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Apostila de textos técnicos

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Professora Simone LTT 
 
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Carta- Currículo 
Como elaborar uma carta de apresentação 
 
1) Para atingir bons resultados por meio de uma carta de apresentação, você 
deve redigi-la com assuntos que chamem a atenção e motivem o leitor a entrar 
em contato com você, pois é o espaço para fazer o seu “marketing Pessoal”. 
2) Coloque sempre o nome e o cargo da pessoa, ou o departamento para quem 
você irá enviar a carta. 
3) A primeira impressão sempre é a que fica. Portanto, tenha atenção redobrada 
para o vocabulário e o tom que você irá adotar no texto. 
4) A carta não pode passar de uma página e deve ser redigida em A4 ou papel carta 
de boa qualidade. 
5) A primeira linha da carta é muito importante. Ela deve literalmente prender a 
atenção além de ser breve e objetiva. 
6) Você pode informar a sua pretensão salarial e outras referências, por isso, 
pense bem no modelo de carta de apresentação que você vai escolher para se 
candidatar a uma determinada vaga. 
7) Ao contrário do currículo, que não deve ser assinado, na carta deve ter sua 
assinatura no final. 
 
Modelo 1 
 
Prezados Senhores, 
 
Em busca de nova proposta de trabalho na área Administrativo-Financeira, apresento-lhes 
meu currículo anexo. 
Entre minhas características básicas encontram-se: adaptabilidade, bom humor, 
dinamismo, responsabilidade, dedicação ao trabalho e bom relacionamento em 
geral. 
Informo ainda que estou disponível para viagens, de acordo com a necessidade da 
organização. 
No aguardo de contato de sua parte, coloco-me à disposição para prestar-lhes mais 
esclarecimentos. 
 
Atenciosamente, 
Maria Tavares 
Modelo 2 
 
São Paulo, 19 de julho de 2012 
 
Sr. Marcos Medeiros 
Diretor 
XXXXXX Assessoria Empresarial Ltda. 
Rua XXXXX, nºXX 
São Paulo – SP 
 
Professora Simone LTT 
 
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Professora Simone LTT 
 
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Prezado Sr Marcos 
Sou executivo de Assuntos Corporativos e Comunicação Empresarial com carreira 
em escritórios de advocacia e no Banco XXXXX, onde adquiri sólida experiência em 
relações com a imprensa, clientes, órgãos de defesa do consumidor, gestão de 
produtos, suporte a desenvolvimento de agências e postos de serviços, análise de 
concorrência, formação e liderança de equipes, interface entre banco e empresas 
seguradoras e de cartões de crédito e áreas administrativas. Graduado em Ciências 
Jurídicas e Sociais, tenho pós-graduação em Jornalismo. 
Visando posições em uma de suas empresas, encaminho meu currículo e estarei à 
sua disposição para um contato pessoal e informações adicionais sobre minha 
carreira 
 
Atenciosamente, 
João Paulo dos Santos 
 
Modelo 3 (sem experiência) 
 
Ao Departamento de Recursos Humanos 
 
Com vários cursos administrativos e de informática, adquiri conhecimento nas 
principais rotinas que envolvem a área administrativa. Sou organizado, flexível e 
dedicado. Responsabilidade e facilidade de relacionamento completam o meu perfil. 
Encaminho meu currículo, para a vaga de estágio na área administrativa, conforme 
anúncio publicado. 
Buscando desenvolvimento profissional, viso ocupar posições em sua empresa, já 
que essa é reconhecida pelas oportunidades de crescimento dos seus 
colaboradores. 
Acredito que meu perfil e vontade possam contribuir diretamente para o 
crescimento da sua empresa 
Estou à disposição para quaisquer esclarecimentos. 
 
Cordialmente 
Carlos Valadares 
 
Professora Simone LTT 
 
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Curriculum Vitae 
Ao escrever seu curriculum vitae você deve observar uma série de regras e dicas que 
visam diferenciá-lo entre os demais candidatos a vaga, destacando suas qualidades 
profissionais e pessoais. Antes de começar a escrever este documento, procure fazer 
uma reflexão sobre sua formação e carreira profissional, identificando seus pontos 
fortes. Na hora de redigí-lo, faça-o com calma, sem pressa - leia e releia-o várias vezes 
até ter a certeza de que está tudo certo. 
Embora o conteúdo certamente fale mais alto, a apresentação do curriculum conta 
muitos pontos a favor. Um curriculum bem apresentável, organizado e impresso em um 
bom papel, transmite a idéia de um profissional competente e diferenciado. Utilize uma 
boa impressora e papéis brancos, no formato A4. Não utilize xerox nem imprima seu 
documento frente e verso. 
Exemplo 1 
Rodrigo Magalhães Pedroso Dias 
Brasileiro, solteiro, 29 anos 
Rua Castor de Afuentes Andradas, número 109 
Pampulha – Belo Horizonte – MG 
Telefone: (31) 8888-9999 / E-mail: rodrigoaug@gmail.com.br 
 
OBJETIVO 
 
Cargo de Analista Financeiro 
 
FORMAÇÃO 
 
 
• Pós-graduado em Gestão Financeira. IBMEC, conclusão em 2006. 
• Graduado em Administração de Empresas. UFMG, conclusão em 2003. 
 
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL 
 
 
• 2004-2008 – Rocha & Rodrigues Investimentos 
Cargo: Analista Financeiro. 
Principais atividades: Análise técnica de balanço patrimonial, análise de custo de 
oportunidade, análise de estudos de mercado. 
Responsável pelo projeto e implantação de processos pertinentes a área. Redução de 
custos da área de 40% após conclusão. 
 
Professora Simone LTT 
 
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• 2001-2003 – ABRA Tecnologia da Informação 
Cargo: Assistente Financeiro 
Principais atividades: Contas a pagar e a receber, controle do fluxo de caixa, 
pagamento de colaboradores, consolidação do balanço mensal. 
• 2000-2001 - FIAT Automóveis 
Estágio extra-curricular com duração de 6 meses junto ao Departamento de Custeio 
 
QUALIFICAÇÕES E ATIVIDADES COMPLEMENTARES 
 
 
• Inglês – Fluente (Number One, 7 anos, conclusão em 2001). 
• Experiência no exterior – Residiu em Londres durante 6 meses (2004). 
• Curso Complementar em Gestão de Investimentos de Renda Variável (2004). 
• Curso Complementar em Direito Empresarial (2007). 
 
INFORMAÇÕES ADICIONAIS 
 
 
• Disponibilidade para mudança de cidade ou estado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exemplo 2 
Luiz Caldanha Gomes Marques 
Rua Flor de Lis, 891 – Palmares - São Paulo – SP – CEP 11276-541 
Telefone: (11) 8881-1111 - E-Mail: luizcgomesm@gmail.com 
Idade: 24 Anos - Estado Civil: Solteiro 
 
Objetivo: Estágio em Suporte Técnico de Redes de Computadores 
 
Formação Acadêmica 
 
• Bacharelado em Sistemas de Informação – USP – Em curso 
Conclusão prevista para 2009 
 
• Técnico em Informática Industrial – CEFET / MG 
Conclusão em 2002 
 
Experiência Profissional 
 
• 2006-2007 – Estágio extra-curricular, remunerado, durante 11 meses na 
LocaWeb. Suporte técnico ao serviço de hospedagem de sites. 
 
• 2003-2005 – Técnico em manutenção de computadores durante 16 meses na 
PRECISÃO LTDA. Responsável técnico pela área de manutenção de notebooks. 
Responsável pela implantação da metodologia 5S no departamento com redução 
de 20% da perda de componentes eletrônicos na sessão. 
 
• 2002-2003 – Estágio curricular do curso técnico, não-remunerado, na R3 
Sistemas. Programador PHP e Java. 
 
Qualificações e Atividades Complementares 
 
• Inglês Fluente – Curso concluído no Number One Idiomas durante 5 anos. 
• Curso em Gestão de Redes de Computadores – Master Cursos / SP – Carga 
horária: 88 horas. 
• Curso de Gestão de Banco de Dados Oracle – Squadra Tecnologia / MG – Carga 
horária: 45 horas.Professora Simone LTT 
 
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• Trabalho de final de curso técnico premiado com menção honrosa. Guia de 
implantação de um ambiente de código-aberto em indústrias. 
 
Informações Adicionais 
 
• Intercâmbio estudantil em Londres, durante 6 meses - 2003 
 
 
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Relatório técnico 
O relatório, estrutura e apresentação. 
A finalidade de um relatório de pesquisa é a de comunicar os processos desenvolvidos e 
os resultados obtidos em uma investigação, dirigido a um leitor ou público-alvo 
específico, dependendo dos objetivos a que se propôs. Os relatórios de pesquisa podem 
ser feitos de várias formas: através de um artigo sintético para ser publicado em algum 
periódico, através de uma monografia com objetivos acadêmicos (monografia de 
conclusão de disciplinas ou de cursos de graduação, dissertação ou tese de mestrado ou 
doutorado) ou na forma de uma obra para ser publicada. Além dos elementos que 
envolvem uma produção textual e que seguem a orientação da lingüística aplicada, que 
respeita os estilos individuais de quem redige e expressa um pensamento carregado de 
significação, há os elementos objetivos ligados à coerência lógica, coesão textual e 
normas técnicas padronizadas e convenções tradicionais que devem ser respeitadas. 
Há determinadas convenções padronizadas, decorrentes do uso acadêmico, literário e 
científico, que acabaram por se transformar em normas e em modelos formais que 
devem ou podem ser seguidos. Abordaremos esses modelos e normas, tratando da 
estrutura de um relatório de pesquisa e das formas de como deve ou pode ser 
apresentado. 
Tipos de relatórios 
Os relatórios de pesquisa são elaborados com fins acadêmicos e com fins de divulgação 
científica. Há vários tipos de relatórios: resumos, resenhas, ensaios, artigos, projetos de 
pesquisa, relatórios de pesquisa, monografias, dissertações e teses, desenvolvidos e 
apresentados em cursos de graduação, especialização, mestrado e doutorado. O adjetivo 
"científico" é atribuído genericamente a estes tipos de trabalhos, confundindo-se muitas 
vezes a cientificidade com o cumprimento das normas e padrões de sua estrutura e 
apresentação. Ser ou não ser científico não tem nada a ver com estas normas e padrões, 
que são produto ou de normalização oficial, ou de padrões que o uso acabou 
transformando em convenções universalmente aceitas. 
O que há de comum em todos esses tipos de trabalhos científicos, excetuando-se o 
resumo e a resenha, é que todos são obrigatoriamente "monográficos", isto é, como 
relatos de pesquisas já efetuadas, no todo ou em parte, devem versar sobre o problema 
delimitado (somente um) que foi investigado e desenvolvido cientificamente. 
Estrutura dos relatórios 
Um relatório de pesquisa compreende as seguintes partes: 
a) elementos pré-textuais: 
 
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• capa; 
• folha de rosto; 
• dedicatória; 
• agradecimentos; 
• abstract; 
• sumário; 
• lista de tabelas, gráficos e quadros. 
b) elementos textuais: 
• introdução: apresentação do problema investigado, objetivos, justificativa, 
metodologia utilizada, citação do marco de referência teórica, quadro das 
hipóteses; 
• corpo do trabalho (desenvolvimento): detalhamento do problema, exposição da 
revisão bibliográfica e do marco de referência teórica, detalhamento das 
hipóteses com suas variáveis, definições e indicadores, descrição da população e 
plano de amostragem, apresentação e discussão dos resultados, avaliação crítica 
das hipóteses e do referencial teórico, acrescido de tabelas, gráficos, quadros e 
ilustrações; 
• conclusão: retomada do problema com a síntese das conclusões e avaliação das 
limitações da pesquisa; 
• notas: observações, complementações ao texto, indicações bibliográficas que 
podem aparecer ao pé da página, no final da parte ou de todo o texto; 
• citações: menção, através da transcrição ou paráfrase direta ou indireta, das 
informações colhidas em outras fontes que foram consultadas; 
• fontes: lista ordenada das referências das obras citadas, consultadas ou 
indicadas pelo autor no texto. 
c) elementos pós-textuais: 
• apêndice: texto ou informações complementares elaboradas pelo autor; 
• anexo: documento acrescentado para provar, ilustrar ou fundamentar o texto. 
Elementos pré-textuais 
 
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✓ Capa 
Sobre a capa, veja mais adiante em normas para apresentação do texto 
✓ Folha de rosto 
A folha de rosto contém os elementos essenciais à identificação do trabalho. Deve 
iniciar com os dados da instituição a que está vinculada a investigação, colocados na 
parte superior da folha: Escola, universidade, faculdade, curso ou departamento. 
Centrado no meio da folha coloca-se o título do trabalho e logo abaixo o nome dos 
autores. Na base da folha escreve-se o local e data. Na folha de rosto deve ser repetido 
tudo o que contém a capa e na mesma distribuição. Porém, este não é um esquema 
rígido, admitindo outros formatos. 
✓ Dedicatória 
A dedicatória é opcional. Serve para indicar as pessoas às quais se dedica ou oferece o 
trabalho. Aparece após a folha de aprovação, nas teses e dissertações; nos outros 
trabalhos após a folha de rosto. 
✓ Agradecimentos 
Serve para nomear as pessoas às quais se deve gratidão, em função de algum tipo de 
colaboração dada à investigação. Em geral constam os nomes dos orientadores da tese 
ou monografia, colaboradores, categoria de pessoas entrevistadas, instituições 
financiadoras. Essa folha também é opcional. 
✓ Abstract 
É o resumo da investigação, destacando as partes mais relevantes, tais como o 
problema, os procedimentos utilizados, as hipóteses e o principal resultado alcançado. 
No caso de teses de mestrado ou doutorado há necessidade de se apresentar também a 
tradução em, no mínimo, uma língua estrangeira, de acordo com a orientação da 
instituição a que se vincula o curso. Além de apresentar uma sinopse para o leitor da 
pesquisa, seu objetivo é o de ser utilizado em catálogos de divulgação acadêmica ou 
científica. O abstract não pode ultrapassar uma página. 
✓ Sumário 
O sumário fornece a enumeração das principais divisões, secções e outras partes do 
trabalho, na mesma ordem em que se sucedem no texto, indicando o número da primeira 
página ou das páginas extremas de cada parte (início e término), destacando-se a 
subordinação dos itens através de recursos tipográficos (como exemplo, veja o sumário 
no início desta apostila). 
 
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✓ Lista de tabelas, gráficos, quadros e ilustrações 
Se houver tabelas, gráficos ou ilustrações, deve-se listá-los, especificando o número, o 
título e indicando as páginas em que se encontram no texto. 
Elementos textuais 
Introdução 
O objetivo principal da introdução é situar o leitor no contexto da pesquisa. O leitor 
deverá perceber claramente o que foi analisado, como e por que, as limitações 
encontradas, o alcance da investigação e suas bases teóricas gerais. Ela tem, acima de 
tudo, um caráter didático de apresentar o que foi investigado, levando-se em conta o 
leitor a que se destina e a finalidade do trabalho. 
Numa introdução consideram-se os seguintes aspectos: 
a) o problema deve ser proposto para o leitor de uma forma clara e precisa. 
Geralmente é apresentado em forma de enunciado interrogativo, situando a dúvida 
dentro do contexto atualda ciência ou perante uma dada situação empírica. Deve ficar 
clara para o leitor a natureza do problema investigado, as variáveis que o compõem, que 
tipo de relação foi analisada; 
b) os objetivos delimitam a pretensão do alcance da investigação, o que se propõe 
fazer, que aspectos pretende analisar. Os objetivos podem servir como 
complemento para a delimitação do problema; 
c) as justificativas destacam a importância do tema abordado tendo em vista o 
estágio atual da ciência, as suas divergências polêmicas ou a contribuição que 
pretende proporcionar a pesquisa para o problema abordado; 
d) as definições pertinentes à compreensão do problema devem ser explicitadas. 
Apenas as estritamente necessárias devem ser colocadas; 
e) a metodologia deve esclarecer a forma que foi utilizada na análise do problema 
proposto. Em pesquisas descritivas e experimentais se detalha os principais 
procedimentos, técnicas e instrumentos utilizados na coleta de dados das 
observações ou dos testes das hipóteses, de tal forma que o leitor tenha uma 
visão do roteiro utilizado; quem lê deve ter os elementos necessários para poder 
compreender, identificar e avaliar os procedimentos utilizados na investigação. 
A caracterização da amostra também faz parte desta descrição; 
 
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f) o marco teórico deve ser citado de uma forma sintética na introdução, apenas 
servindo para o leitor identificar a linha teórica que serviu de base para a 
pesquisa, uma vez que o seu detalhamento é feito no corpo do trabalho; 
g) as hipóteses, no caso das pesquisas descritivas e experimentais, devem ser 
apresentadas, como as possíveis soluções ou explicações que orientaram o 
processo da investigação, mostrando o que a pesquisa pretendeu testar. Não há 
hipóteses se a pesquisa for exploratória ou bibliográfica; 
h) as dificuldades ou limitações devem ser expostas, desde que relevantes. A 
introdução deve ser formulada em uma linguagem simples, clara e sintética, 
colocando aquilo que é necessário para que o leitor tenha uma idéia objetiva do 
que vai ser tratado. 
Desenvolvimento 
O desenvolvimento é a demonstração lógica de todo o trabalho de pesquisa. Se for 
deixada de lado a introdução e a conclusão, ele deverá subsistir sozinho. Isso significa 
que o desenvolvimento retoma o problema inicial da introdução, apresenta o resultado 
dos testes, avaliando as hipóteses e colocando as principais conclusões da investigação. 
De acordo com as características do problema, das técnicas utilizadas e do estilo do 
autor, pode-se dividir o desenvolvimento em tantas partes quantas forem necessárias, 
utilizando-se para isso os capítulos, as seções e as subseções, tendo o cuidado de não 
perder a unidade. 
Uma parte do desenvolvimento pode ser dedicada à exposição do problema, ao 
detalhamento de suas variáveis e à explicitação da metodologia utilizada. Nos relatórios 
de pesquisas experimentais ou descritivas procura-se transformar o problema lançado a 
um nível teórico na introdução em problema empírico. Isto é feito apresentando os 
enunciados básicos utilizados ou as definições usadas para traduzir as variáveis do nível 
teórico e abstrato para o nível observacional. As hipóteses, as variáveis e suas 
definições devem estar claramente evidenciadas, bem como todos os procedimentos 
relevantes utilizados nos testes, de tal forma que o leitor possa reconstruir como a 
pesquisa foi feita. Convém não colocar, porém, no desenvolvimento, a explicação 
exaustiva dos métodos e técnicas utilizadas, mas apenas sua indicação, ou o resultado 
do que foi obtido, como é o caso dos testes para avaliar a fidedignidade e a validade dos 
instrumentos. 
Noutra parte pode-se apresentar o resultado da revisão da literatura. É importante que o 
autor mostre que obras foram consultadas, explicitando o estado atual dos 
conhecimentos produzidos na área investigada e que teorias serviram de base para 
fundamentar a escolha das hipóteses. A exposição objetiva da fundamentação teórica e a 
 
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demonstração do seu domínio crítico é um dos itens integrantes da demonstração de 
cientificidade. 
A exposição dos dados obtidos na investigação e sua utilização para discutir e avaliar as 
hipóteses e confrontar com os conhecimentos científicos anteriores pode ser feita em 
outra parte destinada à exposição e discussão dos resultados. Nesta parte o autor pode 
dispor dos gráficos, tabelas, quadros, testes estatísticos e ilustrações para expor suas 
provas e efetuar a avaliação de suas hipóteses, utilizando a argumentação lógica para 
demonstrar seus resultados. Deve-se salientar que o objetivo de um escrito científico 
não é o de convencer, mas o de demonstrar com provas e com argumentos lógicos. 
Todas as conclusões, portanto, deverão ser pertinentes e restritas aos limites permitidos 
pela investigação. Tanto os resultados positivos quanto os negativos devem ser 
mostrados, com a respectiva interpretação. 
Nos relatórios de pesquisa estritamente bibliográficos, que se restringem à análise de 
conteúdo, no desenvolvimento o problema é retomado e analisado à luz dos 
conhecimentos, teorias e informações relevantes colhidos na revisão da literatura. 
Objetiva o desenvolvimento, nessas pesquisas, explicar, discutir, criticar e demonstrar a 
pertinência desses conhecimentos e teorias no esclarecimento, solução ou explicação do 
problema proposto, analisando e extraindo conclusões sobre suas deficiências ou 
qualidades explicativas, bem como propor interpretações teóricas originais e 
inovadoras. 
Conclusão 
A conclusão tem também sua estrutura própria. Ela deve retomar o problema inicial 
lançado na introdução, revendo as principais contribuições que trouxe a pesquisa. 
A conclusão apresenta o resultado, global da investigação, avaliando seus pontos fracos 
ou positivos através da reunião sintética das principais idéias desenvolvidas ou 
conclusões parciais obtidas. Assim como a introdução, a conclusão não entra nos 
detalhes operacionais dos conceitos utilizados, mas apenas aborda as conclusões 
parciais do desenvolvimento inter-relacionando-as num todo unitário, tendo em vista o 
problema inicial. O cuidado que se deve ter é o de a conclusão nunca extrapolar os 
resultados do desenvolvimento. O resultado deve ser decorrência natural do que já foi 
demonstrado. 
A ciência está em contínua construção. É natural, pois, que a pesquisa não esgote por 
completo o tema investigado e que o autor, então, aponte, na conclusão, os problemas 
decorrentes do tema investigado. Futuras pesquisas poderão se beneficiar dessas 
indicações. 
Notas 
 
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As notas servem para o autor apresentar indicações bibliográficas, fazer observações, 
definições de conceitos ou complementações ao texto. 
Citações 
As citações são trechos literais retirados de outras fontes que foram consultadas. 
Elas devem ser usadas apenas quando servem para demonstrar a tese do autor. 
Referências 
É o conjunto dos elementos que permitem a identificação, no todo ou em parte, das 
fontes citadas no texto. Podem ser de documentos impressos ou registrados, tais como 
livros, periódicos, jornais, monografias e demais fontes. É a lista ordenada das 
referências das obras citadas, consultadas ou indicadas pelo autor no texto. Segundo a 
ABNT, podem ser colocadas em nota de rodapé ou no fim do texto. Cabe ao autor 
escolher a forma que melhor lhe convier. Deve-se, porém, uma vez escolhido, adotar 
sempre o mesmo critério no decorrer de todo o trabalho. 
Elementospós-textuais 
Apêndice 
É utilizado para colocar textos ou informações complementares elaboradas pelo autor, 
tais como tabelas complementares e modelos de instrumentos. 
Anexo 
Documento não elaborado pelo autor, acrescentado para provar, ilustrar ou fundamentar 
o texto. 
Referências 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: referências 
bibliográficas. Rio de Janeiro, 1989. 
CERVO, A. L. e BERVIAN, P. A Metodologia Científica. São Paulo: Makron, 1996. 
KÖCHE, J. C. Fundamentos de Metodologia Científica. Petrópolis: Vozes, 2000. 
LAKATOS, E. M. e MARCONI, M. A. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1991 
RUDIO, V. F. Introdução ao projeto de pesquisa científica. Petrópolis: Vozes, 2002. 
RUIZ, A. R. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1996. 
 
 
Professora Simone LTT 
 
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Contrato 
O contrato é um documento que precisa passar a fazer parte da relação entre patrões e 
empregadas domésticas. Para quem for contratar, a dica da maioria dos especialistas é 
fazer um contrato com período de experiência até 90 dias e possibilidade de prorrogação 
por prazo indeterminado. 
Quem já tem uma empregada de muitos anos também deve fazer um contrato 
estabelecendo as regras que vão vigorar daqui para frente. O tempo de trabalho anterior 
não precisa ser mencionado, é como se fosse um acordo tácito que vigorou até então. 
Mas uma coisa é importante: todos os benefícios dados antes precisam ser mantidos, ou 
seja, o salário não pode ser reduzido. E se havia plano de saúde, ele não poderá ser 
cortado. Os especialistas também entendem que se a empregada não trabalhava aos 
sábados, por exemplo, o patrão não poderá exigir isso agora. 
Algumas categorias profissionais têm previsto em seus contratos um número 
determinado de horas extras por mês. A medida, que poderia facilitar o cálculo dos 
salários, é desaconselhada porque pode virar um direito adquirido. Se, por exemplo, o 
patrão muda de horário no emprego (ou quando o filho cresce), e não precisa mais 
contratar a hora extra, não poderá deixar de pagá-la. Além disso, alguns juízes já 
consideram que a hora extra pré-contratada é, na verdade, salário, e mandam pagar hora 
extra de novo. 
Para evitar problemas, “uma opção é fazer um adendo ao contrato prevendo que a 
jornada poderá ser prorrogada em até duas horas durante um período de até um ano. Se, 
depois, precisar de novo, faz outro adendo para o próximo período”, sugere Idileuse 
Martins, da IOB. Já Luiz Guilherme Migliora aconselha que se evite as horas extras 
com dias e duração iguais. 
— Se precisou que a empregada faça horas extras num dia, ela tenta chegar mais cedo 
no outro dia para evitar a habitualidade. 
Para Mario Avelino, presidente do Instituto Doméstica Legal, o mais importante nesse 
momento de transição é ter calma e bom senso: 
— Não demita, não faça nada, espere. O governo já anunciou que vai simplificar 
algumas regras. As relações entre patrões e empregadas sempre se pautaram pela 
negociação. Não há razão para substituir pelo conflito. 
Confira abaixo um modelo de contrato de trabalho elaborado pelo escritório Veirano 
Advogados. 
Exemplos de Contrato1 
CONTRATO DE TRABALHO 
 
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O presente Contrato é firmado entre [Nome do Empregador], residente e domiciliado na 
[endereço do empregador], inscrito no CPF sob o número ____________ (doravante 
denominadoa “EMPREGADORA”), e [Nome da Empregada], brasileira, empregada 
doméstica, residente e domiciliado na [Endereço da Empregada], portador(a) da CTPS 
nº ____________ _____ (doravante denominada “EMPREGADA”). 
As Partes concordam em firmar o presente Contrato de Trabalho (“Contrato”), nos 
seguintes termos e condições: 
1. Duração e Período de Experiência 
1.1. O presente contrato é firmado por um período de experiência de ____dias, 
prorrogável expressa ou tacitamente por mais ____dias [os dois prazos somados não 
podem ultrapassar 90 dias]. Permanecendo a EMPREGADA a serviço da 
EMPREGADORA após o término do período de experiência, o presente contrato 
passará a vigorar por tempo indeterminado e será igualmente regido pelas cláusulas do 
presente instrumento. 
1.2. Sua data de início será [incluir data de início]. 
2. Condução ao Cargo e Obrigações 
2.1. A EMPREGADA deverá desempenhar as obrigações inerentes ao cargo de 
empregado doméstico e babá, que consistem principalmente, mas não exclusivamente, 
em tudo que se refere à criança e ao cuidado com a casa, incluindo lavar e passar roupa 
e fazer comida. 
2.2. A EMPREGADA concorda que, durante a vigência do presente contrato, a 
exclusivo critério da EMPREGADORA, poderá ser requisitado para desempenhar 
outras atividades em âmbito domiciliar, desde que compatíveis com suas qualificações. 
3. Salário 
3.1. A EMPREGADORA pagará à EMPREGADA o salário fixo mensal no valor de R$ 
________, que será reajustado de acordo com as disposições legais e normas coletivas 
de trabalho aplicáveis. 
3.2 Serão descontados do salário mensal da EMPREGADA o percentual de 6%, caso 
necessite de vale-transporte a ser utilizado durante o mês para locomoção residência-
trabalho – residência, nos termos dos artigos 9º e 11º do Decreto nº 95.247/87 e 8% de 
contribuição ao INSS, conforme artigos 11, II, e 14, II, da Lei nº 8.213/91 e artigos 12, 
II, e 15, II, nº 8.212/91 c/c Portaria interministerial MPS/MF Nº 15/2013. 
4. Local de trabalho 
 
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4.1. A EMPREGADA exercerá suas funções no domicílio do empregador situado no 
endereço indicado no preâmbulo deste Contrato, bem como em outros locais 
determinados pelo empregador para acompanhamento da criança. 
5. Jornada de trabalho 
5.1. A EMPREGADA trabalhará de _______ a _______ [definir se é de segunda a sexta 
ou segunda a sábado ou algo distinto] tendo a sua jornada início às ___hs e término às 
____hs, com intervalo para repouso e refeição de ____hs às _____hs [a jornada deve ser 
de no máximo 44 horas por semana e no máximo 10 horas em cada dia; o intervalo não 
poderá ser inferior a uma hora nem superior a duas horas], podendo variar de acordo 
com a cláusula 5.2 abaixo. 
5.2. EMPREGADORAe EMPREGADA concordam que a jornada da EMPREGADA 
poderá variar em cada semana desde que respeitados os limites de 10 (dez) horas de 
trabalho por dia e 44 (quarenta e quatro) horas de trabalho por semana, através da 
compensação de jornadas diárias dentro da mesma semana, de modo que o excesso de 
jornada em um dia seja compensado com a redução na mesma proporção em outro dia. 
5.3 As horas extras deverão ser pagas com acréscimo de 50% sobre o valor da hora 
normal, salvo quanto àquelas realizadas em dias de repouso, que deverão ser pagas com 
adicional de 100%, devendo ser considerados para fins de INSS e FGTS, este último 
quando for regulamentado e se tornar devido. O valor da hora normal será calculado 
com base no divisor 220. 
5.4 A EMPREGADA terá direito ao seu repouso semanal remunerado, que será gozado 
sempre aos domingos, como também ao gozo dos feriados civis e religiosos; 
5.5 Em virtude do grande deslocamento entre sua residência e o local de trabalho e as 
horas que seriam gastas todos os dias para tanto, a EMPREGADA opta por dormir na 
residência da EMPREGADORA, ficando estabelecido que todo o período entre as 
jornadas de trabalho efetivos em um dia e outro será destinado exclusivamente ao seu 
descanso, não se encontrando nesse caso à disposição ou aguardando ordens da 
EMPREGADORA, razão pela quel nenhum valor adicional ser-lhe-á devido por esse 
motivo. 
E, estando justas e acordadas,as Partes firmam o presente instrumento em 2 vias de 
igual teor e forma, perante as testemunhas subscritas abaixo, para os devidos fins de 
direito. 
[Local e Data] 
_________________________ 
Empregador 
Testemunhas: 
 
Professora Simone LTT 
 
18 
 
___________________________ 
Nome: 
RG: 
__________________________ 
Empregado 
______________________________ 
Nome: 
RG: 
MODELO DE CONTRATO 
Exemplo 2 
Prestação de Serviços, Trabalhos modelo-de-contrato-prestação-de-serviços 
Modelo de Contrato Simples para execução de trabalho não qualificado, terceirizado e 
serviços gerais. 
Estes tipos de serviços podem ser contratados de forma integral ou parcial, apresentando 
o trabalho por horas, dias, semanas ou meses. 
Neste modelo de contrato, serviços feitos pelo contratado ao contratante incluem: 
• Organização, assessoria e cerimonial, festas infantis, casamento, 15 anos. 
• Transporte, motorista. 
• Limpeza, pintura residencial, mão de obra em geral. 
O exemplo apresentado aqui e um documento simples usado para trabalhos 
temporarios. Para redigir um contrato mais amplo sugerimos a consulta com um 
advogado licenciado ou uma empresa de economia contábil. 
 
Exemplo 3 
CONTRATO 
CONTRATANTE (Tomador(a) de Serviços): Sr(a). 
_________________________________________ brasileiro(a), residente e 
domiciliado(a) na Rua _______________________, n°________, Cidade de 
 
Professora Simone LTT 
 
19 
 
_________________, Estado ___________________, CPF ou CNPJ: 
_____________________. 
 
CONTRATADO (Prestador(a) de Serviços): Sr(a). 
_________________________________________ brasileiro(a), residente e 
domiciliado(a) na Rua _______________________, n°________, Cidade de 
_________________, Estado ___________________, CPF ou CNPJ: 
_____________________. 
Referente a Prestação de Serviços do tipo: 
___________________________________________________ 
___________________________________________________. 
 
Pagamento da quantia de R$ ________,____, 
(_________________________________________)(valor por extenso), será efetuado 
de forma _________________________ sempre subsequente a competência. OU 
Pagamento parcelado mensal/semanal de ____ vezes de R$: ________,____ 
(____________________________________)(valor por extenso) será efetuado todo 
_____ dia do mes/semana, sempre subsequente a competência. 
Contratado fornecerá as ferramentas, material, e pessoal necessário, responsabilizando-
se inclusive da limpeza que for necessária. 
O prazo da obra ou serviço é de _____ (horas, dias, semanas, meses), a contar desta data 
e a terminar em _____/_____/_____. 
Multa de R$:__________ será cobrada caso haja atraso de mais de _________ dias para 
a entrega da obra ou serviços. 
Multa de R$:__________ será cobrada caso haja atraso de mais de _________ dias 
no(s) devido(s) pagamento(s). 
Contratado responderá por danos que resultem da imperícia ou negligência sua ou de 
seus empregados, segundo os princípios gerais de responsabilidade. 
As partes elegem o foro de _____________, ____ para dirimirem quaisquer dúvidas 
decorrentes do presente contrato. 
Testemunha 1: ______________________________________ 
Testemunha 2: ______________________________________ 
Contratante e contratado concordam e estão ajustados com todas as normas e clausulas 
estipuladas neste contrato e assim assinam o presente termo em 2 (duas) vias de igual 
teor, os quais passam a ter força legal entre as partes. 
 
Local e Data: ____________________________,____ de ________________ de 
20___. 
 
Professora Simone LTT 
 
20 
 
________________________________ 
Assinatura do CONTRATANTE 
 
________________________________ 
Assinatura do CONTRATADO 
 
 
Professora Simone LTT 
 
21 
 
Memorial Descritivo 
O Memorial Descritivo é uma autobiografia que descreve, analisa e critica 
acontecimentos sobre a trajetória acadêmico-profissional, intelectual e artístico do 
candidato, avaliando cada etapa de sua experiência. 
O texto deve ser redigido na primeira pessoa do singular, o que possibilita ao candidato 
enfatizar o mérito de suas realizações 
Sugestão de Estrutura do Memorial 
1. Capa 
a) Nome do candidato 
b) Título (MEMORIAL DESCRITIVO) 
c) Local 
d) Ano 
2. Formação Acadêmica 
Na descrição, mencionar: 
* Graduação: 
a) Curso: 
b) Instituição: 
c) Ano de Conclusão: 
*Pós-Graduação Stricto Sensu: 
Doutorado 
a) Curso: 
b) Instituição: 
c) Ano de Conclusão: 
Mestrado 
a) Curso: 
 
Professora Simone LTT 
 
22 
 
b) Instituição: 
c) Ano de Conclusão: 
* Segunda Graduação: 
a) Curso: 
b) Instituição: 
c) Ano de Conclusão: 
* Pós-graduação Latu Sensu: 
a) Curso: 
b) Instituição: 
c) Ano de Conclusão: 
* Deve-se inserir comentários sobre como decorreram os cursos de formação, relatando 
também os reflexos destes na carreira docente do candidato. 
3. Formação Profissional 
Descrever como se deu o seu percurso profissional no exercício de magistério na 
educação básica e educação profissional de nível técnico. 
* Os documentos referentes à Formação Acadêmica e à Experiência Profissional 
deverão constar em anexo ao Memorial, seguindo as orientações de autenticação 
constantes no Edital nº 20/2012 – PROFOP, da UTFPR Câmpus Dois Vizinhos. 
 
Professora Simone LTT 
 
23 
 
Técnicas de Redação 
Técnicas de Redação - Narração, Descrição e Dissertação 
I - NARRAÇÃO 
Narrar é contar um fato, um episódio; todo discurso em que algo é CONTADO possui 
os seguintes elementos, que fatalmente surgem conforme um fato vai sendo narrado: 
onde? 
| 
quando? --- FATO --- com quem? 
| 
como? 
A representação acima quer dizer que, todas as vezes que uma história é contada (é 
NARRADA), o narrador acaba sempre contando onde, quando, como e com quem 
ocorreu o episódio. 
É por isso que numa narração predomina a AÇÃO: o texto narrativo é um conjunto de 
ações; assim sendo, maioria dos VERBOS que compõem esse tipo de texto são os 
VERBOS DE AÇÃO. O conjunto de ações que compõem o texto narrativo, ou seja, a 
história que é contada nesse tipo de texto, recebe o nome de ENREDO. 
As ações contidas no texto narrativo são praticadas pelas PERSONAGENS, que são 
justamente as pessoas envolvidas no episódio que está sendo contado ("com quem?" do 
quadro acima). As personagens são identificadas (=nomeadas) no texto narrativo pelos 
SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS. 
Quando o narrador conta um episódio, às vezes (mesmo sem querer) ele acaba contando 
"onde" (=em que lugar) as ações do enredo foram realizadas pelas personagens. O lugar 
onde ocorre uma ação ou ações é chamado de ESPAÇO, representado no texto pelos 
ADVÉRBIOS DE LUGAR. 
Além de contar onde, o narrador também pode esclarecer "quando" ocorreram as ações 
da história. Esse elemento da narrativa é o TEMPO, representado no texto narrativo 
através dos tempos verbais, mas principalmente pelos ADVÉRBIOS DE TEMPO. 
É o tempo que ordena as ações no texto narrativo: é ele que indica ao leitor "como" o 
fato narrado aconteceu. A história contada, por isso, passa por uma INTRODUÇÃO 
(parte inicial da história, também chamada de prólogo), pelo DESENVOLVIMENTO 
do enredo (é a história propriamentedita, o meio, o "miolo" da narrativa, também 
chamada de trama) e termina com a CONCLUSÃO da história (é o final ou epílogo). 
 
Professora Simone LTT 
 
24 
 
Aquele que conta a história é o NARRADOR, que pode ser PESSOAL (narra em 1a 
pessoa : EU...) ou IMPESSOAL (narra em 3a. pessoa: ELE...). 
Assim, o texto narrativo é sempre estruturado por verbos de ação, por advérbios de 
tempo, por advérbios de lugar e pelos substantivos que nomeiam as personagens, que 
são os agentes do texto, ou seja, aquelas pessoas que fazem as ações expressas pelos 
verbos, formando uma rede: a própria história contada. 
II - DESCRIÇÃO 
Descrever é CARACTERIZAR alguém, alguma coisa ou algum lugar através de 
características que particularizem o caracterizado em relação aos outros seres da sua 
espécie. Descrever, portanto, é também particularizar um ser. É "fotografar" com 
palavras. 
No texto descritivo, por isso, os tipos de verbos mais adequados (mais comuns) são os 
VERBOS DE LIGAÇÃO (SER, ESTAR, PERMANECER, FICAR, CONTINUAR, 
TER, PARECER, etc.), pois esses tipos de verbos ligam as características - 
representadas linguisticamente pelos ADJETIVOS - aos seres caracterizados - 
representados pelos SUBSTANTIVOS. 
Ex. O pássaro é azul. 1-Caractarizado: pássaro / 2-Caracterizador ou característica: azul 
/ O verbo que liga 1 com 2: é 
Num texto descritivo podem ocorrer tanto caracterizações objetivas (físicas, concretas), 
quanto subjetivas (aquelas que dependem do ponto de vista de quem descreve e que se 
referem às características não-físicas do caracterizado). Ex.: Paulo está pálido 
(caracterização objetiva), mas lindo! (caracterização subjetiva). 
III - DISSERTAÇÃO 
Além da narração e da descrição há um terceiro tipo de redação ou de discurso: a 
DISSERTAÇÃO. 
Dissertar é refletir, debater, discutir, questionar a respeito de um determinado tema, 
expressando o ponto de vista de quem escreve em relação a esse tema. Dissertar, assim, 
é emitir opiniões de maneira convincente, ou seja, de maneira que elas sejam 
compreendidas e aceitas pelo leitor ; e isso só acontece quando tais opiniões estão bem 
fundamentadas, comprovadas, explicadas, exemplificadas, em suma: bem 
ARGUMENTADAS (argumentar= convencer, influenciar, persuadir). A argumentação 
é o elemento mais importante de uma dissertação. 
Embora dissertar seja emitir opiniões, o ideal é que o seu autor coloque no texto seus 
pontos de vista como se não fossem dele e sim, de outra pessoa ( de prestígio, famosa, 
especialista no assunto, alguém...), ou seja, de maneira IMPESSOAL, OBJETIVA e 
sem prolixidade ("encher lingüiça"): que a dissertação seja elaborada com VERBOS E 
 
Professora Simone LTT 
 
25 
 
PRONOMES EM TERCEIRA PESSOA. O texto impessoal soa como verdade e, como 
já citado, fazer crer é um dos objetivos de quem disserta. 
Na dissertação, as idéias devem ser colocadas de maneira CLARA E COERENTE e 
organizadas de maneira LÓGICA: 
a) o elo entre pontos de vista e argumento se faz de maneira coerente e lógica através 
das CONJUNÇÕES (=conectivos) - coordenativas ou subordinativas, dependendo da 
idéia que se queira introduzir e defender; é por isso que as conjunções são chamadas de 
MARCADORES ARGUMENTATIVOS. 
b) todo texto dissertativo é composto por três partes coesas e coerentes: 
INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO e CONCLUSÃO. 
A introdução é a parte em que se dá a apresentação do tema, através de um CONCEITO 
( e conceituar é GENERALIZAR, ou seja, é dizer o que um referente tem em comum 
em relação aos outros seres da sua espécie) ou através de QUESTIONAMENTO(s) que 
ele sugere, que deve ser seguido de um PONTO DE VISTA e de seu ARGUMENTO 
PRINCIPAL. Para que a introdução fique perfeita, é interessante seguir esses passos: 
 1. Transforme o tema numa pergunta; 
 2. Responda a pergunta (e obtém-se o PONTO DE VISTA); 
 3. Coloque o porquê da resposta (e obtém-se o ARGUMENTO). 
O desenvolvimento contém as idéias que reforçam o argumento principal, ou seja, os 
ARGUMENTOS AUXILIARES e os FATOS-EXEMPLOS (verdadeiros, reconhecidos 
publicamente). 
A conclusão é a parte final da redação dissertativa, onde o seu autor deve "amarrar" 
resumidamente (se possível, numa frase) todas as idéias do texto para que o PONTO DE 
VISTA inicial se mostre irrefutável, ou seja, seja imposto e aceito como verdadeiro. 
Antes de iniciar a dissertação, no entanto, é preciso que seu autor: 
1. Entenda bem o tema; 
 2. Reflita a respeito dele; 
3. Passe para o papel as idéias que o tema lhe sugere; 
 4. Faça a organização textual ( o "esqueleto do texto"), pois a quantidade de idéias 
sugeridas pelo tema é igual a quantidade de parágrafos que a dissertação terá no 
DESENVOLVIMENTO do texto. 
 
 
Professora Simone LTT 
 
26 
 
Redigir Anúncios 
Como elaborar um bom anúncio? 
A boa comunicação deve chamar atenção do público, destacar o melhor do produto, ser 
inteligente na argumentação e bonita na forma. Além disso, deve indicar onde o 
potencial cliente pode adquiri-lo (telefone, endereços etc.). 
O bom anúncio contém os seguintes elementos: 
1. Um bom título 
✓ Atrai e prende a atenção logo de saída. 
2. Um bom significado 
✓ Leva a mensagem correta, posicionando o produto. 
3. Impacto 
✓ Chama a atenção, destaca-se dos demais. 
4. Diferenciação 
✓ Não se parece com os da concorrência. 
5. Destaque para o produto 
✓ O produto é a estrela. 
6. Simplicidade 
✓ É fácil de ser entendido por qualquer pessoa. 
7. Credibilidade 
✓ Ganha a confiança do consumidor. 
8. Originalidade 
✓ Diz as mesmas coisas de forma diferente. 
9. Informação relevante 
✓ Informa onde comprar, facilidades etc. 
 
 
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10. 0bjetividade 
✓ Mostra exatamente aquilo que o público precisa saber. 
11. Promessa básica 
✓ O que o consumidor ganhará adotando o seu produto? 
12. Justificativa 
✓ De que forma é possível esse ganho? 
13. Verdade 
✓ Nem a promessa nem a justificativa podem ser falsas. 
14. Emoção 
✓ Quem compra produtos é gente como a gente. 
15. Argumentação inteligente 
✓ Quem escapa de uma boa conversa? 
16. Beleza 
✓ Nossos olhos são atraídos por fotos e desenhos mais bonitos. 
Em resumo, a boa comunicação deve chamar atenção do público, destacar o melhor do 
produto, indicar onde o potencial cliente pode adquiri-lo (telefone, endereços etc.), ser 
inteligente na argumentação e bonita na forma. 
Para se aproximar do consumidor, há algumas medidas à disposição. Vejamos: 
❖ Numa festa da cidade, pode-se promover a distribuição de unidades do produto 
como amostra grátis. 
❖ Junto com o produto, o nome e telefone da empresa são importantes. 
❖ Se a cidade tem um carro de som, que circula anunciando produtos e serviços, 
ele pode ser utilizado para divulgação do negócio. 
❖ A presença em lugares onde o produto é necessário permite que se faça uma 
divulgação mais direta. 
❖ Pedir auxílio de clientes e amigos amplia a divulgação do negócio. 
❖ Anúncios em jornais são mecanismos de promoção do produto. Mas antes de 
tudo, é importante verificar o valor do investimento.

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