nos abcessos crônicos e nos aneurismas verminóticos, a calcificação distrófica pode ser considerada benéfica, uma vez que encarcera o agente agressor. 
· Trazendo para um contexto odontológico, um exemplo de calcificação distrófica é a calcificação pulpar, que são massas de tecido calcificado no nível da câmara pulpar e dos canais radiculares. Geralmente são assintomáticas e podem ser achadas através de radiografias. Os fatores etiológicos da calcificação pulpar estão relacionados às injúrias como traumas, doença periodontal, cárie, procedimentos restauradores e ultrassom de baixa intensidade, que provocam inflamação e hipóxia. 
· A imagem mostra um nódulo pulpar, que pode ser observado em dentes com cárie, com casos de traumatismo ou em indivíduos senis. É encontrado em área onde houve lesão prévia.
Degeneração Gordurosa – Esteatose 
· A degeneração gordurosa, também conhecida como esteatose, é o acúmulo de gorduras neutras (mono, di e triglicerídeos) no citoplasma de células que normalmente não as armazenam. Essa lesão é comum no fígado, no epitélio do túbulo renal e no miocárdio, mas também pode ser observada em músculos esqueléticos e no pâncreas. 
· A esteatose aparece quando um agente interfere no metabolismo de ácidos graxos da célula, aumentando sua síntese ou dificultando sua utilização, seu transporte ou excreção. Pode ser causada por agentes tóxicos, hipóxia, alterações na dieta e distúrbios metabólicos de origem genética. 
· Os agentes lesivos causam esteatose hepática por interferirem no metabolismo lipídico, como por exemplo:
a) Aumento da síntese de lipídios por maior aporte de ácidos graxos decorrentes da lipólise ou ingestão excessiva;
b) Produção de ácidos graxos a partir do excesso de acetil CoA;
c) Redução na utilização de triglicerídeos ou de ácidos graxos para síntese de lipídios mais complexos;
d) Menor formação de lipoproteínas por deficiência na síntese de apoproteínas;
e) Distúrbios no deslocamento e na fusão de vesículas que contêm lipoproteínas com a membrana plasmática.
f) Ingestão abusiva de álcool e distúrbios associados à obesidade são as causas mais comuns. 
· As características macroscópicas da esteatose são: 
a) Modificações no volume e coloração do órgão afetado, que dependem da causa da lesão e da quantidade de lipídio acumulado. 
b) No fígado, ocorre o aumento de volume e peso do órgão, suas bordas ficam abauladas, consistência amolecida, coloração amarelada, superfície externa lisa e brilhante, e superfície de corte untuosa, sem marcação lobular. 
· As características microscópicas nos hepatócitos são a formação de vacúolos pequenos e múltiplos, na fase mais precoce da degeneração, que podem se coalescer formando um vacúolo único e volumoso, deslocando o núcleo da célula para periferia, podendo levar à ruptura celular e formar os cistos gordurosos. 
· A degeneração gordurosa pode ser dividida entre macrogoticular e microgoticular. A macrogoticular pode ser alcoólica e não alcoólica.
a) A doença hepática não alcoólica é definida como esteatose macrogoticular associada a diabetes mellitus tipo 2 e obesidade. A esteatose resulta do desequilíbrio entra a captação de gorduras, sua oxidação e exportação. 
b) A esteatose hepática alcoólica é identificada em pacientes que consomem grandes quantidades de etanol, em média mais de 6 drinques ao dia. Ocorre pela má nutrição associada ao alcoolismo e pela hepatotoxicidade direta do álcool. 
c) O uso de tetraciclinas, antibióticos bacteriostáticos, durante a gestação pode causar hepatotoxicidade nas gestantes, em especial, depois da administração intravenosa, o que resulta na degeneração gordurosa microgoticular do fígado.

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